Um dos grandes problemas que impedem o crescimento da entidade, seja ela
pública ou privada, é a ausência ou pouco feedback.
A autoimagem é algo difícil de ser mexido. Por conta disso, os administradores
temem a reação daqueles que serão corrigidos; e do lado dos subordinados fica a
dificuldade de aceitar o erro. O medo de
corrigir e a percepção que se tem de si mesmo são as maiores dificuldades dos
indivíduos em receber e dar feedback.
Tanto na coisa pública quanto na iniciativa privada um momento delicado
é a hora de elogiar os acertos ou corrigir os erros. O processo é chamado de feedback – momento em que o indivíduo
recebe informações claras e diretas sobre o seu desempenho.
Elogiar pode provocar inveja nos outros colaboradores; corrigir nunca satisfaz
o ego de quem os ouve (é como se o eu real entrasse em conflito com a
autoimagem). Ninguém aceita de bom grado ser chamado pelo superior para mudar
um comportamento. Existe um pavor entre os empregados de serem vistos com maus olhos
pelos colegas - funciona como uma proteção pessoal que termina por atrapalhar o
feedback e consecutivamente a
empresa.
Do lado de quem emprega ou chefia há o temor quanto a reação do empregado.
Pode se dizer que há uma acomodação – um receio em incomodar e sofrer algum
tipo de agressão. Muitos empregadores sonham até em achar a pessoa certa –
aquela que desenrola tudo sozinha e não precisa tanto ser orientada. Comportamento
que também é prejudicial à entidade, haja vista que a correção de um erro ou o
elogio de um acerto pode ser fundamental para a sobrevida da empresa. No setor
público chamar alguém para uma avaliação é ainda mais raro e complexo.
Mas há formas de dar e receber
feedback sem ferir a autoestima do servidor e nem ser um líder objeto de retaliação:
(1) preestabeleça metas e, em grupo, aponte os pontos positivos e, depois as falhas
sem direcionar quem as cometeu; (2) avalie de forma mensal ou bimestral; (3) planeje-se (improvisação num momento em que está em jogo
o emocional, pode ser danoso). E vale ressaltar que a boa comunicação dentro de
um setor depende, inicialmente, de quem o administra.
Com certeza, a maior dificuldade dos indivíduos em dar e receber
feedback é o medo. Do lado de quem emprega – o medo da reação de quem será
avaliado; do lado dos empregados – o da imagem negativa que pode se espalhar
entre os colegas, e claro, o choque dos “eu” conforme dito. Contudo, alimentar
os elos de comunicação é salutar para qualquer órgão e há saídas de sucesso já
testado.
REFERÊNCIAS
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José Arimatés de Gestão de pessoas no setor público / José Arimatés de
Oliveira, Maria da Penha Machado de Medeiros. – Florianópolis : Departamento de
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de Administração Pública. Rio
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Disponível em
<http://www.brasilescola.com/geografia/terceira-revolucao-industrial.htm>
Acesso em 01 março 2015