domingo, 8 de março de 2015

Uma rápida explicação acerca das dificuldades dos indivíduos em dar e recebe feedback

     Um dos grandes problemas que impedem o crescimento da entidade, seja ela pública ou privada, é a ausência ou pouco feedback. A autoimagem é algo difícil de ser mexido. Por conta disso, os administradores temem a reação daqueles que serão corrigidos; e do lado dos subordinados fica a dificuldade de aceitar o erro.  O medo de corrigir e a percepção que se tem de si mesmo são as maiores dificuldades dos indivíduos em receber e dar feedback.
     Tanto na coisa pública quanto na iniciativa privada um momento delicado é a hora de elogiar os acertos ou corrigir os erros. O processo é chamado de feedback – momento em que o indivíduo recebe informações claras e diretas sobre o seu desempenho.
     Elogiar pode provocar inveja nos outros colaboradores; corrigir nunca satisfaz o ego de quem os ouve (é como se o eu real entrasse em conflito com a autoimagem). Ninguém aceita de bom grado ser chamado pelo superior para mudar um comportamento. Existe um pavor entre os empregados de serem vistos com maus olhos pelos colegas - funciona como uma proteção pessoal que termina por atrapalhar o feedback e consecutivamente a empresa.
     Do lado de quem emprega ou chefia há o temor quanto a reação do empregado. Pode se dizer que há uma acomodação – um receio em incomodar e sofrer algum tipo de agressão. Muitos empregadores sonham até em achar a pessoa certa – aquela que desenrola tudo sozinha e não precisa tanto ser orientada. Comportamento que também é prejudicial à entidade, haja vista que a correção de um erro ou o elogio de um acerto pode ser fundamental para a sobrevida da empresa. No setor público chamar alguém para uma avaliação é ainda mais raro e complexo.
      Mas há formas de dar e receber feedback sem ferir a autoestima do servidor e nem ser um líder objeto de retaliação: (1) preestabeleça metas e, em grupo, aponte os pontos positivos e, depois as falhas sem direcionar quem as cometeu;   (2) avalie de forma mensal ou bimestral;   (3) planeje-se  (improvisação num momento em que está em jogo o emocional, pode ser danoso). E vale ressaltar que a boa comunicação dentro de um setor depende, inicialmente, de quem o administra.
     Com certeza, a maior dificuldade dos indivíduos em dar e receber feedback é o medo. Do lado de quem emprega – o medo da reação de quem será avaliado; do lado dos empregados – o da imagem negativa que pode se espalhar entre os colegas, e claro, o choque dos “eu” conforme dito. Contudo, alimentar os elos de comunicação é salutar para qualquer órgão e há saídas de sucesso já testado.
      
    
   

    




















REFERÊNCIAS



Oliveira, José Arimatés de Gestão de pessoas no setor público / José Arimatés de Oliveira, Maria da Penha Machado de Medeiros. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração/ UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2011.184p. : il.


Oliveira, João Rezende Almeida Instituições de direito público e privado / João Rezende Almeida Oliveira, Tágory Figueiredo Martins Costa. – 2. ed. reimp. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2012.


Rosa, Rodrigo de Alvarenga Gestão de operações e logística I / Rodrigo de Alvarenga Rosa. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2011. 160p. : il.

Silva, José Maria da. Apresentação de trabalhos acadêmicos: normas e técnicas/José  Maria da Silva , Emerson Sena da Silveira. 5. Ed. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2009

TREVISAN, Andrei Pittol; BELLEN, Hans Michael vanRevista de Administração Pública. Rio de Janeiro 42 (3): 529-50, maio/jun. 2008.

Disponível em <http://www.brasilescola.com/geografia/terceira-revolucao-industrial.htm> Acesso em 01 março 2015


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