segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Crítica ao Ensaio sobre a cegueira

     

     Há uma indicação de livro ou filme excelente que mostra o quanto o homem está mergulhado em algo ruim e não percebe. Acostuma-se. Ver Tudo lindo. Não percebe que é só na TV; na propaganda; nas promessas do governo. Na realidade o que se tem é o que mostra o escritor José Saramago em Ensaio sobre a cegueira: esgoto e lixo a céu aberto; governos que vivem discutindo sobre saúde e educação enquanto vários morrem e outros tantos continuam analfabetos. Para tanto, o romancista, em sua ficção, cega a humanidade. Literalmente. É só assim, e com duas pessoas enxergando – a mulher do médico e o leitor – que o real é visto: o homem quebrando suas convenções ilusórias e o estado animal se sobrepondo a todos os outros.
       São muitas as convenções morais que perduram no tempo. O problema é que essas convenções são elaboradas por uma pequena minoria rica e poderosa e seguida por uma grande maioria pobre e ignorante. Essa minoria é tão audaciosa que arranca os nomes das pessoas e as rebatiza com o que elas fazem. Se você enxerga, você leu ou viu, em Ensaio sobre a Cegueira não há nomes pessoais. Os homens se conhecem e se respeitam pelo o que elas fazem ou faziam e não pelo que elas são: é professor, médico, menino, número um, dois, três... O autor dá uma tapa na cara do leitor. O mundo já é assim.
       O radicalismo da obra é tanto que tudo aquilo que o homem crer como verdade é desfeito. Até mesmo a sua condição de alienígena no mundo. Na obra, o homem é só um animal como outro qualquer, e, as convenções ou instituições, ou a moral vigente ficam de lado no momento em que comer ou simplesmente sobreviver é o mais importante. Cegos, dinheiro não tem valor, roupas não têm valor, joias não têm valor. O homem retorna à natureza. O animal retorna a natureza. As convenções eram só ilusões.
       E àqueles que enxergam? Eles existem mesmo? Quais as suas características?
      A obra não deixa esse tipo humano de fora: no enredo, essa pessoa que continua enxergando, além do leitor, é a mulher do médico. Muito provável ela enxergue porque nunca se preocupou em limpar um homem sujo; em guiar outros que não enxergam; em perdoar.  Portanto, esses personagens existem tanto na ficção de Saramago quanto no mundo real. Essas pessoas são fáceis de serem identificadas porque elas são inconformadas, elas enxergam e não são egoístas de esconderem o que veem - elas falam.

      O que há de mais triste na obra do escritor português é o andar em círculo da humanidade. Note-se que mesmo ficando cegos e voltando ao estado de natureza, onde o que importa simplesmente é comer, beber e transar, outros ignorantes cegos vão se impor aos demais, e de novo instituir um governo tirano.  No primeiro momento democracias, mas, como sempre, depois ditaduras. É como se o homem, por ser fraco, estivesse fadado, eternamente, a obedecer àqueles que aparentam mais forças. “Mesmo depois de há muito a natureza deixar livre o homem, ele se deixa aprisionar por outros”. 

Blá, Blá, Blá democrático - Cena do filme - Governo fala enquanto as pessoas cegam































1º O nome NORMA da personagem do 1º quadrinho faz referência a que?

(A) às normas que regem o uso padrão da língua ou às regras da gramática normativa.

(B) às Normas que assim como Severinos são nomes comuns na realidade brasileira.


2º A que uso da língua corresponde a expressão tiponite aguda?

(A) Ao uso excessivo da postura errada. A expressão tiponite aguda remete a uma doença ou a um problema
de saúde.

(B) Ao uso excessivo da expressão tipo. A expressão tiponite aguda remete a uma doença ou a um problema
de saúde.



3º DESCRITOR D17 visa Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outros recursos gráficos. Os dois travessões de "– a mulher do médico e o leitor –". Que está no primeiro parágrafo marca:


A) uma enumeração;


B) uma explicação;



4º O melhor enunciado para conceituar GERÚNDIO é:


A) O gerúndio, assim como o infinitivo e o particípio, formas nominais dos verbos em português, pode se ligar a outros verbos em locuções verbais, a fim de construir um determinado sentido em um enunciado.


B) O gerúndio, assim como o infinitivo e o particípio, formas nominais dos verbos em português, pode se ligar a outros verbos em locuções verbais, preferencilamente três verbos, a fim de construir um enunciado mais polido.



5º INFERE-SE DO TEXTO Crítica ao Ensaio sobre a cegueira.


(A) Não há radicalismo da obra porque o que o homem crer como verdade é verdade. Até mesmo a sua condição de alienígena no mundo. Na obra, o homem não é só um animal como outro qualquer, e, as convenções ou instituições, ou a moral vigente são forte para a sobrevivência que  é o mais importante.


(B) O radicalismo da obra é tanto que tudo aquilo que o homem crer como verdade é desfeito. Até mesmo a sua condição de alienígena no mundo. Na obra, o homem é só um animal como outro qualquer, e, as convenções ou instituições, ou a moral vigente ficam de lado no momento em que comer ou simplesmente sobreviver é o mais importante.



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