A informação que você não achou em outro local. O assunto explicado da forma mais simples. Resumos/resenhas de livros e poesias.
domingo, 31 de outubro de 2021
A importância da relação família - escola
terça-feira, 19 de outubro de 2021
PROJETO: UM ECLETISMO DE IDEIAS NOS ANOS FINAIS DO ENSINO MÉDIO: um fenômeno que distancia o aluno do debate filosoficamente contraditório
ISAAC
SABINO CARDOSO
UM ECLETISMO DE IDEIAS NOS ANOS
FINAIS DO ENSINO MÉDIO: um fenômeno que distancia o aluno do debate filosoficamente
contraditório
Projeto de pesquisa apresentada para Universidade Federal
do Paraná como requisito para ingresso no Mestrado Profissional em Filosofia.
TERESINA PI
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. Objetivos
05
3. Justificativa
05
4. PROBLEMÁTICA
4. SUPORTE METODOLÓGICOS E REFERÊNCIAS
TEÓRICAS
4.1 A PERCEPÇÃO DE UM ECLETISMO DE IDEIAS NOS ANOS FINAIS DO ENSINO
MÉDIO: uma mistura de ideias filosóficas que nasceram contraditórias
4.2 O MULTICULTURALISMO, O
PLURALISMO E OS DIREITOS HUMANOS: UM PROVAVEL PILAR DO ECLETISMO NA ESCOLA
ATUAL..
5 CRONOGRAMA
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS E
PRODUTOS EDUCACIONAIS A SEREM GERADOS PARA INTERVENÇÃO
6.
REFERÊNCIAS
Saber se o debate tem valor para o avanço das regras que regem a
sociedade é de suma importância. Neste estudo, mostrar-se-á, pela observação
subjetiva durante as aulas de Filosofia no ensino secundário, nos anos finais, o
fenômeno de uma consciência coletiva contemporânea que, inconscientemente,
convive harmonicamente com Filosofias historicamente opostas que é aquilo que
se chamará na pesquisa de ecletismo de ideias. Para tanto, forcar-se-á em autores inatistas, racionalistas,
liberais e marxistas que discordaram entre si e conseguiram fazer a humanidade
avançar daquilo que era visto como verdade imutável para outras” verdades”, e
que, atualmente, têm suas ideias conciliadas.
A dinâmica dialógica existente entre os Filósofos contribui diretamente para o contexto filosófico, principalmente no que diz respeito ao costume que se torna norma. A leitura desses autores vale para a continuidade, ou não, do debate entre os alunos dos 3º anos que já devem ter ciência dessas oposições que influenciam a vida diária.
A partir desse objeto de estudo, buscar-se resolver a seguinte problemática: O ecletismo de ideias percebido nos egressos do ensino médio é um fenômeno essencial que se firma na contemporaneidade ou ainda há a necessidade de se incentivar o debate?
Assim, considerando-se a importância da conexão filosófica para o melhor entendimento de alguns autores no campo da Filosofia, o estudo dessas ligações é de absoluta pertinência. Entender o modo como estes autores trabalham algumas questões envolvendo a Política e a norma, poderá contribuir para a melhoria do atendimento dos estudantes e a melhor metodologia para o aprendizado dessas obras pelos discentes das humanas e seus debates necessários ou não, mas numa formação de uma consciência consciente de si.
Assim, para a organização do
estudo, pretende-se fazer uma divisão que terá como primeiro capítulo A percepção de um ecletismo nos estudantes básicos: uma
mistura de ideias que nasceram contraditórias; no segundo capítulo será trabalhada A dialética entre Tomás de Aquino, Nicolau Maquiavel, René descartes, John Locke, Hegel e Marx: verdades que obrigam o aluno a se
posicionar; e, no último capítulo, Multiculturalismo,
Pluralismo e Direitos Humanos: um provável pilar do ecletismo contemporâneo.
2 Objetivos
2.1 Objetivo geral
O objetivo geral é apresentar um ecletismo percebido nos anos finais do Ensino Médio - se como essência fenomenológica brasileira, ou se ainda há a necessidade de se incentivar o debate.
2.2 Objetivos específicos
Buscar-se-á nomear e descrever um ecletismo no meio escolar, que harmoniza ideias contraditórias;
Apresentar, de forma breve, filósofos que se contrapõem e influenciam diretamente as normas sociais;
Ratificar a necessidade do pensamento divergente para o aperfeiçoamento das condutas que regem a sociedade;
3. Justificativa
O trabalho se justifica por saber se ainda há a necessidade de se retomar um debate consciente, de escolha de lado, entre os discentes a partir do conhecimento da dialética oposta entre os filósofos da Moral e do Direito.
4. PROBLEMÁTICA
O ecletismo de ideias percebido nos egressos do ensino médio é um fenômeno essencial que se firma na contemporaneidade ou ainda há a necessidade de se incentivar o debate?
4 SUPORTE METODOLÓGICOS E REFERÊNCIAS TEÓRICAS
Como suporte para esse estudo, utilizará-se a Literatura relacionada ao tema. Portanto, será uma pesquisa bibliográfica e que de acordo com (Lakatos e Marconi, 2003. P. 85) é, em parte, indutiva, isso porque “parte de uma percepção subjetiva, constatada, que se infere num fenômeno que pode ser universal”. É indutiva, também, porque haverá a observação de uma sala de aula no campo filosófico e literária acerca do que pensam e falam os alunos atuais. Pode ser útil quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins, o trabalho é descritivo e explicativo. Quanto aos meios, a metodologia utilizada na elaboração dessa pesquisa é fenomenológica, pois, faz-se necessário observar um fenômeno comportamental subjetivo. A linguagem é objetiva e simples. Ainda em Frasson e Júnior (2010. P. 83) a pesquisa é qualitativa haja vista o método ser baseado na leitura e observação da realidade e as possíveis limitações se referem ao tipo de amostra utilizada. O ideal seria um trabalho de campo e quantitativa.
Não é pretensão esgotar o assunto abordado, mas desenvolver uma análise crítica frente aos autores que influenciam a humanidade no campo filosófico jurídico moral. Espera-se que este texto sirva para conscientizar aqueles que estudam o homem e suas Leis que conhecer Filósofos contrários é de suma importância.
4.1 A PERCEPÇÃO DE
UM ECLETISMO DE IDEIAS NOS ANOS FINAIS DO ENSINO MÉDIO: uma mistura de ideias filosóficas
que nasceram contraditórias
[...] “o [...]
brasileiro, [...] não é capaz, pela armadura na qual se encontra, de enxergar
um palmo diante do nariz. Este mesmo “pensador” não é capaz de cobrar um
escanteio ou dançar um samba” (GOMES, 1994, p. 15).
Para Roberto Gomes, o brasileiro dificilmente produzirá algo novo porque, justamente, há um temor de se debater sua própria realidade que é, para além, da cobrança de um escanteio, a religiosidade e a política ideológica ou pragmática. Contudo, nos últimos anos, uma situação nova tem aparecido no meio escolar e cotidiano: a mistura de ideias historicamente opostas naquilo que Gomes já tinha chamado de Ecletismo em seu livro “Crítica da Razão Tupiniquim”.
São ideias que estão misturadas, mas que em suas origens surgiram para se contradizerem, como, é o caso dos que defendem que o homem nasce com o conhecimento de certas normas, que é o inatismo; ou, conhecê-las a partir da vivência que é o empirismo.
Acompanhando algumas turmas de 3º anos nos últimos tempos, a percepção da ausência de debates conscientes de suas oposições é entristecedor. Em todo esse tempo, o que se viu em termos comportamentais foi uma conciliação de ideias que deveriam ser opostas. Isso, claramente, pode se refletir na escolha de líderes políticos que mexerão na legislação.
O intuito de mostrar esse Ecletismo de ideias no fim do ensino médio, quando o discente já deveria separar posicionamentos, começa-se por duas pequenas narrativas.
Noutro dia, numa aula virtual de um grupo de alunos do terceiro ano, ao responder a pergunta do professor sobre alma, um dos discentes alegou ser cristão e, portanto, ter alma, mas quando o professor o perguntou se o homem já nasce sabendo algo ou nasce como uma folha em branco, o jovem respondeu que o homem aprende tudo com o tempo, a experiência.
É essa situação que é o ecletismo. Na fala de um cristão que alega ter uma alma ao mesmo tempo que confirma que o homem nasce como uma folha de papel em branco é citar René Descartes e Jonh Locke na mesma sentença. Isso tudo inconscietemente, porque numa leitura atenta, é sabido que em “Ensaio sobre o Entendimento Humano”, Locke quer refutar “Meditações Metafísicas” de Descartes que diz que, para além da alma, que traz algo consigo para esse plano, traz-se a razão também. Para Locke o homem nasce limpo.
Numa outra aula, um dos jovens defendeu que Jesus Cristo era comunista. Ele disse isso para defender o comunismo de Karl Marx.
Ainda no mesmo horário, na ocasião do debate, os meninos que defendiam a “comunhão entre indivíduos” pareciam observar somente a etimologia do termo e não a Literatura marxista acerca do tema e nem a comunhão bíblica proposta no pensamento jurdáico cristão. Isso porque, o comunismo marxista é uma proposta material que deve ser coletiva por obrigação enquanto o “comunismo” cristão é pessoal e munido de livre arbítrio.
Na ocasião, o professor
mediador convidou os jovens a lerem a Bíblia, Ideologia Alemã (MARX, 1986), Meditações
Metafísicas (Descartes,
1596-1650) e Ensaio sobre o Entendimento Humano (John Locke, 1632-1704). Livros que foram
escritos para refutar um o pensamento do outro.
Dar
mais objetividade às ideias aprofundando os estudos em autores contrários pode
levar a uma melhor compreensão das condutas do jovem brasileiro.
Vale ressaltar que esse ecletismo de ideias culmina, mais tarde, num voto e em leis que são estranhas entre si. Há políticos que se aproveitam da leiguicidade da juventude para fingirem que comulgam de um movimento quando, na verdade, no seu íntimo há outro.
Nisso,
quem vai concluir o ensino médio tem que finalizar o seu curso sabendo que há
um debate antigo acerca da busca da verdade que passa pelos contraditórios. No estudo da filosofia, o contraditório
é de fundamental importância.
Numa outra aula, o aluno levantou a questão da mulher e dos homossexuais, uns ficaram sob um ponto de vista judáico cristão da mulher ser o que é por ter sido obra de uma divindadade e outros assumindo uma posição mais voltada a Simone de Beauvoiar; a maioria misturou as ideias de “ser” e “não ser” ao mesmo tempo; já na questão da relação entre pessoas do mesmo sexo, uns entenderam ser pecado , mas a igreja deveria aceitar a prática. O debate ficou tão fervoroso que uma grande maioria dos alunos alegou denunciar o docente caso a temática continuasse em discussão.
O problema de se não debater certos temas, espinhosos que sejam, é de se não alcançar a verdade.
Na busca da “verdade”, Segundo os medievais, por exemplo, há a necessidade de se afastar do mundo físico e se situar no espiritual no intuito de se alcançar o todo.
Tomás de Aquino que leu
Aristóteles com maestria, só pode processar a verdade dentro de um
contexto ontológico onde o criador é de ordem divina e, por conta
disso, dificilmente há a possibilidade da criatura reter as verdades
daquele que cria, por completo. [...]
Isso vai diferir do Laicismo de Maquiavel que tem proposta contrária ao
crente judaico cristão. E, muito
provável, por conta disso, o autor será discriminado por toda uma geração
futura. Termos pejorativos como “fulano de tal é maquiavélico” para
resignificar que alguém trama coisas, ou ainda, a famosa frase “os fins
justificam os meios” é comuns em ser atribuída ao autor, mas, aos poucos Nicolau
Maquiavel vira um costume porque ele será o precursor em trazer a criação das
leis para o plano humano e não mais divino.
[...] Não ignoro a
opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo às grandes transformações
ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não
obstante para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se
pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio]
nos permite o controle sobre a outra metade. (Maquiavel. 1979, p 25 adaptado)
O autor é o precursor de uma
ética da valorização do indivíduo guiado por suas tomadas de decisão,
distanciando-se assim dos aspectos divinos tão em voga na sua época.
Tomás de Aquino, Nicolau Maquiavel, René Descartes, John Lock e os alemães Hegel e Marx divergem e criam consciências
universais que, muitas vezes, são inconscientes.
O problema da escola básica contemporânea, é que isso acontece com os alunos misturando Aquino com Maquiável ou mesmo o cristianismo com o positivismo.
Um exemplo desse ecletismo no
campo da ideia que tem influenciado muito a legislação é a questão da família e
merece intenso debate entre os concluintes do ensino secundário. Por exemplo,
Para a religião judaico-cristã, uma divindade criou tudo, o homem, a mulher e
os animais, e a partir da expulsão desses do paraíso, fez surgir o Estado. Já
George W. Hegel (1770-1831) em “Fenomenologia do Espírito” apresenta uma
“consciência”, um “eu”, um “espírito” que se constrói historicamente num
constante vir-a-ser de conflitos.
Para Karl Marx, a existência organizada dos
indivíduos não surge a partir de uma divindade e nem de uma consciência que se
move por conta da oposição entre o individual e o universal, para o autor, as
relações materiais de produção e de sua distribuição entre os homens é quem vai
moldar o “ser”. Se em Hegel o “ser” é uma entidade que se contrapõe, em Marx,
essa dialética que cria o homem é material numa luta histórica entre
“opressores e oprimidos [...] em luta aberta ou camuflada...” (MARX, 1986,
P.19).
O debate no campo do abstrato que controla
os homens, que é a ideia, atinge seu auge com a figura do Estado e sua célula
primeira que é a família. Se no cristianismo, a sagrada família é algo da
divindade, em Hegel, a família é o amadurecimento da razão do espírito. “O
Estado é a realidade em ato da ideia moral objetiva, o espírito como vontade
substancial revelada [...]” (HEGEL, 2009 § 257: 216). Nesse sentido o Estado é uma síntese dos
contraditórios. Para Marx, o Estado é uma instituição a serviço da burguesia,
para manter, validar e proteger seus interesses tendo a família como uma das
engrenagens do sistema.
A história da humanidade deve ser estudada e alaborada sempre em
conexão com a história da indústria e das trocas [...] a propriedade, que já
tem seu embrião, sua primeira forma, na família, onde a mulher e os filhos são
escravos do homem. (Marx, Engels, 2007 p. 34 e 36)
Embora o cristianismo ainda tenha força na formação do Estado ocidental, é o
materialismo histórico de Karl Marx, como denúncia do Capital, quem mais está
acontecendo na realidade atual porque os meninos têm aceitado as modificações
no seu “ser”, no seu “eu” por conta das relações mercadológicas de troca.
Nisso, tem-se os jovens aceitando um “ser” que é um pode vir “ser”, portanto
não é. Tudo isso ao mesmo tempo. É estranho.
4.2 O MULTICULTURALISMO, O
PLURALISMO E OS DIREITOS HUMANOS: UM PROVAVEL PILAR DO ECLETISMO NA ESCOLA
ATUAL.
Antes de falar sobre o fenômeno do multiculturalismo (ou
pluriculturalismo [...] [Samir Nair, 2004]), tenho que inserir duas afirmações
sobre o conceito de direitos humanos [...] (Fernandez García, 1998): 1º) o
conceito de direitos humanos surge com a transição da sociedade mundial à
modernidade; 2º) o conceito de direitos humanos é uma invenção da cultura
ocidental.
Em “Multiculturalismo e Direitos Humanos”, artigo de Marcus Vinícius Reis que trata da cidadania a ser exercida a partir do conhecimento dos Direitos Humanos, respeitada as diferentes culturas, é um texto que resulta da experiência histórica e pesquisas bibliográficas do autor no estudo do multiculturalismo com foco na dignidade humana.
Neste trabalho podemos
encontrar parte da resposta da harmonia dos contraditórios na contemporaneidade
e, em especial, o Brasil que já até legislou sobre a pluralidade:
Nós, [...] , reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para
instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como
valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos,
fundada na harmonia social [...] CF de 88. (grifo nosso) (Vinicius. 2004 P. 09)
Justamente em uma leitura
filósofica de um texto sobre a questão existencial da mulher, seguida de falas
do professor que mostrou que há dois lados no debate, foi perceptível que uma
aluna não gostou de saber que havia um outro ponto de vista feminino mais
conservador, contudo, a defesa da jovem foi que a mulher poderia ser quem
quissesse ser, ela usou de forma certeira os Direitos Humanos e o respeito a
diversidade. O perfil da aluna é de uma moça familiar quase moldada pela
divindade do gêneses bíblico. De novo, a mistura dos contraditórios. Vale
ressaltar a não aceitação da maior parte da turma a existência de uma mulher
mais comedida e familiar.
A discente não sabe, mas,
o advogado Reis percebe dois problemas na questão dos Direitos Humanos: um de
cunho relativista e outro de forma universalista. No relativismo tudo é aceito;
já no universalismo, pequenas culturas correm o risco de não serem respeitadas.
O autor enxerga perigo, no respeito a algumas particularidades culturais
locais, o que seria o relativismo. Segundo ele, as mutilações que ocorrem em
alguns países são difíceis de conciliar com o que demanda os Direitos Humanos
e, por conta disso, tem-se o universal interferindo no particular.
O problema da defesa, mesmo sendo dos
Direitos Humanos num sentido universal, é que implica eliminar outra cultura
mais particular. Percebe-se aí a necessidade de mais debates. A prova é que já há uma resistência dos
jovens por aceitar uma perfil mais conservador.
Por conta disso, não no
multiculturalismo, mas no pluralismo, pode se achar a resposta para a mistura
de ideias nascidas de forma contrárias e misturadas quando chegam no Brasil.
Isso porque há um sentimento de fraternidade entre os brasileiros, que para não
perderem a amizade preferem conciliar o contraditório.
5 CRONOGRAMA
ATIVIDADES |
Jun |
jul |
ago |
set |
out |
nov |
Levantamento
bibliográfico |
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X |
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|
Montagem
dos instrumentos de coleta de dados |
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X |
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Pesquisa de campo |
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X |
X |
X |
Organização,
Análise e interpretação dos dados |
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x |
Redação
do Trabalho Final |
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x |
Revisão e entrega do trabalho |
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x |
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS E PRODUTOS EDUCACIONAIS A SEREM GERADOS PARA
INTERVENÇÃO
Desde sempre a humanidade
transmite os conhecimentos acumulados aos mais jovens, de início, pelo costume,
formando uma bolha grupal que servia de proteção para si. Na contemporaneidade, com o Estado de Direito e com a
criação da escola nos moldes atuais, tanto Moral quanto a Ética pretende ser normativa e com o processo de globalização, num
primeiro olhar, já não há mais a necessidade de se criar o costume “verdadeiro”
como comunitário. Contudo, no que toca a Lei interna de um país, o dilema
reside em se ser objetivo, porém a ausência de uma posição por uma ou outra
ideia tem ajudado políticos a se elegerem e legislarem incoeretemente. Isso por
conta da inocência inconsciente do jovem.
A problemática de se juntar
algo que é contraditório em si reside na questão da verdade, pode ser acerca de
uma Moral. Porque se existem “verdades”, não existe verdade, haja vista que uma
verdade não pode existir com outra verdade contraditória a si.
Pode
ser por conta do multiculturalismo em termos mundiais e do pluralismo no caso
específico do Brasil que se escolhe o Ecletismo, ou, então, simplesmente, pela
ausência de uma leitura mais aprofundada nos filósofos.
Mesmo sabendo da importância do pluralismo para a existência de um
Estado harmônico e pacífico, que é o que tem acontecido no Brasil desde a
ratificação em artigos da Constituição de 1988, a tese defendida por este
trabalho é que a essência do homem e, também, do brasileiro, não é a mistura de
ideias contrárias em sua origem. O brasileiro é antes de tudo um debatedor, até
mesmo no futebol e na religião, e isso deveria acontecer com mais intensidade na
escola, contudo, percebe-se que o que existem ali são amarras num círculo que
quer conciliar pensamento inconciliável e acaba provocando um silêncio num
lugar onde os contraditórios deveriam ser o pilar. Dificilmente, alguns temas
atuais podem ser mencionados, mesmo nos terceiro anos com meninos mais maduros,
cita-se a questão do suicídio, do debate entre a família conservadora e os
novos modelos. Há vários outros temas afastados pelo medo ou por uma má leitura
das literaturas. Esse último caso é outro problema: a má leitura de autores que
conseguiram promover uma mudança de costumes. O silêncio no colégio secundário
ou o ecletismo de ideias para evitar o confronto não deixa nascer um Tomás
de Aquino, um Nicolau Maquiavel, um Descartes, um John Locke e nem um Hegel e Marx.
Para
isso um preojeto interdisciplinar na leitura dos clássicos citados pode levar o
futuro egresso da escola a filosofar sobre essa procura, ou, em caso de aceitar
a mistura de ideias opostas – o ecletismo – que seja de forma consciente.
REFERÊNCIAS
Bittar, Eduardo Carlos Bianca Curso de
Filosofia do Direito / Eduardo C. B. Bittar, Guilherme Assis de Almeida. – 11.
ed. – São Paulo: Atlas, 2015.
CARDOSO.
Isaac Sabino. A ideia, o Estado, a
religião sob o olhar judaico-cristão e de Hegel a Marx. Disponível em <https://isaacsabino.blogspot.com/2020/06/a-ideia-o-estado-religiao-sob-o-olhar.html> acesso em 20 de junho de
2021
CARDOSO.
Isaac Sabino. A questão da verdade na
Filosofia – Síntese Disponível em <https://isaacsabino.blogspot.com/2018/12/sintese-questao-da-verdade-na-filosofia.html> acesso em 20 de junho de
2021
CARDOSO.
Isaac Sabino. Busca da verdade: um
conceito à Filosofia Disponível em <https://isaacsabino.blogspot.com/2012/11/busca-da-verdade-um-conceito-filosofia.html> acesso em 20 de junho de
2021
Descartes,
René, 1596-1650. Meditações Metafísicas; tradução Lê Livros, - São
Paulo : Exilado Livros, 2006
Descartes,
René, 1596-1650. Discurso do Método/René Descartes; tradução Ciro
Mioranza, - São Paulo : Escala Educacional, 2006
Ecletismo, Filosofia. Disponível em
<https://languages.oup.com/google-dictionary-pt/> acesso em 20 de junho
de 2021
ENGELS, F. A Ideologia Alemã. Tradução: Rubens Enderle, Nélio Schneider e Luciano Cavini Martorano, 1ª ed. São Paulo: Editora: Boitempo, 2007.·.
GOMES, Roberto, 1944 – Crítica da razão tupiniquim/Roberto Gomes. – 11.ed. – São Paulo :
FTD, 1994. – (Coleção prazer em conhecer)
HEGEL, G. W. F. Fenomenologia do Espírito. Coleção Os Pensadores, 1ª ed. Editora: Abril Cultural, 1974.
Locke,
John, 1632-1704. Ensaio acerca do entendimento humano; tradução
Anoar Aiex, - São Paulo : Editora Nova Cultura, 1999
MAQUAVEL, N. 0 principe Brasia: Ur5,
1979 adaptacci.
MARCONI,
M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. – 5. Ed.
-São Paulo: Atlas, 2003
CARDOSO.
Isaac Sabino. Moral e Ética: Distinções
Disponível em <https://isaacsabino.blogspot.com/2012/11/moral-e-etica-distincoes.html> acesso em 20 de junho de 2021
Reis. Marcus Vinícius. Multiculturalismo e Direitos Humanos. V.01.
N.01. pp. 16f
3º Qual verbo deve ser usado nos OBJETIVOS ESPECÍFICOS?