O
mundo ganhou uma complexidade tão grande que dificilmente alguém conseguiria
sobreviver nos dias atuais sem o contato constante com outros de sua espécie.
Noutro momento até sim (uma fruta na árvore; um peixe no lago era suficiente). Com
todas as terras cercadas, e as pessoas se aglomerando, viver só, passou a ser
um atestado de morte prematura – de mendicância. A vida melhorou, mas problemas
complexos e interligados apareceram, e explicá-los passou a demandar mais
estudos – surge a Sociologia e seus diversos pensadores especialistas.
Com a agricultura empresarial dona de
todas as terras produtivas do mundo, para a grande maioria só resta os centros
urbanos com suas especialidades: médicos, advogados, engenheiros, professores,
empresários, policiais, pedreiros, mecânicos e outras. O campo produz pra
cidade e a cidade cuida do campo e de si: uma profissão cuidando da outra e um “novo”
homem que não consegue fazer ou entender o que o outro faz. Tudo se especializa
e se interliga. A troca é paga com menos guerras, menos mortalidade infantil,
mais anos de vida. Os problemas também
ficam mais complexos. É esse o contexto que nasce um novo especialista – o sociólogo.
Estudar o homem é objeto da Psicologia;
estudar os homens aglomerados – da família ao Estado; do Estado às empresas – é
objeto da Sociologia. As relações particulares não é conceito encontrado na disciplina
social. Daí uma diferença entre relações particulares e relações sociais.
É com essa vontade de explicar os aglomerados
humanos, suas ligações e seus conflitos, que Auguste Comte propôs pela primeira
vez o estudo da sociedade de forma mais técnica e dentro dos centros
acadêmicos. Algo que fosse lógico e
muito parecido com a física ou a química. Comte é o precursor dessa proposta,
feita no século XIX. Mas, análises e rumos para o povo não era coisa nova. O
Código de hamurabi, os filósofos gregos, os intelectuais da idade média, do
iluminismo já haviam tentado explicar e organizar a sociedade.
Karl Marx foi o sociólogo que mais
influenciou o século XX. O autor aperfeiçoou os estudos de Hegel e apontou a
luta de classes como o motor de todos os problemas sociais e aparecimento de
novos contextos políticos. Para Marx, o conflito entre patrões x trabalhadores,
riqueza x pobreza é a melhor explicação sociológica para história humana em
aglomerados. Contudo, quem melhor deu continuidade ao trabalho de Comte,
buscando a família, a política e a religião para explicar a sociedade, foi
Èmile Durkeim. Há, Ainda, quem tenha
estudado a sociedade a partir do indivíduo – caso de Maximiliano Carl Emil
Weber.
Dado o exposto, percebe-se que a
Sociologia surge num contexto em que a humanidade se junta, se individualiza,
se especializa e se interliga uns aos outros numa necessidade nunca antes vista.
Explicar esse fenômeno fica mais difícil e como não poderia ser diferente alguns
se propõem: é o caso de Auguste Comte, de Karl Marx, de Durkeim e Weber. Vale
ressaltar que com a nova ciência social nasce a Psicologia – a primeira com o
objetivo de estudar “os homens” e suas relações grupais; a segunda, “o homem” e
suas relações particulares.
II — Querefonte — Compreendo e vou perguntar-lhe. Dize -me, Górgias: é verdade o
que afirmou o nosso amigo Cálicles, que te comprometes a responder a seja o que for que te
Górgias — É verdade, Querefonte; foi isso mesmo que declarei há pouco, e posso
assegurar-te que há muitos anos ninguém me apresentou uma questão nova.
Querefonte — Tanto mais fácil, Górgias, para responderes.
Górgias — Depende apenas de ti, Querefonte, fazer a experiência.
Polo — Sim, por Zeus. Mas, se estiveres de acordo, Querefonte, faze a experiência
comigo. Acho que Górgias deve estar cansado de tanto falar.
Cálicles — Como assim, Polo? Pensas que podes responder melhor do que Górgias?
Polo — E o que vai nisso? Basta que seja suficiente para ti.
Cálicles — Nada me vai nisso. Então, se assim preferes, responde.
Cálicles — Vou perguntar. Se Górgias fosse profissional da arte que seu irmão
Heródico exerce, por que nome certo o designaríamos? O mesmo que damos àquele, não é
Cálicles — Se disséssemos, portanto que ele era médico, ter-nos-íamos expressado com
Cálicles — E caso ele fosse perito na arte de Aristofonte, filho de Aglaofonte, de que
modo lhe chamaríamos com acerto?
Polo — Pintor, evidentemente.
Cálicles — E agora, de que arte ele entende e por que nome certo devemos denominálo?
Polo — Querefonte, no mundo há muitas artes experimentais que a experiência
descobriu. A experiência faz que nossa vida seja dirigida de acordo com a arte, e a
inexperiência a entre ga ao acaso. Uns são proficientes numas; outros, noutras; cada um a seu
modo; os me lhores o são nas melhores. Górgias é um destes e participa da mais nobre das
Sócrates — Górgias, parece que Polo tem muita prática de falar; porém não cumpre o
que prometeu a Que refonte.
1ª Do que se trata o texto acima?
a visita de Sócrates e amigos a Górgias
A visita de Querofonte e amigos a Sócrates
De novo do jeito que já foi um dia | Num indo e vindo infinito |
Fonte: SANTOS, Lulu; MOTTA, Nelson. Como uma onda. In: Álbum MTV
ao vivo. Rio de Janeiro: Sony-BMG, 2004.
2. 13 (Vestibular PAES Abc2011mai C/adaptações) “Como uma onda” de Lulu Santos, infere-se que uma característica dessa realidade representada é o(a)
Desmundo, linguagem, Consciência. Uma crítica
De novo a questão da construção do ser - do “eu”. E a bola da vez é a linguagem - também dilema antigo entre os homens. O filme da hora é “Desmundo” de Alan Fresnot, 2003.
“Desmundo” é um daqueles enredos bem simples e que hipnotizam do adolescente mais hiperativo ao adulto crítico. A obra retrata a condição da mulher; do índio; do poder e declínio do Reino e da igreja. Contudo esse texto aqui se limitará ao “eu” e a língua.
Ao deslocar uma pessoa no tempo e no espaço, muito daquilo que ela acredita como verdade se desfaz. Acontece até mesmo com a língua (sem as legendas, o filme não é compreensível). Então!? O que se fala não é legítimo? – É o dilema. O debate é antigo e já opinaram personalidades como Aristóteles.
A bem da verdade é que a construção “dum ser” dentro “dum corpo” passa também pelo implante de uma língua. É através desta que a comunidade vai ser controlada com as narrativas míticas; o que pode e não pode ser pronunciado. “Desmundo” é só a prova de que como qualquer construção humana, a linguagem se desfaz e muda radicalmente no tempo e no especo.
Disponível em <http://isaacsabino.blogspot.com.br/2014/10/desmundo-linguagem-consciencia-uma.html> acesso em 21 junho 2015
3 (Modelo_Vestibular) Marque a alternativa INCORRETA:
b) A obra retrata da condição da mulher e índio do Brasil de 1570.
c) A língua não varia nem em tempo, nem em espaço.
4. Infere-se da análise Desmundo um dilema sobre
5. No enredo, NÃO é personagem que exista por vontade do homem
| E dos amigos que lá deixei Gonzada, L.; A vida de viajante |
A letra dessa canção reflete elementos identitário que representam a
Valorização das características naturais do Sertão nordestino.
Denúncia da precariedade social provocada pela seca.
Experiência de deslocamento vivenciada pelo migrante.
BIBLIOGRAFIA
Assmann,
Selvino José. Filosofia e Ética/Selvino
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Silva, José Maria da. Apresentação
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Ed. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2009
Silva,
Golias Sociologia organizacional /
Golias Silva. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração /
UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2010. 152p. : il.