segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

7º Plan 1º PT Youtbe, E-mail Desfile 2011

1. (Cereja p. 195CdDmin)Um blog não precisa tratar sempre do mesmo assunto. Pelo fato de abordarem assuntos variados, os blogueiros, para facilitar o acesso a seus textos, utilizam tags, termos que funcionam como etiquetas para delimitar os assuntos de cada postagem. Entre os conjuntos de tags abaixo, qual corresponde ao texto lido?

a. amizade, astrologia, comportamento, relacionamento, signos
b. carreira, comportamento, trabalho
c. amigos, amizade, ciúmes, comportamento, relacionamento
d. comportamento, morar fora, mudança, relacionamento, saudades, viagens

2 (Cereja p. 195CbDmin)Releia agora os trechos a seguir e identifique qual contém uma metáfora.

(A) • “a gente percebeu que poderia ir sem data para voltar”

(B) • “essa vida que é um turbilhão de incertezas”

3  (Cereja p. 195CaDmin)as alternativas que apresentam afirmações corretas a respeito do texto lido.

a. A autora utiliza figuras de linguagem e expressa seus próprios sentimentos; isso não significa, porém, que todos os blogs sigam esse padrão, uma vez que textos postados em blogs não têm um formato fixo. 

b. Trata-se de um texto impessoal, pois está em 3ª pessoa e não exprime a opinião da autora, que o escreve com base em textos de estudiosos sobre o assunto, como pode ser exemplificado pelas citações feitas no segundo parágrafo a propósito das invenções do homem ao longo da história.

4º O que ainda é muito enviado por e-mail?

(a) currículos e documentos, bem como de emogis e figurinhas, tópicos para discussão, notícias e felicitações.

(b) currículos e documentos, bem como de pautas de reuniões, tópicos para discussão, notícias e felicitações.

O alto preço de viver longe de casa
Muito além do valor do aluguel
Voar: a eterna inveja e frustração que o homem
carrega no peito a cada vez que vê um pássaro
no céu. Aprendemos a fazer um milhão de
coisas, mas voar... Voar a vida não deixou. Talvez
por saber que nós, humanos, aprendemos a pertencer
demais aos lugares e às pessoas. E que,
neste caso, poder voar nos causaria crises difíceis
de suportar, entre a tentação de ir e a necessidade
de ficar.
Muito bem. Aí o homem foi lá e criou a roda. A
Kombi. O patinete. A Harley. O Boeing 3. E a gente
descobriu que, mesmo sem asas, poderia voar.
Mas a grande complicação foi quando a gente
percebeu que poderia ir sem data para voltar.
E assim começaram a surgir os corajosos que
deixaram suas cidades de fome e miséria para
tentar alimentar a família nas capitais, cheias de
oportunidades e monstros. Os corajosos que deixaram
o aconchego do lar para estudar e sonhar
com o futuro incrível e hipotético que os espera.
Os corajosos que deixaram cidades amadas para
viver oportunidades que não aparecem duas
vezes. Os corajosos que deixaram, enfim, a vida
que tinham nas mãos, para voar para vidas que
decidiram encarar de peito aberto.
A vida de quem inventa de voar é paradoxal,
todo dia. É o peito eternamente dividido. É chorar
porque queria estar lá, sem deixar de querer estar
aqui. [...]
[...]
E começamos a viver um roteiro clássico:
deitar na cama, pensar no antigo-eterno lar, nos
quilômetros de distância, pensar nas pessoas
amadas, no que eles estão fazendo sem você, nos
risos que você não riu, nos perrengues que você
não estava lá para ajudar. [...]
[...]
Será que um dia saberemos, afinal, se estamos
no lugar certo? Será que há, enfim, algum
lugar certo para viver essa vida que é um turbilhão
de incertezas que a gente insiste em fingir
que acredita controlar?
Eu sei que não é fácil. E que admiro quem encarou
e encara tudo isso, todo dia.
[...]
O preço é alto. A gente se questiona, a gente
se culpa, a gente se angustia. Mas o destino,
a vida e o peito às vezes pedem que a gente embarque.
Alguns não vão. Mas nós, que fomos,
viemos e iremos, não estamos livres do medo e
de tantas fraquezas. Mas estamos para sempre
livres do medo de nunca termos tentado. [...]
(Disponível em: http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/ruthmanus/
o-alto-preco-de-viver-longe-de-casa/. Acesso em: 25/7/2015.)


5 (Cereja p. 195CaDmin)as alternativas que apresentam afirmações corretas a respeito do texto lido.

a. A autora utiliza figuras de linguagem e expressa seus próprios sentimentos; isso não significa, porém, que todos os blogs sigam esse padrão, uma vez que textos postados em blogs não têm um formato fixo.

b. Trata-se de um texto impessoal, pois está em 3ª pessoa e não exprime a opinião da autora, que o escreve com base em textos de estudiosos sobre o assunto, como pode ser exemplificado pelas citações feitas no segundo parágrafo a propósito das invenções do homem ao longo da história.


Para acessar o gabarito, clique no link abaixo





5º Plan 2º pt Guardar. Crônica II ROTATIVIDADE E Análise da poesia da 120 do ENEM

ESTUDAR DA PÁGINA 145 ATÉ 150 


Um conto psicológico e social

Ser ou não ser feliz agora  

     Estou cansado dessa sala de aula. Não aprendo nada e agora que estou no 9º ano. Não sei nem como eu cheguei até aqui. Com a minha idade era para eu está no segundo ano do ensino médio, mas não sei nada nem do segundo das criancinhas (Risos). Que droga! Por que a escola não me serve? Isso tudo é tão complicado. A merenda até que é boa. Esse ar condicionado está gelando. A sensação de jogar o papel no colega é que é muito gostosa. Mas esse professor vive pegando no meu pé. Isso é uma chatice: só esse mês ele já me colocou para fora da sala umas seis vezes. Que droga! E, esse professor que vive falando de igualdade: que balela! Eu não sou igual ao Marcos, não. O Marcos é novo e está na idade certa dessa sala. Não sei como ele consegue enxergar que aquela palavra é substantivo e aquela outra é verbo. Eu só enxergo palavras e não sei nem para que isso servirá na minha vida. O que diabos é análise morfologia e sintática.

        - Todos são iguais! Lá vem a professora com essa história de novo. Balela! O Marcos entende essas coisas de forma tão rápida. Ele deve sofrer para entender essas subordinadas e essas coordenadas. Eu estou é com sono. Ele deve sofrer para entender essas coisas. Ele não deve ser feliz agora. Eu quero ser feliz agora. Eu sou diferente dele e aquela professora dizendo que todos nós somos iguais. Somos, não! O professor disse que quem entender esse assunto terá uma vida mais confortável no futuro, mas eu posso ter essa vida confortável agora: eu posso cochilar nessa carteira agora; empendurar as bolsas do colega no ventilador agora – que sensação boa. O Marcos deve ser infeliz agora. Eu não. Vou aproveitar tudo agora: namorar com essas menininhas todas agora. Essas tarefas são tão cansativas. Eu não quero ficar doido com tudo isso.

     - Doutor Marcos, que “carrão” hein!

     - Doutor Marcos, você pode me dar uma esmolinha. Você pode não se lembrar, mas eu estudei com você no 9º ano. Tempos bons aquele, mas a vida não foi justa comigo. Os políticos me roubaram: naquela época nem merenda tinha – eu vivia com fome. A sociedade é injusta e eu estou aqui. As latinhas que eu juntei hoje ainda não deram nem para comprar um prato de comida. O mundo é injusto. Eu não sou feliz porque o mundo é injusto: uns são ricos e outros, como eu, muito pobres. Eu irei votar naquele político que tomará as coisas dos ricos e as distribua para pessoas como eu – os pobres.

                            Disponível em <http://isaacsabino.blogspot.com/2018/06/um-conto-psicologico-e-social-ser-ou.html> acesso em 14 de junho de 2018

 

1.     (2016) Analise as informações e marque a CORRETA:

 


(A)  O narrador foi feliz sempre.


(B)   O interesse de Marcos resultou no título de doutor.



2º De acordo com seus estudos a partir do livro didático ou uma pesquisa em outros meios, o melhor conceito de Crônica é:


(A) é um texto curto, que apresenta alguns elementos narrativos reduzidos ou condensados, poucos personagens, tempo cronológico ou psicológico, espaço e tema específico.


(B) é texto moderno ou contemporâneo que segue um modelo estrutural com escritores que começam a narrativa pelo início da história até chegar ao clímax, e depois fazem uma retrospectiva até chegar à situação inicial. 

 

3º Descritor 01 – (Localizar informações explícitas em um texto) Infere-se do texto “A Rotatividade de Professores atrapalhando o sucesso dos alunos”. Leia-o a partir do link https://isaacsabino.blogspot.com/2021/03/a-rotatividade-de-professores.html

 

(A) Com a troca, os estudantes acabam sendo os maiores prejudicados, pois a rotatividade, além de impedir um vínculo maior entre professor, gestão e turma, atrapalha na identificação das dificuldades de cada aluno. 


(B) Com a troca, os estudantes acabam sendo os mais beneficiados, pois a rotatividade, além de impedir um vínculo vicioso entre professor, gestão e turma, atrapalha na inovação de círculos de cada aluno. 


Descritor 3 –(Inferir o sentido de uma palavra ou expressao). Nesse sentido o aluno tem que saber o significado de determinada palavra. O que significa ROTATIVIDADE?


(A) RODÍZIO;


(B) PERMANÊNCIA

  

5º Descritor 11 – (Distinguir um fato da opinião relativa a este fato. Um fato é algo que não há como se negar, já a opinião você pode concordar ou não). DO TEXTO do link https://isaacsabino.blogspot.com/2021/03/a-rotatividade-de-professores.htmlMaMarque o que é opinião:

 (A) 57% das instituições sofrem com esse problema que vem aumentando. 


(B) O impacto sofrido pelos estudantes com uma nova metodologia de ensino também é algo prejudicial.


CLIQUE NO LINK ABAIXO PARA MARCAR AS QUESTÕES

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdkvfRdWFEYSO_gT7He6QGZUnrOYJzHIjPLRJnclUUdgppspg/viewform?usp=sf_link















Guardar

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é fitá-la, mirá-la por.
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro
Do que um pássaro sem voos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.

MACHADO, G. In: MORICONI, I. (org.). Os cem melhores poemas brasileiros dos sécuo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

01. 120 (ENEM 2014 cb2011min(1) adaptada) A memória é um importante recurso do patrimônio cultural de uma nação. Ela está presente nas lembranças do passado e no acervo cultural de um povo. Ao tratar o fazer poético como uma das maneiras de se guardar o que se quer, o texto
(A) ressalta a importância dos estudos históricos para a construção da memória de um povo.
(B) valoriza as lembranças individuais em detrimento das narrativas populares ou coletivas.
(C) reforça a capacidade da literatura em promover a subjetividade e os valores humanos.
(D) destaca a importância de reservar o texto literário àqueles que possuem maior repertório cultural.
(E) revela a superioridade da escrita poética como forma ideal de preservação da memória cultural.





Texto

     Quando a cavalgada chegou à margem da clareira, aí se passava uma cena curiosa.
     Em pé, no meio do espaço que formava a grande abóbada de árvores, encostado  a um velho tronco decepado pelo raio, via-se um índio na flor da idade.
     Uma simples túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates, caía-lhe dos ombros até ao meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem.
     Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor de cobre, brilhava com reflexos dourados; os cabelos pretos cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte: a pupila negra, móbil, cintilante; a boca forte, mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, dava ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça, da força e da inteligência.
     Tinha a cabeça cingida por uma fita de couro, à qual se prendiam do lado esquerdo duas plumas matizadas, que, descrevendo uma longa espiral, vinham roçar com as pontas negras o pescoço flexível.
     Era de alta estatura; tinha as mãos delicadas; a perna ágil e nervosa, ornada com uma axorca de fruto de frutos amarelos, apoiava-se sobre um pé pequeno, mas firme no andar e veloz na corrida. Segurava o arco e as flechas com a mão direita caída, e com a esquerda mantinha verticalmente diante de si um longo forcado de pau enegrecido pelo fogo.
Alencar, José. O Guarani. Clássicos Saraiva

2.49  (Vestibular PAES D2013 Adaptada) A leitura do fragmento revela o sentimento do escritor com à sua época. O personagem é a marca do movimento romântico de um período que se caracteriza:
a) pela melancolia do poeta Byron marcada por traços doentios;
b) por assumir um caráter combativo de oposição e crítica social;
c) pelo pessimismo brasileiro diante da condição do índio;
d) pela exaltação dos valores de um herói que seja nacional;
e) pelo uso de alegorias, frases interrogativas; ordem inversa;

Substantivo são aquelas palavras usadas para nomear os seres de um modo geral...Dentro dessa classe de palavras o que mais causa problemas é manuscrever o plural das terminadas em ÃO. É o caso de:
Tubarão – tubarões
Escrivão – escrivães
Bênção – bênçãos
Formão – formões
Tabelião – tabeliães
Órgãos – órgãos
Grilhão – grilhões
Capelão - capelães
Cidadão – cidadãos
Balão – balões
Capitão – capitães
Cristãos – cristãos
Botão – botões
Alemão – alemães
Pagão – pagãos
Gavião - gaviões
Pão - pães
Irmão - irmãos

3.128 (Renato Aquino pág. 69 A25ª Edição) as frases: “Há flores e frutos no armário novo”, temos quantos substantivos?
a) 3                  b) 2                   c) 4                   d) 1                   e) 5

4.186 (TALCRIM D2013) o plural de cidadão, palavra presente no texto, é cidadãos; a palavra que apresenta a forma do mesmo tipo é:
a) perdiz          b) cobra         c) gata           d) corrimão          e) vaca

O EFEITO HALO

     A existência do chamado efeito halo é reconhecida há muito tempo. É o fenômeno pelo qual concluímos que, se uma pessoa faz bem alguma coisa, ela fará bem todas as outras coisas — e também o contrário, se faz uma coisa mal, fará mal todas as outras. A expressão foi cunhada por Edward Thorndike, psicólogo, que usou o termo em um estudo de 1920 em que descreveu como oficiais das forças armadas avaliavam seus subordinados. Thorndike concluiu que dificilmente a avaliação a respeito de uma característica não se estendia a outras.
     Trabalhos feitos mais tarde sugeriram que o efeito halo era altamente influenciado pela primeira impressão. Ele é usado por anunciantes que pagam altos cachês para atores heroicos e lindas atrizes para anunciarem produtos dos quais eles nada sabem. Temos uma opinião positiva do ator porque ele interpretou um herói ou da atriz porque ela foi produzida para ficar incrivelmente bonita e concluímos que eles têm amplo conhecimento sobre motores de carros e cremes antirrugas.
     Já o reconhecimento de que o efeito halo exerce uma forte influência nos negócios é relativamente recente. Em 2002 Melvin Scorcher e James Brant trataram do assunto na Harvard Business Review. Eles escreveram que comprovaram que CEOs, presidentes, vice-presidentes executivos e outros profissionais em cargos de alta direção costumam tomar decisões sobre candidatos baseadas em informações distorcidas e frequentemente caem no efeito halo, supervalorizando algumas características e desvalorizando outras. Em outras áreas de negócios isto também acontece. Scorcher e Brant citam que o efeito halo pode ser usado propositalmente, como acontece na indústria automobilística, com os carros halo, modelos com características especiais que ajudam a vender outros da mesma série.
     [...]
Disponível em <http://opiniaoenoticia.com.br/economia/negocios/o-efeito-halo/>acesso em 07 fev 2014

5.101 (ENEM B2013 adaptada) As diversas formas de organizar as pessoas, funcionários e clientes, são demonstrações culturais das empresas em qualquer parte do mundo. Entre elas, o Efeito Halo é considerado movimento que se caracteriza por
a) proporcionar ao trabalhador mais oportunidades de vivenciar a responsabilidade pessoal e um trabalho significativo...
b) possibilitar que a avaliação de um item possa interferir sobre outros fatores, contaminando o resultado geral;
c) ...combinar tarefas, formar unidades naturais de trabalho, estabelecer relações com os clientes, imprimir carga vertical...
d) explicar a divisão hierárquica onde as necessidades devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto.
e) explicar os fatores positivos ou negativos que motivam ou na as pessoas;

6.108 (Enem D2013) O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da “vida quotidiana”.
HUIZINGA, J. Homo ludense:  o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Persepectiva, 2004.

Segundo o texto, o jogo comporta a possibilidade de fruição. Do ponto de vista das práticas corporais, essa fruição se estabelece por meio do(a)
a)    Fixação de táticas, que define a padronização para maior alcance popular.
b)    Competitividade, que impulsiona o interesse pelo sucssso.
c)     Refinamento técnico, que gera resultados satisfatórios.
d)    Caráter lúdico, que permite experiências inusitadas.
e)     Uso tecnológico, que amplia as opções de lazer.

A paranoia Bullying

     Entro em sala de aula várias vezes na semana. Daí vem muito do que penso acerca dos modismos perniciosos que assolam o mundo da educação.
     (...)
     Hoje vou comentar um caso específico de moda que em breve provavelmente vai destruir qualquer liberdade e espontaneidade na sala de aula: a “paranoia Bullying”.
     Se atentarmos para o que o Ministério Público prepara como controle da vida escolar “interna”, veremos, mais uma vez, a face do totalitarismo via... Poder jurídico.
     Ao invés de atacar o que deve ser atacado (o lixo que é a escola no Brasil, porque o Estado arrecada impostos como um dragão faminto, mas não dá nada em troca), [...] invade o espaço institucional do cotidiano escolar com sua vocação maior e eterna: o controle absoluto da vida nos seus detalhes mais íntimos.
     E ninguém parece enxergar isso, muito menos a pedagogia [...]
     Quando ouço alguma “autoridade pública em bullying” sinto que estou diante de um inquisidor, que, como todos, sempre se acha representantes do “bem”.
     Seria de bom uso dar aulas de história dos perfis psicológicos dos grandes inquisidores, como Torquemada e Bernard de Gul, para essas “autoridades públicas” em invasão da vida íntima das pessoas e das instituições. [...]
     Em breve, a melhor solução para o professor será a indiferença preventiva para com os alunos. Melhor uma aula burocrática e avaliações burocráticas do tipo “múltipla escolha” ou “diga se é falso ou verdadeiro”, mesmo nas universidades, porque assim o aluno não poderá acusar o professor de “desumanidade” ao reprová-lo, ou pior, acusá-lo de bullying porque desconsiderou sua “cultura de ignorante”, mas que “merece respeito assim como Shakespeare”.
     Os “recursos” contra reprovação logo se transformarão em processos contra “bullying intelectual”. [...]
     Atitudes como estas destroem a autoridade da instituição, dos profissionais que nela trabalham e transformam todos em reféns da “máquina jurídica”. O resultado é que família e escola perdem autonomia. [...]
     Na minha vida como aluno em universidade tive duas experiências com dois professores que hoje poderiam ser enquadrados facilmente neste papinho de “tratamento desumano”, mas que foram essenciais na minha vida profissional e pessoal.
     A primeira, quando era um aluno da medicina na Universidade Federal da Bahia, ocorreu no dia em que perguntei a um professor como um paciente terminal via o fato de que ele ia em direção ao nada. Ele disse: “O senhor está na aula errada, deveria estar na aula de filosofia”.
     (...)
     A segunda, já na faculdade de filosofia da USP, aconteceu quando um professor me deu zero e disse para procurá-lo. Ao me ver, no meio da secretaria e na frente de vários funcionários e alunos, ele disparou: “suas ideias são ótimas, seu português é um lixo”.
     Em vez de preparar a polícia para prender bandidos que assaltam casa e restaurantes aos montes, o governo prefere brincar com essas bijuterias, fingindo que cumpre sua função de garantir a segurança pública. Será que isso é medo de enfrentar os criminosos de verdade?
Pondé. Folha de São Paulo. Adaptado


7.     (Modelo_Vestibular PAES 2014e) Analise as informações:
1)    O combate ao bullying é um caso específico de moda que tende a destruir a liberdade e espontaneidade na aula.
2)    Quando atuar, o Ministério Público pode preparar um controle na vida escolar que se assemelha ao totalitarismo.
3)    O Estado brasileiro cuida bem de suas escolas, arrecada os impostos, mas os investe de forma planejada na educação.
4)    Em breve, a melhor solução para o professor será a indiferença a fim de evitar problemas com os alunos.
Estão em consonância com o Texto as informações:
A) 2 e 4, apenas.             B) 1 e 3, apenas.            C) 2, 3 e 4, apenas.
D) 1 e 4, apenas.             E) 1, 2 e 4.
    
8 (INSS adaptada 2012a) No texto, por modismos entende-se
a)    Idiotismo                    b) Civismo                       c) Empirismo
d) Budismo                      e) Abismo

9 04. O Texto caracteriza-se por cumprir, prioritariamente, uma função:
A) publicitária.                 B) lúdica.                        C) instrucional.
D) didática.                      E) Dissertativa.

O Pensador Coletivo

     Você sabe o que é MAV? Inventada no 4º Congresso de um dos maiores Partidos do Brasil, em 2011, a sigla significa Militância em Ambientes Virtuais. São núcleos treinados para operar em publicações e redes sociais. A ordem é fabricar correntes volumosas de opinião a depender do momento. Um centro político define pautas, escolhe alvos. Os militantes difundem, através de pseudônimos. No fim do arco-íris, um Pensador Coletivo fala a mesma coisa (...)
     O Pensador Coletivo se preocupa imensamente com a crítica ao governo. Os sistemas políticos pluralistas estão sustentados pelo elogio da dissonância: a crítica é benéfica para ao poder porque descortina problemas. O Pensador Coletivo não concorda: seu imperativo é rebater a crítica imediatamente, evitando que o vírus da dúvida se espalhe pelo tecido social. (...)
     Esse tipo de pensador abomina argumentos específicos. Seu centro político não tem tempo para refletir sobre textos críticos e formular réplicas substanciais. Os militantes difusores não têm a sofisticação intelectual indispensável para refrasear sentenças complexas. Você está diante do Pensador Coletivo quando se depara com fórmulas prontas como o uso dos termos "elitista", "preconceituoso".
    [...]
     Existem similares ao MAV em outros partidos? O conceito do Pensador Coletivo ajusta-se melhor às correntes políticas que se acreditam possuidoras da chave da porta do Futuro. Mas, na era da internet, e na hora de uma campanha eleitoral, o invento será copiado. Pense nisso pelo lado bom: identificar robôs de opinião é um joguinho que tem a sua graça.
(DEMÉTRIO MAGNOLI. Folha de S. Paulo, 12 de novembro de 2013 Adaptado)

10.  (modelo ENEM 2013 adaptada) Demétrio nos chama para o debate e nos mostra quando não pensamos por nós mesmos. Questionar é o que Chauí chama de Atitude Filosófica e descreve algumas características. Marque a assertiva que NÃO é característica da atitude filosófica.
a)     Uma das ... é negativa, isto é, um dizer não aos “pré-conceitos”.
b)     Uma das ... é positiva, isto é, um dizer sim aos “pré-conceitos”,
c)     Uma das ... é positiva, isto é, uma interrogação sobre o que são as coisas.
d)     ...É também uma interrogação sobre o porquê e o como  disso tudo...
e)     é uma atitude crítica.





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