terça-feira, 30 de agosto de 2022

10º Plan 3º ROBOCOP, O “EU”, LISPECTOR – Implícitos e intertextualidade p 234

Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente
importante para diminuir o risco de infarto mas também de problemas como morte súbita e derrame.
Significa que manter uma alimentação saudável
e praticar atividade física regularmente já reduz,
por si só, as chances de desenvolver vários problemas.
Além disso, é importante para o controle da pressão
arterial, dos níveis de colesterol e de glicose no sangue.
Também ajuda a diminuir o estresse e a aumentar
a capacidade física, fatores que, somados, reduzem
as chances de infarto. Exercitar-se, nesses casos, com
acompanhamento médico e moderação, é altamente
recomendável.
ATALIA, M. Nossa vida. Época. 23 mar. 2009.


1º (ENEM) As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na construção do sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que

(a). a expressão “Além disso” marca uma sequenciação de ideiAs.

(b). o conectivo “mas também” inicia oração que exprime ideia de contraste.


O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto
o Botafogo procurava fazer uma forte marcação
no meio campo e tentar lançamentos para Victor
Simões, isolado entre os zagueiros rubro-negros.
Mesmo com mais posse de bola, o time dirigido por
Cuca tinha grande dificuldade de chegar à área alvinegra
por causa do bloqueio montado pelo Botafogo
na frente da sua área.
No entanto, na primeira chance rubro-negra,
saiu o gol. Ap—s cruzamento da direita de Ibson, a
zaga alvinegra rebateu a bola de cabeça para o meio
da área. Kléberson apareceu na jogada e cabeceou por
cima do goleiro Renan. Ronaldo Angelim apareceu
nas costas da defesa e empurrou para o fundo da rede
quase que em cima da linha: Flamengo 1 a 0.

Disponível em: http://momentodofutebol.blogspot.com (adaptado).

2º (ENEM) O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de futebol, realizado em 2009, contém vários conectivos, sendo que


(A) d. mesmo traz ideia de concessão, já que “com mais posse de bola”, ter dificuldaDe não é algo naturalmente esperado.


(B) e. por causa do indica consequência, porque as tentativas de ataque do Flamengo motivaram o Botafogo a fazer um bloqueio.



    Ademais, por não serem um "padrão" na sociedade que, no que lhe concerne, ainda vem tentando impor a família tradicional através de discursos odiosos, acabam desestruturando a base de algumas famílias. De acordo com o Censo demográfico do IBGE de 2010, a família tradicional não representa mais a maioria do conjunto familiar brasileiro. Tal organização só se sustenta dentro de uma ética cristã.

    Outrossim, a família contemporânea pode ser vista como um ato de rebeldia. Uma base familiar ornamentada na libertinagem pode ser um grande problema para a sociedade, por julgar que quebrar regras é um ato iluminista e não um ato errado. Portanto, essa estrutura pode ser uma porta para a desordem.

   Considerando esses aspectos poderão concluir que, deve que o ministério da educação priorize palestras escolares com o intuito de mostrar que mudanças são necessárias para que aja progresso. Por fim, deve que a população brasileira olhe com outros olhos as diferenças, visto que, como constatou Hannah Arendt "A Pluralidade é a Lei da Terra".

Por "Maria Rita Azevedo  3° ano ""b"" matutino "

3º Marque a alternativa que apresenta só CONECTIVOS

(a) Ademais, Outrossim, Por fim;

(b) Ademais. Outrossim, Pluralidade;


4. 6ª 01. DOs textos lidos abaixo, marque aquele que NÃO HÁ “A redundância”.

(A)          Gelo gelado 24 horas aqui;

(D)         Clarice Lispector é uma escritora existencialista;


5ª 13ª D2 ESTABELECER RELAÇÕES ENTRE PARTES DE UM TEXTO, IDENTIFICANDO REPETIÇÕES OU SUBSTITUIÇÕES QUE CONTRIBUEM PARA A CONTINUIDADE DA REDAÇÃO.


O TERMO "TAL ORGANIZAÇÃO" é um elemento coesivo REFERENCIAL porque faz referência a que outro elemento do texto?


(A) Família


(B) IBGE


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     Lançado em 2014, o filme RoboCop de José Padilha é um “remake” da versão produzida entre as décadas de 80 e 90. No enredo, o personagem Alex Murphy sofre um atentado e fica bastante ferido. Mais tarde um grupo empresarial “o compra” de sua família para ressuscitá-lo em um maquinário que servirá de policial à época. Ao acordar da morte, a cena lembra muito o dilema do “eu” já muito mencionado na literatura. Hoje, o “eu” figura ente o real e o virtual.
      No filme de Padilha, o problema acontece quando Murphy é reconstruído e mesmo sabendo que parte do seu “eu” está ali; outra que é o corpo foi perdida. O choque é o mesmo da protagonista de Clarisse Lispector em um de seus livros mais famosos – quando a protagonista se pergunta, claro, com outras falas: “quem realmente está no aqui agora?”. O susto é certeiro.
      “Quem sou eu?”; “eu estou no controle?”. Os dois questionamentos são vistos em duas cenas na obra de Padilha e lembram, realmente, o livro  “A Paixão segundo GH” de Lispector. O susto de descobrir que “não é” acontece quando a protagonista da autora fica sozinha sem sua empregada. Para você que quer passar pela mesma sensação – imagine a situação hipotética e responda: “-se você tivesse sido sequestrado quando ainda bebê e vendido num outro país e voltasse para o presente: a língua, o modo de vestir, as comidas tudo seria diferente, não é?”. Nisso, você ‘não é” e muito menos está no controle.
        Atualmente o dilema ficou mais forte, pois além do que já existia que era a abordagem em filmes, na literatura, e no real pelo questionamento que é a construção que se dá pela escola, pela igreja, surgiu um “eu” que vive duplamente no corpo: o real e o virtual. A geração contemporânea vive dessa forma -  num constante embate entre o de “carne e osso” e aquele que fica nas redes sociais - bem diferentes um do outro, mas provocando os mesmos questionamentos – com um “recheio” a mais: a questão homem/máquina e quem está no controle? É a geração Robocop.


Pesquisar da Página 235 até 238


1º O QUE É INTEXTUALIDADE?

(A) é um modo particular de se estabelecer uma relação [...] das ideias do texto original, em geral para subverter ou mesmo o satirizá-lo.

(B) são as relações, menos ou mais explícitas, entre um texto e outros textos produzidos anteriormente a ele.

2ª D4 – Inferir uma informação implícita em um texto. O que são as informações implícitas no texto?

(A) A habilidade que pode ser avaliada por este descritor, relaciona-se à localização pelo que pode estar expressa literalmente no texto.


(B) são aquelas que não estão presentes claramente na base textual, mas podem ser construídas pelo leitor por meio da realização de inferências que as marcas do texto permitem.


3º INFERE-SE DE FORMA EXPLÍCITA DO TEXTO:

(A) Atualmente o dilema ficou mais forte, pois além [...] do real pelo questionamento que é a construção que se dá pela escola, pela igreja, surgiu um “eu” que vive duplamente no corpo: o real e o virtual.

(B) Atualmente o dilema não existe, pois além do que já existia que era a abordagem em filmes, na literatura, e no real pelo questionamento que é a construção que se dá pela escola, pela igreja, um “eu” ficou imutável nos dias atuais



4º Observe a parte não verbal do cartum. O que cada um dos três pássaros está fazendo?


(A) O 1º está ciscando no dente do crocodilo e o 2º está virado para o 3º, que olha para cima e sem preocupação alguma não diz nada.

(B) O 1º está ciscando no dente do crocodilo e o 2º está virado para o 3º, que olha para cima com uma expressão preocupada e fala alguma coisa.

5º O que o olhar do crocodilo expressa?

(A) Tédio, cansaço, preguiça.

(B) Felicidade, enrgia, alegria.


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13º Plan 3º O conceito de “gosto” à luz da Filosofia e com base nos contrastes entre Kant e Hume sobre o termo


                Dificilmente o homem é unânime em algo, e com relação ao ”gosto” estético sobre as coisas não poderia ser diferente. Como sempre, a Filosofia sucinta debate que formula conceitos, mas só que, de novo, antagônicos, e mais de um. Nesse sentido, destaque para os contrastes existentes na questão do gosto entre os Filósofos David Hume e Immanuel Kant. O dilema é se a coisa é bela por si só ou se a beleza vista sobre ela depende de quem a olha.
                Num olhar superficial sobre todo o debate histórico e discordante da humanidade, duas linhas de pensamentos sempre se opõem: os empiristas e os racionalistas. A filosofia exposta nessas duas vertentes não deixará o homem ter unanimidade em praticamente nenhum assunto, isso porque, para aqueles as coisas são vistas a depender dos sentidos e da experiência e para estes, as coisas são vistas a partir de algo já nato ao homem e sem a necessidade dos sentidos e do hábito. Nisso, temas diversos como o próprio ato de conhecer, a moral e por que não dizer, até os gêneros homem e mulher sempre produzem debates acalorados acerda na natureza das coisas: se elas são construções meramente humanas ou naturais. E nessas discordâncias não poderiam ficar de fora também a questão do gosto estético que cada indivíduo tem sobre o objeto.
                No que diz respeito à Filosofia, o gosto estético, pode depender de aspectos objetivos ou subjetivos. Significa dizer que há os que defendem que a beleza da coisa está na própria coisa. Esse é o aspecto objetivo, mas há os que defendem que a beleza da coisa depende do olhar de quem a observa, nesse caso, tem-se o aspecto subjetivo.
               Ao longo de todo o pensamento filosófico, diversos personagens foram contrários entre si, basta ver Heráclito e Parmênides, Sócrates e os Sofistas, Hobbes e Rousseau, mas o que nos interessa são os recentes David Hume e Immanuel Kant, na questão do gosto, porque na maioria dos outros assuntos, os dois mais concordam do que discordam. Tendo em vista que Hume é um emprirista radical, o ideal de contra ponto a ele seria um racionalista radical também, contudo, é Kant quem tenta refutá-lo nesse tema.
              Segundo Verástegui 2012, Hume não acredita que exista uniformidade possível quanto aos gostos. Não reconhece a preexistência de uma norma do gosto, universal e abstrata. Para Kant não existe gosto sem razão, a própria subjetividade é uma forma interpretativa da realidade objetiva.
              O segredo aqui é a palavra “razão” proposta por Kant. Isso porque os racionalistas acreditam que a verdade está dentro do sujeito, sem tanta necessidade da experiência para que se chegue nela. Nesse sentido, quando o indivíduo olha o objeto, ele já tem conhecimento prévio, nato, do que seja o ideal de beleza. A realidade existe e se apresenta para todos da mesma forma, ou seja, ela é objetiva. É claro que Kant vai dizer que há algo de subjetivo no homem para expressar seus gostos sobre o objeto, contudo, para o autor, a razão é prévia e base para tal subjetividade. É desse tipo de ideia acerca do gosto que será contrário o filósofo Hume. Para ele, não há nada a priori no homem que o faça coincidir com outros homens acerca do que é belo num objeto. O objeto em si não é belo. Nesse caso o gosto é intimamente individual e subjetivo e depende da experiência que o homem vai adquirindo com o decorrer do tempo.
             Com todo esse debate histórico, a única coisa que se pode confirmar é que o homem é um ser muito complexo e analisar para conceituar o “gosto” estético pelas coisas é só mais uma dessas complexidades em que não há unanimidade. A verdade é que até pessoas simples, com pouco conhecimento filosófico, também costumam dizer que não há ninguém feio.  É como dizer que a beleza depende do olhar de quem olha. Inconscientemente eles acabam por encampar a filosofia de David Hume que trata, justamente, dessa subjetividade do ”gosto”, mas há aqueles que defendem que o feio exista mesmo, fora do indivíduo - que é objetivo e universal, visto por todos da mesma forma e esse é o pensamento de Immnuel Kant.
                 


                













REFERÊNCIAS





MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. – 5. Ed. -São Paulo: Atlas, 2003


Verástegui, Rosa de Lourdes Aguilar. Estética / Rosa de Lourdes Aguilar Verástegui. – São Luís: UemaNet, 2012. 116 p.                    











1º Relacione as partes verbal e não verbal do anúncio: Quem são as personagens retratadas e qual é a relação entre elas?


(A) Da esquerda para a direita: o filho mais velho, o pai, a mãe, filho mais novo. Formam uma família.


(B) Da esquerda para a direita: Filho mais novo. Formam uma família. o filho mais velho, o pai, a mãe;


2ª Qual é a relação entre as cores dos balões das falas de cada personagem e o sentimento que elas deixam transparecer com suas falas?

(A) As cores reforçam a ideia de “temperatura” das falas. Assim, em amarelo está a fala mais amena de todas; em laranja, uma fala um pouco mais tensa; em vermelho, a mais tensa e exaltada; e, em azul, a mais fria.

(B) As cores reforçam a ideia de “temperatura” das falas. Assim, em laranja está a fala mais amena de todas; em amarelo, uma fala um pouco mais tensa; em azul, a mais tensa e exaltada; e, em vermelho, a mais fria.


3º Infere-se do texto "O Conceito de "gosto" à luz da Filosofia e com base nos constrastes entre Kant e Hume sobre o termo

(A) Segundo Verástegui 2012, Hume acredita que exista uniformidade possível quanto aos gostos. Não reconhece a preexistência de uma norma do gosto, universal e abstrata. Para Kant não existe gosto sem razão, a própria subjetividade é uma forma interpretativa da realidade objetiva.

(B) Segundo Verástegui 2012, Hume não acredita que exista uniformidade possível quanto aos gostos. reconhece a preexistência de uma norma do gosto, universal e abstrata. Para Kant existe gosto sem razão, a própria subjetividade é uma forma interpretativa da realidade objetiva.



4ª Leia a seguir um parágrafo de um texto dissertativo sobre supostas desvantagens da Internet, escrito por um aluno do ensino médio. A rapidez da Internet gera uma acomodação, causando sedentarismo físico e mental, não despertando o senso crítico e não desenvolvendo a mente para criar opiniões novas. Um exemplo da falta de incentivo ao pensamento crítico é o famoso “copiar e colar”, não obrigando nem mesmo o aluno a ler o que está na tela, apenas achando que está certo, causando por fim a falta de interesse em pesquisar sobre o assunto.


Identifique o trecho no qual o uso excessivo de gerúndio deixa o texto impreciso, prejudicando a retomada dos termos.

(A) “Um exemplo da falta de incentivo” até “pesquisar sobre o assunto”


(B) “a rapidez da Internet”, “falta de incentivo ao pensamento crítico”



5ª) Sobre o anúncio, como um todo: Quem é o anunciante?


(A) A montadora Fiat

(B) A montadora Volkswagen.



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13º Plan 3º O EVANGELHO SEGUNDO JESUS CRISTO – JOSÉ SARAMAGO - FERNANDO PESSOA



     Quando todas as religiões dizem que as narrativas bíblicas são feitos escritos através da INSPIRAÇÃO, José Saramago, escritor português, ateu, prova o contrário quando escreve o EVANGELHO SEGUNDO JESUS CRISTO. No enredo, o poeta mostra que com técnica, novidades e uma mente criativa, qualquer pessoa pode chegar a obras de cunho bem semelhante aos escritos bíblicos.
       José Saramago estrutura sua obra em três pilares: - A humanização de Jesus Cristo, os sacrifícios da rola, da ovelha e dos homens e por último o Plano de Deus revelado a Jesus.
           O escritor humaniza a figura de Jesus o tirando do plano de ser um Deus completo e o colocando no plano de ser um mero homem, com vontades e desejos. A humanização do filho de Deus dá-se desde o seu nascimento, “o filho de José e de Maria nasceu como todos os filhos dos homens, sujo do sangue de sua mãe, viscoso das mucosidades e sofrendo em silêncio. Chorou porque o fizeram chorar, e chorará por esse mesmo e único motivo”. [...] passando pelos desejos carnais vistos na adolescência de Jesus, no momento em que ele ver uma mulher tomando banho nua. Os desejos carnais se confirmam com o relacionamento de Jesus com Maria de Magdala, a prostitua, que a partir de então, passa a servir Jesus Cristo cegamente, acreditando sempre que Cristo seja realmente o filho de Deus, participando assim de todos os milagres até o momento da crucifixão. Por último a humanização se confirma com os sentimentos típicos de homens: bondade, caridade e perdão. No enredo, por exemplo, aos 13 anos, Jesus descobre que José, o carpinteiro, o salvara da morte em Belém, porém não salvou as outras crianças, o jovem desespera-se ao saber e sai de casa, começando assim a sua jornada. Mais dois momentos tornarão Cristo o homem-humano proposto por Saramago - o homem de bondade - de caridade - de piedade - uma característica não comum aos deuses: -o momento do sacrifício da ovelha no templo e ao término da narrativa a elaboração de uma estratégia para desfazer os planos de Deus e evitar as muitas mortes e guerras futuras.
          Sobre os sacrifícios, O português endeusa Deus com características de deuses da mitologia grega. Assim como Zeus e os outros do Olympio, Deus dos Judeus aprecia um sacrifício e a narrativa do escritor transcreve bem isto, dando atenção a um sacrifício logo após o nascimento de Jesus, o sacrifício das ROLAS. “uma alma qualquer, que nem precisará ser santa, das mais vulgares, terá dificuldade em entender como poderá Deus sentir-se feliz em meio de tal carnificina, sendo, como diz que é, pai dos homens e das bestas”. O episódio é dentro do templo e depois de várias narrativas psicológicas voltadas para as rolas que José e Maria compraram para o sacrifício. “...um sacerdote, descalço, vestido com uma túnica de linho, espera que o levita lhe entregue os pássaros”. Recebe a primeira, leva-a até uma esquina do altar e aí, de um só golpe, separa-lhe a cabeça do corpo”.
           Na adolescência e muito tempo depois de ter saído de casa, Jesus vai ao templo para suas orações e reverências a Deus. Sem saber como comprar uma ovelha para o sacrifício, Jesus pede esmolas, mas logo em seguida um homem o dá uma ovelha para ser sacrificada. “Jesus segura a ponta do baraço que prendera o anho à corda, o animal olhou o seu novo dono e baliu, fez me-é-é-e naquele jeito tímido e trémulo dos cordeiros que vão morrer jovens por os amarem tanto os deuses”. Neste enredo há também várias páginas voltadas ao psicologismo de Jesus em ter que sacrificar um pobre animal. “ali estava, como nunca antes desta maneira absoluta, senhor da vida e da morte de outro ser, este cordeiro branco, imaculado”. Jesus resolve por piedade não sacrificar a ovelha, põe-na nos ombros e sai do templo.
          Em toda a obra, Deus aparece para o próprio Jesus duas vezes, uma quando passado muito tempo depois do episódio da ovelha no templo, Jesus perde o bicho e sai a procurá-lo pelos vales, lá encontra Deus pela primeira vez. Deus neste momento declara ser o pai de Jesus e que o jovem o deve um sacrifício, o da ovelha no templo. A sua aparição é para cobrar o sacrifício e selar um pacto entre Deus e seu filho, um pacto que trará vantagens aos dois, mas que será revelado em outro momento. Jesus, então depois de muito negociar o sacrifício do animal resolve obedecer ao Pai.
            Na última aparição de Deus a Jesus, já depois de muitos milagres, bem depois da escolha dos discípulos, depois de Jesus está casado com Maria de Magdala. Deus aparece em meio a um nevoeiro e neste aparecimento, Saramago junta o quebra-cabeça das ROLAS, DA OVELHA quando Deus relata os seus planos a Jesus. O momento é em alto mar, num barco: - No barco Deus e o diabo. Jesus ouve os planos de seu pai - o plano nada mais é do que divulgar Jesus como o verdadeiro filho de Deus e depois de muitos milagres feitos, sacrificá-lo, sacrificar Jesus numa cruz perante todos os homens. O martírio daria a Jesus glórias futuras, respaldo mundial e em tão pouco tempo Deus, seu verdadeiro pai, seria o Deus mais conhecido de todos, não seria mais Deus dos Judeus, de um povo tão pequeno, seria Deus do mundo. Deus propõe ainda, que Jesus fale a todos a única forma de se alcançar o reino dos céus – através do sacrifício, sacrifícios de privações, de obediência e até de morte. Neste momento Jesus se opõe aos projetos, mesmo sabendo não poder se opuser a Deus, mas diz aceitá-lo com algumas condições: que Deus o mostre o futuro, os que serão sacrificados para a realização deste projeto. Jesus insiste muito e Deus resolve mostrar o futuro, a começar por um Simão que chamarás Pedro, amigo de Jesus, que morrerá crucificado de cabeça para baixo numa cruz, de André, numa cruz de formato de X, Tiago, degolado, Tomé, que morrerá a lançada, Judas, enforcado pelas próprias mãos. Depois de citar três páginas de nomes e mortes horríveis, Deus pede para parar, mas Jesus não o deixa e insiste que continue e com detalhes das mortes. Citado mais páginas, a inquisição, as cruzadas, as guerras santas, Deus pára. O diabo comenta: só um Deus para gostar de tanto sacrifício. Jesus pergunta o que o Demônio faz ali. -Para os planos de Deus há que haver o diabo, afinal os homens precisam sempre de uma escolha, precisam temer uma das escolhas afim de que possa escolher a outra: nisto uma opção é Deus e a outra o diabo, que também sairá ganhando com o plano, nenhum deus será tão conhecido quanto ele e as almas que se perderem serão todas dele.
            Ao término do livro, Jesus ainda manobra os planos de Deus, logo após a morte de João Batista, mas não consegue impedir os projetos do criador: É crucificado, com um rasgar dos céus alguns dizem: Era o Filho de Deus.
               A obra de José Saramago é grandiosa na criatividade, uma ficção das melhores, pois leva o cérebro a confundir o real com o inventado. É grandiosa historicamente por explicar vários fatos como o machismo da época: os silêncio das mulheres e a brutalidade dos homens. Se o leitor já tiver tido o prazer de conhecer “vidas secas” de Graciliano Ramos terá um pouco de noção psicológica se comparar Maria com a Sinhá Vitória e José com Fabiano.
Palavras, e a explicação delas são interessantes na obra. O “deserto”, por exemplo, e parece está muito bem seguro o autor, nada mais é do que um lugar particular, onde não haja ninguém. Na obra os 40 dias no deserto foram em pleno alto mar, na segunda conversa entre Deus, o diabo e Jesus. Saramago explica também os nomes, por aquela região é a coisa mais comum encontrar Josés, Marias, Judas e outros.
           Do livro, conclui-se que é uma obra excelente, fantasias e realidade se confundem. Um português gramaticalmente inovador. Uma obra que não tira a fé de ninguém, pelo contrário desperta a curiosidade, tendo em vista que quem quiser conhecer a obra terá que passar a conhecer também a bíblia.

Por Isaac Sabino









1º DESCRITOR que visa Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outros recursos gráficos.


A) D17


B) D2


2º Os dois pontos logo após de "José Saramago estrutura sua obra em três pilares". Qua está no segundo parágrafo marca:


A) uma enumeração;


B) um susto;


3 Marque a alternativa que só constam OBRAS DE JOSÉ SARAMAGO:


(A) Memorial do convento, Jangada de pedra (1986), História do cerco de Lisboa (1989) e A viagem do elefante (2008), sobre temas religiosos, como O evangelho segundo Jesus Cristo (1991), sobre temas existenciais, como Todos os nomes (1997) e Ensaio sobre a lucidez (2004), além de uma obra intrigante sobre um dos heterônimos de Fernando Pessoa, O ano da morte de Ricardo Reis (1984).


(A) Memorial do convento, Jangada de pedra (1986), História do cerco de Lisboa (1989) e A viagem do elefante (2008), sobre temas religiosos, como Triste Fim de Policarpo Quaresma (1991), sobre temas existenciais, como Todos os nomes (1997) e Ensaio sobre a lucidez (2004), além de uma obra intrigante sobre um dos heterônimos de Fernando Pessoa, O ano da morte de Ricardo Reis (1984).



4ª JOSÉ SARAMAGO COSTUMA ESCREVER ABANDONANDO OS TRAVESSÕES DE FALAS E ATÉ MESMO OS PARÁGRAFOS.  Que efeito a pontuação utilizada por Saramago produz na leitura do texto?



(A) Ela cria sentidos ambíguos, uma vez que não se sabe exatamente quem está falando. Como consequência, ela exige uma atenção redobrada do leitor, principalmente nos momentos iniciais da leitura.

(B) Ela não cria sentidos ambíguos, uma vez que se sabe exatamente quem está falando. Como consequência, ela não é exigido tanta atenção redobrada do leitor, principalmente nos momentos iniciais da leitura.



1.    510º Descritor 11 – (Distinguir um fato da opiniao relativa a este fato. Um fato é algo que não há como se negar, já a opinião você pode concordar ou não). Qual parte do texto que é só uma opinião.


(AA) José Saramago, escritor português, ateu;    

       

    B) A obra de José Saramago é grandiosa na criatividade;





https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdhJM4hQtRPRpCNHSBZnIqd94ZVV8Ifc0Gtr7YKZfu6GsQelg/viewform?usp=sf_link




Fernando Pessoa nasceu no dia 13 de junho de 1888, na cidade de Lisboa, Portugal. Levou uma vida anônima e solitária e morreu em 1935, vítima de uma cirrose hepática.

Quando falamos desse genioso artista, é necessário fazermos uma distinção entre todos os poemas que assinou com o seu verdadeiro nome (poesia ortônima) e todos os outros, atribuídos aos seus heterônimos: Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis.

 

A questão da heteronímia resulta de características pessoais referentes à personalidade de Fernando Pessoa: o desdobramento do eu”, a multiplicação de identidades e a sinceridade do fingimento, uma condição que patenteou sua criação literária e que deu origem ao poema que segue:

 


TEXTO I

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.


E os que lêem o que escreve,

Na dor lida sentem bem,

Não as duas que ele teve,

Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda

Gira, a entreter a razão,

Esse comboio de corda

Que se chama coração

 

Pessoa, Fernando. Lírica e dramática, In: Obras de Fernando Pessoa3e

 

 

Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/literatura/fernando-pessoa-seus-heteronimos.htm#:~:text=Alberto%20Caeiro%2C%20%C3%81lvaro%20de%20Campos,v%C3%ADtima%20de%20uma%20cirrose%20hep%C3%A1tica.>acesso em 10/10/2020




TEXTO II


O mistério das cousas, onde está ele?

Onde está ele que não aparece

Pelo menos a mostrar-nos que é mistério?

Que sabe o rio disso e que sabe a árvore?

E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso?

Sempre que olho para as cousas e penso no que os homens pensam delas,

Rio como um regato que soa fresco numa pedra.

Porque o único sentido oculto das cousas

É elas não terem sentido oculto nenhum,

É mais estranho do que todas as estranhezas

E do que os sonhos de todos os poetas

E os pensamentos de todos os filósofos,

Que as cousas sejam realmente o que parecem ser

E não haja nada que compreender.

Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos:

As cousas não têm significação: têm existência.

As cousas são o único sentido oculto das cousas.

(Idem, p. 223.)



1º O TEXTO Autopsicografia APRESENTA que TIPO DE VERSO?


A) LIVRE


B) REGULAR


2º O TEXTO Autopsicografia PERTENCE A QUEM?


(A) FERNANDO PESSOA


(B) ALBERTO CAEIRO


3º O texto 2 é um exemplo do pensamento filosófico de um dos heterônimos de Fernando Pessoa. Na concepção do eu lírico, qual é o mistério das coisas ou a metafísica (investigação do que está além do mundo material)?


(A) Na concepção do eu lírico, não existe metafísica nem há sentido oculto nas coisas. Elas simplesmente são o que são, sem mistério.


(B) Na concepção do eu lírico, existe metafísica, as coisas são criadas por Deus. Elas são o que são desde sempre, um mistério, mas são.


4º O eu lírico considera que as sensações são o meio de conhecer a realidade. Comprove essa afirmação com trechos do poema.


(A) “Que sabe o rio disso e que sabe a árvore?”, “Sempre que olho para as cousas.../ Rio como um regato que soa fresco numa pedra.”


(B) “Que sabe a razão disso e que sabe o pensamento?”, “Sempre que olho para as cousas... / Rio como um regato que soa fresco numa pedra.”


5ª QUAIS OS HETERÔNIMOS MAIS USADOS POR FERNANDO PESSOA?


(A) Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis


(B) Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, Ricardo Reis


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B





O QUE EU SEI!

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