domingo, 30 de abril de 2023

Pesquisa da Escola sobre o ano letivo na Pandemia e perspectivas para o pós

 https://docs.google.com/forms/d/1pk5Gq89WuunYkpJaE_RO_q_DRxn9X6DoKVy6rH9zO-g/edit




Uma avaliação da gestão escolar considerando o uso da tecnologia nas aulas remotas durante a pandemia

 

Isaac Sabino CARDOSO1

 

                  A história da humanidade é marcada por povos que se sobressaem ao longo dos tempos e outros que são extintos ou se tornam escravos. Fator decisivo do sucesso de uma comunidade é o quanto de tecnologia ela consegue acumular. Entende-se aqui, como avanço tecnológico, também, a organização social. Este texto é uma análise do uso da tecnologia, inclui-se a organizacional, e da inovação em escolas do Brasil durante o período da pandemia por conta do vírus da Covid-19. Para tanto, de forma indutiva e discreta, foi observada uma escola num estado, outra no município e mais uma em outra federação.

                Não é difícil imaginar a diferença que fez o fogo para a humanidade: cozinhar os alimentos, se proteger dos animais, fez a comunidade crescer de forma mais saudável. Avançando um pouco na história, pode-se falar da língua, da escrita, de armas para distâncias maiores. O lado ruim é que tudo isso resultou na extinção de outras culturas e até animais.

                Indo mais longe, os idos de 1600, 1700 e 1800 tiveram como marco inovações como a máquina a vapor e a lâmpada; Essas invenções demandaram novas estruturas sociais. No caso da máquina, tem-se a criação do trem, de trilhos e mais tarde de carros. O modelo social do fim desse período será o Fordismo/Taylorismo e mais tarde o Toyostismo. Movimentos que, para além das cidades em si, marcarão a organização escolar até como se conhece hoje,

                Do século XX aos dias atuais, a marca do sucesso são as TICs (Tecnologia da Informação e Comunicação). O destaque é para a escola que consegue usar a internet, softwares (redes sociais e outros programas) e hardwares (ar-condicionado, computadores, televisores e Data shows) a seu favor. A diferença com outros tempos é só a NÃO extinção de quem ou alguma instituição que opta pelo comodismo – de qualquer forma a mão de obra barata – escrava – continua, pois, é fácil deduzir que escolas acomodadas produzirão alunos que se submetem a qualquer tipo de trabalho.

                Exemplos práticos são as três escolas observadas. A prova de que algo está errado quando o assunto é a adoção de tecnologias, sejam as físicas ou as organizacionais, é a evasão escolar ou o êxodo do aluno da escola pública para a privada. Uma das instituições já experimenta essa realidade há algum tempo por está situada em cidade maior, já as outras duas começam a dar sinais de fuga discente no momento em que as famílias melhoram usas condições financeiras. Nesse caso, já que não existe a extinção do órgão, considera-se a saída da pessoa como um problema que merece atenção.

                 Saber se a escola inova em tecnologias é fácil, o IBGE, através do PINTEC (Pesquisa de Inovação Tecnológica), a cada dois anos e desde 2000, publica o que estados, municípios e regiões em si, requerem, registram ou introduzem de inovação no mercado; ainda há o Educacenso do governo Federal que disponibiliza o patrimônio tecnológico dos colégios, contudo, ao olhar os dados e comparar com a realidade, tem-se, na verdade, um problema de lixo eletrônico nos três ambientes pesquisados: são vários computadores que não funcionam. O outro problema a ser analisado é a estrutura organizacional. Só uma das três instituições escolhe o seu núcleo diretor através de eleições diretas e está com o seu Projeto Político Pedagógico (PPP), Colegiado e Grêmios em dia, embora, em questionário aplicado junto aos alunos, percebe-se um desconhecimento dos discentes acerca desses órgãos do ambiente escolar. Contudo,  numa das três escolas a situação é bem ruim, pois, viu-se ali indicações políticas para cargos chave como a coordenação pedagógica, pouca divulgação da eleição para membros do Conselho que, provavelmente, por conta disso, há uma inadimplência de recursos federais, bloqueados por questões de prestação de contas.

                  Para se ter uma ideia, a ausência da Construção organizacional do PPP tem impactado diretamente no período pandêmico, pois, para além de ser um planejamento estratégico, a cultura de fazer o Projeto, rotineiramente, seria fundamental na alocação dos recursos financeiros, haja vista que todos os computadores de duas escolas estão sem manutenção há tempos. Funcionando, esse aparato seria um diferencial na vida de vários alunos, o que ajudaria a impedir a enorme evasão por conta da crise. A cultura organizacional seria bem mais eficaz se houvesse uma Programação e não reuniões esporádicas, sem nenhuma menção num plano anual ou mensal, marcadas por circunstâncias. Outro ponto que deveria ser mais uma tecnologia organizacional posta no Projeto Pedagógico, é o caso da autonomia como necessidade de organização social e já na legislação. Desde a Lei de Diretrizes e Bases de 96, essas escolas, com pólos de Universidade Aberta próxima de si, não tiveram nenhum dos diretores se mobilizando por criar um ambiente de parceria com essas instituições que possuem vasta experiência no ensino à distância. A salvação, de novo, feriu a própria autonomia, porque veio de forma centralizada, das secretarias de educação (SEDUC’s) com distribuição de chips e, em alguns casos, até o controle do planejamento mensal do professor. Essa postura se torna perigosa, porque retira os ônus da direção e representa um certo comodismo do núcleo diretor em desejar ser criativo. Quando verificada a história, os povos que se acomodaram não foram muito longe. Em um dos ambientes pesquisados, percebe-se, também, diversas outras normativas que centralizam mais a situação à SEDUC como a cobrança excessiva do registro diário em sistemas onlines até mais do que a prática pedagógica em si. O problema aqui é que essa política vai contra a literatura que pede uma escola mais autônoma e descentralizada. Heloísa Lück (2013) apud Cunha (1995) diz que descentralização existe mesmo é no sistema americano de ensino, onde as famílias se sentem totalmente responsáveis pelas escolas, “... cada vila ou cidade constitui um sistema escolar inteiramente autônomo. O Estado apenas dá algumas diretrizes de caráter extremamente geral e compensações financeiras, [...]”.

                   A verdade é que é difícil de entender como escolas de Estados diferentes, umas até de município, são tão parecidas a ponto de na pandemia continuarem idênticas, Todas adotaram a mesma dinâmica de aulas pelo Whatsapp e cadernos impressos, com diferenças, apenas, de uma fazer o trabalho menos eficiente com relação as outras. Isso faz lembrar algo acerca da “identidade da escola” tão propagado por Heloísa Lück (2013). A autora defende que uma escola que funciona é aquela que tem uma identidade própria e difere, em todos os aspectos, das demais mesmo estando numa mesma cidade.

                A tecnologia é histórica. Praticamente ninguém cria nada sozinho, nisso a época é benéfica às ESCOLAS: a energia elétrica chega a todos os cantos e a internet propicia produzir mais com bem menos esforço. Mesmo assim muitos números negativos mostram o quanto algo está errado na adoção de certas políticas escolares. Basta ver os indicadores antes da quarentena. Nenhum dos órgãos trabalhados consegue passar de 4.0 no Índice da Educação Básica. Mesma pontuação de quinze anos atrás, mesmo com o advento das mídias onlines. Se algo está errado, os diretores costumam dizer que estão apenas seguindo normativas.

                  De forma indutiva é perceptível que nenhuma escola será extinta, pois a sua situação é semelhante a todas os outras do País. Para que a extinção ocorresse era preciso que uma outra escola pública próxima estivesse produzindo inovação, seja tecnológica ou organizacional, suficiente para assimilar os alunos das que têm direções acomodadas.

                  A verdade é que a história tem sempre as repostas, e é sempre bom não perder de vista o que já aconteceu no passado: o comodismo foi derrota de muitas culturas; o sucesso está ligado diretamente ao quanto se cria – realidade distante das escolas brasileiras que se acomodaram em só administrar os normativas das Secretarias de Educação e sem perceberem que reproduzem problemas históricos como o trabalho mal remunerado. Solução passa por inovação organizacional vinda de Brasília.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

 

 

CARDOSO, Isaac Sabino. Mudanças na organização e na gestão do trabalho na escola e Concepções e processos democráticos de gestão educacional: o problema da apropriação falsa dos nomes. Disponível em <https://isaacsabino.blogspot.com/2018/01/mudancas-na-organizacao-e-na-gestao-do.html>. acesso em 22 de janeiro de 2020-01-22

CARDOSO1. Isaac Sabino. Um painel de experiência Sobre Avaliações em larga escala: uma pesquisa acerca das políticas relacionadas ao processo de avaliação numa escola maranhense e piauiense. Disponível em <https://isaacsabino.blogspot.com/2020/02/um-painel-de-experiencia-sobre.html>  acesso em 26 de novembro de 2020

 

CARDOSO1. Isaac Sabino. Considerações acerca da evolução da concepção de Gestão: dos conceitos que expressam a realidade Disponível em <https://isaacsabino.blogspot.com/2020/01/consideracoes-acerca-da-evolucao-da.html>  acesso em 26 de novembro de 2020

 

Coelho, Ricardo Corrêa Ciência política / Ricardo Corrêa Coelho. – 2. ed. reimp.Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC, 2012.159p. : il.

 

Morgan, Gareth, 1943 - Imagens da organização: edição executiva/Gareth Morgan; tradução Geni G. Goldschmidt. - 2. ed. - 4a reimpressão - São Paulo : Atlas, 2002.

 

Silva, José Maria da. Apresentação de trabalhos acadêmicos: normas e técnicas/José Maria da Silva , Emerson Sena da Silveira. 5. Ed. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2009

 

 

PINTEC pesquisa e inovação. Disponível em < http://www.pintec.ibge.gov.br/> acesso em 28 de março 2016

 

Sanson, João RogérioTeoria das finanças públicas / João Rogério Sanson. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2011.

132p. : il.

TREVISAN, Andrei Pittol; BELLEN, Hans Michael van. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro 42 (3): 529-50, maio/jun. 2008.

 

Lakatos, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica 1 Marina de Andrade Marconi, Eva

Maria Lakatos. - 5. ed. - São Paulo : Atlas 2003.

 

Oliveira, Dalila Andrade. Política e Gestão da Educação / organizado por Dalila Andrade Oliveira e Maria de Fa´tima Félix Rosar – Belo Horizonte: Autêntica, 2002

 




SIAEP: um avanço maranhense à luz da gestão integrada informatizada

                 



                    Nos últimos tempos a tomada de decisão do gestor está muito vinculada às TI’s (tecnologia da informação) sob seu controle. Nisso, a Educação do Maranhão sai na frente ao abolir a velha burocracia de preenchimentos de diários, fichas e outros, e adotar um sistema de gestão integrado da informação informatizado. É o famoso e-business adotado por um governo. A plataforma é chamada de SIAEP (sistema integrado de administração de escolas públicas) e reúne os fundamentos tecnológicos usados por multinacionais.
                   Ao longo da história o ser humano sempre optou pela forma mais fácil e confortável de fazer as coisas. Na contramão está a educação brasileira. Em pleno advento tecnológico ainda há escolas que reservam uma sala inteira para guardar papeis. Procurar qualquer documento em muitos desses colégios é uma epopeia. Dificuldades e desconforto é a marca de muitas gestões escolares, municipais, regionais e estaduais. O resultado é a tomada de decisão errada, muitas vezes fora do tempo, e entidades hierárquicas desconectadas.
                   Qualquer bom diretor de escola, ou gerente regional, ou secretário de educação, ou governador que queira fazer a coisa certa – no tempo certo, sabe que a tecnologia é um parceiro importante nessa empreitada. Mas, tem que ser aquela acessível a todos; aquela que o aluno e sua família saibam manusear; aquela transparente e que tem todos os dados há um clique de distância. Esse artigo analisou várias escolas e testemunha o arcaísmo de muitas, mas apresenta uma luz no fim do túnel – é o caso das escolas estaduais do Maranhão com o seu sistema integrado de administração de escolas públicas – o SIAEP.
                 O SIAEP é o que se chama, no estudo de sistemas de informação, de BI (Business Inteligence). Uma tecnologia usada para minerar informações. São técnicas e softwares de sucesso na iniciativa privada mundial desde 1990. O bom é que o projeto segue os estudos originais de Supply Chain Management (SCM) - Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos; Customer Relationship Managemet (CRM) – ou Gerenciamento do Relacionamento com o Consumidor; e, Enterprise Resource Planning (ERP) – ou Sistema de Planejamento de Recursos Empresariais.
               Na iniciativa privada o SCM tem cumprido o seu objetivo de proporcionar maior produtividade, reduzir custos e agregar valor aos produtos. Com o sistema integrado maranhense pode ocorrer o mesmo. Se antes, todos os números (matrículas, quadro de servidores necessários, notas, evasão, aprovados e reprovados) eram colhidos em épocas determinadas do ano letivo, com essa TI tudo é acompanhado em tempo real. E, se, o aluno, hipoteticamente, for considerado o produto (que deve ter o seu valor), as famílias são os clientes. O software SIAEP ainda cumpre a técnicae de CRM, pois é mais um canal de comunicação da escola com a família.
              A educação pública brasileira consume um percentual do PIB semelhante ao de países desenvolvidos, mesmo assim todos os resultados por aqui são pífios. Uma decisão tomada dentro do ano letivo pode representar a tão sonhada produtividade com menor custo e melhor produto (o aluno); um relacionamento mais real e próximo entre família, escola e governo pode ser o diferencial. Essa chance de planejar o SCM e CRM é o conceito de ERP, categoria de SI que segundo Lima at al. (apud MENDES; ESCRIVÃO FILHO , 2002) afeta todas as dimensões cultural, organizacional ou tecnológica da organização.  
              Por todos esses aspectos, com o SIAEP, a educação pública do Maranhão pode dá saltos significativos nos próximos anos. Tudo porque o Estado resolve abandonar práticas burocráticas desestimuladoras e adotar uma TI que reúne conceitos que já deram certo em organizações mundialmente conhecidas. Os primeiros passos foram dados, agora é amadurecer o projeto, tomar as decisões mais certeiras e elevar a satisfação do cliente – que a família e o contribuinte – e oferecer aos municípios um produto (aluno) de valor realmente agregado – nesse caso um jovem com senso crítico desperto; que saiba votar e conquiste um emprego que dignifica a pessoa humana.
    


  




REFERÊNCIAS

Albuquerque, Jader Cristiano Magalhães Sistemas de informação e comunicação no setor público / Jader Cristiano Magalhães de Albuquerque. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2011.150p. : il.

Campos, Maria Malta; Haddad, Sérgio. O direito Humano à educação escolar pública. 2010.      P. 73 a 96
Ferreira, Lúcia Helena Bezerra. Legislaçã e Organização da Educação Básica. / Lúcia Helena Bezerra Ferreria. Teresina? EDUFPI, 2010. 102 p.
GesPública. Disponível em <http://www.gespublica.gov.br/biblioteca/pasta.2010-12-08.2954571235/o_programa_gespublica_e_um_modelo_de_gestao_para_o_brasil.....pdf> Acesso em 28 de junho de 2014

Silva, José Maria da. Apresentação de trabalhos acadêmicos: normas e técnicas/José  Maria da Silva , Emerson Sena da Silveira. 5. Ed. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2009


SIAEP. Disponível em <http://siaep.educacao.ma.gov.br/pagina/principal/> acesso em 29 junho 2014

terça-feira, 25 de abril de 2023

Análise crítica do Projeto Político Pedagógico da Unidade Escolar Santa Teresinha - Madeiro Piauí com vista a implantação de uma Educação Campesina

Introdução

     O presente trabalho é uma análise feita acerca do Projeto Político Pedagógico da Unidade Escolar Santa Teresinha.
     Situada no centro de Madeiro, cidade à margem do Rio Parnaíba, meio norte Piauiense, com uma população, que em sua maioria, vive unicamente da Pesca, do cultivo do arroz e da pecuária. A escola é a única que atende, com nível médio, os jovens da cidade e os que vêm do interior. O Projeto Político Pedagógico da escola foi revisado por toda a equipe de funcionários, pelo Conselho Escolar e líderes de sala no ano de 2009, quando a escola matriculou 260 alunos e ao término do ano apresentou os seguintes números: 08 reprovados, 37 evadidos; em termos percentuais: 3% retidos e 14% evadidos dos 260. O trabalho visa apontar e orientar soluções às controversas existentes entre as dinâmicas aplicadas pela escola e a comunidade, que em sua maioria é campesina. Controversas essas que tem dentre o principal causador da evasão, a dificuldade financeira dos alunos que sem esperanças saem da escola para trabalharem na lavoura de cana no sul do País, ou seja, saem do campo para o campo. A pergunta que orientará o relatório é – Por que uma escola em meio a uma população campesina não consegue se desprender de práticas urbanas perdendo, assim, seus alunos para o trabalho campesino em outras regiões?

Objetivos
        
         Apresentar uma proposta de Educação do Campo ao Projeto Político Pedagógico da Unidade Escolar Santa Teresinha e com isso diminuir o número de evasão tendo em vista que o maior causador das desistências é justamente a saída dos alunos para trabalharem no campo em outras regiões do País.

Desenvolvimento

“A população atendida pela escola em sua maioria vive em condições sociais nefastas. Vive da lavoura, da pesca, de aposentadorias e pouca preserva suas tradições culturais. Também existem pequenos comerciantes.” (PPP Santa Teresinha – página 05)

     O trecho retirado do Projeto Político Pedagógico da Unidade Escolar Santa Teresinha aponta a necessidade de se construir um PPP que preserve a cultura campesina com uma proposta de Educação do Campo a esses clientes que vivem do campo. O que acontece na entidade é o que se pode chamar de “efeito ilha”: os alunos saem do convívio de suas famílias, mas com a mente voltada as preocupações de casa; ao chegarem à escola têm uma sensação de está em outra realidade. Tudo isso vai provocar conflitos constantes dentro da escola resultando em preconceito, Evasão, reprovação. A pergunta que intriga a comunidade escolar e os gestores da referida escola é justamente saber o que acontece com uma escola tão bem amparada por números, como é o caso da Unidade Escolar Santa Teresinha, que possui Simulado, resumos do movimento anual, com um PPP bem atualizado conforme o que demanda a LDB, participação ativa da família, professores assíduos, e mesmo assim continua amargando números negativos no tocante a reprovação e evasão.
     A Unidade Escolar Santa Teresinha, Antiga Unidade Escolar de Ensino Médio de Madeiro possui uma área de 10.000 m², onde se divide da seguinte forma: 01 diretoria; 01 sala da coordenação; 01 sala de professores; 02 banheiros administrativos e docentes (masculino e feminino); 02 banheiros para uso dos alunos (masculino e feminino) adequados a portadores de deficiência; 01 deposito de merenda escolar; 01 deposito para materiais diversos (Almoxarifado); 01 pátio com uma área 100 m²; 06 salas de aulas; 01 laboratório de informática; 01 Biblioteca; 01 Cozinha; 01 banheiro para o pessoal de apoio.” (PPP da Unidade Escolar Santa Teresinha – página 03)
     É de se notar que em termos de estrutura a escola está bem atualizada; os problemas vão existir na parte pedagógica quando diversos problemas deixam a escola com moldes da tendência pedagógica tradicional, basta ver os currículos que são estruturados de forma independentes, às vezes uma matéria passará o ano letivo inteiro sem formar interdisciplinaridade com outras, mesmos as afins, como Matemática, Química e Física não formarão parcerias entre si; outro problema, ainda na formação dos currículos, é a descontextualização; muitos alunos se queixam que não conseguem assimilar o que estudam com a realidade que vivenciam no dia-a-dia, o resultado é reprovação na certa.
     Mesmo em disciplinas de fácil contextualização como Ciências, Geografia ainda há muita dificuldade de assimilação de conteúdos por parte dos alunos e é justamente nestas duas disciplinas que a escola tem o seu projeto mais interessante, a Semana do Meio Ambiente. Durante uma semana, a escola consegue sair de seus muros e promover pesquisas que vão desde estudo às margens do Rio Parnaíba, com pesquisas que envolvem o uso de agrotóxicos em lavouras próximas ao rio, a estudo envolvendo o lixão da cidade, a estação de tratamento de água da cidade; a finalização da semana se dá com o mutirão de limpeza da escola. Segundo a gestão da escola, as disciplinas Geografia e Ciências só não estão na tabela das disciplinas críticas por conta do momento reflexivo ao meio ambiente. A Gestão coloca ainda que depois da implantação do chamado PLANO DE EVENTOS ANUAL, onde consta o projeto citado acima, a evasão diminuiu tendo em vista que em 2007 evadiram 90 alunos.    
     Quando a escola aplica tal política, ela adere à proposta de educação do campo e os resultados passam a ser positivos, mas em todo o Projeto só foi encontrado “A Semana do Meio Ambiente” que se adequava a uma Política de Educação do Campo, e logo terminado a semana, notou-se que as disciplinas se tornam independentes, e muito difícil até, os professores terão contatos um com o outro de novo.
     “A Ilha” formada pela escola se dá, principalmente, na área das exatas, é claro que o único momento, encontrado no PPP, que provocará contextualização e interdisciplinaridade é o da “Semana do Meio Ambiente”. Fora esse o que se encontrou foi descontextualização e professores sem o mínimo de contato um com o outro, a grade curricular e os horários propiciam essa falta de contato disciplinar.
    É fácil perceber a necessidade da implantação de um projeto pedagógico que propicie, principalmente, a contextualização dos alunos com os assuntos. Essa contextualização pode ser conseguida com mais aulas de campo e com a implantação de uma horta dentro da escola, tendo em vista que há espaço suficiente, segundo dados do PPP.
     No combate as características de “Ilha”, uma das formas é a seleção de conteúdos adotando a política de Temas Geradores, proposta por Paulo Freire; onde seriam selecionados temas iguais para serem trabalhados mensalmente ou semanalmente nas disciplinas de Matemática, Física e Química, levando em conta o campo, as pesquisas em comércio local, ou seja, a saída do ambiente escolar.
     Fora a evasão, a reprovação; outro problema grave na escola é a prática de bullying, fruto de uma escola que não dá ao aluno perspectivas de continuar com sua família e o estimula a viajar para ajudar no sustento de sua casa. A escola ideal teria que ter ambientes ideais, propiciar esperanças na cabeça do aluno através da confirmação do aprendizado. Segundo o PPP, a busca desta escola ideal é efetivada por todos num projeto que é feito por todos, mas algo ainda não se deu como assertiva ao Projeto. Abaixo as dinâmicas encontradas no PPP da escola:
     “A instituição trabalha com parcerias com a Prefeitura Municipal e possui vários projetos estruturados em um PLANO DE AVENTOS ANUAL contendo: Comemoração de todas as datas festivas nacionais e municipais, campanha de fardamento discente, aula inaugural com conscientização de toda a comunidade escolar, Quadrilha furacão, Culto de Deus no dia do estudante, Comemoração da Semana da Pátria, Participação nos festejos de Santa Teresinha, Organização própria nas diversas Olimpíadas externas, Simulados e participação ativa dos pais e da comunidade na escola. A escola passou a contar ainda com a caderneta do aluno, implantada desde 2008, mas readaptada em alguns itens pela Gestão escolar, recebendo ela notificação negativa por ato infracionário cometido pelos discentes e sendo ainda um mecanismo fiscalizado diariamente pela coordenação pedagógica da escola, que sentido ausência do aluno em 03 (três) dias consecutivos dirige-se a casa do mesmo e promove conversas formais na tentativa do resgate deste ao ambiente escolar. A gestão aprovou ainda que o aluno poderia ser aprovado mediante o mínimo de FALTAS existentes na caderneta, outros itens ainda ajudariam o aluno como a conservação da caderneta, o mínimo de notificações negativas, criou-se e aprovou o CARTÃO BÔNUS, um cartão contendo pontos que o aluno ganharia a partir de qualquer feito bom a escola, podendo ele usar nos momentos de deficiência de notas. Aboliu-se a SEMANA DE AVALIAÇÃO e adotou-se o MOMENTO AVALIATIVO que seria a aplicação dos testes de todas as disciplinas em UMA SEMANA, mas agora a partir do 4º horário, ou seja, o aluno assistiria os três primeiros momentos de aula e receberia um CARTUCHO de testes logo em seguida, cartucho digitado e impresso pela secretaria da escola. A Gestão intensificou também a vinda da família a escola, com visitas individuais, valendo NOTIFICAÇÃO POSITIVA ao aluno, e momentos coletivos para assinatura do boletim. Outras medidas no tocante ao docente foram às aulas diferenciadas, começando a partir do PLANO DE AULA, que no ano corrente seria digitado e entregue aos alunos de Ensino Médio e divulgado aos pais de alunos do Ensino Fundamental. Ainda aos docentes a atual coordenação passou a mobilizar campanhas freqüentes para a existência e cumprimento do HPI (horário pedagógico individual) e o HPC (horário pedagógico coletivo). Duas vezes ao ano a Gestão promove UMA SEMANA PEDAGÓGICA COMPLETA, com o máximo de sensibilização da comunidade escolar as causas educativas”.(PPP da U.E.Santa Teresinha – página 08)  
     Em visita a escola, verificou-se que todo o proposto no Projeto Político da escola possui veracidades, mesma assim a Gestão, alega que muitos problemas continuam e o principal deles – a evasão – ainda é fantasma forte para 2010. A Gestão, através da Coordenação pedagógica, comentou que com políticas voltadas ao campo, como cultivo de hortas no terreno da escola; aplicação de metodologias de Paulo Freire; contextualização com saídas da entidade pelo menos uma vez por semana para aulas de campo e acima de tudo interdisciplinaridade resultaria em números positivos, diminuição do bullying, diminuição da evasão e da reprovação, mas toda essa proposta demanda carga horária maior, ambientes próprios e recursos financeiros e a escola brasileira ainda não estaria preparada com tudo isso.


Resultados


Conforme relatório e pesquisas detectaram-se:

Pontos Negativos
Evasão elevada;
Reprovação elevada;
Práticas de bullying constantes;
Professores que não conseguem comunicação uns com os outros (Ausência de interdisciplinaridade;
Ausência de contextualização dos conteúdos;

Pontos Positivos
Assiduidades dos professores ( A escola possui premiação para os que não faltam)
Frequência acompanhada dos alunos através da CADERNETA DO ALUNO;
Momentos avaliativos bimestrais e Simulados
Planos de eventos;
Merenda de qualidade;
Escola limpa;
Controle dos alunos nos corredores através do CARTÃO DE SAÍDA;
Família assídua na escola em diversos momentos e para assinatura do boletim;


 

Conclusão


         Durante todo o trabalho de pesquisa o que se observou foram mais pontos positivos do que negativos nas políticas adotadas pela escola, mesmo assim, a escola não consegue resolver problemas que já duram há anos como a Evasão e a reprovação, notou-se que o principal causador de tal problema foi à ausência de uma política que adéqüe à escola a realidade do aluno que é oriundo de famílias de pescadores, agricultores e pequenos comerciantes. A dificuldade se dá por problemas financeiros que atinge tanto a gestão quanto os professores que têm que trabalhar em várias escolas para manter o padrão mínimo de vida. A conseqüência é a resposta a pergunta feita na introdução deste trabalho: “O aluno evade e reprova por conta de uma escola descontextualizada e que numa célula de município não pode combater problemas que são de ótica federal, caso da imigração, dos baixos salários dos professores e da própria situação financeira da escola – Nisso a ESCOLA DO CAMPO tem que ser vista como uma reinvidicação nacional”.

O Projeto Político Pedagógico Escolar como Planejamento Estratégico






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Projeto Político Pedagógico da Unidade Escolar Santa Teresinha do ano de 2010/2011



INTRODUÇÃO

O presente PPP foi elaborado num momento em que a comunidade escolar exigia maior participação coletiva para a construção de uma escola viva, participativa e com uma gestão verdadeiramente democrática.
Da sua elaboração participaram todos os segmentos da comunidade escolar: Gestão, Conselho, Professores, Pessoal Administrativo, pessoal de Apoio da Unidade Escolar Santa Teresinha.
O Projeto objetiva nortear todo o trabalho político, administrativo, financeiro e pedagógico da Unidade Escolar Santa Teresinha, durante o período de (04) quatro anos, com revisão prevista para (02) dois anos.
Também define metas e estratégias de ação para que a escola cumpra a missão de formar cidadãos conscientes e democráticos, preparados para vida e o mercado de trabalho, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade madeirense, piauiense e brasileira.
Participaram da elaboração deste Projeto Político Pedagógico: Isaac Sabino Cardoso (Diretor e Supervisor de ensino), Cleison do Nascimento Alves (Coordenador Pedagógico), Maria Helena Lima Silva (Secretária), Priscila Maria Silva Sousa, Dinael Firmino da Silva, Eliane Santiago da Silva, Ana Paula Rodrigues Araújo Cardoso, Maria do Socorro Braga Ribeiro, Claudionete Nunes da Silva, Reginalda Rosa do Vale, Maria da Luz Castro Oliveira, Raimundo Gomes de Araújo, Nalda da Silva Araújo, Ruth Meiry Rosa do Vale, Ana Paula Lima Sousa, Carlos Antonio Firmino Cardoso, Daniel da Silva Barbosa, Alciomar Rodrigues Cardoso.











IDENTIFICAÇÃO/CARACTERIZAÇÃO GERAL DA ESCOLA

A Unidade Escolar Santa Teresinha, possui uma área de 10.000 m², onde se divide da seguinte forma: 01 diretoria; 01 sala da coordenação; 01 sala de professores; 02 banheiros administrativos e docentes (masculino e feminino); 02 banheiros para uso dos alunos (masculino e feminino) adequados a portadores de deficiência; 01 deposito de merenda escolar; 01 deposito para materiais diversos (Almoxarifado); 01 pátio com uma área 100 m²; 05 salas de aulas; 01 laboratório de informática; 01 Biblioteca; 01 Sala de Vídeo; 01 Cozinha; 01 banheiro para o pessoal de apoio.

LOCALIZAÇÃO FÍSICA DA ESCOLA

A Unidade Escolar Santa Teresinha, situa-se na Rua Elias Freitas, travessa com a Frank Aguiar, centro, cidade de Madeiro, Estado do Piauí. A cidade fica situada às margens do Rio Parnaíba, na região Norte do estado do Piauí. A cidade foi desmembrada do município de Luzilândia e emancipada no dia 14 de dezembro de 1995 com a força de políticos locais, dentre eles destacando-se João de Oliveira.
Hoje o município possui aproximadamente 8.000 (oito mil) habitantes e sua economia baseia-se na agricultura e pesca.


HISTÓRICO DA ESCOLA
Fundado em 1999, a Unidade Escolar de Ensino Médio de Madeiro nasceu em uma época de expansão e universalização do Ensino Médio no Brasil. O nome Ensino Médio de Madeiro deu-se devido a correria para atingir prazos e adquirir a entidade naquele momento. Na época a Professora Margarida Maria Soares da Silva, então secretária municipal, mobilizou alguns professores para fundação daquela entidade. Marcando a fundação estavam presentes o Professor Raimundo Gomes de Araújo, Isaac Sabino Cardoso, Sebastiana Sabino Cardoso, Carlos Firmino e outros. Na época a escola só recebeu uma turma egressa de 8ª série, muitos alunos desta turma não estavam em idade escolar o que no momento deu total responsabilidade aos próprios alunos responderem por si, descartando a participação da família naquele momento. A fundação se deu ainda com mobilizações fortes de alunos do Magistério da cidade de Madeiro, que estudavam na escola Mariano Fortes de Sales localizada na cidade de Luzilândia  que através de baixo assinados conseguiram a implantação do Ensino Médio na cidade de Madeiro, influentes neste abaixo assinado estavam: Eliane Santiago, Ana Paula, Dinael, Rosãngela, Leidiana e outros.

ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA E DO ENSINO

A Unidade Escolar Santa Teresinha, atua na educação básica com ensino fundamental, fundado no ano de 2009 sendo uma 5ª série e previsão crescente de outras salas nos anos vindouros.
Possui 07 turmas, funcionando regularmente em dois turnos, totalizando 190 alunos com, no máximo, 30 alunos por sala de aula.
Disponibilizam-se no corrente ano 21 vagas para o ensino fundamental no turno manhã e 169 vagas para o Ensino Médio nos turnos manhã e noite.
A escola desenvolve uma série de políticas pedagógicas no sentido de promover o acesso a permanência e o sucesso da aprendizagem do aluno.



SITUAÇÃO FÍSICA DA ESCOLA

As instalações físicas da Unidade Escolar Santa Teresinha, são modernas. O prédio foi construído com recursos do Ministério da Educação (FUNDESCOLA) no ano de 2008 e reparos são feitos constantemente na sua estrutura física assim que problemas aparecem. Todos os espaços construídos estão em ótimas condições de funcionamento.
A Diretoria e secretaria equipada com 02 arquivos; 02 ventiladores de teto, 01 mesa de reunião com 01 cadeira giratória acolchoada, 02 mesas de escritório com cadeira giratória acolchoada, 01 computador conectado a internet; 01 impressora multifuncional; 01 armário; 01 prateleira; 01 calculadora eletrônica; A sala do coordenador possui 03 cadeiras giratórias acolchoadas; 01 micro-computador conectado a internet; 01 impressora multifuncional; 01 mesa de reuniões; 01 mesa de escritório. A sala dos professores possui 01 TV 29 polegadas, 01 aparelho de DVD, 01 recepção de antena parabólica, 01 refrigerador Biplex, 01 prateleira, 01 armário, 01 retroprojetor, 01 ventilador de teto 01 computador conectado a internet, 01 impressora multifuncional, 01 calculadora eletrônica e 01 mesa de reunião para quatro cadeiras e 01 mesa de reunião para oito cadeiras 08 cadeiras giratórias acolchoada. A Cozinha está equipada com 01 freezer, 01 fogão industrial e todos os acessórios para o funcionamento, 01 Kit cozinha completo contendo liquidificadores, pratos, panelas, copos e outros.
As 05(cinco) salas de aula possuem 30 cadeiras, 30 mesas, 01 mesa para o professor, 01 Quadro Acrílico, 03 ventiladores de parede.
Na biblioteca o acervo possui aproximadamete 1000 livros divididos em 08 prateleiras.
O laboratório de informática, possui 23 microcomputadores, 17 no-breaks, 20 cadeiras acolchoadas e um Kit de internet;
Na sala de vídeo climatizada, possui 11 computadores, 01 data show, 01 caixa amplificada, 03 ventiladores, 02 quadro acrílico, 50 cadeiras.
Nos banheiros sempre há papel higiênico, toalha de rosto e sabonete.
No pátio e corredores da escola há extintores de incêndio.

                                                                                                    




RECURSOS HUMANOS

O corpo docente administrativo compõe-se de 13 professores, sendo 10 substitutos, 03 efetivos: Todos com qualificação superior, 01 com especialização.
Para atender os seus 190 discentes a escola conta com 01 diretor efetivo; 01 coordenador geral efetivo; 01 vigia efetivo, 01 secretária contratada, 02 zeladores efetivas, 01 zeladora contratada, 01 bibliotecária efetiva, 01 monitora contratada.


GESTÃO DA ESCOLA

A direção da escola é escolhida através de eleição direta com direito a mandato de 02 (dois) anos para se administrar de forma democrática com a participação de todos os envolvidos no processo de tomada de decisões, visando o alcance dos objetivos educacionais.
A participação do Conselho escolar fortalece o trabalho realizado pela escola, discutindo e compartilhando responsabilidades, buscando a melhoria da qualidade do ensino.
Os gerenciamentos financeiros também são feitos de forma democrática, com a participação de todos os membros do Conselho.


AMBIENTE SOCIAL

A escola situa-se no centro da cidade onde existem clubes, bares, quadra poliesportiva, mercado público, posto de combustíveis, lanchonetes, Agencia do Bradesco, Secretaria de Assistência Social e alguns comércios. Porém próximo a ela, existe um bairro onde a comunidade é carente: com habitação rústica, renda familiar proveniente de aposentadorias, pensões e programas sociais do Governo Federal como o bolsa Família, necessitando de empoderamento social, cultural e econômico.


CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO

A população atendida pela escola em sua maioria vive em condições sociais nefastas. Vive da lavoura, da pesca, de aposentadorias e pouca preserva suas tradições culturais. Também existem pequenos comerciantes.
Na cidade há ainda igrejas organizadas, praças.
47% da população do município é analfabeta;












Diagnóstico/Resultado educacionais
Pela escola passaram 700 (Setecentos) alunos ao longo dos dois últimos anos, incluindo o corrente ano. Diagnosticaram-se nesse intervalo de tempo alguns problemas como: FALTAS por qualquer motivo por parte de alguns professores, professor que não possui afinidade em ser professor, preguiça por parte de alguns alunos, baixa auto-estima tanto dos professores como dos alunos, falta de acompanhamento dos pais, problemas financeiros por parte de muitos alunos, drogas entre outros.

O quadro a seguir demonstra o desempenho escolar dos últimos dois anos:  2009 e 2010.
1 – Diagnóstico – Resultado educacionais



    Em 2009 a escola ainda deixou a desejar no cumprimento dos 200 dias letivos.
    Em 2010, feito campanhas para a escola começar as aulas na época certa e uma total mobilização para atingirem-se os 200 dias letivos, o Conselho, juntamente com a Gestão passou a cobrar mais dos alunos, uma cobrança não muito boa, tendo em vista uma reprovação de 4%, uma evasão de 4% e a distorção idade série que ficou em média de 5,6% por sala. As medidas tomadas foram e continuam sendo aplicadas visando a melhoria do Ensino-aprendizagem: A primeira proposta da escola no corrente ano foi a mobilização da matrícula do aluno, permitindo-se a faixa etária correta para egresso no Ensino Fundamental. No Ensino Médio, proibiu-se menores de 18 anos no ensino noturno e priorizou-se a vaga deste no ensino diurno, (atendendo a edital da SEDUC) uma forma de direcionamento de políticas a público alvos. A instituição trabalha com parcerias com a Prefeitura Municipal e possui vários projetos estruturados em um PLANO DE AVENTOS ANUAL contendo: Comemoração de todas as datas festivas nacionais e municipais, campanha de fardamento discente, aula inaugural com conscientização de toda a comunidade escolar, Gincana Cultural, Reflexões Sobre o Meio Ambiente, Culto de Deus no dia do estudante, Comemoração da Semana da Pátria, Participação nos festejos de Santa Teresinha, Organização própria nas diversas Olimpíadas externas, Simulados e participação ativa dos pais e da comunidade na escola. A escola passou a contar ainda com a caderneta do aluno, implantada desde 2008, mas readaptada em alguns itens pela Gestão escolar, recebendo ela notificação negativa por ato infracionário cometido pelos discentes e sendo ainda um mecanismo fiscalizado diariamente pela coordenação pedagógica da escola, que sentido ausência do aluno em 03 (três) dias consecutivos dirige-se a casa do mesmo e promove conversas formais na tentativa do resgate deste ao ambiente escolar. A gestão aprovou ainda que o aluno poderia ser aprovado mediante o mínimo de FALTAS existentes na caderneta, outros itens ainda ajudariam o aluno como a conservação da caderneta, o mínimo de notificações negativas, criou-se e aprovou o CARTÃO BÔNUS, um cartão contendo pontos que o aluno ganharia a partir de qualquer feito bom a escola, podendo ele usar nos momentos de deficiência de notas. Aboliu-se a SEMANA DE AVALIAÇÃO e adotou-se o MOMENTO AVALIATIVO que seria a aplicação dos testes de todas as disciplinas em UMA SEMANA, mas agora a partir do 4º horário, ou seja, o aluno assistiria os três primeiros momentos de aula e receberia um CARTUCHO de testes logo em seguida, cartucho digitado e impresso pela secretaria da escola. A Gestão intensificou também a vinda da família a escola, com visitas individuais, valendo NOTIFICAÇÃO POSITIVA ao aluno, e momentos coletivos para assinatura do boletim. Outras medidas no tocante ao docente foram às aulas diferenciadas, começando a partir do PLANO DE AULA, que são digitados e entregues aos alunos de Ensino Médio e divulgado aos pais de alunos do Ensino Fundamental. Ainda aos docentes a atual coordenação passou a mobilizar campanhas freqüentes para a existência e cumprimento do HPI (horário pedagógico individual) e o HPC (horário pedagógico coletivo). Duas vezes ao ano a Gestão promove UMA SEMANA PEDAGÓGICA COMPLETA, com o máximo de sensibilização da comunidade escolar as causas educativas. TODOS OS ITENS FORAM LEVADOS AO CONSELHO COM O PROPÓSITO DE DIMINUIR A REPROVASÃO PARA 2% E A EVASÃO PARA 2%.

O desempenho global da escola demonstra o aumento significativo em vários indicadores de qualidade, que mostra ter havido desenvolvimento no processo de ensino aprendizagem nesta escola.
            Os problemas no corrente ano são mínimos, pois os avanços em relação às notas de desempenho apresentaram-se superiores aos anos anteriores, a superação dos problemas deu-se devido um esforço em atingirem-se os 200 dias letivos sem nenhuma interrupção das aulas; envio das FALTAS dos funcionários a SEDUC, conscientização com conversas para que os professores sem afinidade com a docência procurem sua devida área, busca de aulas dinâmicas, conversas conscientizatórias de forma a apoiar o docente em suas decisões elevando-se assim a estima do mestre, diminuição da carga-horário para o mínimo possível de aulas, busca ativa dos pais à escola e da comunidade em todos os projetos escolares, incentivo aos alunos a participarem de concursos e vestibulares, uma forma de elevar a auto-estima destes discentes, conversas particulares com alunos e familiares sobre a mostragem e diferença do mundo real e mundo das drogas. A escola tem uma excelente relação de convivência com a comunidade e com outras instituições como os empresários locais, que contribuem para o desenvolvimento e melhoria do espaço escolar. A comunidade educativa participa do Conselho. Na instituição houve grandes avanços nos últimos dois anos e as pequenas dificuldades são superadas através de várias ações que são desenvolvidas constantemente.

SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO
Em 2009 a escola ainda deixou a desejar no cumprimento dos 200 dias letivos. Em 2010, feito campanhas para a escola começar as aulas na época certa e uma total mobilização para atingirem-se os 200 dias letivos, o Conselho, juntamente com a Gestão passou a cobrar mais dos alunos, uma cobrança não muito boa, tendo em vista uma reprovação de 4% e uma evasão de 4%, evasão esta produto da imigração em busca de emprego por parte do alunado. No Ensino Médio, proibiu-se menores de 18 anos no ensino noturno e priorizou-se a vaga deste no ensino diurno, (atendendo a edital da SEDUC) uma forma de direcionamento de políticas a público alvos. A instituição intensificou seus trabalhos com parcerias com a Prefeitura Municipal, Câmara dos vereadores, Sindicado dos Trabalhadores Rurais, igrejas e outros, criando um projeto estruturado em um PLANO DE AVENTOS ANUAL contendo: Comemoração de todas as datas festivas nacionais e municipais, campanha de fardamento discente, aula inaugural com conscientização de toda a comunidade escolar, Gincana Cultural, Reflexões Sobre o Meio Ambiente, Culto de Deus no dia do estudante, Comemoração da Semana da Pátria, Participação nos festejos de Santa Teresinha, Organização própria nas diversas Olimpíadas externas, Simulados com bônus impregatícios aos melhores alunos e participação ativa dos pais e da comunidade na escola. A escola passou a contar ainda com a caderneta do aluno, implantada desde 2008, mas readaptada em alguns itens pela Gestão escolar. Criou-se e aprovou-se o CARTÃO BÔNUS. Aboliu-se a SEMANA DE AVALIAÇÃO e adotou-se o MOMENTO AVALIATIVO. A Gestão intensificou também a vinda da família a escola. Outras medidas no tocante ao docente foram as aulas diferenciadas, começando a partir do PLANO DE AULA, que são digitados e entregues aos alunos de Ensino Médio e divulgado aos pais de alunos do Ensino Fundamental. Ainda aos docentes a atual coordenação passou a mobilizar campanhas freqüentes para a existência e cumprimento do HPI (horário pedagógico individual) e o HPC (horário pedagógico coletivo). Duas vezes ao ano a Gestão promove UMA SEMANA PEDAGÓGICA COMPLETA, com o máximo de sensibilização da comunidade escolar as causas educativas.

DEFINIÇÃO DA BASE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Fundamentas Epistemológico, filosófico, sociológico e Psicológico
O Projeto Político Pedagógico da Unidade Escolar Santa Teresinha, é um documento revestido da maior importância porque permite a participação do coletivo na sua elaboração e garante aos pais a escolha da escola com base em seus princípios, sua identidade e outras características.
Para tanto esse projeto esta pautado nos princípios fundamentais.
1-      Fundamentos éticos-políticos (valores)
2-      Fundamentos epistemológicos (conhecimento)
3-      Fundamentos didático-pedagógicos (relação)

Fundamentos éticos-políticos (valores)
A escola se preocupa essencialmente com a formação do ser humano para que possa enfrentar os desafios emocionais, as diversidades sociais, os caminhos para realização profissional. O mundo é competitivo, excludente e só vence os mais capacitados por isso é importante transmitir aos nossos jovens valores como: esperança, solidariedade, justiça social, honestidade, união, dedicação, vontade de aprender e construir caminhos novos, que são a base para que no futuro, o aluno seja um adulto feliz, capacitado e consciente do papel na sociedade.
Fundamentos epistemológicos (conhecimento)
O PPP da escola fundamenta-se na linha de pensamento construtivista sociointeracionista que, segundo Vigosky, o conhecimento é visto com representação da realidade, onde os alunos aprendem na relação com o outro, ainda defende os trabalhos em grupos. Sendo que o professor deixa de ser o centro para ser mediador, entre o aluno e conhecimento.
Para atingir essa proposta, o estudo das diversas áreas do conhecimento tem como finalidade: criar, refletir, construir, aprender, participar, expressar, conversar, e acima de tudo entender o mundo e sua problemática. Fazer também a relação destes conteúdos com os conceitos que ganha vida quando o aluno coloca significado no que aprende, quando faz relação da teoria com o mundo real.
Fundamentos didático-pedagógicos (relação)
Assumindo o compromisso de educar para o exercício da cidadania, criando condições para que o educando construa um conhecimento sólido e sinta-se seguros para definirem seus objetivos e metas a serem alcançados por esta escola. A sua P.P é fundamentada nas leis que regem a educação em nosso pais.A educação é um direito de todos sob a responsabilidade do estado e apoio da família e da sociedade é garantido pela Constituição Federal, o ECA, o PNE, a Resolução CNE/CEB nº 03/05, o parecer CNE/CEB nº 18/05 e outros documentos com relatos. O Conselho Estadual de Educação do Piauí responsável pela normatização, sistematização do sistema estadual do ensino que regulamentou a implantação do ensino fundamental com 9 anos de duração pelas resolução CEE/Piauí nº 141/2007, o estatuto do idoso que garante educação de qualidade de participação até mesmo aos que não tiveram a chance de ingressar na escola no tempo certo. Somente em 2005/2006 aconteceu a promulgação das leis nº 11.114/2005, 11.274/2006, antecipando a obrigatoriedade escolar das crianças com 6 anos de idade designando a responsabilidade da matrícula dessas crianças no ensino fundamental aos pais ou  responsáveis garantido-lhes mais tempo e convívio escolar, assim constitui-se o ensino fundamental de 9 anos.
Reconhecendo a seguridade das leis promulgadas a escola se preocupa e tem como missão o dever de proporcionar de forma mais prazerosa, oferecendo condições para uma aprendizagem significativa transforma o ser humano em cidadão competente e ético.

FUNDAMENTOS LEGAIS
ANEXO A PROPOSTA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
LDB 9394-96
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
PARECERES E RESOLUÇÕES DO CNE E CEE
ESTATUTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE
ESTATUTO DA GESTANTE
DIRETRIZES PEDAGÓGICAS
ESTATUTO DO SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ

    As diretrizes pedagógicas da Escola são definidas a partir da discussão coletiva no Conselho Escolar e Conselho de Classe, contudo, as práticas pedagógicas se fundamentam no diálogo, na construção do saber intelectual, emocional e coletivo.
QUANTO AO CURRÍCULO
OBJETIVO GERAL ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

    Proporcionar ensino de qualidade e pleno ao educando, propiciando o acesso, permanência e o sucesso para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. O currículo obedece normas oriundas de editais da SEDUC – Secretaria Estadual de Educação no que diz respeito a base nacional comum e a parte diversificada;

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

    Oferecer aos jovens e adultos que não tiveram acesso ao saber escolar na idade própria o ingresso, o reingresso e o sucesso em estudos, proporcionando uma educação voltada para a formação do cidadão consciente do processo de transformação da sociedade. O currículo obedece normas oriundas de editais da SEDUC – Secretaria Estadual de Educação no que diz respeito a base nacional comum e a parte diversificada;

QUANTO AS DIRETRIZES TÉCNICO NORMATIVAS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO
    A promoção do aluno será fundamentada na Lei das Diretrizes e Bases da Educação- LDB, lei nº 9394/96, neste PPP, e no Regimento Escolar, Para ser considerado aprovado, o aluno terá que atingir 60% do rendimento escolar e ter no mínimo 75% de freqüência em sala de aula. Será considerado ainda reprovado o aluno que não aparecer até o primeiro momento avaliativo, (REPROVADO E DESISTENTE), a avaliação feito com os transferidos oriundos de outra escola terá duas opções para aprovação: conquistar notas para frente que cubram o débito anterior ou apresentar as notas de transferência junto a secretaria.
   Haverá recuperação paralela bimestral com o uso do qualitativo-contínuo sem prejuízo a carga horária em horas ou dias letivos; no término do ano o aluno poderá deixar no máximo três disciplinas, com até 38 dos 48 pontos, em qualquer série para ter o direito a prova final. Se atingir 60% do rendimento será aprovado e classificar-se-á a série seguinte, caso contrário, mesmo em débito com uma matéria o aluno repetirá. Os docentes cumprirão carga horária conforme sua situação funcional e que obedecerá as diretrizes estabelecidas no Estatuto do Servidor Público do Magistério. Também devem participar do planejamento escolar de horário pedagógico, curso de formação continuada promovida pela escola, das atividades Extra classe escolares sem prejuízos a carga horário no tocante as 800 horas.
     A metodologia nasce de discussões com todo a comunidade escolar em Plantões Pedagógicos  conhecidos como HPC’s.
     Os programas e projetos da escola nascem de um Plano maior, chamado PLANO DE EVENTOS, que tem como responsáveis A Direção e a Coordenação Pedagógica da Entidade. O Plano maior impulsiona planos menores dentro de si com responsabilidades destinadas as áreas afins a dinâmica a ser realizada.

PLANO DE AÇÃO
A Unidade Escolar SANTA TERESINHA tem o compromisso de garantir aos seus educandos um ensino de qualidade, pois a mesma está voltada para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral de seus alunos, preparando-os para o exercício da cidadania, buscando desempenhar atividade que possibilite a integração e atividade de todos os envolvidos no processo de ensino – aprendizagem.
            Vimos por meio desta proposta apresentar o nosso plano de ações para 2011 e 2012. Voltadas para os interesses da comunidade escolar de forma que possam ser implementares, visando alcançar uma educação de qualidade.
            No entanto, no atual contexto social é necessário que a escola exerça uma prática educacional voltada para o exercício da cidadania, conscientizando o educando de sua liberdade, e que educar não é impor, mas estabelecer limites respeitando as diferenças de cada um.
            Trabalhando de forma democrática, visando melhor resultado na qualidade do ensino.
Identificação
A Unidade Escolar Santa Teresinha, localiza-se na Rua Elias Freitas, Centro, Madeiro Piauí
 Tendo o quadro de funcionamento composto por:
l   13 professores
l   01 vigia
l   03 serviços gerais
l   01 secretaria
l   01 diretor
l   01 coordenador
l  01 Bibliotecária
l  01 Monitora
Diretor: ISAAC SABINO CARDOSO
Coordenador: CLEISON DO NASCIMENTO ALVES


Secretaria: MARIA HELENA DE LIMA SILVA
Níveis de Ensino: 1 – Ensino Fundamental
                              2 – Educação de Jovens e Adultos;
                                3 – Ensino Médio;
Meta de aprovação para 2011 e 2012: 90%

Objetivo Geral:
l   Possibilitar ao educando interação nas práticas pedagógicas de ensino da escola, encontrando saídas adequadas para transformar na qualidade de ensino.
            Objetivos Específicos:
  1. Melhorar o desempenho acadêmico dos alunos;
  2. Orientar o educando quanto ao desenvolvimento do seu potencial cognitivo, afetivo e sócio – cultural;
  3. Valorizar e respeitar as regras disciplinares da escola com condição essencial para uma convivência saudável na coletividade.
            Meta:
            Pretendemos elevar o índice de aprovações de 87% em 2010, para 90% em 2011 e 2012.

Justificativa
Pretendemos, através do Plano de Ação, organizar o trabalho pedagógico e social da escola, visando o sucesso dos alunos. Sua função principal é propiciar uma educação de qualidade exercendo sua autonomia pedagógica, respeitando as diversidades culturais, regionais, religiosos e política da comunidade local.
            A construção de uma educação não é apenas resultado de leis que criam novas formas de funcionamento e de organização da educação. É fruto do compromisso com um projeto da sociedade, de educação e de nossa ação concreta no dia-a-dia na escola e no contexto das políticas educacionais.

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