domingo, 30 de julho de 2023

Os principais conceitos do termo Empreendedorismo contemplando a realidade brasileira.

      


      De origem francesa, a palavra Empreendedorismo tem sido muito falada nos últimos anos em terras tupiniquins. Fosse aplicada, na proporção em que é emitida, há tempos alguns problemas tinham ficado só no passado por aqui. Com tudo as coisas ruins, principalmente no setor público, persistem. Este artigo é, justamente, uma abordagem da arte de empreender – algo que contempla a teoria, e o que se tem de prática no executivo governamental brasileiro.
     Segundo Evandro Tsufa (2009), entrepreneur, ou empreendedor, surgiu na França entre os séculos XVII e XVIII. A palavra varou a história porque se tornou um substantivo e, ou, um adjetivo, que melhor serve para apontar aquelas pessoas na comunidade que reúnem as características de serem ousadas - que pensam a economia como inovação frequente, e, principalmente, lutam para realizar suas intenções. O termo, antes ligado ao homem privado, chegou aos dias atuais à coisa pública.
     Ouve-se falar muito de empreendedorismo no executivo público brasileiro. Algumas Prefeituras que conseguem fazer algo um pouco diferente das outras são sempre citadas. De qualquer forma, parlamentar sobre empreender no Brasil é muito complicado e requer certo ceticismo. O País é a terra dos governos que mais atrapalham do que ajudam. A burocracia impera. Por isso é que, antes de se dizer que um prefeito X é empreendedor há que se ver melhor o que se tem na iniciativa privada internacional e comparar com o que está acontecendo no setor privado e público brasileiros. Do contrário, o que se tem é só mera propaganda.
      É porque é difícil acreditar que algum líder político brasileiro consiga ser aquilo que Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000, p. 98) classificaram como alguém que pertença à escola empreendedora: desperto no mais inato Estado da intuição, do julgamento, da sabedoria, da experiência, do critério. Pode até existir prefeito assim, mas ele é neutralizado pela legislação. O que mais se ver por aqui é um executivo que cria um problema e depois ele mesmo se apresenta como solucionador. Basta ver os impostos que são criados e depois desonerados. Assim é fácil ser chamado de empreendedor.
     O Brasil trilhou à esquerda. O Estado ficou inchado e toda a população sonha ser servidor público ou receber alguma bolsa social. Dessa forma, não há como nascer um empreendedor sequer. Empreender requer necessidade. Não há como “fazer coisas novas ou fazer coisas velhas de novas maneiras” com todos na zona de conforto. O pessoal do executivo público Estadual e Municipal, por exemplo, de forma alguma sabem ser criativos sem os repasses federais ou a arrecadação local.
     O que se tem de prática da melhor forma de empreendedorismo vem da história passada, ou, de nações ricas atualmente, e principalmente, na iniciativa privada, mas com o aval ou, melhor, sem a intromissão do setor público. Tudo leva a crer que a melhor saída para fazer com que o povo empreenda mais é desburocratizar o país e diminuir o tamanho do Estado sem perdas de eficiência. Exemplo histórico recente foram as Revoluções Industriais; e, nos dias atuais o que se tem de moda no ramo vem do chamado Vale do Silício nos Estados Unidos e de grande parte da Ásia.
     Com tudo o que foi dito, é difícil encontrar práticas inovadoras que impliquem empreendedorismo no Brasil. Há casos isolados de tentativas de sobrevivência na iniciativa privada e alguns setores públicos que se sobressaem sobre os outros, mas todos com serviços prestados muito ruins. Se a maquiagem de onerar e desonerar forem considerados empreendimentos, nesse caso o país é vanguardista nessa prática. Agora, se for observada a literatura especializada, o que se percebe é a necessidade de desburocratizar o país, diminuir o tamanho do Estado e deixar o individualismo aflorar.
    
    

REFERÊNCIAS

A evolução da carga tributária no Brasil Disponível em < http: //www .catho.com.br /cursos/index.php ?p=artigo&id_artigo=1441&acao=exibir> Acesso em 02 maio 2015

Misoczky, Maria Ceci Araujo Planejamento e programação na administração pública / Maria Ceci Araujo Misoczky, Paulo Guedes. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração /
        UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2011. 184p. : il.

Disponível em <http://www.impostometro.com.br/posts/carga-tributaria-brasileira> acesso em 02 de maio 2015
Morgan, Gareth, 1943 - Imagens da organização: edição executiva/Gareth Morgan; tradução Geni G. Goldschmidt. - 2. ed. - 4a reimpressão - São Paulo : Atlas, 2002.

Pereira, Maurício Fernandes Administração estratégica / Maurício Fernandes Pereira. – Florianópolis :
         Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2011.168p. : il.

Silva, José Maria da. Apresentação de trabalhos acadêmicos: normas e técnicas/José  Maria da Silva , Emerson Sena da Silveira. 5. Ed. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2009

Jacobsen, Alessandra de Linhares Teorias da administração II / Alessandra de Linhares Jacobsen, Luís Moretto Neto. – 2. ed. reimp. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC, 2012. 168 p. : il.

Sanson, João RogérioTeoria das finanças públicas / João Rogério Sanson. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2011.
132p. : il.
TREVISAN, Andrei Pittol; BELLEN, Hans Michael vanRevista de Administração Pública. Rio de Janeiro 42 (3): 529-50, maio/jun. 2008.

Tsufa, EvandroEmpreendedorismo governamental / Evandro Tsufa. – Florianópolis : Departamento

           de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2009.110p. : il.

sábado, 29 de julho de 2023

O homem industrial

     

       Nas últimas décadas foram criadas cinco teorias da administração na tentativa de melhorar a eficácia e eficiência nas organizações. Cada uma nasceu com o intuito de preencher uma lacuna deixada pela outra. Os últimos cinquenta anos são marcados por influências diretas da Administração Sistemática; Administração Científica; Gestão Administrativa; Escola das Relações Humanas e Burocracia.  Dentre todas, a mais polêmica e influente foi a segunda dessa lista: a Administração Científica.   
     Com a revolução industrial diversos países passaram por transformações drásticas. Nos Estados Unidos, por exemplo, foram verificados avanços significativos nos transportes, nas tecnologias e comunicação. Contudo, havia um problema: homens e nações inteiras não estavam preparados para tamanha revolução. A produção nunca chegava ao ápice. Para tanto, surgiram teorias com a promessa de fazer esse homem produzir ao máximo. A mais radical foi a Administração Científica. Nessa se destacaram Frederick Taylor e Henry Ford.
     Taylor percebeu que por não usar técnicas cientificas, as empresas tinham grande potencial que não eram totalmente usados e por conta disso as perdas eram significativas.  A proposta do engenheiro foi a racionalização do trabalho através da padronização das ferramentas e dos equipamentos; uso de cartões de instrução distribuídos aos trabalhadores; paradas para eliminar a fadiga; gratificação diferenciada.
     Mas ninguém foi tão a fundo na teoria proposta por Frederick Taylor quanto Henry Ford. O empresário montou uma fábrica para a produção em alta escala do carro da época. Na montadora, partes do automóvel iam de operário a operário através de uma esteira rolante – cada homem era responsável por finalizar a sua parte. O todo era a conclusão do carro no final da linha de produção. Para que tudo desse certo, o maquinário era padronizado, assim como os carros e o serviço repetitivo para o trabalhador.
     Algumas críticas ganharam destaque à época e o melhor registro está no filme Tempos Modernos de Charles Chaplin. Numa das cenas o comediante não consegue acompanhar o ritmo com que as partes chegam a ele – atrapalha-se e causa uma confusão na empresa; com a repetição do serviço, mesmo estando parado, fora da fábrica, o operário continua apertando parafusos (aperta até os seis de uma moça); outro momento interessante é a tentativa do dono da empresa de implantar uma máquina que fizesse o operário almoçar mais rápido. Chaplin ironizou até os sindicatos que protestavam contra a opressão das fábricas.
     Charles Chaplin ironizou aquilo que Taylor e Ford ignoraram: fatores psicológicos e sociais do trabalhador; a repetição como agente causador do tédio, da apatia. O artista finaliza com os movimentos organizados protestando contra aquilo que acreditavam ser a mecanização do homem.
     Percebe-se que a Revolução Industrial trouxe vários confortos tecnológicos ao consumidor final e riquezas ao empresariado, mas entre consumidor e empresário havia o operário. Na visão da Administração Científica, este deveria ser só mais uma peça eficaz em meio a todo o maquinário. Por um bom tempo, a Revolução Industrial produziu o homem industrial. É bem verdade que não restam dúvidas que o movimento científico contribuiu e muito para as organizações empresariais mundiais, porém falhou ao ver o homem como um ser ausente de psicologia e não social, nada que outro movimento que viesse depois não reparasse o erro.

   

    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

    

 

 

REFERÊNCIAS

 

Coelho, Ricardo Corrêa Ciência política / Ricardo Corrêa Coelho. – 2. ed. reimp.Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC, 2012.159p. : il.

 

Info Escola. Eras Históricas. Disponível em <http://www.infoescola.com/historia/eras-historicas/ > Acesso em 12 julho de 2013.

 

Jacobsen, Alessandra de Linhares Teorias da administração II / Alessandra de Linhares Jacobsen, Luís Moretto Neto. – 2. ed. reimp. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC, 2012. 168 p. : il.

 

Silva, José Maria da. Apresentação de trabalhos acadêmicos: normas e técnicas/José  Maria da Silva , Emerson Sena da Silveira. 5. Ed. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2009

 

TREVISAN, Andrei Pittol; BELLEN, Hans Michael van.  Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro 42 (3): 529-50, maio/jun. 2008.

Critica ao filme Elysium


      Filme de 2013 dirigido por Neill Blomkamp, Elisyum narra um mundo futurístico onde os pobres ficam na terra e ricos no espaço. O enredo trata da velha luta de classes, dilema antigo mostrado ainda no século XIX por Karl Marx e com outros filmes precursores “tipo” Tempos Modernos ou Macunaíma. Cabe como uma luva nos dias atuais mostrando um ser humano mais hipócrita do que nunca.
     Elysium foi lançado em 2013 no Brasil. O filme é o segundo de Neil Blomkamp e de novo (depois de distrito 9) o diretor retoma a questão da pobreza. A narrativa começa com cenas muito fortes: a terra ficou superpovoada e consecutivamente poluída. Para fugir da desorganização dos pobres, uma elite rica resolve se refugiar numa espécie de nave que possui de tudo e fica próxima da terra - mas ainda precisando do "proletariado" - pois alguns recursos naturais ainda saem do planeta.
      A ideia não é nova. O conflito de classes - a luta entre ricos e pobres (que muitos participam e não percebem) não é inédita. Karl Marx foi quem melhor abordou essa dinâmica (Será por isso que o personagem principal se chama Max?) e outras obras - até brasileira - também trouxeram a briga entre um empresário e um marginalizado - basta citar o Venceslau Pietro Piatra e Macunaíma. E quem não lembra de Tempos Modernos de Chaplin.
     O problema deste tipo de história ou dissertação é que alguém que assiste ou ler sempre toma partido. "Pra" piorar, o lado que se toma é sempre o do mais fragilizado pelo sistema. Não importa se ele é "ladrão de banco" ou "assassino". Contudo, a vida real faz qualquer um se contradizer: quem não gosta de um bairro confortável? de uma escola onde só tenha meninos bons? E quem não quer ir "pro" céu e vive dizendo que "muitos são chamados, mas poucos são escolhidos. Isso é Elysium.
      De qualquer forma, a obra cabe como uma luva nos dias atuais. A sociedade nunca foi tão hipócrita. Todos querem defender meninos ou homens marginalizados, mas do conforto de casa; do acesso veloz da internet e das redes sociais. Ir numa favela ou bairro perigoso nem pensar. Colocar os filhos em escolas públicas junto com outros que mal interprertam uma página de livro - menos ainda. Não há bom ou mal no cenário da vida, tudo depende do lado em que se está.
      


Relatório - JUSNATURALISMO

 


 

1 INTRODUÇÃO

                 

 

                   O presente relatório diz respeito à pesquisa e estudos acerca do JUSNATURALISMO. Para tanto foi organizado um estudo bibliográfico em diversos autores racionalistas que vão se afastar da justiça natural advinda da divindade. Da teocracia foi lido partes das obras de Santo Angostinho e Santo Tomás de Aquino. Do movimento iluminista foram realizados estudos na obra de Hugo Grócio, Samuel Pufendorf e John Locke.

                  O objetivo do estudo é reforçar conceitos e autores que defendem a ideia do Direito natural e apontar suas diferenças com outros movimentos. O trabalho se justifica pela necessidade de apontar que há movimentos que acreditam que algo é nato aos homens e outros que acreditam que tudo é mera construção histórica humana. Com isso, quer-se lançar uma compreensão na realidade do direito.

                O intuituo é entender o movimento e lançar luz de forma bem mais sintetica àqueles que também se aventuram a querer entender esse debate que ja dura séculos.

               Assim, considerando-se a importância do tema e a relevância do debate, o estudo do JUSNATURALISMO é de absoluta pertinência. Entender o modo como os pensadores dessa vertente do direito defender seus pontos de vista poderá contribuir para a melhoria da jurisprudência.

               Como metodologia, foi feito pesquisa e estudo bibliográfico. Houve algumas limitações: o ideal seria mais tempo para uma segunda leitura mais aprofundada na literatura indicada. 

Numa rápida conceituação, jusnaturalismo ou o direito natural é a corrente de pensamento jurídico-filosófica que pressupõe a existência de uma norma de conduta intersubjetiva universalmente válida e imutável, fundada sobre a peculiar ideia da natureza preexistente em qualquer forma de direito positivo que possa formar o melhor ordenamento possível para regular a sociedade humana, principalmente no que se refere aos conflitos entre os Estados, governos e suas populaçõesde ação.

                   

2 UM ESTUDO NOS CONCEITOS DE INATISMO E DO RACIONALISMO

 

          O inatismo é bem parecido com o racionalsimo. Com poucas diferenças. Uma delas é a metafísica existente no primeiro. Para o inatismo, muito provavel o precursor é Platão, com sua teoria da ideias do mundo intelegível, o homem recebe suas ideias bem antes do nascimento, de forma nata.

         Em Ménor, Platão justifica a teoria da aprendizagem através do exemplo do escravo que ao ser questionado sobre determinadas figuras geométricas ele acaba acertando tudo - mesmo sem uma educação prévia daquilo. Esse exemplo é reforçado em Fédon quando Platão diz que “quando os homens são interrogados por alguém que sabe interrogar convenientemente eles declaram por si só tudo como de fato é”. Nisso a teoria da reminiscência é justificada porque para Platão a alma, anterior ao corpo, já traz consigo alguns conhecimentos da realidade.

          Essa alma que encarna trazendo consigo ideias de outro plano vai ser adotada por boa parte do cristianismo mais tarde. Nesse sentido, saber o que o justo, segundo essa tendência do nascimento com a coisa, é o inatismo.

         Já o racionalismo se afasta um pouco mais dessa encarnação, mas credita fé em algo chamado Razão.

Vários textos com o codinome Dionísio Areopagita, encontrados entre o final do século IV e início do século VI representam uma recusa no método de conhecer Deus pela razão. Para Dionísio a lógica que sai da linguagem humana não pode explicar a existência de Deus e, por conta disso, o máximo que o homem consegue são antropomorfismos.

                  Encerrando as dissertações, Josef Pieper explica ao leitor o “aprender o não dito” que seria achar falas importantes nas “fendas” dos textos antigos e principalmente no que toca a “criação”. Para tanto o autor recorre ao existencialismo das coisas e o conceito de verdade de Tomás de Aquino.

                      “Temas e figuras do pensamento medieval” é uma boa introdução para quem queira adentrar o mundo filosófico da idade média. Há vários trechos interessantes que valem a leitura dos capítulos por si só, mas alguns textos precisam da leitura dos autores medievais apresentados para  melhor entendimento: é o caso dos que estão em  “O elemento Negativo na filosofia de Tomás de Aquino”. Mas, antes de mostrar as dificuldades dessa parte é bom ressaltar as partes positivas do  livro.                     

                      Um aspecto muito bom da maior parte dos textos é a forma narrativa com que os autores trabalham antes de seguirem com suas dissertações. Isso facilita a leitura. São contadas história da separação do cristianismo do judaísmo e assimilação da cultura grega, o que é de suma importância para o entendimento do racionalismo de Agostinho, Boécio, Cassiodoro e Tomás de Aquino. E não são deixadas de lado a biografia de cada pensador e como alguns deles influenciaram  outros. Ainda é perceptível, de forma constante, uma briga, dentro do próprio cristianismo, entre os que só querem seguir a fé e os que querem conciliar fé e razão.

                       Parte que deveria ser de difícil compreensão é a questão da “intimidade” em Agostinho, mas, Lauand expõe de forma tão clara que, além de diferenciar o ser “íntimo” no padre com o dos pensadores antigos, pode-se, também, relacionar com os tempos atuais, quando as pessoas não conseguem ficar consigo mesmas por alguns minutos (todo instante o homem moderno precisa conversar, ver ou postar algo aos outros). A solidão é um monstro hodiernamente, o que para o religioso medieval era um prazer. Junte-se a isso que sem precisar ir na fonte é fácil entender as questões alegóricas da Bíblia e o nascimento da Escolástica.

                         Dito isso, a parte que requer mais leituras é o entendimento do negativo em Aquino. Nesse trecho o autor não consegue expor o dilema da criação e do criador ou mesmo da essência de verdade e mesmo com muitas leituras no capítulo fica a sensação de que é melhor ir ler mesmo esses dilemas na fonte.   De qualquer forma “Temas e figuras do pensamento medieval” é bom. Consegue resumir em poucas linhas uma filosofia que durou mais de mil anos e é atrativo porque antes, dos autores exporem os debates dissertativos travados à época, são colocadas narrativas e biografias, o que torna presto mais íntimo do leitor. Só uma pequena parte dos capítulos requer uma leitura mais atenciosa e, talvez, até das obras medievais mesmo, mas nada que atrapalhe a compreensão deste compêndio de João Lauand e companhia.

 

 

 

 

 

 

3 OS FILÓSOFOS JUSNATURALISTAS

 

3.1 OS TEOCRÁTICOS SANTO AGOSTINHO E SÃO TOMÁS DE AQUINO

 

                 Com o advento do cristianismo passando pela patrística e com e ápice na escolástica, Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino vão defender que há uma lei divina que rege toda a existência. O motor nesse caso é o Deus Cristão que criou tudo dando uma lógica predefinida a todos os seres. Para esses dois filósofos, o homem para organizar suas Leis, deve observar certa ordem cósmica regulada por uma lei eterna.

                A percepção do erro, para os filósofos JUSNATURALISTAS, é algo natural. O homem deve saber que não pode furar o olho do outro. É mais ou menos essa a ideia encontrada em alguns textos, principalmente dos teocráticos. Santo Agostinho, por exemplo, em um trecho de As Confições, relata uma cena onde ele entra no quintal e rouba algumas frutas. A reflexão que o santo padre faz de que aquele momento foi errado é algo de dentro. Algo nato. Nesse sentido, tanto o mal quanto o bem, segundo, esses autores, advém de outros planos, seja o céu ou seja o inferno.

                     Com o fim da patrística, em “Boécio e Cassiodoro: a transmissão da cultura aos bárbaros” assinala o nascimento da Escolástica, “um método que iria marcar por quase mil anos o pensamento ocidental”. Usando o instrumental aristotélico, os dois autores são mais radicais no racionalismo bíblico, mas vão influenciar um dos mais famosos pensadores da igreja, São Tomás de Aquino. É graças a Boécio que a cultura greco-romana não desaparece com as invasões bárbaras, pois, através da criação da escola, o pensador conseguiu transmitir um conhecimento racional cristão aos invasores e que se firmará com a organização dos mosteiros em Cassiodoro.

3.2 OS ILUMINISTAS GRÓCIO, SAMUEL PUFENDORF E JOHN LOCKE

 

                  O rompimento com a teocracia acontece com um racioanalismo diferente. Um mais científico ainda e dentro daquilo que irá se chamar Iluminismo. De qualquer forma, mesmo dentro do iluminismo há pensadores que vão defender o direito natural, é o caso de Hugo Grócio, Samuel Pufendorf e John Locke. Tudo isso agora de forma laica.

                É Grócio que inaugura com mais força um Direito livre da questão de Deus, mas ainda como algo natural ao homem. O Autor é famoso por sua frase que diz que “O Direitor Natural exisitiria mesmo que Deus não existisse, ou ainda que Deus cuidasse das coisas humanas.” Essa assertiva serve para contraria, para além dos medievais, alguns contemporâneos seus como Henrique e Samuel Coccejo, Leibiniz e Joan Cristina Von Wolf que afotarma uma posição mais racionalista aformando, categoricamente, que Deus é a fonte úlitma do Direito Natural.

             A defesa de Grócio segue uma lógica que já existe na natureza. A matemática, por exemplo, para o autor, os números aritméticos, pode-se citar aqui também, a geometria das coisas, segue uma ordem que, para o autor, não há arbitrariedade. Da mesma forma, para ele, o Direito segue tal dinâmica.

Portanto, é com essa premissa, que o pensador holandês vai influenciar o Direito Internaiconal, porque seguindo essa lógica de Direito Natural, todos os povos, em todos os tempos, gozam de algum ordem que os rege de forma idêntica.

               Grócio vai influenciar Samuel Pufendorf (1632-1694), jusfilósofo alemão. É perceptível que essa nova geração de JUSNATURALISTA não se afasta tanto da divindade. Isso, muito provavel acontece por conta da monarquia que ainda é forte em sua época, contudo, Pufendorf, alegando com o crescimento populacional, tenta retirar a mística do princípe e colocar a busca da justiça num outro lugar. O autor fala na reta razão. Toda a obra do autor será nessa sentido e o prinicipal livro é De officio hominis et civis, de 1691. Contudo, numa leitura mais atenta da obra do filósofo alemão, é observável o desejo e da necessidade do homem está na cidade afim de que ele não se torne um animal, porque a metrópoles irá regular os impulsos mais naturais humanos através do magistrado civil.

            Por fim, em seu ENSAIO SOBRE O ENTENDIMENTO HUMANO, John Locke (1632-1704) trabalha as origens das ideis humanas, o autor tenta apontar outro caminho acerca das origens das ideias e cosecutivamente da vontade de justiça. Vale lembrar que os inatistas acreditavam na reminiscência da alma e os racionalistas na reta razão como algo nato. Nesse caso, entende-se de forma implicíta da obra do autor, que a justiça, a lei, é algo adiquirido pela experiência.

           Muito preocupado com a questão da paz, Locke escreve um TRATADO SOBRE O MAGISTRADO CIVIL (1689). O objetivo do autor é apontar as melhores regras para se viver em  um estado de paz na sociedade.      


 

4.      RESULTADOS E DISCUSSÃO ACERCA DO RELATÓRIO

 

                   Com o objetivo de estudar e reforçar conceitos e autores que defenden a ideia do Direito natural e apontar suas diferenças com outros movimentos ou até mesmo dentro dessa linha filósofica, foram mobilizadas algumas semanas de leitura nas obras que tratam d temática. De início foi escolhido Curso de Filosofia do Direito de Eduardo C.B. Bittar e Guilherme Assis de Almeida. O livro é um copilado de toda a filosofia ocidental. Foram duas semanas de muito estudo, mas alguns livros já era a segunda leitura é o caso de CONFISSÕES de Santo Agostinho, Ensaio sobre o Entendimento Humano de John Locke; outros houve um pouco mais de dificuldade por se tratar de primeira leiura, cita-se Grócio e Pufendorf.

                O resultaod que se chega acerca do JUSNATURALISMO é que é um movimento um pouco enfraquecido nos dias atuais, mas que a lógica proposta por cada autor é de suma imortância e merece ser levada em consideração mesmo nesses tempos.

             Cada Filósofo, do seu jeito, tenta provar que o Direito é algo natural ao homem, uns usando metafísica, um plano paralelo, seja o mundo das ideias, seja o céu – é o caso de Platão, os cristãos patrísticos e escolásticos; outros já focam mais na razão como algo que guia o homem para a decisão mais justa, é o caso de Grócio e Pufendorf; outros já acreditam mais na experiêrncia que o caso de John Locke.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CRONOGRAMA – 25/08/2020 a 09/09/2020 – RELATÓRIO JUSNATURALISTAS

 

25 A 28 DE AGOSTO DE 2020

 

 

SEMANA DE LEITURA DE ALGUNS DE MENON E FEDON

 

 

31 A 4 DE SETEMBRO DE 2020

 

SEMANA DE LEITURA DE ALGUNS PATRÍSTICOS E ESCOLÁSTICOS

 

07 A 09 DE SETEMBRO

 

LEITURA DE ALGUNS RACIONALISTAS E ILUMINISTAS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

Bittar, Eduardo Carlos Bianca Curso de Filosofia do Direito / Eduardo C. B. Bittar, Guilherme Assis de Almeida. – 11. ed. – São Paulo: Atlas, 2015.

 

Ética e aprendizagem em Platão. Disponivel em <https://isaacsabino.blogspot.com/2018/01/atividade-etica-e-aprendizagem-em-platao.html> Acesso em 30 de agosto de 2020

 

 

Reflexões sobre o jusnaturalismo. Disponível em <https://jus.com.br/artigos/39884/reflexoes-sobre-o-jusnaturalismo#:~:text=105%20)-,O%20jusnaturalismo%20ou%20o%20direito%20natural%20%C3%A9%20a%20corrente%20de,possa%20formar%20o%20melhor%20ordenamento> Acesso em 28 de agosto de 2020

 

Os conceitos das correntes racionalistas e empiristas: uma crítica leiga à luz da atualidade

Disponível em < https://isaacsabino.blogspot.com/2018/05/os-conceitos-das-correntes.html> acesso em 02 de setembro de 2020

 

O primeiro momento entre fé e razão no pensamento medieval: uma resenha de “Figuras do pensamento medieval” Disponível em <https://isaacsabino.blogspot.com/2018/11/o-primeiro-momento-entre-fe-e-razao-no.html> acesso em 04 de setembro de 2020

 


quarta-feira, 19 de julho de 2023

2º PLAN 2ª - Texto Publicitário. Regência verbal - páginas; (75,77 e 78) Propaganda Questões do ENEM 2015 -







1. A propósito do anúncio, responda: Quem é o anunciante?


(A) O resort Ocean Palace


(B) A Redação de Pedrinho

 

2. Observe o nome da revista em que o anúncio foi publicado. Levante hipóteses: Qual é o perfil do público a que ele se destina?

 (A) Foi publicado na revista Luxo, que provavelmente se destina a um público de alto poder             aquisitivo.

(B) Foi publicado na revista Escola, que provavelmente se destina a um público bem jovem e           rico.


     

Texto Publicitário – Anúncio Conceito e Características

 

O anúncio publicitário (ou simplesmente publicidade) é um gênero textual que promove um produto ou uma ideia sendo veiculado pelos meios de comunicação de massa: jornais, revistas

Podemos encontrá-los também em outdoors, panfletos, faixas ou cartazes na rua, no ônibus etc. 

A principal característica desses tipos de textos são precisamente o convencimento do consumidor para a compra de um produto ou serviço.

Disponível em <https://www.todamateria.com.br/caracteristicas-do-anuncio-publicitario/> acesso em 08 de outubro de 2020

 

3. O QUE é um anúncio publicitário?

 

4. Onde Podemos encontrar um anúncio publicitário?

 

 

5. QUAL A principal característica DO anúncio publicitário?

 




6.17 (SENADO-Nível Médio Adaptada A2012) Assinale a alternativa em que se realizou corretamente a transposição das falas do segundo e terceiro quadrinhos do discurso direto para o indireto.

A) O peixe afirmou que alguém havia colocado aquela minhoca lá e que ela estava lá por algum motivo.

B) O peixe afirmou que alguém colocara a aquela minhoca lá e que ela estaria lá por algum motivo.





7. 101 (ENEM 2015) A rapidez é destacada como uma das qualidades do serviço anunciado, funcionando como estratégia de persuasão em relação ao consumidor do mercado gráfico. O recurso da linguagem verbal que contribui para esse destaque é o emprego

(A)  do termo “fácil” no início do anúncio, com foco no processo.
 
(B)  das formas verbais no futuro e no pretérito, em sequênCia.



8.129  (Renato Aquino E2014 Adaptada) Na frase: “A justiça de Deus nos acompanha sempre”. Temos quantos Adjetivos?
a) 1                           
e) nenhum




9. 109 (ENEM Cb2015min) Nas peças publicitárias, vários recursos verbais e não verbais são usados com o objetivo de atingir o público-alvo influenciando seu comportamento. Considerando as informações verbais e não verbais trazidas no texto a respeito da hepatite, verifica-se

A)   o tom lúdico é empregado como recurso de consolidação do pacto de confiança entre médico e população.

B)  A figura do profissional de saúde é legitimada, evocando-se o discurso autorizado como estratégia argumentativa.



10. 98 (ENEM 2015 Eb2015mai) Dia do Músico, do Professor, da Secretária, do Veterinário... Muitas são as datas comemoradas ao longo do ano e elas, ao darem visibilidade a segmentos específicos da sociedade, oportunizam uma reflexão sobre a responsabilidade social desses segmentos. Nesse contexto, está inserida a propaganda da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em que se combinam elementos verbais e não verbais para se abordar a estreita relação entre imprensa, cidadania, informação e opinião.
Sobre essa relação, depreende-se do texto da ABI que,

A)    para a imprensa exercer seu papel social, ela deve transformar opinião em informação.

B)     para o cidadão formar sua opinião, ele deve ter acesso à informação.




















1.    362 ((Renato Aquino 2016). O garoto derrubou a mesa desastradamente. SÃO respectivamente:

a)    Complemento nominal, adjunto adnominal      
                          
b)    Adjunto Adnominal, Objeto direto

VÍDEO AULA DA QUESTÃO ACIMA NO LINK ABAIXO. ANÁLISE DA QUESTÃO. COPIE E COLE O LINK NO NAVEGADOR PARA ASSITIR.

https://www.youtube.com/watch?v=5CUJfxzuIhY

2.  Marque a CORRETA:

(A) Regência Verbal é o principio pelo qual os verbos se ligam a seus complementos;

(B) Regência Verbal é o principio pelo qual os substantivos se ligam a seus complementos;

3. SOBRE AS DUAS FORMAS VERBAIS EM DESTAQUE ADMITEM OUTRAS REGÊNCIAS.

"Tratarei do quadro"
"Procurarei a gravura"

Reescrevendo-as, alterando a regência de cada uma delas pode-se ter
(A) tratarei o quadro e Procurarei pela gravura porque admitem outras regências
(B) tratarei do quadro e procurarei a gravura porque não admitem outras regências

4º Marque a frase CORRETA com  verbo ASSISTIR escrito obedecendo a regência verbal conforme gramática padrão:

A) Assisti o futebol;
B) Assisti as vítimas:


 


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Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem têia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados
(ANDRADE, Oswald de Pau Brasil. 2. ed. São Paulo: Globo, 2003. p. 119).

3 (13.COPES 2014d) O efeito de sentido alcançado com o último verso é:
(A) Restrição aos trabalhadores da construção civil, em geral pobres e analfabetos.
(B) Estigmatização de vícios da fala.
(C) Construção de um telhado.
(D) Consecução de objetivos.
(E) Dificuldade para consecução de um objetivo.

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