terça-feira, 18 de outubro de 2022

É chegado ao ponto onde a humanidade cultua mais à imagem até do que a saúde

     Para os jovens, poucas espinhas e magreza; para os homens adultos, bastantes cabelos e sem barriga; para as mulheres adultas a juventude sempre. Sem essas exigências cumpridas nos tempos modernos, o ser humano pode ficar à margem da sociedade e, portanto, distante da felicidade. O problema é que todas essas posturas têm efeitos colaterais e o culto à imagem torna-se muito arriscado à saúde.
     Pode procurar nas salas de aulas, aqueles que têm o rosto com acnes são os mais tímidos e os que mais sofrem “bullying”. E as portas do mercado são um pouco mais fechadas para homens carecas e barrigudos. O mesmo acontece com a mulher que ousa envelhecer – a sociedade sempre a coloca de lado. A iniciativa privada e a clientela em geral prima por ser servida por perfis belos – e por belo entende-se pele limpa, cabelo, magreza e juventude.
     O indivíduo que não se deixa escravizar pelos padrões de beleza impostos nos tempos atuais corre o risco de ser marginalizado. O emprego, a convivência social, a “felicidade”, estão intimamente ligadas ao quanto de remédios com efeitos colaterais se suporta tomar; ao quanto de alimentos se nega a comer; ao quanto de dor se suporta sentir para se manter com aparência juvenil. 
     Ressecamentos dos lábios, sangramento nas narinas, fome, fraqueza, impotência, depressão e dores são os efeitos adversos de remédios para espinhas como roacutan, ou para queda de cabelos como finasterida e de dietas mirabolantes para se manter magro, sem falar nos diversos produtos de uso externo danosos a pele. Efeito colateral quando o culto à imagem só cobra isso, porque há casos de morte mesmo.   
    A verdade é que a humanidade chegou sim ao ponto onde o culto à imagem acaba sendo prioritário em detrimento à própria saúde. É o costume da época, e afastar-se dele implica arcar com consequências que vão do lazer ao emprego. A felicidade dos tempos modernos está ligada ao quanto o individuo se dispõe a se sacrificar para ser belo. Mudar toda essa cultura leva tempo e demanda o envolvimento da família, da escola, da mídia e outros entes.
    





REFERÊNCIAS



Morgan, Gareth, 1943 - Imagens da organização: edição executiva/Gareth Morgan; tradução Geni G. Goldschmidt. - 2. ed. - 4a reimpressão - São Paulo : Atlas, 2002.

Silva, José Maria da. Apresentação de trabalhos acadêmicos: normas e técnicas/José  Maria da Silva , Emerson Sena da Silveira. 5. Ed. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2009

Pinheiro, Ivan Antônio Negociação e arbitragem / Ivan Antônio Pinheiro. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2012.
         82p. : il.






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