quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

MITO - ENEM 2016, 2012 - Pág. 32 a 45. HERÁCLITO. Fragmentos "Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio..."PARMÊNIDES. Da natureza "São muitos os sinais de que o ser é ingênito e indestrutível..."




   Uma boa indicativa para se trabalhar a questão do mito são as leituras dos livros e preferencialmente a análise dos filmes Helena de Tróia e a Lenda de Beowulf. No primeiro, o mito Reside tão somente na mente das pessoas - não há nada de fantasia quanto aos deuses ou qualquer outro ser - há só a crendice das pessoas. Deuses ou monstros não são mostrados entre os homens; já no segundo, monstros e demônios são colocados as claras convivendo em terra com os homens.  O Deus Cristo também já esteve na terra. Os dois enredos colocam a paixão do homem pela mulher como ponto fraco dos heróis e das nações.
     Em Helena de Tróia, Páris é posto diante de uma ilusão: nela, Afrodite, Atena e Hera prometem tudo àquilo que os homens sonham - beleza, vitória e riqueza. O herói ver a imagem de Helena, promessa de Afrodite, e se apaixona pela moça. O problema é que a mulher  já estava casada com Menelau. Mesmo assim o herói rapita a jovem e a leva ao seu país ocasionando uma guerra que duraria dez anos.
     Em A Lenda de Beowulf, os monstros e os demônios convivem com a humanidade. Diferente do sonho tido por Páris, eles aparecem de verdade. Travam lutas e comem homens.  A semelhança entre os dois heróis está na queda pelo sexo oposto: numa corrida a nado,  Beowulf tinha tudo para ganhar de seu oponente, mas perde por amar uma sereia; mais tarde, o herói se envolverá com a mãe de Grendel - um demônio aquático e terá com ela um filho dragão.
     Qualquer homem que voltasse no tempo, à época dos dois enredos, seria levado a crer na mística do momento. Sacrificaria a filha por ventos, como fez Agamenon ou oferendava bodes e cabras como propôs Unferth ao Rei. Nos dias atuais, tais histórias não passam de estórias. Diversão para adolescentes. Mal percebessem estas crianças que vários enredos atualmente têm o mesmo propósito dos daquele tempo: assustam e põem os homens no seu lugar - o da servidão, se não aos reis, aos políticos ou aos religiosos.
     O mito é algo que não pode ser questionado na sua época, e quem ousa tal proeza sofre retaliações vindas daqueles que acreditam. Tente lançar qualquer crítica a Maomé ou a Cristo e verás. É difícil comprovar a veracidade ou a falsidade de um mito.
     Essa foi a situação em que se encontraram os filósofos antigos diante de uma sociedade que acreditava em Zeus, Hades e outros deuses. Fazer o povo acreditar que os cantares que narravam as batalhas, com os deuses do lado dos reis, serviam simplesmente para fazer as pessoas admirarem e amarem seus reis era tarefa árdua.  O discurso do rei de que seu trono era vontade divina era posto em dúvida. O próprio monarca se encarregaria de matar o filósofo que espalhava tais boatos.
     O mito é tão bonito. É sempre a narrativa dos antigos, de um tempo remoto. De um herói ( na maioria dos casos, o rei) inspirador, belo, forte, astuto. Assim Homero descreve Páris, Áquiles, Ulisses e Beowulf não é diferente.  Neles, os jovens buscavam inspiração para ir as guerras. 
     Beowulf deve nem ter sido tão valente. Quem sabe não foi um mero rei careca e barrigudo. Helena não devia nem ser tão bela para justificar uma guerra tão longa. Mas as histórias se espalharam, outras guerras houveram. Novos reis se levantaram e o povo sempre se deixou iludir, até quando a filosofia veio e abriu um pouco os olhos da humanidade. Sabe-se lá se os dragões existiram mesmo. O que se sabe é que muitos mataram, morreram, escravizaram e se deixaram escravizar acreditando em suas crenças costumeira. E o mito sempre foi e continua sendo a chave do segredo, agora revelado.
     










1ª. O que é o mito? Por que ele merecia confiança e era inquestionável?

(A) Mito é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa (origem do mundo, do bem e do mal, da morte, etc.). Para os gregos, merecia confiança porque era criado ou transmitido por alguém com autoridade. Quem narrava o mito era o poeta rapsodo, um escolhido pelos deuses, que lhe mostravam os acontecimentos do passado e lhe permitiam que visse a origem de todos os seres e de todas as coisas. Devido a essa revelação divina, a palavra do poeta era sagrada e, portanto, inquestionável.

(B) Mito é um fato sobre a origem de alguma coisa (origem do mundo, do bem e do mal, da morte, etc.). Para os gregos, merecia confiança porque era criado ou transmitido por alguém com autoridade. Quem descrevia o mito era o cientista histopriador, um escolhido pela universidade, que lhe mostravam os acontecimentos do passado e lhe permitiam que visse a origem de todos os seres e de todas as coisas. Devido a essa revelação divina, a palavra do poeta era sagrada e, portanto, inquestionável.


2º Quais são as principais diferenças entre filosofia e mito?

(A) O mito preocupa em explicar como e por que, no passado, no presente e no futuro, as coisas são como são.  a filosofia se pretendia narrar como as coisas eram ou tinham sido no passado imemorial, longínquo e fabuloso;



(B) O mito pretendia narrar como as coisas eram ou tinham sido no passado imemorial, longínquo e fabuloso; a filosofia se preocupa em explicar como e por que, no passado, no presente e no futuro, as coisas são como são.


3º QUAIS MITOS SÃO DESCRITOS NO TEXTO ACIMA?

(A) CRISTÃO E TESEU;

(B) Helena e Beowulf


TEXTO I

Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descedência. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma-se em pedras.

BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).

TEXTO II

Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas as coisas, está no princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha.”

GILSON, E.: BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São

Paulo: Vozes, 1991 (adaptado).

4. 3.42 (ENEM E2012/ c/adaptações) Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo. Diferente de Basílio Magno, Anaxímenes faz parte dos Pré-Socráticos. Assinale abaixo o principal traço desses filósofos.

a) A cosmologia pré-socrática não é uma explicação racional e sistemática sobre a Origem, ordem e transformação da natureza.

b) A cosmologia pré-socrática é uma explicação racional e sistemática sobre a Origem, ordem e transformação da natureza...




5. 1. 3.42 (ENEM 2012 c/ adaptações) Percebe-se que a humanidade molda o homem de sua época. Para tanto usa artes, religião, política. A filosofia tenta mostrar esses homens moldados em seu momento. Com base nos textos filosóficos que você já leu, na literatura paradidática e em filmes assinale a alternativa que faz referência a alguns homens modelos.


A) Em Fúria de Titãs, Perseu é o típico herói que confia seu destino aos deuses. O herói é o típico homem do período mítico grego;

B) Em A Lenda de Beowulf, Beowulf é o típico herói medieval. Um cavaleiro preparado para levar a filosofia e religião a todos lugares;


6. 2. 4.20 (ENEM 2016) Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo, embora nossa memória possua todas as demonstrações feitas por outros, se nosso espírito não for capaz de resolver toda espécie de problemas; não nos tornaríamos filósofos, por ter lido todos os raciocínios de Platão e Aristóteles, sem poder formular um juízo sólido sobre o que nos é proposto. Assim, de fato, pareceríamos ter aprendido, não ciências, mas histórias.
DESCARTES, R. Regras para a orientação do espírito. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

Em sua busca pelo saber verdadeiro, o autor consiDera o conhecimento, de modo crítico, como resultado da

A investigação de natureza empírica.

B autonomia do sujeito pensante.



7. 3. 3. Um dos principais traços da filosofia nascente é a tendência à racionalidade. O que isso significa?

(A) Significa que a razão humana ou o pensamento é a condição de todo conhecimento verdadeiro que um ser humano pode ter, e por isso a própria razão ou o próprio pensamento deve conhecer leis, regras, princípios e normas de suas operações e de seu exercício correto.

(B) Significa que a razão humana ou o pensamento não é a condição de todo conhecimento verdadeiro que um ser humano pode ter, e por isso a própria emoção ou o próprio pensamento também conhece leis, regras, princípios e normas de suas operações e de seu exercício correto.



8. 4. 5. O que significa afirmar que a razão e o pensamento operam obedecendo a leis, princípios e regras universais?

(A) Significa que nosso pensamento não é capaz de conhecer a realidade porque funciona de acordo com regras que valem para todos os que são dotados de racionalidade.

(B) Significa que nosso pensamento é capaz de conhecer a realidade porque funciona de acordo com regras que valem para todos os que são dotados de racionalidade.


9. 5. 6. Para a ação humana, qual é a diferença entre o necessário, o contingente e o possível? 


(A) O necessário é o que não está em nosso poder escolher, pois acontece e acontecerá sempre, independentemente de nossa vontade. O contingente é o que pode ou não acontecer. Dentro do que é contingente há o possível e o por acaso.

(A) O contingente é o que não está em nosso poder escolher, pois acontece e acontecerá sempre, independentemente de nossa vontade. O contingente é o que pode ou não acontecer. Dentro do que é necessário há o possível e o por acaso.













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