segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Crítica ao Ensaio sobre a cegueira

     

     Há uma indicação de livro ou filme excelente que mostra o quanto o homem está mergulhado em algo ruim e não percebe. Acostuma-se. Ver Tudo lindo. Não percebe que é só na TV; na propaganda; nas promessas do governo. Na realidade o que se tem é o que mostra o escritor José Saramago em Ensaio sobre a cegueira: esgoto e lixo a céu aberto; governos que vivem discutindo sobre saúde e educação enquanto vários morrem e outros tantos continuam analfabetos. Para tanto, o romancista, em sua ficção, cega a humanidade. Literalmente. É só assim, e com duas pessoas enxergando – a mulher do médico e o leitor – que o real é visto: o homem quebrando suas convenções ilusórias e o estado animal se sobrepondo a todos os outros.
       São muitas as convenções morais que perduram no tempo. O problema é que essas convenções são elaboradas por uma pequena minoria rica e poderosa e seguida por uma grande maioria pobre e ignorante. Essa minoria é tão audaciosa que arranca os nomes das pessoas e as rebatiza com o que elas fazem. Se você enxerga, você leu ou viu, em Ensaio sobre a Cegueira não há nomes pessoais. Os homens se conhecem e se respeitam pelo o que elas fazem ou faziam e não pelo que elas são: é professor, médico, menino, número um, dois, três... O autor dá uma tapa na cara do leitor. O mundo já é assim.
       O radicalismo da obra é tanto que tudo aquilo que o homem crer como verdade é desfeito. Até mesmo a sua condição de alienígena no mundo. Na obra, o homem é só um animal como outro qualquer, e, as convenções ou instituições, ou a moral vigente ficam de lado no momento em que comer ou simplesmente sobreviver é o mais importante. Cegos, dinheiro não tem valor, roupas não têm valor, joias não têm valor. O homem retorna à natureza. O animal retorna a natureza. As convenções eram só ilusões.
       E àqueles que enxergam? Eles existem mesmo? Quais as suas características?
      A obra não deixa esse tipo humano de fora: no enredo, essa pessoa que continua enxergando, além do leitor, é a mulher do médico. Muito provável ela enxergue porque nunca se preocupou em limpar um homem sujo; em guiar outros que não enxergam; em perdoar.  Portanto, esses personagens existem tanto na ficção de Saramago quanto no mundo real. Essas pessoas são fáceis de serem identificadas porque elas são inconformadas, elas enxergam e não são egoístas de esconderem o que veem - elas falam.

      O que há de mais triste na obra do escritor português é o andar em círculo da humanidade. Note-se que mesmo ficando cegos e voltando ao estado de natureza, onde o que importa simplesmente é comer, beber e transar, outros ignorantes cegos vão se impor aos demais, e de novo instituir um governo tirano.  No primeiro momento democracias, mas, como sempre, depois ditaduras. É como se o homem, por ser fraco, estivesse fadado, eternamente, a obedecer àqueles que aparentam mais forças. “Mesmo depois de há muito a natureza deixar livre o homem, ele se deixa aprisionar por outros”. 

Blá, Blá, Blá democrático - Cena do filme - Governo fala enquanto as pessoas cegam































1º O nome NORMA da personagem do 1º quadrinho faz referência a que?

(A) às normas que regem o uso padrão da língua ou às regras da gramática normativa.

(B) às Normas que assim como Severinos são nomes comuns na realidade brasileira.


2º A que uso da língua corresponde a expressão tiponite aguda?

(A) Ao uso excessivo da postura errada. A expressão tiponite aguda remete a uma doença ou a um problema
de saúde.

(B) Ao uso excessivo da expressão tipo. A expressão tiponite aguda remete a uma doença ou a um problema
de saúde.



3º DESCRITOR D17 visa Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outros recursos gráficos. Os dois travessões de "– a mulher do médico e o leitor –". Que está no primeiro parágrafo marca:


A) uma enumeração;


B) uma explicação;



4º O melhor enunciado para conceituar GERÚNDIO é:


A) O gerúndio, assim como o infinitivo e o particípio, formas nominais dos verbos em português, pode se ligar a outros verbos em locuções verbais, a fim de construir um determinado sentido em um enunciado.


B) O gerúndio, assim como o infinitivo e o particípio, formas nominais dos verbos em português, pode se ligar a outros verbos em locuções verbais, preferencilamente três verbos, a fim de construir um enunciado mais polido.



5º INFERE-SE DO TEXTO Crítica ao Ensaio sobre a cegueira.


(A) Não há radicalismo da obra porque o que o homem crer como verdade é verdade. Até mesmo a sua condição de alienígena no mundo. Na obra, o homem não é só um animal como outro qualquer, e, as convenções ou instituições, ou a moral vigente são forte para a sobrevivência que  é o mais importante.


(B) O radicalismo da obra é tanto que tudo aquilo que o homem crer como verdade é desfeito. Até mesmo a sua condição de alienígena no mundo. Na obra, o homem é só um animal como outro qualquer, e, as convenções ou instituições, ou a moral vigente ficam de lado no momento em que comer ou simplesmente sobreviver é o mais importante.



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domingo, 31 de outubro de 2021

A importância da relação família - escola


                     A família tradicional – pai, mãe e filhos – construída dialeticamente ao longo de milênios, vem sofrendo novas configurações nos últimos tempos.  A escola, nos moldes que se conhece hoje, teve seu ápice no século XIX e contou, por um bom tempo, com uma parceria forte da velha família. É no século XXI que essas duas indentidades, família e escola tradicionais, passam por severa crise e ainda não se sabe aonde se chegará, mas neste artigo pretende-se enumerar alguns caminhos que podem ser o norte para esse problema.
                  Segundo Gênesis 1:28 Quando o homem foi criado, Deus viu que não era bom que ele estivesse sozinho, e por isso criou a mulher para ser sua companheira. E foi com base nesse versículo que parte do oriente e quase todo o ocidente acreditou durante milênios naquilo que seria a base da família: o pai e a mãe (um do sexo masculino e outro do feminino). Esse modelo amadureceu dialenticamente ao longo da história.
                  É bem recente que a família tradicional sofre seu primeiro revés. Os jovens Karl Marx e Engels acusam essa instituição de ser só uma construção humana, e principalmente burguesa, de controle social. Se antes a família estava vinculada a algo sagrado, para os autores, conforme avança o “capital” e a indústria, o ambiente familiar é transfomado em artigos de comércio e instrumentos de trabalho.
                 Todo esse movimento que enfraquecerá a velha família se juntará a outros, como o movimento feminino e o homossexual, efervescendo um debate que ainda não acabou. Mulheres defendendo que podem criar filhos sozinhas e casais homossexuais lutando pelo direito a adoção são temas conflituosos e constantes que têm desenbocado no ambiente escolar e deixado diretores, professores – toda a comunidade escolar – sem saber como agir.
                 Tudo bem. Marx e Engels podem até ter razão no que toca a família ser mera construção humana e ter sido usada por uma elite, mas se o pedido dos dois autores era a libertação do proletariado, eles acabaram por enfraquecer aquilo que era forte, e que poderia lutar contra o poder burguês, e terminaram tornando o homem mais só e consecutivamente mais fraco. (há historiadores que defendem que a escravidão negra só durou por tanto tempo, porque era impedido que os escravos se casassem e constituísse laços familiares de sangue). Com a família mais fraca, e o desrespeito à hierarquia, crianças e jovens têm flertado com frequência com a indisciplina.      
                  A escola chegou ao seu ápice no século XIX e a configuração que se tem atualmente ainda é em grande parte com características daquele período. O problema é que o modelo tradicional era uma extensão do ambiente familiar com os professores exercendo papeis quase de pais. Com o declínio da autoridade paternal, a comunidade escolar e em especial a escola pública, vive um processo de transição onde há que se encontrar um caminho que resgate a autoridade docente e a disciplina que prima pelo respeito à hierarquia escolar e tudo isso levando em conta os novos modelos de famílias.  Na atual situação, não raro, o que se tem são escolas depredadas, com carteiras quebradas, paredes pichadas, xixi fora do vaso e lixo por toda parte, sem falar das constantes brigas entre alunos e até contra os professores.
                   Uma saída é o acompanhamento mais próximo da criança e do jovem das famílias contemporâneas, isso até que a "família moderna" com mães solteiras e dos casais homossexuais se firmem como testada na sociedade. 
                   Na verdade, na questão da indisciplina, percebe-se mais esse problema na escola pública. Ali, até as famílias com pai e mãe se tornaram displicentes com seus filhos, mas, contrário a criação de filhos por uma só pessoa, dois argumentadores para combater o argumento ilusório de um adolescente, é melhor do que um.
                   Agora se o Estado e a escola não concordam com esse distanciamento ou não queiram essa responsabilidade diária, uma outra saída, é uma espécie de acompanhamento da família pela escola enquanto o aluno estiver matriculado na instituição. A verdade é que os problemas causados por parte dos discentes tem ligação direta com o ambiente familiar.
                   Em termos econômicos, as duas saídas enumeradas são bem caras, mas necessárias, porque, pelo menos quando se fala de escola pública, a realidade já registra diversos conflitos físicos.
                    Nesse sentido, a família continua importante na parceria com a escola. Talvez, em se falando de escola privada não haja tanta preocupação quanto à indisciplina dos alunos, porque, nessa realidade, o agente pagante exige uma postura de resultados do menino e, o interessante, nesse ambiente, é que não interessa muito o modelo da família, se hétero, homo ou mães solteiras. Por conta disso, percebe-se que a família é comprovadamente importante na relação com a escola, e os resultados das avaliações externas atestam essa tese, contudo, isso só confirma que o maior problema das famílias que frequentam a escola pública é de ordem financeira.



1º De acordo com o texto, o que seria uma "família tradicional"? 

(A) composta por pai e mãe

(B) composta por pai solteiro


2º De acordo com o texto, para a escolas particulares?

(A) Só interessa a "família tradicional"

(B) Interessa a condição financeira

3º Quantas são as COMPETÊNCIAS avaliadas para se obter uma nota na redação do ENEM?

(A) 5

(B) 3

4º Com base nas razões apontadas no guia para a atribuição de nota zero e nos critérios gerais de correção da prova:

(a) I. Texto inteiramente construído por meio de cópia de trechos de textos motivadores e de trechos das questões da prova; III. Texto narrativo; VI. Texto com tema diferente do proposto na prova;

(b) II. Texto com letra difícil de ler; IV. Texto sem título; V. Texto com paráfrases de trechos dos textos motivadores; VII. Texto sem proposta de intervenção;


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REFERÊNCIAS


CAMELLO, Maurício José de Oliveira. A questão da verdade na Filosofia. Theoria – Revista Eletrônica de filosofia

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. – 5. Ed. -São Paulo: Atlas, 2003

O que diz a Bíblia sobre a família. Disponível em >https://www.respostas.com.br/o-que-deus-diz-sobre-a-familia/> acesso em 21 de março de 2019

A Família segundo Marx e Engels. Disponível em <http://www.jornalminuano.com.br/noticia/2017/07/08/a-familia-segundo-marx-e-engels> acesso em 22 de março de 2019               



sábado, 16 de outubro de 2021

11ª PERGUNTA BESTA A partir da 263

      PERGUNTA BESTA


      Era um dia normal de aula e o professor se dirigiu à sala com todo o seu material didático. Havia tempos do mestre na missão do magistério e havia tempos, também, que os alunos bons haviam entrado em “extinção”. Tempos que o professor não era bem indagado. Indagado, pelo mínimo que fosse com um – “Não entendi professor? Explique de novo!”. Eram tempos ruins, tempos de pouca Inteligência, mas a esperança ainda existia dentro do mestre, e àquele dia parecia ser especial. Logo na entrada, o professor viu um aluno com um livro aberto e parecia está atento a leitura: tudo animou o educador a ir para a sala de aula.
     Na sala, o docente começou a explicar um assunto novo. Os alunos estavam atentos. Um logo se levantou e pediu a atenção do Mestre. O professor sentiu que agora sim, sairiam indagações inéditas.
- Professor! Professor. O aluno chamou o professor desesperadamente.
- Posso ir ao banheiro.
     O esmorecimento encheu o coração do Educador. Onde estaria àqueles bons meninos, que forçavam professores a se prepararem? Mal terminado de pensar, o professor foi interrompido por outro discente.
-Professor! Professor...
      Agora sim o mestre teria que está preparado, pois há horas o aluno estava atento ao assunto.
-Professor! Posso ir beber água?
     A esperança poderia morrer, pois era apunhalada sempre pelas decepções. Mas, o professor é um soldado, um soldado que vai a batalha não para destruir àqueles que o tem como inimigo, mas para educá-los.
     O educador para de explicar o assunto, ciente de que todos haviam entendido tudo. Convoca os discentes para copiar um exercício. O exercício, única forma de tornar o conhecimento firme na cabeça de qualquer um, fora o exercício, qualquer outra prática é mentirosa, e aquele educador sabe disso.
-Professor! Professor...
      Uma pergunta em pleno exercício, o aluno deve dizer que sabe desta questão e pode respondê-la agora.
-Professor! Professor. – Quantas linhas é pra saltar?
     Essa o professor não responde. “Quantas linhas é pra saltar?”. A pior de todas as perguntas, pior gramaticalmente, pior na sequência das piores, A pior. O mestre não responde. Se fosse responder diria: “- Filho, se seus pais forem ricos, deixe uma folha inteira. Se forem pobres economize o máximo”. Vendo que a resposta seria agressiva, podendo o educador pagar caro por ela, o professor então, resolveu ficar no silêncio e continuou escrevendo o exercício.
-Professor! Professor...
     O professor quis não dá atenção, seria um sinal de morte da esperança. Depois de tantas perguntas bestas, o mestre achava que seria melhor não dá tanta atenção. Mas as insistências eram desesperadoras.
-Professor! Professor! Por favor!
     O mestre olhou e pediu que o aluno falasse.
-Esse exercício que você está copiando: -É pra copiar?
     Os tempos não são favoráveis ao mestre, o discente assumiu posição muito importante. Se o professor se estressasse, o pai ou qualquer responsável poderá vir a escola e até agredir o Educador. A diretora não gostaria da atitude do docente, A secretaria de Educação e a prefeitura o desaprovaria. Então, o melhor é o professor ascenar com a cabeça que sim: -É pra copiar. São todos patrões, e todos com muitos poderes – Alunos, pais, Diretor, Secretaria de Educação e prefeito – São todos patrões.
     O sino toca, o docente termina mais um dia sofrido. Força tem de estudar, conhecimentos, também. Então, ele pensa: “Por que não sair, por que não escolher na vida um único patrão?”.






Ladra abandona filha de
anos durante assalto

Flagrada furtando uma loja com três
comparsas, uma mulher saiu correndo e
deixou a filha de 3 anos no local do furto,
em Jundiaí, interior de São Paulo. O caso
aconteceu na terça-feira, mas só anteontem
as imagens da ação foram divulgadas
pela polícia. Seguranças entregaram
a menina ao Conselho Tutelar. A Justiça
decidirá o destino da criança. Ela pode ficar
sob a guarda dos avós.
Duas das suspeitas acabaram detidas. A
mãe da menina abandonada não havia sido
localizada até a manhã de ontem.

Mulher é feita refém em
shopping no Tatuapé

Uma mulher foi mantida refém por um homem
com uma faca no pescoço, ontem à
tarde, na praça de alimentação do Shopping
Metrô Tatuapé, na zona leste da capital. Parte
do local foi esvaziada pelos policiais, e frequentadores
chegaram a pensar que havia
um arrastão. O homem acabou preso pela
PM. A vítima não ficou ferida, mas foi atendida
por uma equipe médica.


1. Ambas as notas fazem referência a problemas de violência envolvendo mulheres.


(A) Na 1ª.mulher é a agente responsável pela violência. Na 2ª.a mulher sofre a violência.

(B) Na 2ª.mulher é a agente responsável pela violência. Na 1ª.a mulher sofre a violência.

2. EM QUAL SENTENÇA HÁ UMA AMBÍGUIDADE?

(A) A mãe pediu para a menina sair do seu quarto.

(B) A mãe pediu para a menina sair do quarto do irmão.


3. DESCRITOR QUE VISA Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.

(A) 15

(B) 02

4. DESCRITOR 15 VISA Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc. São os famosos CONECTIVOS que marcam umas das cinco compdetências do texto dissertativo argumentativo; Marque a alternativa com a sequeência de elementos coesivos de sequência.

(A) dia ,pois mas Essa Depois

(B) Logo ,pois mas Essa Depois 


5. 3º INFERE-SE DE FORMA EXPLÍCITA DO TEXTO "PERGUNTA BESTA":

(A) O sino toca, o docente termina mais um dia sofrido. Força tem de estudar, conhecimentos, também. Então, ele pensa: “Por que não sair, por que não escolher na vida um único patrão?”. 

(B) O sino toca, o docente termina mais um dia sofrido. Força tem de estudar, conhecimentos, também. Então, ele pensa: “É melhor não sair, por que não escolher na vida um único patrão?”.


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domingo, 3 de outubro de 2021

Questões de Direito Penal - Concurso de Pessoas e Crimes 2 Fixação da Pena

 21-A análise das circunstâncias judiciais enumeradas no art. 59, do CP, devem ser consideradas na fixação inicial da pena a ser imposta a agente de qualquer delito;( C )

 

Correto. Aqui, TEM-SE a primeira fase da pena, também conhecida como pena base; depois, tem-se a segunda fase que são as agravantes e atenuantes e, por fim, as majorantes e minorantes.


    22- A análise das circunstâncias legais: podem ser genéricas quando previstas na Parte Geral do Código Penal (agravantes, atenuantes, causas gerais de aumento e diminuição de pena) ou específicas, constantes da Parte Especial do Código Penal (qualificadoras e causas especiais de aumento e diminuição de pena). ( C )

 

     Correta. Depois de afixada a pena base, a previsão é a aplicação das e atenuantes, fixadas do 65 e 66 do Código Penal, e agravantes genéricas no 61 e 62 do Código Penal. Vale ressaltar que do Art. 1º ao 120 é parte geral enquanto do 121 ao 365.


23-São circunstâncias judicias expressas no artigo 59 do CP, a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a personalidade do agente, os motivos do crime, as circunstâncias do crime, as consequências do crime, o comportamento da vítima e a reincidência. ( E )

 

Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:



24-A culpabilidade consiste na reprovação social que o crime e o autor do fato merecem, ou seja, a circunstância em questão se revela como sendo um juízo de reprovação que recaia sobre o agente imputável que praticou o fato ilícito de forma consciente, cuja conduta podia não praticá-lo ou evita-la, se quisesse, desde que tivesse atendido aos apelos da norma penal. ( C )

 

 

Vale ressaltar que essa CULPABILIDADE é diferente do PRINCÍPIO CULPABILIDADE que tem mais a ver com dolo e culpa. Essa CULPABILIDADE faz parte do artigo 59 que serve mais para agravar ou atenuar a pena do réu.



25-É possuidor de maus antecedentes o agente que possui contra si uma sentença penal condenatória. ( C )

 

 

Correta, é majorado na jurisprudência que o trânsito em julgado é necessário para o requisito dos maus antecedentes.



26-Tício reponde por 8 processos de homicídio, 4 de tráfico, e esta sendo investigado em 10 inquéritos policiais, desta forma o mesmo possui maus antecedentes.  ( E )

 

 

Errada, é majorado na jurisprudência que o trânsito em julgado é necessário para o requisito dos maus antecedentes.


27- Não configuram antecedentes, dentre outras causas, a transação penal estatuída pela Lei n. 9.099/95; e a aceitação com posterior homologação da suspensão condicional do processo estatuída pelo art. 89 da Lei n. 9.099/95; ( E )

 

Errada, ao ser homologada a suspensão condicional não haverá continuidade do processo e vale ressaltar que para o agente por “antededentes”, ele precisa ter sido condenado em trânsito em julgado,


28- A conduta social trata-se do comportamento do agente no seio social, familiar e profissional. Revela-se por seu relacionamento no meio em que vive, tanto perante a comunidade, quanto perante sua família e seus colegas de trabalho.  ( C )

 

 

CORRETA. É uma das oito proposições da fase inicial condenatória codificada no Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:


29-A personalidade, trata-se de caráter como pessoa humana. Serve para demonstrar a índole do agente, seu temperamento. São os casos de sensibilidade, controle emocional, predisposição agressiva, discussões antecipadas, atitudes precipitadas, dentre outros. Denota-se que é circunstância muito mais afeta ao ramo da psicologia, da psiquiatria, da biologia, que da ciência do direito. ( C )

 

Já há jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça de este instituto é muito subjetivo e mais relacionado ao campo da moral do que do Direito. 


30-Motivos do crime trata-se do porque da ação delituosa. São as razões que moveram o agente a cometer o delito. ( C )

 

 

CORRETO. Vale ressaltar que o motivo não é a finalidade. O motivo está codificado no Artigo 61 do Código Penal podendo ser fútil ou torpe.


31-Circunstâncias do crime trata-se do “modus operandi” empregado na prática do delitos. ( C )

 

CORRETO. É tudo aquilo que circunda o crime como ele ter sido praticado a noite, crime praticado contra um cadeirante, por exemplo. Vale ressaltar que o objeto deve ser o crime e não o réu.



32-Consequências do crime revela-se pelo resultado da própria ação do agente, são os efeitos de sua conduta. ( C )

 

CORRETO. Vale ressaltar que a consequência deve ser prevista pelo réu ao praticar o crime. Um exemplo clássico é o estupro seguido da gravidez da vítima.


33-No tocante ao comportamento da vítima o juiz levará em consideração a provocação desta para a existência do crime. ( C )

 

CORRETO. Esse ítem é ligado ao comportamento da vítima que de alguma forma provocou o réu.


34- As circunstâncias atenuantes estão presentes nos artigos 65 e 66 Do Código Penal e como o próprio nome inclina, atenuam a pena e são facultativamente reconhecidas pelo juiz no caso concreto em análise. ( E )

 

Errada. Devem ser obrigatoriamente reconhecidas pelo magistrado uma vez que favorece a situação do acusado. 


35- Consiste numa atenuante ser o agente menor de 21 anos, na data do fato, ou maior de 60 anos, na data da denúncia ou queixa-crime. ( E )

 

Errada. O erro reside no maior de 60, porque a atenuante é privilégio para os maiores de 70 na data da sentença.


36- Consiste atenuante o desconhecimento da lei, afastando a culpabilidade do agente ( E )

 

Errada. O erro reside no afastamento da culpabilidade, isso porque essa atenuante está ligada ao ato de desconhecer mesmo a lei. A culpabilidade não tem a ver com o caráter ílicito da lei. 


38- Ter o agente cometido o crime por relevante valor social ou moral. ( C )

 

CORRETO. Aqui estamos diante de mais uma atenuante.


39-Procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes da audiência de instrução e julgamento, reparado o dano. ( E )

 

 

Errada. Aqui estamos diante do arrenpedimento posterior porque o processo já está em andamento. Para ser atenuante, precisaria o bem ser devolvido antes da denúncia.


40-Constitui atenuante ter o agente confessado para o delegado mediante ameaça ( E )

 

Errada. Essa confissão tem que ser expontânea.


41-Ter o agente confessado para o policial militar que o prendeu ( C )

 

CORRETO. Aqui estamos diante de mais uma atenuante que o agente ter confessado para uma autoridade competente que, para além do juiz, pode sim ser o policial do caso.


42-Ter o agente confessado para o delegado e o juiz de Barra do corda MA, sendo que o crime aconteceu em Timon MA( E )

 

Errada. No caso hipotético o delegado e o juiz não são as autoridades competentes.


43-Ter o agente cometido o crime em multidão, mesmo que seja por exemplo quando ele chama, sem provas,  terceiro de estuprador e desferindo golpe contra o mesmo e com a ajuda de terceiros que começam a lincha-lo. ( C )

 

CORRETO. É quando o indivíduo, movido pela multidão, deixa seu lado animal aflorar.


    44-Existem a figura das atenuantes inominadas. . ( C )

 

CORRETO. São atenuantes que não estão codificadas na lei.


45- A reincidência sempre agrava o crime, e para ser reincidente basta ter cometido um crime após uma sentença penal condenatória recorrível de outro crime( E )

  

Errada. Reicidência é rol taxativo e está nas situações agravantes, contudom tem que ser sentença penal condenatória transitada em julgado, definitiva, e no prazo de numa intervalo de cinco anos o condenado comente outro crime. O erro do ítem está em “recorrível”.


46- Reincidente é o agente que comete um crime após uma sentença penal absolutória irrecorrível de outro delito dentro do interstício de 5 anos para esta sentença. ( E )

 

Errada. Reicidência é agravante, contudo é uma sentença penal definitiva.

 

47-Reincidente é aquele que tem em seu desfavor uma sentença penal transitada em julgado e comete um crime no prazo de 5 anos a partir da sentença. ( C )

 

CORRETO. O instituto da reincidência está codificado no artigo 63 do código penal. Como a pena  não pode ser pérpetua, o período depurador, codificado no Artigo 64, marca o tempo de cinco anos dia que se cumpriu a sentença.

 

48-Tício teve uma sentença penal transitada em julgado do crime de homicídio na data de 10/10/2010, acabou por cometer outro crime de homicídio na data de 10/11/2015, logo este é reincidente específico em crime de homicídio( E )

 

Errada. A reicidência só é contada os cinco anos depois da sentença cumprida e não do trânsito em julgado.


50-Constituem agravantes ter o agente cometido o crime por motivo fútil ou torpe e para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime ( C )

 

CORRETO. O motivo fútil e fútil faz parte da segunda fase da aplicação da pena. Vale ressaltar que esses institutos são qualificadores do crime. É proibida a dupla punição pelo mesmo fato. O restante da sentença também é agravante e um exemplo clássico é o de um traficante que agride alguém por ser um impecilho ao seu livre tráfico de intorpecentes.


51- Constitui agravante ter o agente cometido o crime à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido ( C )

 

CORRETO. É o chamado covarde, crime que impossibiltou a defesa da vítima. É uma agravante.


52-O agente que pratica crime de homicídio empregando veneno responderá por homicídio qualificado e ainda terá na segunda fase de aplicação da pena a agravante “crime mediante uso de veneno( E )

 

Errada. O agravante do emprego do veneno mais o homicídio qualificado implica Bis in idem.


 

53- O agente que pratica crime de homicídio empregando veneno responderá por homicídio qualificado e não terá na segunda fase de aplicação da pena a agravante “crime mediante uso de veneno”, em conformidade com o princípio do “Ne Bis in Iden”, pois pelo mesmo fato (“utilização de veneno) o juiz puniria o sentenciado aplicando a qualificadora e ainda a agravante( C )

 

CORRETO. Como a vítima faleceu, o crime é de homicídio qualificado, portanto, agravar com o emprego de veneno á aumentar uma pena repetida.


54- Há agravante quando o indivíduo comete novo crime para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime, pois jamais o cometimento de um crime para justificar outro é admissível, por exemplo é o que ocorreu no caso do goleiro Bruno( C )

 

CORRETO. É uma agravante que se assemelha ao caso de um traficante que agride alguém por ser um impecilho ao seu livre tráfico de intorpecentes.


55- A agravante da emboscada ocorre quando a vítima é surpreendida pelo agente, pessoa na qual confiava, de forma que não consegue se defender, exemplo o melhor amigo de Astrolábio na sua companhia numa mesa de bar puxa o revólver e atira contra ele ( C )

 

CORRETO. Contudo com a vítima não falecendo, porque o crime de homicídio é qualificadora e com o falecimento juntando com a agravante pode ocorrer Bis in idem.


56-A agravante da traição ocorre quando o agente espera a vítima, armando uma cilada, armadilha de forma que este é surpreendido e não tem meios de defesa;( )

 

CORRETO. Contudo com a vítima não falecendo, porque o crime de homicídio é qualificadora e com o falecimento juntando com a agravante pode ocorrer Bis in idem.


 

57-A agravante da dissimulação ocorre quando o agente engana a vítima, sem deixar transparecer a sua intenção criminosa; ( C )

 

CORRETO. É a mesma agravante de traição.


58-Constitui agravante de perigo comum quando o agente utiliza meios em que coloca várias pessoas em perigo para conseguir cometer o delito, exemplo: colocar substância nociva à saúde humana na caixa da água de uma casa objetivando matar apenas uma pessoa que mora lá. ( C )

 

CORRETO. Contudo com a vítima não falecendo, porque o crime de homicídio é qualificadora e com o falecimento juntando com a agravante pode ocorrer Bis in idem.


58- Considera-se também para fins de agravar a pena, no abuso de autoridade, quando age o sentenciado com abuso de autoridade, em relação às funções públicas( C )

 

CORRETO. Se considerar que a autoridade age com abuso contra a vítima


59- Considera-se também para fins de agravar a pena, no abuso de autoridade, quando age com abuso de autoridade, não em relação às funções públicas, mas sim em relação aos curatelados, tutelados, etc. ( C )

 

CORRETO. Esse o caso de quem é responsável por cuidar e acaba abusando da autoridade.


60-Agrava-se também a pena quando o autor se vale de situações especiais como incêndio, naufrágio, inundação, calamidade ou desgraça particular do ofendido para cometer o crime. Ex: Inundação do rio Parnaíba em Timon e os agentes aproveitam as facilidades decorrentes deste evento natural para saquear e roubar supermercados ( C )

 

CORRETO. Esse o caso da desgraça particular do ofendido.


61- É agravante a embriaguez preordenada, neste caso o indivíduo tem que ter se embriagado propositalmente e com o fim de cometer o crime no qual não teria condição de fazê-lo são, ou seja, ingeri bebida para ter coragem de cometer o crime( C )

 

CORRETO. É uma agravante, sim.


62-Em relação as agravantes específicas do artigo 62 do CP, se tem quando o agente promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes, coage ou induz outrem à execução material do crime, instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal, executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa; ( C )

 

CORRETO. É o abuso de autoridade que constitui agravante.



63-Mévio é suspeito de ser pistoleiro mercenário, e acaba por matar Teosvaldo mediante entrega de R$ 1.000.000,00(um milhão de reais) de Tício, deste modo o mesmo pratica crime de homicídio qualificado mediante paga de recompensa e ainda terá a agravante da paga de recompensa. ( E )

 

Errada. O agravante não se emprega com o homicídio qualificado porque implica Bis in idem.


64-Princípio da legalidade consiste no postulado no qual não há pena sem prévia cominação legal. ( C )

 

 

CORRETO. Somente a Lei (em sentido estrito) pode cominar penas: “Nulla poena sine lege”. Está previsto no art. 5°, XXXIX da Constituição e art. 1° do CP;


65-Segundo o princípio da individualização da pena, o estado-juiz não pode padronizar condutas e sentenciados do mesmo crime, a pena deve ser individualizada em três momentos na cominação, na aplicação e na execução ( C )

 

 

CORRETO. Vale ressaltar que a COMINAÇÃO é a visão do legislador prevendo a atuação da pena; a APLICAÇÃO saindo do legislativo ao judiciário e a EXECUÇÃO que fica na esfera administrativa.



66-Segundo o princípio da pessoalidade da pena ou intranscedência, pena nenhuma pode ultrapassar da pessoa do acusado, em razão disso a guisa de exemplo uma pena de multa não paga pelo apenado, no momento da morte deste não passará para seus herdeiros. ( C )

 

 

CORRETO. Vale ressaltar obrigação de reparar o dano e o perdimento de bens, que podem ser cobrados dos sucessores até o limite do patrimônio transferido pelo condenado falecido.


67-Segundo o Princípio da Humanidade das Penas o sentenciado não perde sua condição de humano, tem de ser tratado com dignidade( C )

 

CORRETO. A pena não pode desrespeitar os direitos fundamentais do indivíduo, violando sua integridade física ou moral, e também não pode ser de índole cruel, desumano ou degradante (art. 5°, XLIX e XLVII da Constituição);


68-Para assegurar o princípio da humanidade das penas a Constituição Federal proíbe a pena de morte em qualquer hipótese ( C )

 

 

CORRETO. A pena não pode desrespeitar os direitos fundamentais do indivíduo, violando sua integridade física ou moral, e também não pode ser de índole cruel, desumano ou degradante (art. 5°, XLIX e XLVII da Constituição);


69-É vedado constitucionalmente pena de caráter perpétuo, para garantir a humanidade das penas, e nos termos do artigo 75 do CP o máximo de cumprimento de pena será de 30 anos( E )

 

Errada. O CUMPRIMENTO PODERÁ SER DE 30 ANOS.


70-É vedado a pena de trabalho forçado, para garantir a humanidade das penas, que seria o trabalho como obrigação sob pena de castigos não corporais( C )

 

CORRETO. O TRABALHO PODERÁ SER USADO COMO PRÊMIO, MAS NUNCA COMO OBRIGAÇÃO FORÇADA.


71-Tício com um plano mirabolante de acabar com todos os negros que estão no Brasil, reúne uma organização e começa a assassinar todos os negros a seu caminho, deste modo aquele foi processado e sentenciado por Genocídio, e o Presidente da República devido a gravidade da situação o baniu do país. Esta pena foi constitucional ( E )

 

Errada. Assim como a humanidade das penas, um dos princípios constituicionais no Brasil é que não haja pena de banimento.


72-Segundo o princípio da necessidade da pena: o juiz aplicará a pena conforme seja necessária e suficiente para a reprovação e prevenção do crime( C )

 

CORRETO. Pode-se dizer que aqui, tem-se o Princípio da proporcionalidade – A sanção aplicada pelo Estado deve ser proporcional à gravidade da infração cometida e também deve ser suficiente para promover a punição ao infrator e sua reeducação social;


73-A principal diferença entre a pena de reclusão e detenção, é que aquela deve ser cumprida em regime semi-aberto ou aberto, salvo necessidade de transferência para regime fechado, e esta última deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. ( E )

 

Errada. O regime inicial de cumprimento da pena (fechado, semiaberto ou aberto) tem como regra o seguinte: pena de reclusão – Qualquer regime inicial; pena de detenção – Regime inicial somente semiaberto ou aberto.


75-Na reclusão: Regime Fechado ocorre quando o condenado é reincidente ou não, cuja a pena imposta for superior a 8 anos, inicia o cumprimento de pena em regime fechado. ( C )

 

CORRETO. § 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;



 

76- Reclusão: Se o condenado não for reincidente cuja pena imposta superior a 4 anos, mas não exceder a 8 anos: inicia em regime semi-aberto ( C )

 

CORRETO. b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto;

 

 77- Reclusão Se o condenado não for reincidente cuja pena for inferior a 4 anos  inicia em regime aberto; Privativa de liberdade: reclusão e detenção;  ( E )

 

Errada. . b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto;


78- Na detenção se o condenado não for reincidente cuja pena seja superior a 4 anos: regime semi-aberto Súmula 259 do STJ);se o condenado não for reincidente cuja pena seja igual ou inferior a 4 anos:  aberto; ( E )

 

Errada. c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.


79-A progressão de regimes é a passagem de um regime mais grave para um mais ameno. A súmula 492 do STJ proíbe a progressão por salto. Todavia pode ocorrer a regressão por salto, se, por exemplo, o sentenciado por falta de cuidado, ao fumar cigarro põe fogo no pavilhão e ocasiona a morte de presos( C )

 

CORRETO. Diferente do salto para progressão que é proibido, a regressão ocorre normalmente.


80-Para se valer da progressão o apenado primário deve cumprir 1/6 da pena nos crimes comuns e 2/5 nos crimes hediondos. No tocante a crime hediondo se o apenado é reincidente deverá cumprir 3/5 da pena, e em todos os caso deverá atender ao mérito da medida que será comprovado pelo atestado de conduta carcerária firmado pelo diretor do estabelecimento( C )

 

 

CORRETO. 8.072/1990: A progressão de regime, no caso dos condenados pelos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente,


81-Nos crimes contra a administração pública existe para fins de progressão de regime um requisito complementar e essencial que é a reparação do dano com os acréscimos legais ( C )

 

 

CORRETO.  Art. 33 - (...)

§ 4o O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. (Incluído pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)


82-Tício é primário e praticou o delito de homicídio qualificado (crime hediondo) ,  na data de 12/10/05, e foi sentenciado na data de 12/06/08, desta feita o mesmo segundo o Entendimento dos Tribunais Superiores terá a progressão de regime em 2/5( C )

 

CORRETO.  Para se valer da progressão o apenado primário deve cumprir 2/5 nos crimes hediondos


83-Mévio foi sentenciado por 7 anos por furto qualificado e após cumprir 10 meses já perto de sua progressão pratica uma falta grave, neste sentido segundo os Tribunais Superiores o tempo de contagem para a progressão é suspenso( C )

 

 

CORRETO.  Podendo até ocorrer a regressão por salto, por exemplo.


84-São causas que culminam com a regressão a prática de falta grave após a progressão, a prática de crime doloso, a superveniência de Condenação que torna inviável a manutenção do regime, por exemplo o sujeito é sentenciado em 3 anos por Furto e posteriormente por 15 anos por Homicídio, se o sentenciado descumpri as condições do regime aberto( C )


CORRETO. São faltas graves taxadas na Lei de Execução Penal.


85-Nos termos da LEP ressalvada a hipótese de superveniência de condenação, a regressão exige prévia oitiva do condenado, e a regressão pode acontecer por salto ( C )

 

CORRETO.  A regressão por salto é permitida na legislação diferente da Progreção por salto.


88-Livramento condicional é a devolução da liberdade ao sentenciado a 2 ou mais anos de PPL, em que tenha reparado o dano a vítima, salvo impossibilidade de faze-lo e que tenha cumprido 1/3 da pena se for primário e com bons antecedentes, ½ se for reincidente em crime doloso ou  2/3 em crime hediondo, e que tenha bom comportamento carcerário atestado pelo diretor do estabelecimento prisional( E )

 

Errada. Para se valer da progressão o apenado primário deve cumprir 1/6 da pena nos crimes comuns e 2/5 nos crimes hediondos. No tocante a crime hediondo se o apenado é reincidente deverá cumprir 3/5 da pena, e em todos os caso deverá atender ao mérito da medida que será comprovado pelo atestado de conduta carcerária firmado pelo diretor do estabelecimento.



89-Mévio praticou o crime de tortura na data de 11/10/2006, em razão disso foi sentenciado com o transito em julgado na data de 12/07/2008, posteriormente praticou novamente o crime de tortura na data de 12/12/2015, desta feita o mesmo nunca poderá se valer do livramento condicional já que é reincidente específico em crime hediondo( E )

 

Errada. Pois não há pena de caráter perpétua na legislação.  


90-Constitui dever do preso a indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho; ( E )

 

Errada. O trabalho durante o regime de cumprimento da pena é obrigatório, e a recusa caracteriza falta grave, nos termos do art. 50, IV da LEP (Lei de Execuções Penais), acarretando impossibilidade de obtenção da progressão de regime e livramento condicional.


91-São direitos do preso: entrevista pessoal e reservada com o advogado, chamamento nominal, representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito; contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes. ( C )

 

 

CORRETO.  Há que se entender que o preso só pode perder, em caso de sentença em julgado, o seu direito à liberdade corporal e não a dignidade humana.



92-Tício foi submetido a medida de segurança, de internação e o médico particular da família  atesta que a periculosidade deste encerrou e o que o mesmo voltou a ser imputável, porém o médico oficial do estado tem um laudo totalmente divergente no qual Tício deve continuar internado, deste modo prevalecer sem necessidade da análise judicial o médico oficial do estado( E )

 

Errada. Precisa sempre da análise do juiz. § 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)


93-Mévio é primário de bons antecedentes e foi sentenciado por crime de Furto qualificado a 4 anos de pena, o mesmo faz não faz jus a substituição da Pena Privativa de Liberdade Imposta pela Restritiva de Direito( C )

 

 

CORRETO. Se for “faz jus” a pena privativa de liberdade pode ser substituída.


1- Pedro e Paulo combinam de praticar um crime de furto em determinada creche, com a intenção de subtrair computadores. Pedro, então, sugere que o ato seja praticado em um domingo, quando o local estaria totalmente vazio e nenhuma criança seria diretamente prejudicada.

No momento da empreitada delitiva, Pedro auxilia Paulo a entrar por uma janela lateral e depois entra pela porta dos fundos da unidade. Já no interior do local, eles verificam que a creche estava cheia em razão de comemoração do “Dia das Mães”; então, Pedro pega um laptop e sai, de imediato, pela porta dos fundos, mas Paulo, que estava armado sem que Pedro soubesse, anuncia o assalto e subtrai bens e joias de crianças, pais e funcionários. Captadas as imagens pelas câmeras de segurança, Pedro e Paulo são identificados e denunciados pelo crime de roubo duplamente majorado.

Com base apenas nas informações narradas, a defesa de Pedro deverá pleitear o reconhecimento da? Justifique sua resposta?

Embora pareça, não há Concurso de crime nessa situação, isso porque a unidade de crime, um dos cinco requisitos para o instituto, não se concretiza, haja vista que Pedro pratica o crime de furto e Paulo o de roubo a mão armada mediante grave ameaça.

Portanto, é com essa premissa que a defesa de Pedro deve preitear uma pena menor para o seu cliente com base no artigo 155 do código penal garantindo pena menor ao furto que vai de um a quatro anos e multa. Paulo está sujeito de quatro a dez anos enquadrado no crime de roubo que está taxado no artigo 157.

 

 

2- Rafael e Francisca combinam praticar um crime de furto em uma residência onde ela exercia a função de passadeira. Decidem, então, subtrair bens do imóvel em data sobre a qual Francisca tinha conhecimento de que os proprietários estariam viajando, pois assim ela tinha certeza de que os patrões, de quem gostava, não sofreriam qualquer ameaça ou violência.

No dia do crime, enquanto Francisca aguarda do lado de fora, Rafael entra no imóvel para subtrair bens. Ela, porém, percebe que o carro dos patrões está na garagem e tenta avisar o fato ao comparsa para que este saísse rápido da casa. Todavia, Rafael, ao perceber que a casa estava ocupada, decide empregar violência contra os proprietários para continuar subtraindo mais bens. Descobertos os fatos, Francisca e Rafael são denunciados pela prática do crime de roubo majorado.

Considerando as informações narradas, o(a) advogado(a) de Francisca deverá buscar? Justifique sua resposta?

 

De novo, embora pareça, não há Concurso de crime nessa situação, isso porque a unidade de crime, um dos cinco requisitos para o instituto, não se concretiza, haja vista que Rafael pratica o crime de furto e Paulo o de roubo mediante violência e lesão corporal.

Portanto, Francisca responderá pelos mesmos crimes de Rafael, contudo, ela é qualificada apenas como partícipe e, por isso, tendo sua pena baseada no § 1º admite a diminuição da pena de um sexto a um terço.

 

3- Tomás decide matar seu pai, Joaquim. Sabendo da intenção de Tomás de executar o genitor, Pedro oferece, graciosamente, carona ao agente até o local em que ocorre o crime.

A esse respeito, indique a responsabilidade penal de cada um? Justifique sua resposta?

 

Pedro responderá pelos mesmos crimes de Rafael, contudo, ele será enquadrado apenas como partícipe e, por isso, tendo sua pena baseada no § 1º admite a diminuição da pena de um sexto a um terço. Já Tomás respnderá por homicídio conforme o artigo 121 do Código Penal com agravante por ter matada ascedente.

 

4- Analise detidamente as seguintes situações:

 

Casuística 1: Amarildo, ao chegar a sua casa, constata que sua filha foi estuprada por Terêncio. Imbuído de relevante valor moral, contrata Ronaldo, pistoleiro profissional, para tirar a vida do estuprador. O serviço é regularmente executado.

 

Casuística 2: Lucas concorre para um infanticídio auxiliando Julieta, parturiente, a matar o nascituro – o que efetivamente acontece. Lucas sabia, desde o início, que Julieta estava sob a influência do estado puerperal.

Indique os crimes praticados por cada agente nos dois casos?

Amarilldo respoderá por HOMICÍDIO PRIVILEGIADO que é termo autoexplicativo. Há um privilégio por parte do autor do delito que foi movido por motivo de relevante valor social e moral. É o caso, por exemplo, do pai que teve a filha estuprada e resolve matar o estuprador. Esse crime está tipificado em Homicídio simples Art. 121. Matar alguem:

Pena - reclusão, de seis a vinte anos.

Caso de diminuição de pena

§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de

violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.

Já Lucas por HOMICÍDIO QUALIFICADO, embora se encontre nele os termos torpe, fútil, envolve uma qualificação para cometer o delito. É o caso do pistoleiro. A tipicação no Código Penal Homicídio qualificado

§ 2° Se o homicídio é cometido:

I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;

 

5- Tício e Caio, com nítido propósito de matarem Mévio, postam-se em emboscada, ignorando, cada um o comportamento do outro. Ambos atiram na vítima, que vem a falecer unicamente em razão dos disparos efetuados por Tício. Indique a  responsabilização penal de cada um? Justifique sua resposta.

 

A conduta de Tício e Caio NÃO se encaixa no que diz a doutrina sobre CONCURSOS DE PESSOAS, embora haja pluralidade entre agentes, não há ligação ou liame subjetivo entre ambos; a conduta deles é penalmente relevante; o fato é punível, mas não há uma unidade de crime porque Tício, responsável pela morte respnderá por homícidio artigo 121 do código penal (CP), enquanto Caio responderá por tentativa de homicídio artigo 14 inciso II.

 

 

 

6- Antonio comerciante, quer matar “Benedito. “Claudia, empregada doméstica de “Benedito entra no comércio de “Antônio para comprar açúcar. “Antônio, dolosamente mistura veneno no açúcar e entrega-o a “Cláudia. “Claudia não percebe a mistura e coloca o produto no suco de “Benedito, que morre logo após ingerir o líquido. Como respondem Antonio e Claudia pela morte de “Benedito? Justifique sua resposta.

 

Antônio é o que a jurisprudência chama de autor secreto com autoria mediata. Ele respnderá por homicídio e, Cláudia, não sabendo dos intentos do autor, não responderá por crime algum.

7- Otelo objetiva matar Desdêmona para ficar com o seguro de vida que esta havia feito em seu favor. Para tanto, desfere projétil de arma de fogo contra a vítima, causando-lhe a morte. Todavia, a bala atravessa o corpo de Desdêmona e ainda atinge Iago, que passava pelo local, causando-lhe lesões corporais.

Considerando-se que Otelo praticou crime de homicídio doloso qualificado em relação a Desdêmona e, por tal crime, recebeu pena de 12 anos de reclusão, bem como que praticou crime de lesão corporal leve em relação a Iago, tendo recebido pena de 2 meses de reclusão. Analisando este caso, qual é a espécie de concurso de crimes e qual o sistema de aplicação de penas a ser aplicado? Justifique sua resposta.

 

 

 

 

No caso hipotético, o juiz somou as penas por se tratar de melhor situação penal ao réu, por isso, ele usou o sistema cumulativo de penas proposto nos crimes materiais acrescentando o homicío 121 do CP e 129 § 9 dos crimes das Lesões Corporais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

8- Quanto ao concurso de crimes assinale a alternativa incorreta:

a) O concurso material ocorre quando o agente realiza vários crimes através de várias condutas Independentes determinando-se assim a soma das penas de cada crime (cúmulo material). Se os crimes forem iguais o concurso material será homogêneo e havendo crimes diferentes será heterogêneo.

b) Pode ocorrer no concurso material de o valor total da pena ultrapassar o limite máximo de cumprimento que é de 40 anos, art.75 do CP, porém de acordo com a súmula 715 do STF esse valor total será levado em conta para efeito de benefícios como a progressão de regimes e o livramento condicional. Desta feita se Tício for condenado a 60 anos, ele cumprirá no máximo 40, porém o cálculo para a progressão e o livramento condicional se fará sobre os 60 anos (pena prolatada na sentença)

 c)  No concurso formal perfeito ocorre quando o agente através de uma só conduta realiza vários crimes idênticos(homogêneo) ou diferentes (heterogêneo) porém atuando com uma unidade de desígnio, ou seja, um só objetivo (dolo ou culpa). Neste caso responde por um só crime (mais grave) com a pena aumentada  de 1/6 a 1/2(Sistema da Exasperação)..

d) Concurso Material benéfico consiste quando a exasperação aplicada no concurso formal perfeito supera a quantidade de pena adotada no sistema do cúmulo material. Deste modo para favorecer o réu se aplica a soma das penas.

e) O concurso formal imperfeito Ocorre quando o agente através de uma só conduta produz vários crimes querendo cada um deles separadamente, ou seja, com dolos independentes, desígnios autônomos. Aplica-se a pena Igualmente ao concurso formal perfeito o sistema da exasperação (X)

9- Assinale a alternativa incorreta :

a)   Tício quer matar o presidente da república e explode uma bomba no avião em que o mesmo estava, neste caso se aplica a regra do concurso formal imperfeito.

b)   Crime continuado ocorre quando através de várias condutas o agente realiza vários crimes de mesma espécie(STF mesmo artigo) e em circunstâncias de tempo, lugar e modo de execução semelhantes, neste caso aplica-se a pena de um só crime aumentada de 1/6 a 2/3, ou até o triplo se além dos requisitos básicos houver violência ou grave ameaça e pluralidade de vítimas

c)  De acordo com o STF para se aplicar crime continuado o limite máximo de tempo entre as condutas será de 15 dias, acima disso aplica-se a regra do concurso material (X)

d)  São exemplos de crime continuado os arrastões, e a figura do “Serial Kiler”

 

 

 

 

 

 

10- Paulo tinha inveja da prosperidade de Gustavo e, certo dia, resolveu quebrar o carro que este último havia acabado de comprar. Para tanto, assim que Gustavo estacionou o veículo e dele saiu, Paulo, munido de uma barra de ferro, foi correndo em direção ao bem para danificá-lo. Ao ver a cena, Gustavo colocou-se à frente do carro e acabou sendo atingido por um golpe da barra de ferro, vindo a falecer em decorrência de traumatismo craniano derivado da pancada e não conseguindo com sua ação evitar o dano ao carro, pois a barra de ferro mesmo com a ação acertou o veículo amassando boa parte de sua lataria e quebrando o parabrisa. Sabe-se que Paulo não tinha a intenção de matar Gustavo e que este somente recebeu o golpe porque se colocou à frente do carro quando Paulo já estava com a barra de ferro no ar, em rápido movimento para atingir o veículo, que mesmo assim ficou danificado.

Neste caso qual a responsabilidade penal de Paulo e o sistema de aplicação de penas? Justifique sua resposta?

 

Paulo responderá pelo artigo 163 do Código Penal sobre “Do Dano” por atingido o carro Gustavo e e por homicídio culposo.




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