segunda-feira, 6 de março de 2023

1@ teste JUNTOS PARA AVANÇAR - Realismo Simbolismo EXPRESSO DO AMANHÃ - CRÍTICA


                   “Expresso do amanhã” filme de 2013 dirigido pelo sul- coreano Bong Joon-ho - na sua estreia em inglês - tem como protagonista Cris Evans, famoso por Capitão América, e traz várias temáticas interessantes, polêmicas e ambíguas.
                  Em “Expresso do Amanhã”, devido ao aquecimento global, é proposto e executado um plano que através do uso de ogivas, pretende resfriar o planeta. O efeito colateral é o congelamento total da terra e os últimos humanos restantes sobrevivem dentro de um trem que precisa ficar sempre em movimento para ser sustentável.           No     interior da máquina, percebe-se a velha luta de classes. Os últimos que entraram na comitiva ficaram no vagão traseiro e, passado dezessete anos (em alguns momentos tiveram que comer uns aos outros) eles resolvem fazer mais uma revolução para tomar a frente. À medida que os revolucionários avançam riqueza e luxo são mostrados ao telespectador.
                  “Expresso do Amanhã” é o velho dilema entre a luta de classes. A metáfora serve para qualquer lugar onde existam classes distintas como, por exemplo, até uma sala de aula com os meninos que estudam menos e aqueles que estudam mais. O bom do filme é que há quem torça para os pobres por acharem que eles sempre são vítimas dos ricos, contudo, pelo menos desta vez, há os que se questionam: como esses pobres de recursos financeiros e conhecimento formal poderão guiar o expresso?
                    “Expresso do amanhã” é bom visualmente. Você consegue sentir a claustrofobia do ambiente e o mundo, construído pelo cineasta e atores, convence. O enredo só não é nota dez porque raspa o fundo do tacho de uma ideia que sempre coloca quem constrói algo como vilão. A novidade desta vez é uma máquina que precisa continuar em movimento mesmo depois do manifesto e por conta disso abre brechas para se pensar se aquela revolução saberá guiar o trem.


QUESTÃO 01

Leia o trecho a seguir e responda à questão proposta.

 

“Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto”.

 

Relacionando sucintamente ao contexto sócio-histórico em que se desenvolve o enredo do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, aponte a alternativa que melhor explica a frase em negrito.


A)    Como representante de sua classe (advogado) orgulha-se de ter trabalhado muito.

B)    Como parte da elite orgulha-se com indisfarçável cinismo de nunca ter trabalhado.



Leia o soneto a seguir e responda às questões 02, 03 e 04.

 

A UM POETA

        

Longe do estéril turbilhão da rua,

Beneditino, escreve! No aconchego

Do claustro, na paciência e no sossego,

Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua.

 

Mas que na forma se disfarce o emprego

Do esforço; e a trama viva se construa

De tal modo, que a imagem fique nua,

Rica mas sóbria, como um tempo grego.

 

Não se mostre na fábrica o suplício

Do mestre. E, natural, o efeito agrade,

Sem lembrar os andaimes do edifício:

 

Porque a Beleza, gêmea da Verdade,

Arte pura, inimiga do artifício,

É a força e a graça na simplicidade.

 

QUESTÃO 02

O poeta Olavo Bilac chama a atenção para a postura do poeta parnasiano no ato da produção do texto reforçando o perfil do estilo da escola referida. Tendo em vista o credo anunciado pelo eu lírico. Depreende-se do soneto que:


A)    o poeta deve estar na multidão para o exercício de sua função.

B)    o artista deve, durante a criação, estar na solidão.


QUESTÃO 03

Tendo em vista o poeta mostrar como deve o poeta se comportar com a poesia e essa advertência é em forma de versos, entendemos que o poema:

A)    é claramente metalinguístico, a poesia fala da poesia.

B)    é a verdadeira concepção poética do simbolismo.


QUESTÃO 04

Sabemos que beneditino é o monge da ordem de São Bento. No entanto, Olavo Bilac (poeta parnasianista) não se refere especificamente a um monge no texto; a palavra beneditino foi empregada em sentido figurado. No contexto acima, qual o significado de beneditino?



A)    Aquele que vive na rua pregando para os hereges.

B)    Um homem erudito, paciente, dedicado e vive recluso.


Leia o soneto a seguir e responda às questões 05 e 06.

 

A UM POETA

                   Surge et ambula (levanta e anda)

 

Tu, que dormes, espírito sereno,

Posto à sombra dos cedros seculares,

Como um levita à sombra dos altares,

Longe da luta e do fragor terreno,

 

Acorda! é tempo! O Sol, já alto e pleno,

Afugentou as larvas tumulares...

Para surgir do seio desses mares,

Um mundo novo espera só um aceno...

 

Escuta! é a grande voz das multidões!

São teus irmãos, que se erguem! São canções...

Mas de guerra... e são vozes de rebate!   

 

Ergue-te pois, soldado do Futuro,

E dos raios de luz do sonho puro,

Sonhador, faze espada de combate!

 

QUESTÃO 05

O soneto acima é do poeta Antero de Quental – Realismo em Portugal (1865-1890) – está centrado na segunda pessoa do discurso (tu). A intenção do poeta é:


A) é manifestar a apologia ao Romantismo.

B) chamar o poeta (tu) para a poesia realista.


QUESTÃO 06

A diferença fundamental entre o soneto de Antero de Quental, e o soneto, de mesmo título, de Olavo Bilac, é o conteúdo. Para o autor português, a poesia deve:


 D) apresentar excelentes rimas paralelas.

E) ter uma função social; refletir a realidade.


 

Texto para a questão 07.

 

 

QUESTÃO 07

Qual a função da linguagem predominante do texto acima?

 

A)    Função poética.

B)    Função emotiva.


QUESTÃO 08




 As funções da linguagem são formas de utilização da linguagem segundo a intenção do falante. O texto lido é um exemplo de função:


A)    metalinguagem.

B)    apelativa.


QUESTÃO 09

Assinale a alternativa em que a função apelativa  da linguagem é  a que prevalece:


A)    Conheça você também a obra desse autor.

B)    Semântica é o estudo da significação das palavras


QUESTÃO 10




É possível concluir que a imagem acima transmite

A)   instruções sobre os equipamentos hospitalares.

B)   sensações e sentimentos sobre o desmatamento. 




LINK PARA O GABARITO


https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfakAdoQn_iXQ85frdsWdYigb2NNw2CfbURMpJmR99Fp_Zx0A/viewform?usp=sf_link


1@ JUNTOS PARA AVANÇAR - O homem contemporâneo que desconhece a Moral e Ética e suas Distinções

                                                                                                                                   Isaac Sabino Cardoso

          Embora muitas vezes Moral e Ética sejam usadas como sinônimas, há distinções: etimologicamente Moral vem do latim mos mor- “costumes”; Ética vem do grego ethicos – “modo de ser”. Ética é individual, Moral é coletiva. Ao analisar de Aristóteles a Cristo, o que se tem percebido é que o homem contemporâneo se distancia cada vez mais de ser moral e ético, comportamento que pode ser uma deficiência da escola e da igreja culminado na vida cotidiana e no serviço público.
               Ética é mesmo individual – uma decisão pessoal, solitária - para o bem. Um exemplo clássico é o de alguém que acha a carteira de outro e resolve devolvê-la; outro, reside na ambição financeira: - o acúmulo de cargos é o caso especifico do setor público. Como costume a sociedade impõe um limite de dois empregos ou funções e mesmo assim o funcionário, ao saber que é imoral, continua em determinada situação não tomando uma decisão ética de desistir.  Achou a carteira, devolva que é o bem a se fazer. Tem mais de dois cargos no serviço público, devolva um que é o ético a se fazer.
        A Ética quer ser universal quando a postura adotada força uma reflexão acerca do bem e do mal. Do outro lado, a moral pode não ser universal, estando restrita a um povo – como parte de sua cultura. A Ética é o momento da reflexão, a moral é a prática.
         Quando se diz que a ética precede a moral, parte-se da premissa que uma sociedade, antes de adotar determinado costume, faça uma reflexão e o debata exaustivamente até chegarem à conclusão se tal comportamento é bom ou mau aos membros da comunidade. Esse debate prévio daquilo que será moral na vida de todos é o que se pode chamar de Ética: a Ética é a reflexão sobre os atos para determinar se os princípios ou critérios da ação são bons ou maus. 
           Moral do latim mos mor significa “costume”, ou seja, é algo que admitido como benéfico se torna rotineiro a todos. Por sua vez, ethicos – “modo de ser”, é algo mais particular. Justamente, por ser particular, propicia a reflexão e o debate acerca das morais vigentes em determinada época. No período aristotélico, o filósofo pregou que a virtude, aquilo que torna o homem moral e ético é a tomada de decisão fora dos extremos. Nesse ponto a escola tem que incentivar a leitura do filósofo. Já Cristianismo prega o distanciamento do erro - aquilo que é popularmente conhecido como pecado. Aqui, a tarefa de denunciar a imoralidade é da igreja.        
          Portanto, Ética e Moral não devem ser confundidas. Suas diferenças vão desde o surgimento de uma a existência da outra. A Ética reside na reflexão acerca do bem e do mal; a moral é o hábito. E, por ser um “modo de ser”, a Ética se torna particular e vez por outra funciona como regulador dos “costumes”, da moral, proporcionando ao indivíduo o questionamento acerca daquilo que seja a melhor ou pior ação. Para resgatar o homem moderno às virtudes tanto de Aristóteles quanto de Jesus Cristo, faz-se necessário, pode ser através da escola, ensinar a moral e a ética à luz da Literatura, pode-se usar a Bíblia, e apontar 3comportamentos imorais quiçá ilegais.

REFERÊNCIA
Chauí, Marilena. Introdução à Filosofia I volume único, ensino médio / Marilena Chauí. -- 3. ed -- São Paulo : Ática, 2016

Vídeo Aula com mapa conceitual analisando o livro Ética a Nicômaco de Aristóteles. ASSISTA 









QUESTÃO 01

 

Toda cultura e cada sociedade institui uma moral, isto é, valores concernentes ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido, e à conduta correta, válidos para todos os seus membros. Culturas e sociedades fortemente hierarquizadas e com diferenças muito profundas de castas ou de classes podem até mesmo possuir várias morais, cada uma delas referida aos valores de uma casta ou de uma classe social.

“As normas morais variam a depender da cultura e do período histórico. Também podem ser questionadas e destituídas”. Isso significa que:


A)    Nós temos que concordar com as normas morais porque são as normas da nossa cultura;

B)    A moral é um conjunto de valores pelos quais as pessoas guiam seus comportamentos e, por isso, está sujeita a mudanças a depender do país e do momento histórico em que as pessoas estão inseridas.


QUESTÃO 02

 

Leia os contextos abaixo:

[1] Juízo de fato ou juízo de realidade é a avaliação feita a partir das ideias criadas de experiências vividas, referente às coisas como elas são de modo objetivo. [2] O juízo de fato é a tentativa do ser humano de dar um significado à realidade, de acordo com o modo como ele a percebe, e de uma forma menos concreta e mais "romantizada".


A)    Os dois contextos estão errados.

B)    Apenas o primeiro contexto está correto.



QUESTÃO 03

 

Ética e moral são dois conceitos que dizem respeito ao comportamento humano em sociedade, porém não são sinônimos, mas sim complementares.

Ambos têm uma relação entre si, mas não possuem a mesma origem e nem o mesmo significado. Vamos conferir os conceitos e as diferenças entre as duas palavras. A moral é um conjunto de normas que servem para orientar a maneira de agir das pessoas dentro de um contexto específico. Por conta disso, estamos falando de um conceito de caráter particular e que se baseia, sobretudo, em hábitos e costumes. Já a ética funciona basicamente como uma racionalização da moral.

 

De acordo com o texto podemos afirmar que a ética é:


A)    Uma reflexão sobre as ações humanas.

B)    Uma reflexão de natureza espiritual.


QUESTÃO 04

 

Se dissermos: “Está chovendo”, estaremos enunciando um acontecimento constatado por nós e o juízo proferido é um juízo de fato. Se, porém, falarmos: “A chuva é boa para as plantas” ou “A chuva é bela”, estaremos interpretando e avaliando o acontecimento. Nesse caso, proferimos um juízo de valor.

O que são os Juízos de fato?


A)    São aqueles que dizem o que as coisas são, como são e por que são.

B)    São avaliações sobre coisas, pessoas e situações.


QUESTÃO 05

 

Toda cultura e cada sociedade institui uma moral, isto é, valores concernentes ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido, e à conduta correta, válidos para todos os seus membros. Culturas e sociedades fortemente hierarquizadas e com diferenças muito profundas de castas ou de classes podem até mesmo possuir várias morais, cada uma delas referida aos valores de uma casta ou de uma classe social.

No entanto, a simples existência da moral não significa a presença explícita de uma ética. Podemos dizer, a partir dos textos de Platão e de Aristóteles, que, no Ocidente, a ética ou filosofia moral inicia-se com Sócrates.

Na relação entre Ética e Moral, podemos afirmar que a Ética:


A)    É uma reflexão religiosa que interpreta à luz da mensagem de Cristo o significado dos valores morais.

B)    É uma reflexão racional que discute, problematiza e interpreta o significado dos valores morais.


QUESTÃO 06

 

Somos dotados, enquanto sujeitos capazes de vida ética, de senso moral e de consciência moral. Muitas vezes, tomamos conhecimento de movimentos nacionais e internacionais de luta contra a fome. Ficamos sabendo que, em outros países e no nosso, milhares de pessoas, sobretudo crianças e velhos, morrem de penúria e inanição. Sentimos piedade. Sentimos indignação diante de tamanha injustiça (especialmente quando vemos o desperdício dos que não têm fome e vivem na abundância). Sentimos responsabilidade. Movidos pela solidariedade, participamos de campanhas contra a fome. Nossos sentimentos e nossas ações exprimem nosso senso moral.

O que é a consciência moral?


A)    É o que faz com que vivamos perturbados pelas escolhas que fazemos e sintamos sempre a consciência culpada.

B)    É o que faz com que justifiquemos somente para os outros as razões de nossas decisões e que não assumamos todas as consequências delas.


QUESTÃO 07

 

“O sujeito ético procede a um descentramento, tornando-se capaz de superar o narcisismo infantil, e move-se na direção do outro, reconhecendo sua igual humanidade”. (ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando – introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna).

Com base nessa afirmativa, que expressa uma atitude de um sujeito ético, é correto afirmar:


 A)    Incentivar a violência em qualquer nível é uma marca de um sujeito ético.

B)    Considerar o outro como também um sujeito de direitos é fundamental para a convivência democrática e cidadã.         


 QUESTÃO 08

 

Um pai de família desempregado, com vários filhos pequenos e a esposa doente, recebe uma oferta de emprego, mas que exige que seja desonesto e cometa irregularidades que beneficiem seu patrão. Sabe que o trabalho lhe permitirá sustentar os filhos e pagar o tratamento da esposa. Pode aceitar o emprego, mesmo sabendo o que será exigido dele? Ou deve recusá-lo e ver os filhos com fome e a mulher morrendo?

Situações como essas – mais dramáticas ou menos dramáticas – surgem sempre em nossas vidas.

A situação descrita, acima, provoca em nós o (a) nosso (a):


A)    Consciência moral.

B)    Senso moral.


 

QUESTÃO 09

 

A ética precisa ser compreendida como um empreendimento coletivo a ser constantemente retomado e rediscutido, porque é produto da relação interpessoal e social. A ética supõe ainda que cada grupo social se organize sentindo-se responsável por todos e que crie condições para o exercício de um pensar e agir autônomos. A relação entre ética e política é também uma questão de educação e luta pela soberania dos povos. É necessária uma ética renovada, que se construa a partir da natureza dos valores sociais para organizar também uma nova prática política. (CORDI et al. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2007).

O Século XX teve de repensar a ética para enfrentar novos problemas oriundos de diferentes crises sociais, conflitos ideológicos e contradições da realidade. Sob esse enfoque e a partir do texto, a ética pode ser compreendida como:


A)    parâmetro para assegurar o exercício político primando pelos interesses e ação privada dos cidadãos.

B)    instrumento de garantia da cidadania, porque através dela os cidadãos passam a pensar e agir de acordo com valores coletivos.


QUESTÃO 10

 

Sobre o Senso Moral e Consciência Moral, considere as seguintes proposições:

      I.         Os sentimentos e as ações morais são aqueles que não dependem de nós mesmos, que nascem da nossa incapacidade de discernir e sermos subservientes, necessitando do coletivo para decidir.

     II.         Dizem respeito a valores, sentimentos, intenções, decisões e ações referidos ao bem e ao mal, ao desejo de felicidade e ao exercício de liberdade.

   III.         São constitutivos de nossa existência intersubjetiva, isto é, das nossas relações com outros sujeitos morais.

   IV.         Referem-se a valores (justiça, honradez, espírito de sacrifício, integridade, generosidade), sentimento provocados pelos valores (admiração, vergonha, culpa, remorso, cólera, amor, dúvida, medo) e a decisões que conduzam a ações com consequências para nós e para os outros.

 

Estão corretas:


A)    Somente I, III e IV.

B)    Somente II, III e IV.



LINK PARA PARA O GABARITO






ANÁLISE DAS QUESTÕES  COM RESPOSTAS PARCIAIS NO LINK ABAIXO

https://isaacsabino.blogspot.com/2017/09/como-ciencia-se-desenvolveu-ao-longo-da.html


É natural

     O pensamento do filósofo Baruch (abençoado, em hebraico = Benedito = Bento) Spinoza sobre a liberdade poderia ser definido assim: "ela consiste em conhecer os cordéis que nos manipulam". Repare que ele não reconhecia a liberdade como coisa de existência verdadeira, mas poderíamos ampliá-la um pouco se aliviássemos, ao conhecê-los, os puxões dos cordéis.
     [...]
     O que me lembrou a portuguesa avó Lucia, de uma amiga querida, que a tudo reagia com o mesmo bordão: "É natural", por mais estapafúrdia que a coisa fosse. "Vó, o padre fugiu com a vizinha!" "É natural, pois..."
     Ela se defendia dos sustos da vida com o uso sistemático da naturalização. A naturalização não tem nada a ver com constatar as forças da natureza sobre nós. Ela é o processo da formação do senso comum, talvez o cordel mais forte que a cultura usa para mandar em nós.
     Minha mãe quis ter oito filhos (teve sete). Por que tantos? "Porque em 1937 era bonito ter família grande, minhas amigas tinham". Era "natural". Tão natural quanto hoje ter dois. Se você quiser mais, o senso comum vai te patrulhar, "que absurdo, você tá louca?". O feminismo naturalizou a tripla jornada de trabalho para a mulher (ganhar dinheiro; gerenciar a casa, marido e filhos). [...] É a surda ditadura do senso comum. Hoje ela se estende ao "politicamente correto", um meio de formar rebanhos. A coisa está ficando afrodescendente...
     Então este é um aviso: você é manipulado, sua inteligência é posta de lado em favor da obediência ao "que todo mundo faz".
     [...]
     Atenção com o implícito, com a alusão. As regras do senso comum nunca são faladas abertamente, ou saberíamos discuti-las. A patrulha se dá por punições sutis (suspiros, trombas e gelos). Também valem adjetivos reducionistas, "Isto é fascismo! Você é neoliberal!" (quem os usa já está dominado).
     Claro, a patrulha também pode ser explícita, matar e espancar gays, porque eles são excessivamente não "naturais", entende? Mas vir dizer que "a diferença é linda" também é outra tentativa de naturalização que eu não aguento.
(Francisco Daudt. Folha de S. Paulo. 04 de setembro de 2012)

     O texto de Daudt é polêmico. Há que se ter o conhecimento proposto pela sociedade daquilo que seja o “bem” e daquilo que seja o “mal” e ser livre para optar por uma ou outra ação ditada. As vontades existem, mas os desejos são regulados pela sociedade.
     Quando o homem pode decidir sobre si a partir da consciência da existência do outro e decide ofendendo o outro entra em cena as regulações sociais. A sequência – liberdade e proibições - remete a quais temas estudados?
a) Arte e Religião;            b) Moral e Ética;        c) Arte e Moral;             d) Religião e Moral;       e) Ética e Religião;

1.12. (Vestibular UEMA 2012CASA) O campo ético é constituído pelos valores e pelas obrigações que formam o conteúdo das condutas morais, isto é, as virtudes.
Para que o sujeito ético possa existir, faz-se necessário o preenchimento das seguintes condições, Marque a INCORRETA

A - Ser consciente de si e dos outros, isto é, ser capaz de refletir e de reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais.
B - Ser consciente de si, isto é, ser capaz de refletir e de reconhecer sua existência como ser ético.
C - Ser dotado de virtude, isto é, de capacidade para controlar e orientar desejos, impulsos, tendências, sentimentos.
D - Ser responsável, isto é, reconhecer-se como autor da ação, avaliar os efeitos e consequências dela sobre si e sobre os outros.
E - O sujeito da ação moral deve assumir aquelas ações que devem, de certa forma, viabilizar suas necessidades e desprezar as ações que não venham a atender aos seus interesses.

2 Um filme interessante é Laranja Mecânica. Nele, o Estado, através de uma lavagem cerebral, consegue fazer com que um jovem enojem o crime. De acordo com o estudo da Ética, assinale a opção CORRETA
a)    o processo é doloroso, mas não fere a liberdade e a moral, pois qualquer recurso contra a violência é válida.
b)    o processo é doloroso e fere a liberdade e a moral, pois para premissa para o exercício moral é a consciência e a liberdade;
c)    O caso se assemelha a colocar câmeras em sala de aula para buscar a disciplina e é válido dentro do estudo da Moral;
d)    Na busca do ser moral é válido forçar as pessoas a entenderem que o bom ou o bem é a melhor opção aos homens.
e)    A escola pode ser usada, através das pressões na busca da postura correta, na formação do ser moral;

Panayiotis Zavos"quebrou"o último tabu da clonagem humana - transferiu embriões para o útero de mulheres, que os gerariam. Esse procedimento é crime em inúmeros países. Aparentemente, o médico possuía um laboratório secreto, no qual fazia seus experimentos. "Não tenho nenhuma dúvida de que uma criança clonada irá aparecer em breve. Posso não ser eu o médico que irá criá-la, mas vai acontecer", declarou Zavos. "Se nos esforçarmos, podemos ter um bebê clonado daqui a um ano, ou dois, mas não sei se é o caso. Não sofremos pressão para entregar um bebê clonado ao mundo. Sofremos pressão para entregar um bebêcionado saudável ao mundo."
CONNOR, s. Disponiwclem: www.independent.co.uk. MC0390 onn; 14 ago, 2012 (adaptado). A clonagem humana é um importante assunto de

3. 6 (ENEM 2014) reflexão no campo da bioética que, entre outras questões, dedica-se a
(A) refletir sobre as relações entre o conhecimento da vidA e os valores éticos do homem.
(B) legitimar o predomínio da espécie humana sobre as demais espécies animais no planeta,
(C) o relativizar, no caso da clonagem humana, o uso dos valores de certo e errado, de bem e mal.
(D) legalizar, pelo uso das técnicas de clonagem, os processos de reprodução humana e animal.
(E) fundamentar técnica e economicamente as pesquisas sobre células-tronco para uso em seres humanos.
4. 8 (ENEM 2014) Uma norma só deve pretender validez quando todos os que possam ser concernidos por ela cheguem (ou possam chegar), enquanto participantes de um discurso prático, a um acordo quanto à validade dessa norma,
ABERMAS.J. consciênciamoral o agir comunicativo. Rodolino Tempo Brasileiro, 1989,
Segundo HaBermas, a validez de uma norma deve ser estabelecida pelo(a)
(A) liberdade humana, que consagra a vontade.
(B) razão comunicativa, que requer um consenso,
(C) conhecimento filosófico, que expressa a verdade,
(D) técnica científica, que aumenta o poder do homem,
(E)  poder político, que se concentra no sistema partidário.

Sentimos que toda satisfação de nossos desejos advinda do mundo assemelha-se à esmola que mantém hoje o mendigo vivo, porém prolonga amanhã a sua fome. A resignação, ao contrário, assemelha-se à fortuna herdada: livra o herdeiro para sempre de todas as preocupações.

SCHOPENHAUER, A. Aforismo para a saBedoria da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

O trecho destaca uma ideia remanescente de uma tradição filosófica ocidental, segundo a qual a felicidade se mostra indissociavelmente ligada à
A consagração de relacionamentos afetivos.
B administração da independência interior.
C fugacidade do conhecimento empírico.
D liberdade de expressão religiosa.

E busca de prazeres efêmeros.

O QUE EU SEI!

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