Tomar
a decisão certa é tarefa complexa e, por isso, é estudo de muitos pensadores ao
longo da história administrativa. Destaca-se nessas pesquisas o teórico Herbert
Simon. No seu livro O Comportamento
Administrativo (1970) o autor aponta seis elementos na tomada de decisão e,
nesse artigo, será feita uma análise desses no contexto educacional da pequena
cidade de Madeiro do Piauí.
Segundo Simon (1970) os seis elementos da
tomada de decisão são: o Tomador de Decisão; os objetivos; a preferência; a
estratégia; a situação e o resultado.
Para
a análise da educação do Madeiro é interessante começar pelo último – “os
resultados”. Nesse caso, a verificação pode ser feita de várias formas: há
números no IDEB (índice de desenvolvimento da educação básica); nas avaliações
externas como OBMEP (olimpíada brasileira de matemática das escolas públicas)
ou, nas próprias eleições bienais. Para este artigo optou-se pelo IDEB.
Ao verificar o medidor federal, percebe-se
que a situação da cidade não é boa. O município situado ao norte do estado,
embora com uma população pequena – pouco mais de oito mil habitantes, colhe
números pífios na educação. E, quando há crescimento é de décimos - e de uma
nota vermelha para outra vermelha. Essa situação implica dizer que, num efeito
dominó decrescente - estratégias,
preferências e objetivos estão sendo formulados de forma errada desde a
emancipação do lugar.
O Tomador de Decisão existe. É o prefeito.
Contudo, o ideal seria as decisões serem mais descentralizadas. Nunca aconteceu
e nem tem acontecido porque para tanto seria preciso promover eleições diretas
para a Secretaria de Educação e em seguida para os gestores das unidades
escolares. Num cenário desses haveria vários tomadores de decisões, estratégias, preferências e objetivos
pontuais que culminariam no “todo” positivo.
Portanto, ao analisar o setor de maior importância
de um lugar pequeno – a educação – percebe-se a ausência de uma das orientações
propostas pelo pai da administração. Essa falha influencia diretamente nos
outros cinco elementos. Uma influência de cunho negativo que só pode ser
resolvida com uma tomada de decisão radical e diferente de todas as já decididas
desde a emancipação. Uma proposta seria eleger assessores com mais autonomia
nas suas tomadas de decisões.
REFERÊNCIAS
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