Acordo...Ar puro, liberdade.
Televisão, telefone sem fio, computador.
Ah! Liberdade...O mundo bem pertinho.
Não!? O computador não ligou,
O telefone está mudo. Liga televisão, liga! Vai!
Faltou luz, faltou energia, não há eletricidade.
Estou só: há um silêncio.
O computador está em silêncio.
A televisão está em silêncio.
O telefone está em silêncio.
O que fazer? Aonde ir?
Não sei conversar.
Sei digitar, clicar, ligar.
Uma caminhada para passar o tempo, quem sabe?
Ah! A esteira funciona a energia.
Caminhar lá fora é perigoso, tem pessoas.
Pessoas de verdade, de carne: elas desejam mal!
Que falta de ar, de energia, de ar... Estou morrendo.
Ando pra cá, pra lá. Que agonia, estou sufocado.
Estou fraco, morrendo, morren...morr...mo...
A luz acendeu! Há barulho: músicas lá fora.
A televisão liga... O computador liga...A vida continua.
Tarefa
Morder o fruto amargo e não cuspir Mas avisar aos outros quanto o amargo Cumprir o trato injusto e não falhar Mas avisar aos outros quanto é injusto Sofrer o esquema falso e não ceder |
Mas avisar aos outros quanto é falso Dizer também que são coisas mutáveis... E quando em muitos a não pulsar -do amargo e injusto e falso por mudar- então confiar à gente exausta o plano de um mundo novo e muito mais humano.
CAMPOS. G. Tarefa. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira. 1961. |
4. 107 (ENEM 2014
Ec2014min) Na organização do poema, os empregos da conjunção “mas” articulam para
além de sua função sintática,
(A) a ligação entre
verbos semanticamente semelhantes.
(B) a introdução do
argumento mais forte de uma sequência.
Vídeo aula com explicações da resolução da questão
Nenhum comentário:
Postar um comentário