1. 20 (ENEM 2015) A
natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito,
que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo,
ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo
isto em conjunto, a diferença entre um e outro homem não é suficientemente
considerável para que um deles possa com base nela reclamar algum benefício a que outro não possa igualmente aspirar.
HOBBES, T. . São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Para Hobbes, antes da constituição da
sociedade civil,
quando dois homens desejavam o mesmo
objeto, eles
(A) Entravam em conflito
(B) recorriam aos clérigos.
(C) consultavam os anciãos.
(D) apelavam aos governantes.
(E) exerciam a solidariedade.
Explicação: segundo Hobbes, o homem é o lobo do hemem. Quer dizer que se não houvesse o Estado, os homens viveriam em constante conflito;
2.
(Enem
2012) Não
ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é
decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita nos nossos dias,
devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais
escapam à conjectura humana. Não obstante para não ignorar inteiramente o nosso
livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos
atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade.
MAQUAVEL, N. 0 principe Brasia: Ur5, 1979 adaptacci.
Em O Príncipe, Maquiavel
refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado o autor
demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista
por
(A) valorizar a interferência divina nos acontecimentos
definidores do seu tempo.
(B) rejeitar a intervenção do
acaso nos processos políticos.
(C) afirmar a confiança na
razão autônoma Como fundamento da ação humana.
(D) romper com a tradição que
valorizava o passado como fonte de aprendizagem.
(E)
redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão.
EXPLICAÇÃO: Segundo Maquiavel, o homem é autonomo e é o que ele é por decisões suas e não pela vontade de uma divindade.
3.51.(ENEM 2008_c/ adaptações) Os
regimes totalitários da primeira metade do
século XX apoiaram-se fortemente na mobilização da juventude em torno da
defesa de ideias grandiosas para o
futuro da nação. Nesses projetos, os jovens deveriam entender que só
havia uma pessoa digna de ser amada e obedecida, que era o líder. Tais
movimentos sociais juvenis contribuíram para a implantação e a sustentação do
nazismo, na Alemanha, e do fascismo, na Itália, Espanha e Portugal.
A
atuação desses movimentos juvenis caracterizava-se
(A)pelo
sectarismo e pela forma violenta e radicAl com
que enfrentavam os opositores ao regime.
(B)
pelas propostas de conscientização da população
acerca dos seus direitos como cidadãos.
(C)
pela promoção de um modo de vida saudável, que
mostrava os jovens como exemplos a seguir.
(D)
pelo diálogo, ao organizar debates que opunham
jovens idealistas e velhas lideranças conservadoras.
(E)
pelos métodos políticos populistas e pela organização de comícios multitudinários.
É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que
quer; mas a liberdade política não consiste nisso. Deve-se ter sempre presente
em mente o que é independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito de
fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas
proíbem, não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder.
MONTESQUIEU.
Do Espírito das Leis. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997 (adaptado).
4. (Enem 2012) A característica de
democracia ressaltada por Montesquieu diz respeito
A) ao status de cidadania que o
indivíduo adquire ao tomar as decisões por si mesmo.
B) ao condicionamento da liBerdade
dos cidadãos à conformidade às leis.
C) à possibilidade de o cidadão
participar no poder e, nesse caso, livre da submissão às leis.
D) ao livre-arbítrio do cidadão em
relação àquilo que é proibido, desde que ciente das consequências.
O
texto abaixo, de John Locke (1632-1704), revela algumas
características de uma determinada corrente de pensamento.
“Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme
dissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ao maior e
a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa liberdade, por que
abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro
poder? Ao que é óbvio responder que, embora no estado de natureza tenha tal
direito, a utilização do mesmo é muito incerta e está constantemente exposto à
invasão de terceiros porque, sendo todos senhores tanto quanto ele, todo homem
igual a ele e, na maior parte, pouco observadores da eqüidade e da justiça, o
proveito da propriedade que possui nesse estado é muito inseguro e muito
arriscado. Estas circunstâncias obrigam-no a abandonar uma condição que, embora
livre, está cheia de temores e perigos constantes; e não é sem razão que
procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros que estão já unidos,
ou pretendem unir-se, para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens
a que chamo de propriedade.” (Os Pensadores. São Paulo: Nova
Cultural, 1991)
5. (ENEM 2000) Do ponto de vista político, podemos
considerar o texto como uma tentativa de justificar:
a) a existência do governo como um poder oriundo da
natureza.
b) a origem do governo como uma propriedade do rei.
c) o absolutismo monárquico como uma imposição da natureza humana.
d) a origem do governo como uma proteção à viDa, aos bens e aos direitos.
e) o poder dos governantes, colocando a liberdade individual acima da propriedade.
b) a origem do governo como uma propriedade do rei.
c) o absolutismo monárquico como uma imposição da natureza humana.
d) a origem do governo como uma proteção à viDa, aos bens e aos direitos.
e) o poder dos governantes, colocando a liberdade individual acima da propriedade.
LIN K DO GABARITO
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