terça-feira, 30 de agosto de 2022

13º Plan 3º O conceito de “gosto” à luz da Filosofia e com base nos contrastes entre Kant e Hume sobre o termo


                Dificilmente o homem é unânime em algo, e com relação ao ”gosto” estético sobre as coisas não poderia ser diferente. Como sempre, a Filosofia sucinta debate que formula conceitos, mas só que, de novo, antagônicos, e mais de um. Nesse sentido, destaque para os contrastes existentes na questão do gosto entre os Filósofos David Hume e Immanuel Kant. O dilema é se a coisa é bela por si só ou se a beleza vista sobre ela depende de quem a olha.
                Num olhar superficial sobre todo o debate histórico e discordante da humanidade, duas linhas de pensamentos sempre se opõem: os empiristas e os racionalistas. A filosofia exposta nessas duas vertentes não deixará o homem ter unanimidade em praticamente nenhum assunto, isso porque, para aqueles as coisas são vistas a depender dos sentidos e da experiência e para estes, as coisas são vistas a partir de algo já nato ao homem e sem a necessidade dos sentidos e do hábito. Nisso, temas diversos como o próprio ato de conhecer, a moral e por que não dizer, até os gêneros homem e mulher sempre produzem debates acalorados acerda na natureza das coisas: se elas são construções meramente humanas ou naturais. E nessas discordâncias não poderiam ficar de fora também a questão do gosto estético que cada indivíduo tem sobre o objeto.
                No que diz respeito à Filosofia, o gosto estético, pode depender de aspectos objetivos ou subjetivos. Significa dizer que há os que defendem que a beleza da coisa está na própria coisa. Esse é o aspecto objetivo, mas há os que defendem que a beleza da coisa depende do olhar de quem a observa, nesse caso, tem-se o aspecto subjetivo.
               Ao longo de todo o pensamento filosófico, diversos personagens foram contrários entre si, basta ver Heráclito e Parmênides, Sócrates e os Sofistas, Hobbes e Rousseau, mas o que nos interessa são os recentes David Hume e Immanuel Kant, na questão do gosto, porque na maioria dos outros assuntos, os dois mais concordam do que discordam. Tendo em vista que Hume é um emprirista radical, o ideal de contra ponto a ele seria um racionalista radical também, contudo, é Kant quem tenta refutá-lo nesse tema.
              Segundo Verástegui 2012, Hume não acredita que exista uniformidade possível quanto aos gostos. Não reconhece a preexistência de uma norma do gosto, universal e abstrata. Para Kant não existe gosto sem razão, a própria subjetividade é uma forma interpretativa da realidade objetiva.
              O segredo aqui é a palavra “razão” proposta por Kant. Isso porque os racionalistas acreditam que a verdade está dentro do sujeito, sem tanta necessidade da experiência para que se chegue nela. Nesse sentido, quando o indivíduo olha o objeto, ele já tem conhecimento prévio, nato, do que seja o ideal de beleza. A realidade existe e se apresenta para todos da mesma forma, ou seja, ela é objetiva. É claro que Kant vai dizer que há algo de subjetivo no homem para expressar seus gostos sobre o objeto, contudo, para o autor, a razão é prévia e base para tal subjetividade. É desse tipo de ideia acerca do gosto que será contrário o filósofo Hume. Para ele, não há nada a priori no homem que o faça coincidir com outros homens acerca do que é belo num objeto. O objeto em si não é belo. Nesse caso o gosto é intimamente individual e subjetivo e depende da experiência que o homem vai adquirindo com o decorrer do tempo.
             Com todo esse debate histórico, a única coisa que se pode confirmar é que o homem é um ser muito complexo e analisar para conceituar o “gosto” estético pelas coisas é só mais uma dessas complexidades em que não há unanimidade. A verdade é que até pessoas simples, com pouco conhecimento filosófico, também costumam dizer que não há ninguém feio.  É como dizer que a beleza depende do olhar de quem olha. Inconscientemente eles acabam por encampar a filosofia de David Hume que trata, justamente, dessa subjetividade do ”gosto”, mas há aqueles que defendem que o feio exista mesmo, fora do indivíduo - que é objetivo e universal, visto por todos da mesma forma e esse é o pensamento de Immnuel Kant.
                 


                













REFERÊNCIAS





MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. – 5. Ed. -São Paulo: Atlas, 2003


Verástegui, Rosa de Lourdes Aguilar. Estética / Rosa de Lourdes Aguilar Verástegui. – São Luís: UemaNet, 2012. 116 p.                    











1º Relacione as partes verbal e não verbal do anúncio: Quem são as personagens retratadas e qual é a relação entre elas?


(A) Da esquerda para a direita: o filho mais velho, o pai, a mãe, filho mais novo. Formam uma família.


(B) Da esquerda para a direita: Filho mais novo. Formam uma família. o filho mais velho, o pai, a mãe;


2ª Qual é a relação entre as cores dos balões das falas de cada personagem e o sentimento que elas deixam transparecer com suas falas?

(A) As cores reforçam a ideia de “temperatura” das falas. Assim, em amarelo está a fala mais amena de todas; em laranja, uma fala um pouco mais tensa; em vermelho, a mais tensa e exaltada; e, em azul, a mais fria.

(B) As cores reforçam a ideia de “temperatura” das falas. Assim, em laranja está a fala mais amena de todas; em amarelo, uma fala um pouco mais tensa; em azul, a mais tensa e exaltada; e, em vermelho, a mais fria.


3º Infere-se do texto "O Conceito de "gosto" à luz da Filosofia e com base nos constrastes entre Kant e Hume sobre o termo

(A) Segundo Verástegui 2012, Hume acredita que exista uniformidade possível quanto aos gostos. Não reconhece a preexistência de uma norma do gosto, universal e abstrata. Para Kant não existe gosto sem razão, a própria subjetividade é uma forma interpretativa da realidade objetiva.

(B) Segundo Verástegui 2012, Hume não acredita que exista uniformidade possível quanto aos gostos. reconhece a preexistência de uma norma do gosto, universal e abstrata. Para Kant existe gosto sem razão, a própria subjetividade é uma forma interpretativa da realidade objetiva.



4ª Leia a seguir um parágrafo de um texto dissertativo sobre supostas desvantagens da Internet, escrito por um aluno do ensino médio. A rapidez da Internet gera uma acomodação, causando sedentarismo físico e mental, não despertando o senso crítico e não desenvolvendo a mente para criar opiniões novas. Um exemplo da falta de incentivo ao pensamento crítico é o famoso “copiar e colar”, não obrigando nem mesmo o aluno a ler o que está na tela, apenas achando que está certo, causando por fim a falta de interesse em pesquisar sobre o assunto.


Identifique o trecho no qual o uso excessivo de gerúndio deixa o texto impreciso, prejudicando a retomada dos termos.

(A) “Um exemplo da falta de incentivo” até “pesquisar sobre o assunto”


(B) “a rapidez da Internet”, “falta de incentivo ao pensamento crítico”



5ª) Sobre o anúncio, como um todo: Quem é o anunciante?


(A) A montadora Fiat

(B) A montadora Volkswagen.



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