Leia a carta pessoal a seguir.
Rio – 18 – Fevereiro – 1946
Caríssimo Portinari:
A sua carta chegou muito atrasada, e receio que esta resposta já não
o ache fixando na tela a nossa pobre gente da roça. Não há trabalho mais
digno, penso eu. Dizem que somos pessimistas e exibimos deformações;
contudo as deformações e miséria existem fora da arte e são cultivadas
pelos que nos censuram.
O que às vezes pergunto a mim mesmo, com angústia, Portinari, é isto: se
elas desaparecessem, poderíamos continuar a trabalhar? Desejamos realmente
que elas desapareçam ou seremos também uns exploradores, tão perversos
como os outros, quando expomos desgraças? Dos quadros que você mostrou
quando almocei no Cosme Velho pela última vez, o que mais me comoveu foi
aquela mãe com a criança morta. Saí de sua casa com um pensamento horrível:
numa sociedade sem classes e sem miséria seria possível fazer-se aquilo?
Numa vida tranquila e feliz que espécie de arte surgiria? Chego a pensar que
faríamos cromos, anjinhos cor-de-rosa, e isto me horroriza.
Felizmente a dor existirá sempre, a nossa velha amiga, nada a suprimirá. E seríamos
ingratos se desejássemos a supressão dela, não lhe parece? Veja como os nossos ricaços
em geral são burros.
E adeus, meu grande Portinari. Muitos abraços para você e para Maria.
Graciliano.
Cópia da carta em
estudo, disponível
no site oficial de
Graciliano Ramos.
Instituto de Estudos Brasileiros, São Paulo, Brasil
George Marks/Retrofile/Getty Images
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PrODuÇÃO
De teXtO
Literatura de informação. Semântica (II). Carta pessoal e carta de apresentação CAPÍTULO 3
Julgo naturalmente que seria bom enforcá-los, mas se isto nos trouxesse
tranquilidade e felicidade, eu ficaria bem desgostoso, porque não
nascemos para tal sensaboria. O meu desejo é que, eliminados os ricos de
qualquer modo e os sofrimentos causados por eles, venham novos sofrimentos,
pois sem isto não temos arte.
(Disponível em: http://graciliano.com.br/site/1946/02/carta-degraciliano-
ramos-a-portinari/. Acesso em: 10/7/2015.)
(A) A Portinari que se dedicava a pintura;
(B) A Graciliano Ramos se dedicava a literatura;
2º - quais trechos abaixo são aqueles que atualmente parece informais?
(A) A sua carta chegou muito atrasada;
(B) receio que esta resposta já não o ache;
3º - Segundo o site dos Correios, o endereçamento correto de ter a seguinte estrutura:
(A) nome do destinatário, tipo do logradouro, nome do bairro, nome da localidade, CEP;
(A) nome do remetente, não precisa do logradouro, nome do bairro, nome do local, CEP;
4º - Escreva em no mínimo 10 e no máximo 15 linhas uma carta obedecendo todas as regras estudadas no capítulo (Cidade, Data e no término despedida com o nome da pessoa com quem voê conversa e o seu nome)
Para marcar e responder as questões clique no link abaixo e envie
Nome:willian gabriel lopes melo
ResponderExcluir1°ano "A" vespertino
1:Felizmente a dor existirá sempre, a nossa velha amiga, nada a suprimirá. E seríamos
ingratos se desejássemos a supressão dela, não lhe parece?
2:A sua carta chegou muito atrasada, e receio que esta resposta já não
o ache fixando na tela a nossa pobre gente da roça. Não há trabalho mais
digno, penso eu.
3:O que às vezes pergunto a mim mesmo, com angústia, Portinari, é isto: se
elas desaparecessem, poderíamos continuar a trabalhar?
4:Numa vida tranquila e feliz que espécie de arte surgiria?
5:Dos quadros que você mostrou
quando almocei no Cosme Velho pela última vez, o que mais me comoveu foi
aquela mãe com a criança morta.
Luís Vinicius Carvalho Lima
ResponderExcluir1°C vespertino
1:O que às vezes pergunto a mim mesmo, com angústia, Portinari, é isto: se
elas desaparecessem, poderíamos continuar a trabalhar?
2:Numa vida tranquila e feliz que espécie de arte surgiria?
3:Felizmente a dor existirá sempre, a nossa velha amiga, nada a suprimirá. E seríamos
ingratos se desejássemos a supressão dela, não lhe parece?
4: numa sociedade sem classes e sem miséria seria possível fazer-se aquilo?
5:Desejamos realmente
que elas desapareçam ou seremos também uns exploradores, tão perversos
como os outros, quando expomos desgraças?
Nome:Victória Cristina das chagas silva melo
ResponderExcluir1°Ano"B"vespertinos
01: a sua conta chegou muito atrasada e receio que está resposta já não o ache fixando na tela a nossa pobre gente da roça. não há trabalho mais digno penso eu,
02: disse que somos pessimista e exibimos deformações e Miséria existem fora da arte e são cultivadas pelos que nos segura,
03: numa sociedade sem classe e sem miséria seria possível fazer aquilo?
04: numa vida tranquila e feliz que espécie de arte sugeriam?
05: felizmente a dor existirá sempre a nossas velhas amiga nada suprimirá e seriamos ingratos se desejássemos a supressão dela não lhe aparece
Ce Cônego Nestor Cunha
ResponderExcluirAluno: Emerson De Sousa Santos
Série: 1° ano A
Turno: Vespertino
1° Quando foi escrita a carta, e a quem se dirige?
2° No final da carta a quem ele se despedir?
3° O que mais comoveu o escritor da carta quando ele almoçou com o Cosme Velho?
4° O que mais o escritor pergunta se mesmo?
5° Onde o escritor diz que a deformações e miséria existem?
Nome:Hellen Regina Carvalho Silva
ResponderExcluir1° ano (A) Vespertino
1°) Quando a carta foi escrita?
2°) Qual era a atividade artística a que se dedicava o destinatário?
3°) A carta foi escrita por Graciliano Ramos, qual era a profissão dele?
4°) Maria, por hipótese seria a esposa de Portinari?
5°) Portinari recebeu a carta?
Nome:CARLOS Augusto reis dos Santos 1c vespertino
ResponderExcluir1)que dia foi escrita a carta ,qual seu destino
2)numa vida tranquila e feliz que espécie de arte surgiria?
3)felizmente a dor existirá sempre a nossas velhas amiga nada suprimirá e seriamos ingratos se desejássemos a supressão
4)será q Portinari recebeu sua carta
5)O que às vezes pergunto a mim mesmo, com angústia, Portinari, é isto: se
elas desaparecessem, poderíamos continuar a trabalhar?
Nome:weneson García dos Santos
ResponderExcluir1°ano (B) vespertino
1°) felizmente a dor existirá sempre, a nossa velha amiga, nada asuprimaria, é seríamos ingratos se desejassemos a supressão dela, não lhe parece?
2°)numa vida tranquila e feliz que espécie de arte surgiria?
3°) o que às vezes pergunto a mim mesmo, com angústia,portinase,é isto : se elas desaparecessem, poderiamos continua a trabalhar?
4°)qual era a atividade artística a que se dedicava o destinatário?
5°)que dia foi escrita a carta, qual seu destino
Jarliane
ResponderExcluir1 ano (B) vespertino
1.)se
elas desaparecessem, poderíamos continuar a trabalhar? Desejamos realmente que elas desapareçam
2.) numa sociedade sem classes e sem miséria seria possível fazer-se aquilo?
3.) seremos uns exploradores, tão perversos
como os outros, quando expomos desgraças?
4.) a dor existirá sempre, a nossa velha amiga, nada a suprimirá. E seríamos
ingratos se desejássemos a supressão dela, não lhe parece?
5.) Numa vida tranquila e feliz que espécie de arte surgiria? Chego a pensar