terça-feira, 20 de junho de 2023

Um conceito à Sociologia. Contexto, época do surgimento e principais pensadores

          O mundo ganhou uma complexidade tão grande que dificilmente alguém conseguiria sobreviver nos dias atuais sem o contato constante com outros de sua espécie. Noutro momento até sim (uma fruta na árvore; um peixe no lago era suficiente). Com todas as terras cercadas, e as pessoas se aglomerando, viver só, passou a ser um atestado de morte prematura – de mendicância. A vida melhorou, mas problemas complexos e interligados apareceram, e explicá-los passou a demandar mais estudos – surge a Sociologia e seus diversos pensadores especialistas.
             Com a agricultura empresarial dona de todas as terras produtivas do mundo, para a grande maioria só resta os centros urbanos com suas especialidades: médicos, advogados, engenheiros, professores, empresários, policiais, pedreiros, mecânicos e outras. O campo produz pra cidade e a cidade cuida do campo e de si: uma profissão cuidando da outra e um “novo” homem que não consegue fazer ou entender o que o outro faz. Tudo se especializa e se interliga. A troca é paga com menos guerras, menos mortalidade infantil, mais anos de vida.  Os problemas também ficam mais complexos. É esse o contexto que nasce um novo especialista – o sociólogo.
             Estudar o homem é objeto da Psicologia; estudar os homens aglomerados – da família ao Estado; do Estado às empresas – é objeto da Sociologia. As relações particulares não é conceito encontrado na disciplina social. Daí uma diferença entre relações particulares e relações sociais.
             É com essa vontade de explicar os aglomerados humanos, suas ligações e seus conflitos, que Auguste Comte propôs pela primeira vez o estudo da sociedade de forma mais técnica e dentro dos centros acadêmicos.  Algo que fosse lógico e muito parecido com a física ou a química. Comte é o precursor dessa proposta, feita no século XIX. Mas, análises e rumos para o povo não era coisa nova. O Código de hamurabi, os filósofos gregos, os intelectuais da idade média, do iluminismo já haviam tentado explicar e organizar a sociedade.
              Karl Marx foi o sociólogo que mais influenciou o século XX. O autor aperfeiçoou os estudos de Hegel e apontou a luta de classes como o motor de todos os problemas sociais e aparecimento de novos contextos políticos. Para Marx, o conflito entre patrões x trabalhadores, riqueza x pobreza é a melhor explicação sociológica para história humana em aglomerados. Contudo, quem melhor deu continuidade ao trabalho de Comte, buscando a família, a política e a religião para explicar a sociedade, foi Èmile Durkeim.  Há, Ainda, quem tenha estudado a sociedade a partir do indivíduo – caso de Maximiliano Carl Emil Weber.
            Dado o exposto, percebe-se que a Sociologia surge num contexto em que a humanidade se junta, se individualiza, se especializa e se interliga uns aos outros numa necessidade nunca antes vista. Explicar esse fenômeno fica mais difícil e como não poderia ser diferente alguns se propõem: é o caso de Auguste Comte, de Karl Marx, de Durkeim e Weber. Vale ressaltar que com a nova ciência social nasce a Psicologia – a primeira com o objetivo de estudar “os homens” e suas relações grupais; a segunda, “o homem” e suas relações particulares.


II — Querefonte — Compreendo e vou perguntar-lhe. Dize -me, Górgias: é verdade o  

que afirmou o nosso amigo Cálicles, que te comprometes a responder a seja o que for que te  

perguntarem? 

Górgias — É verdade, Querefonte; foi isso mesmo que declarei há pouco, e posso  

assegurar-te que há muitos anos ninguém me apresentou uma questão nova. 

Querefonte — Tanto mais fácil, Górgias, para responderes. 

Górgias — Depende apenas de ti, Querefonte, fazer a experiência. 

Polo — Sim, por Zeus. Mas, se estiveres de acordo, Querefonte, faze a experiência  

comigo. Acho que Górgias deve estar cansado de tanto falar. 

Cálicles — Como assim, Polo? Pensas que podes responder melhor do que Górgias? 

Polo — E o que vai nisso? Basta que seja suficiente para ti. 

Cálicles — Nada me vai nisso. Então, se assim preferes, responde. 

Polo — Pergunta. 

Cálicles — Vou perguntar. Se Górgias fosse profissional da arte que seu irmão  

Heródico exerce, por que nome certo o designaríamos? O mesmo que damos àquele, não é  

verdade? 

Polo — Perfeitamente 

Cálicles — Se disséssemos, portanto que ele era médico, ter-nos-íamos expressado com  

correção. 

Polo — Sim. 

Cálicles — E caso ele fosse perito na arte de Aristofonte, filho de Aglaofonte, de que  

modo lhe chamaríamos com acerto? 

Polo — Pintor, evidentemente. 

Cálicles — E agora, de que arte ele entende e por que nome certo devemos denominá￾lo? 

Polo — Querefonte, no mundo há muitas artes experimentais que a experiência  

descobriu. A experiência faz que nossa vida seja dirigida de acordo com a arte, e a  

inexperiência a entre ga ao acaso. Uns são proficientes numas; outros, noutras; cada um a seu  

modo; os me lhores o são nas melhores. Górgias é um destes e participa da mais nobre das  

artes. 

Sócrates — Górgias, parece que Polo tem muita prática de falar; porém não cumpre o  

que prometeu a Que refonte. 

 
 

1ª Do que se trata o texto acima? 

 

  1. a visita de Sócrates e amigos a Górgias 

  1. A visita de Querofonte e amigos a Sócrates 

  1.  

 

Nada do que foi será 

De novo do jeito que já foi um dia 

Tudo passa 

Tudo sempre passará 

A vida vem em ondas 

Como um mar 

Num indo e vindo infinito 

Tudo que se vê não é 

Igual ao que a gente 

Viu há um segundo 

Tudo muda o tempo todo 

No mundo [...] 

Fonte: SANTOS, Lulu; MOTTA, Nelson. Como uma onda. In: Álbum MTV  

ao vivo. Rio de Janeiro: Sony-BMG, 2004. 

 

 

2. 13 (Vestibular PAES Abc2011mai C/adaptações) “Como uma onda” de Lulu Santos, infere-se que uma característica dessa realidade representada é o(a) 

 

a) fluxo.   

b) estática.  

 

Desmundo, linguagem, Consciência. Uma crítica 

  

     De novo a questão da construção do ser - do “eu”. E a bola da vez é a linguagem - também dilema antigo entre os homens. O filme da hora é “Desmundo” de Alan Fresnot, 2003.  

     “Desmundo” é um daqueles enredos bem simples e que hipnotizam do adolescente mais hiperativo ao adulto crítico. A obra retrata a condição da mulher; do índio; do poder e declínio do Reino e da igreja. Contudo esse texto aqui se limitará ao “eu” e a língua.  

     Ao deslocar uma pessoa no tempo e no espaço, muito daquilo que ela acredita como verdade se desfaz. Acontece até mesmo com a língua (sem as legendas, o filme não é compreensível). Então!? O que se fala não é legítimo? – É o dilema. O debate é antigo e já opinaram personalidades como Aristóteles.  

     A bem da verdade é que a construção “dum ser” dentro “dum corpo” passa também pelo implante de uma língua. É através desta que a comunidade vai ser controlada com as narrativas míticas; o que pode e não pode ser pronunciado. “Desmundo” é só a prova de que como qualquer construção humana, a linguagem se desfaz e muda radicalmente no tempo e no especo.  

Disponível em <http://isaacsabino.blogspot.com.br/2014/10/desmundo-linguagem-consciencia-uma.html> acesso em 21 junho 2015  

 

3 (Modelo_Vestibular) Marque a alternativa INCORRETA:  

 

b) A obra retrata da condição da mulher e índio do Brasil de 1570.  

c) A língua não varia nem em tempo, nem em espaço.  

 

4. Infere-se da análise Desmundo um dilema sobre  

 

  1. A) O Eu     

  2. B) a língua só       

 

 

5. No enredo, NÃO é personagem que exista por vontade do homem 

 

  1. A) O cavalo   

  2. B) a mulher    

 

6.1 (ENEM 2012) 

Minha vida é andar  

Por esse país 

Pra ver se um dia  

Descaso feliz 

Guardando as recordações 

Das terras onde passei 

Andando pelos sertões 

E dos amigos que lá deixei 

 

Gonzada, L.; A vida  de viajante 

 

A letra dessa canção reflete elementos identitário que representam a 

 

  1. Valorização das características naturais do Sertão nordestino. 

  1. Denúncia da precariedade social provocada pela seca. 

  1. Experiência de deslocamento vivenciada pelo migrante. 


 

               
    
   


BIBLIOGRAFIA

Assmann, Selvino José. Filosofia e Ética/Selvino José Assmann. – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC; {CAPES: UAB, 2009. 166p.:Il.

Silva, José Maria da. Apresentação de trabalhos acadêmicos: normas e técnicas/José  Maria da Silva , Emerson Sena da Silveira. 5. Ed. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2009


Silva, Golias Sociologia organizacional / Golias Silva. – Florianópolis : Departamento de Ciên­cias da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2010. 152p. : il.




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