A
ideia é algo tão abstrato que é difícil fazer alguém crer que ela existe e acontece
no mundo real, é nomeada, conceituada e responsável por moldar homens. O
cristianismo é uma ideia. Já a ideia ideal ou material, segundo os alemães Hegel
e Marx, é o que cria o Estado e a religião. Mostrar a ideia acontecendo na
realidade se tornou bem mais complexo porque o homem atual é um São Tomé, um
“tomeniano” que só acredita naquilo que ele pode ver e tocar.
O homem contemporâneo, em sua grande maioria, quer ser o “homem prático”
e quer fazer crer que a ideia não existe acontecendo. Muito provável, isso
acontece, porque ao seu redor têm coisas concretas: casas, dinheiro. Talvez
essa é a primeira dificuldade em fazê-lo enxergar para além do véu da realidade:
seu “eu” nega abstrações como o comunismo marxista ou o fascismo acontecendo, por
exemplo. Pode ser porque ele não os toca ou não os vê na totalidade, na verdade,
nem nas partes. É estranho tendo em vista que ao mesmo tempo ele proclama
acreditar no cristianismo, que também é uma ideia, contudo, num olhar atento de
sua defesa, é perceptível incoerência.
Outra negação de ideia incoerente
e paradoxal é a de negar que existam pautas que ficam a esquerda, a direita ou
no centro. De novo, por não haver palpabilidade, há o “negacionismo”. A “incoerência
paradoxal” fica por conta do indivíduo acabar defendendo uma ideia: a de que
não há essas ideias. O que o acaba colocando num novo campo de abstração.
Para a religião judaico-cristã, uma
divindade criou tudo, o homem, a mulher e os animais, e a partir da expulsão desses
do paraíso, fez surgir o Estado. Já George W. Hegel (1770-1831) em
“Fenomenologia do Espírito” apresenta uma “consciência”, um “eu”, um “espírito”
que se constrói historicamente num constante vir-a-ser de conflitos entre o
universal e o individual, num debate que acontece seguindo uma lógica de tese,
antítese e síntese. É fácil de entender: aquilo que você acredita ser você é só
uma ”consciência”, um “eu”, um “espírito” construído pelo conflito de um
universal e um individual histórico de momento e por isso você será diferente
dos homens de outras épocas, contudo, numa revolta particular sua pode provocar
uma alteração no universal o que irá provocar uma nova síntese. Essa
consciência universal sintética pode ser o Estado.
Para Karl Marx, a existência
organizada dos indivíduos não surge a partir de uma divindade e nem de uma
consciência que se move a partir da oposição entre o individual e o universal,
para o autor, as relações materiais de produção e de sua distribuição entre os
homens é quem vai moldar o “ser”. Se em Hegel o “ser” é uma entidade que se
contrapõe, em Marx, essa dialética que cria o homem é material numa luta
histórica entre “opressores e oprimidos [...] em luta aberta ou camuflada...”
(MARX, 1986, P.19).
O debate no campo do abstrato que
controla os homens, que é a ideia, atinge seu auge com a figura do Estado e sua
célula primeira que é a família. Se no cristianismo, a sagrada família é algo
da divindade, em Hegel, a família é o amadurecimento da razão do espírito. “O
Estado é a realidade em ato da ideia moral objetiva, o espírito como vontade
substancial revelada [...]” (HEGEL, 2009 § 257: 216). Nesse sentido o Estado
é uma síntese dos contraditórios. Para Marx, o Estado é uma instituição a
serviço da burguesia, para manter, validar e proteger seus interesses tendo a
família como uma das engrenagens do sistema.
Embora o
cristianismo ainda tenha força na formação do Estado ocidental, é o materialismo
histórico de Karl Marx quem mais está acontecendo na realidade atual porque até
mesmo o homem cristão tem aceitado as modificações no seu “ser”, no seu “eu”
por conta das relações mercadológicas de troca. A prova da fragilidade das instituições
que se mostravam sagradas é que elas têm sido questionadas com muita força na
contemporaneidade.
E, dizer que essas coisas
acontecem se tornou bem mais complexo porque o homem atual é um “tomeniano” que
só acredita naquilo que ele pode ver e tocar. Acaba por ser, realmente, uma consciência
materialista confirmando tudo o que diz o pensador alemão.
Nisso, ideias como o cristianismo ainda
são defendidas. A “consciência universal e individual do espírito” de Hegel até
se parece com isso, porém vai pender mais para a esquerda sendo o primeiro
passo para que Marx consiga mostrar a fragilidade do “ser” e a artificialidade
do Estado e da família. Resta saber, se depois que o homem teve desmascarado
que “todo poder nasce de Deus” e, portanto, não há sacralidade nem no Estado e
nem na família, o “eu incoerente” que nega outras ideias de Marx, como
comunismo acontecendo, pelo menos em partes, por exemplo, vai continuar dizendo
que “esse negócio não existe”.
REFERÊNCIAS
ENGELS, F. A Ideologia Alemã. Tradução: Rubens
Enderle, Nélio Schneider e Luciano Cavini Martorano, 1ª ed. São Paulo: Editora:
Boitempo, 2007.·.
HEGEL, G. W. F. Fenomenologia
do Espírito. Coleção Os Pensadores, 1ª ed. Editora: Abril Cultural, 1974.
Lakatos,
Eva Maria. Fundamentos de metodologia
científica 1 Marina de Andrade Marconi, Eva
Maria Lakatos. - 5.
ed. - São Paulo : Atlas 2003.
Cap 25 - A religião - Pág 279 a 292
1º5. Por que a religião se dirige às emoções?
(A) Porque a religião é crença, é saber. Ela se baseia na ciência, ou seja, na pesquisa.
(B)Porque a religião é crença, não é saber. Ela se baseia num Deus, ou seja, na fé.
2.4.2.1º Descritor 01 – (Localizar informações explícitas em um texto) Infere-se do texto:
(A)Para a religião judaico-cristã, uma divindade criou tudo, o homem, a mulher e os animais, e a partir da expulsão desses do paraíso, fez surgir o Estado.
(B)Para o marxismo, uma divindade criou tudo, o homem, a mulher e os animais, e a partir da expulsão desses do paraíso, fez surgir o Estado.
ELABORAR DUAS QUESTÕES NOS COMENTÁRIOS DO VÍDEO ACIMA OU CLIQUE NO LINK https://www.youtube.com/watch?v=h9-a9CdVVls
3 6. Qual é a função dos ritos?
(A) Os ritos são criados para garantir a ligação entre humanos e divindade.
(B) Os ritos não são criados para garantir que tanto a ligação entre humanos e divindade.
4 7. O que é um objeto tabu?
(A)não São seres ou objetos simbólicos usados nos ritos, pois, ao serem retirados de seu lugar costumeiro, não assumem um sentido novo para toda a comunidade – protetor, perseguidor, benfeitor, ameaçador
(B)São seres ou objetos simbólicos usados nos ritos, que, ao serem retirados de seu lugar costumeiro, assumem um sentido novo para toda a comunidade – protetor, perseguidor, benfeitor, ameaçador
5 9. Como as religiões explicam a morte?
(A) Na maioria das religiões o mistério da morte é explicado como consequência de alguma falta ou ofensa cometida contra algum deus.
(B) O debate no campo do concreto que controla os homens, que é o pragmatismo, não atinge seu auge com a figura do Estado e sua célula primeira que é a família.
Gabarito no link abaixo
2.4.2.1º Descritor 01 – (Localizar informações explícitas em um texto) Infere-se do texto:
(A) O debate no campo do abstrato que controla os homens, que é a ideia, atinge seu auge com a figura do Estado e sua célula primeira que é a família.
(B) O debate no campo do concreto que controla os homens, que é o pragmatismo, não atinge seu auge com a figura do Estado e sua célula primeira que é a família.
2º Por que a consciência do tempo nos leva à consciência da morte? Qual é o papel dessa consciência no surgimento da religiosidade?
(A) A consciência do tempo como uma presença (o presente) situada entre duas ausências (o passado e o futuro) e a consciência de nossa identidade e da identidade dos outros não nos leva a conceber a permanência dessa identidade num tempo futuro, num outro lugar ou num outro mundo, por isso não há nada pós morte.
(B) A consciência do tempo como uma presença (o presente) situada entre duas ausências (o passado e o futuro) e a consciência de nossa identidade e da identidade dos outros nos leva a conceber a permanência dessa identidade num tempo futuro, num outro lugar ou num outro mundo, para onde vamos após a morte.
3. 2. O que é a experiência do sagrado? Como ela opera o “encantamento do mundo”?
(A) O sagrado não é a experiência simbólica da diferença entre os seres [...] O sagrado opera o encantamento do mundo ao fazer dele um lugar habitado por forças maravilhosas e poderes admiráveis.
(B) O sagrado é a experiência simbólica da diferença entre os seres [...] O sagrado opera o encantamento do mundo ao fazer dele um lugar habitado por forças maravilhosas e poderes admiráveis.
4. 3. Que significa a palavra religião?
(A) palavra que vem do verbo latino religare, significa ligação entre o natural e o sobrenatural, entre o
profano e o sagrado, entre os humanos e os deuses ou o deus.
(B) palavra que vem do verbo latino religare, significa desligação entre o natural e o sobrenatural, entre o profano e o sagrado, entre os humanos e os deuses ou o deus.
5. 4. O que é a história sagrada?
(A) A história sagrada sacraliza o tempo, tornando-se a maneira como uma sociedade narra para si mesma a origem do Universo, isto é, o começo do mundo e dos humanos como ação criadora dos deuses ou do deus.
(B) A história sagrada sacraliza o tempo, tornando-se a maneira como uma sociedade narra para si mesma a origem do Universo, isto é, o começo do mundo e dos humanos como ação criadora de si mesmos.
Gabarito no link abaixo
1) Porque em sua grande maioria os homem contemporâneo quer ser o "homem prático"?
ResponderExcluirR:isso acontece porque ao seu redor têm coisas concretas:casa,dinheiro.
2) Para Karl Marx como surgiram os indivíduos?
R:para o autor, as relações nateriais de produção e de sua distribuição entre os homens é quem vai moldar o "Ser"
Giovana Castro da Silva 3°B matutino
ExcluirMakele Sardinha Simão, 3°ano C matutino
Excluiro materialismo histórico de Karl Marx quem mais está acontecendo na realidade atual porque até mesmo o homem cristão tem aceitado as modificações no seu “ser”?
ExcluirPara a religião judaico-cristã, uma divindade criou tudo, o homem, a mulher e os animais, e a partir da expulsão desses do paraíso?
Lucas Kawan Carvalho Viana
3° Série " c "
Matutino
1°R=no seu “eu” por conta das relações mercadológicas de troca.
Excluir2°R=fez surgir o Estado. Já George W. Hegel (1770-1831) em “Fenomenologia do Espírito” apresenta uma “consciência”, um “eu”, um “espírito” que se constrói historicamente num constante vir-a-ser de conflitos entre o universal e o individual, num debate que acontece seguindo uma lógica de tese, antítese e síntese.
Lucas Kawan Carvalho viana
Excluir3° série " c "
Matutino
•SEGUNDO OS ALEMÃES HEGEL E MARX,A IDÉIA IDEAL OU MATERIAL ERA?
ResponderExcluirÉ a que cria o estado e a religião.
•PARA KARL MARX O QUE É ESTADO?
É uma instituição àserviço da burguesia, para manter, validar e proteger seus interesses tendo a família como uma das engrenagem do sistema.
NOME: Ana Luiza Araújo Lopes
SÉRIE: 3°ano "B"
TURNO: Matutino
Makele Sardinha Simão, 3°C matutino
ExcluirMakele Sardinha Simão, 3°C matutino
Excluir01. O quê é a ideia?
ResponderExcluirAlgo abstrato que é difícil fazer alguém crer que ela existe e acontece no mundo real,é conceituado,responsável e nomeada por moldar homens.
02. O quê a religião judaico cristã acredita?
Que uma dinvidade criou tudo ,o homem,a mulher e os animais.
Ana Carolina Costa Viana 3ano B Matutino
1) Porque mostrar a ideia acontecendo na realidade se tornou bem mais complexo?
ResponderExcluirR:Porque o homem atual é um São Tomé, um "tomeninano" que só acredita naquilo que ele pode ver e tocar.
2) Para Marx oque é o Estado?
R:O Estado é uma instituição a serviço da burguesia, para manter, validar e proteger seus interesses tendo a família como uma das engrenagens do sistema.
Maria Vitória Silva Lopes
3°ano "C"
Matutino
o Cristianismo é a maior religião do mundo, sendo predominante na Europa, América e Oceania. A religião se iniciou através dos ensinamentos de Jesus de Nazaré, considerado o salvador da humanidade. O cristianismo é uma religião abraâmica, da mesma forma que o Islamismo e o Judaísmo.
ResponderExcluirOs seguidores de Jesus são chamados de “cristãos”; tal denominação foi utilizada pela primeira vez em Antioquia, uma colônia militar grega. O livro sagrado dos cristãos é a Bíblia Sagrada, composta pelo Antigo e pelo Novo Testamento. A primeira parte conta a história da criação do mundo, das leis, tradições judaicas, etc. Já o Novo Testamento conta a vida de Jesus, como os cristãos primitivos viviam
TALINE SILVA LIMA 1° ANO "A"VESPERTINO
01.Para Karl Marx, a existência organizada dos indivíduos não surge a partir de uma divindade ?
ResponderExcluirÉ nem de uma consciência que se move a partir da oposição entre o individual e o universal, para o autor, as relações materiais de produção e de sua distribuição entre os homens é quem vai moldar o “ser”.
02.A prova da fragilidade das instituições que se mostravam sagradas é ?Que elas têm sido questionadas com muita força na contemporaneidade.E, dizer que essas coisas acontecem se tornou bem mais complexo porque o homem atual é um “tomeniano” que só acredita naquilo que ele pode ver e tocar.
Maria Júlia Linhares Silva
3 ano C
Matutino
01) Para o autor Karl Marx, como surge a existência organizada dos indivíduos?
ResponderExcluirPara ele, as relações materiais de produção e de sua distribuição entre os homens é que vai moldar o "ser".
02) O debate no campo do abstrato que controla os homens, que é a ideia, atinge seu auge com o quê?
Com a figura do Estado e sua célula primeira que é a família.
Nome: Danilo Viana Sousa
Série: 3° Série A
Turno: Matutino
1) O que George W. Hegel apresenta ?
ResponderExcluirapresenta uma “consciência”, um “eu”, um “espírito” que se constrói historicamente num constante vir-a-ser de conflitos entre o universal e o individual, num debate que acontece seguindo uma lógica de tese, antítese e síntese.
2) segundo o texto o homem atual é o que ?
É um São Tomé, um “tomeniano” que só acredita naquilo que ele pode ver e tocar.
Yasmin Pereira silva
3 Ano C matutino
1.Para Karl Marx,como surge a existência organizada dos indivíduos? surge a partir da oposição entre o individual e o universal 2.Em Hegel,qual o significado da família? A família é o amadurecimento da razão do espírito. Leilson Vieira da Conceição Santos 3 ano "A" Matutino
ResponderExcluirLetícia Lima de Sousa
ResponderExcluir3 ANO C
Matutino
1. Por Quê o Homem Prático nega abstrações?
Porquê é algo que ele não vê e não pode tocar!
2. Quais são as definições de Hegel e Marx sobre o ESTADO?
Para Hegel o "Estado" é a realidade em ato da ideia moral objetiva, o espírito como vontade substancial revelado.
Para Marx é uma instituição a serviço da burguesia, para manter, validar e proteger seus interesses tendo a família como uma das engrenagens do sistema.
1) "O Estado é a realidade em ato da ideia moral objetiva,o espírito como vontade substancial revelada[...]"(HEGEL,2009 /257:216).Nesse sentindo o Estado é uma síntese dos contraditórios ?R-Para Marx, o Estado é uma instituição a serviço da burguesia,para manter,validar e proteger seus interesses tendo a família como uma das engrenagens do sistema.
ResponderExcluir2)Qual significado da palavra ideia encontrada no texto?
R-É algo tão abstrato que é difícil fazer alguém crer que ela existe e acontece no mundo mundo real,é nomeada, conceituada e responsável por moldar homens.
Valéria Tiago Lima
Excluir3°ano "A"
Vespertino 👆
1. Qual a razão das ideias de Marx serem as mais aceitas na atualidade?
ResponderExcluirSomos capitalistas, e "tomeniano" acreditamos no que vimos e tocamos.
2. Como as ideias marxistas estão derrubando as ideias de Hegel?
Até os que se dizem seguidores de Hegel estão se entregando ao comunismo, defendido por Karl Marx.
1°)Para Karl Marx como surge a existência organizada dos indivíduos?
ResponderExcluirpara o autor, as relações materiais de produção e de sua distribuição entre os homens é quem vai moldar o “ser”. Se em Hegel o “ser” é uma entidade que se contrapõe, em Marx, essa dialética que cria o homem é material numa luta histórica entre “opressores e oprimidos"
2°)Para a religião judaico-cristã quem criou tudo? como isso fez surgir o estado?
uma divindade criou tudo, o homem, a mulher e os animais, e a partir da expulsão desses do paraíso, fez surgir o Estado.
Ana Clara Almeida Sousa
3° ano "C" Matutino
O que foi criado para a religião judaico-cristã?
ResponderExcluiruma divindade criou tudo, o homem, a mulher e os animais, e a partir da expulsão desses do paraíso, fez surgir o Estado. Já George W
O homem contemporâneo, quer ser o que?
Em sua grande maioria, quer ser o “homem prático” e quer fazer crer que a ideia não existe acontecendo.
Tainara Caldas da Silva.
3°ano B, Matutino
ResponderExcluir1-Como o homem contemporâneo quer ser visto?
quer ser o “homem prático” e quer fazer
crer que a ideia não existe acontecendo.
2- para a religião judaico cristã quem criou tudo?
uma divindade criou tudo, o homem, a mulher e os animais.
Letícia Dos Santos Vale 3 ano C Matutino
1° De acordo com o texto, o que o homem contemporâneo quer ser?
ResponderExcluirR= Em sua grande maioria, ele quer ser o "homem prático" e quer fazer crer que a ideia não existe acontecendo.
2° Qual é a outra negação de ideia incoerente e paradoxal?
R= É a de negar que existam pautas que ficam a esquerda, a direita ou no centro.
Geovana Silva da Conceição Sousa; 3° ano C, matutino.
1-qual a explicação da religião judaico cristão para a criação?
ResponderExcluir2-sobre a existência dos indivíduos,o que diz Karl Marx?