O presente resumo versa sobre o capítulo “o Homem e a Cultura” do livro “O Desenvolvimento do Psiquismo” de Alexis Leontiev. Para tanto é usada a técnica da leitura imanente. Nisso, o primeiro passo, depois de uma leitura superficial foi contar cada parágrafo. Os primeiros oito parágrafos trazem um histórico da evolução humana com base na leitura de “A Origem das Espécies” de Darwim. Em seguida, é trabalhado o homem como ser formado para o trabalho – são três parágrafos bem extensos. Só em “A hominização” é que o autor começa a tratar do homem como ser social construtor de sua própria história através do trabalho. A partir desse momento, em parágrafos maiores, o autor começa a enumerar a evolução do ser humano já em sociedade – são dez parágrafos ao todo que se conectam ao mesmo tema. Ao enumerar o 3 é que o autor começa a falar da cultura como um instrumento de aquisição histórica. O 4 vem fazendo um contraponto ao dito anterior porque traz a artificialidade das coisas e que elas pouco servem caso fosse começado tudo de novo, agora só com crianças, mas com os obejtos permanecendo. A parte 5 mostra que diferente dos animais, o homem é diferente entre si a depender do lugar onde nasce ou de diversos outros fatores como a concentração de riquezas que provocarão as ideologias de manutenção do sistema. Os parágrafos do 6 podem ser considerados uma conclusão do capítulo e aborda de forma crítica a tentativa do próprio em querer avançar a espécie através da eugenia.
O texto é uma
resposta a diversas perguntas como O homem evolui de forma gradual no meio
animal? Ou esssa ideia serve ao racismo? Não seria o homem um ser de natureza
social? O que é a hominização proposta por Engels? A paleantrologia tem a
resposta da evolução humana? Depois de avoluir a cultura, o homem ainda evolui
de forma hereditária? A principal diferença do homem para os outros animais é o
trabalho? O homem é cresce a partir de sua hereditariedade ou a partir das
riquezas acumuladas ao longo dos séculos? Qual a diferença entre o socialismo
científico e a teoria da evolução? A ciência pode explicar a hominização do
cérebro? É necessária a existência de outro homem para que outrem evolua?
Então, segundo o autor, qual a única fonte original verdadeira do
desenvolvimento do homem? A divisão social, através da luta de classes, é o
motor das mudanças sociais? A ciência pode ser usada para confirmar ideologias?
Há uma tentativa de explicar o homem do futuro?
A sequência lógica do texto de
Leontiev é marcada por elementos coesivos sequenciais de continuidade futura do
texto e, às vezes ocorre de novo parágrafo negar parte de outro, acontece com
advérbios sequenciais como “depois” e negativos como “não”. Isso ocorre no
segundo parágrafo e no terceiro. No quarto parágrafo já é possível perceber a
tese que será desenvolvida no texto que é a de que teorias “pseudobiológicas”
promoveram o racismo. Para tanto o autor foca em Darwim usando Engels para
refutá-lo, sendo que o primeiro insiste numa evolução natural e o segundo num
processo sócio-histórico. Na quinta página há um parágrafo extenso mostrando
essa evolução marcada pelo trabalho e marcado por advérbios afirmativos como
“assim” ou elementos catafóricos para continuar a tese do desenvolvimento
sócio-histórico do homem como algo “ilimitado”. Ocorre com o uso do pronome
“Isto”.
Com um advérbio negativo “não”
seguido de um verbo “queremos” é dada margem de aceitação para parte da tese
darwiana acerca da hereditariedade, mas só até o ponto da “hominização”, porque
daí em diante o que é defendido com mais ênfase é o homem se construindo.
Em meados do capítulo, com uma
conjunção advesativa “mas”, no segundo parágrafo da página é inserida uma série
de perguntas que servem para continuidade do texto ao serem respondidas mais a
frente com elementos coesivos catafóricos e verbos pretéritos para narrar certa
histórias de tribos no intuito de confirma que o ser humano retirado de um
ambiente e colocado em outro, perde parte da hereditariedade e incute em si a
cultura do novo povo. Vários parágrafos são sempre iniciados com pronomes
demonstrativos e verbos em primeira pessoa como “podemos”, “vimos”, “devemos”,
“esclarecemos”.
Já concluindo o capítulo o que se
percebe é uma sequência de conceitos atribuídos a determinadas palavras.
Acontece muito com o termo “instrumento”. Depois, temos elementos catafóricos e
verbos iniciando os últimos parágrafos. Bem no fim, as conclusões são marcadas
por substantivos iniciandos acontece diversas vezes com “A divisão ‘social do
Trabalho’”; “A concentração de riquezas”; “o processo de alienação”; “o
verdadeiro problema”.
Fazendo um resumo de cada
parágrafo de forma a forma um pequeno texto, em um único parágrafo, que remeta
as vinte e sete páginas, tem-se: que de longa data o homem é diferente dos
outros animais e várias áreas como a pateonlogia, a embriologia e a
antropologia tentaram provar teses sobre essas diferenças sempre se afastando
da questão religiosa e se aproximando da ciência. Destaque para Darwin e Engels
que se contrapõem em um ser que se desenvolve naturalmente e outro que acredita
no ser que é histórico social. Esse segundo é a tese defendida por Leontiev que
avança colocando como peça central para esse desenvolvimento “o trabalho” que
culminará com a “cultura” afastando de certa forma, até mesmo – a
hereditariedade. Alguns passos são dados nesse processo – o primeiro é a
“hominização” que é substituídade pelo processo de continuidade das realizações
de uma geração anterior por outra vindoura e que se houvesse uma catástrofe,
sem a geração anterior para explicar os objetos existentes, eles de nada
valeriam para as novas crianças. É a imensidão de riquezas existentes colocadas
diante do indivíduo, mas que precisa ser explicada. Há uma escolha por Marx
para explicar o instrumento cultural que confirma uma ideia pré-existente e
construídas por uma elite para manter as coisas como elas devem ser segundo
esse grupo.
REFERÊNCIAS
Leontiev, Alexis, 1904-1979 O desenvolvimento do
psiquismo / Alexis Leontiev ; [tradutor Rubens Eduardo Frias],-- 2. ed. -- São
Paulo : Centauro, 2004.
Lessa, Sérgio. O revolucionário e o estudo : por que
não estudamos? / Sérgio Lessa.– São Paulo : Instituto Lukács, 2014. 120 p.
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