quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Questões do ENEM. ENEM 2014. Ideias contrárias




TEXTO I

Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por filtrarem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma-se em pedras.

BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).

TEXTO II

Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas as coisas, está no princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha.”

GILSON, E.: BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São

Paulo: Vozes, 1991 (adaptado).

 

1. 4. 3.42 (ENEM E2012/ c/adaptações) Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo. Diferente de Basílio Magno, Anaxímenes faz parte dos Pré-Socráticos. Assinale abaixo o principal traço desses filósofos.

a) A cosmologia pré-socrática não é uma explicação racional e sistemática da origem das coisas.

b) A cosmologia pré-socrática é uma explicação racional e sistemática da origem das coisas.



TEXTO I

Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo. Vencido palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.

CUNHA, E. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987.

TEXTO II

Na trincheira, no centro do reduto, permaneciam quatro fanáticos sobreviventes do extermínio. Era um velho, coxo por ferimento e usando uniforme da Guarda Católica, um rapaz de 16 a 18 anos, um preto magro, e um caboclo. Ao serem intimados para deporem as armas, investiram com enorme fúria. Assim estava terminada e de maneira tão trágica a sanguinosa guerra, que o banditismo e o fanatismo traziam acesa por longos meses, naquele recanto do território nacional.

SOARES, H. M. A Guerra de Canudos. Rio de Janeiro: Altina, 1902

1. 05 15 (ENEM 2015) Os relatos do último ato da Guerra de Canudos fazem uso de representações que se perpetuariam na memória Construída sobre o conflito. Nesse sentido, cada autor caracterizou a atitude dos sertanejos, respectivamente, como fruto da

A manipulação e incompetência.

B bravura e loucura.

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Psicologia da um vencido

Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilânica,
Sofro, desde a epigênesis da infância
A influência má dos signos do zodíaco

Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme - esta operário das ruínas –
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra.

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos.
Na frialdade inorgânica da terra!
Augusto dos Anjos

113 A poesia de Augusto dos Anjos revela aspectos de uma literatura de transição designada como pré-modernista. Com relação à poética e à abordagem temática presentes no soneto, identificam-se marcas dessa literatura de transição, como
(A) a forma do soneto, os versos metrificados, a presença de rimas e o vocabulário requintado, do ceticismo, que antecipam conceitos estáticos vigentes no Modernismo.

(B) a manutenção de elementos formais vinculados à estética do Parnasianismo e do Simbolismo, dimensionada pela inovação na expressividade poética e o desconcerto existencial.


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