domingo, 20 de outubro de 2024

6º Plan 2º pt Crônica Coesão/Raiz/Pronomes/

Como base, use as páginas do livro de William Cereja 145 a 157




O jovem casal
Estavam esperando o bonde e fazia muito calor. Veio um bonde, mas tão cheio, com
tanta gente pendurada nos estribos que ela apenas deu um passo à frente, ele esboçou
com o braço o gesto de quem vai pegar um balaústre — e desistiram.
Um homem da carrocinha de pão obrigou-os a recuar para perto do meio-fio; depois
o negrinho da lavanderia passou com a bicicleta tão junto que um vestido esvoaçante
bateu na cara do rapaz.
Ela se queixou de dor de cabeça; ele sentia uma dor de dente enjoada e insistente
– preferiu não dizer nada. Ano e meio casados, tanta aventura sonhada, e estavam tão
mal naquele quarto de pensão do Catete, muito barulhento: “Lutaremos contra tudo” —
havia dito — e ele pensou com amargor que estavam lutando apenas contra as baratas,
as horríveis baratas do velho sobradão. Ela com um gesto de susto e nojo se encolhia a
um canto ou saía para o corredor — ele, com repugnância, ia matar a barata; depois, com
mais desgosto ainda, jogá-la fora.
E havia as pulgas; havia a falta d'água, e quando havia água, a fila dos hóspedes no
corredor, diante da porta do chuveiro. Havia as instalações que cheiravam mal, o papel
da parede amarelado e feio. As duas velhas gordas, pintadas, da mesinha ao lado, lhe tiravam
o apetite para a mesquinha comida da pensão. Toda a tristeza, toda a mediocridade,
toda a feiura duma vida estreita, onde o mau gosto pretensioso da classe média se juntava
à minuciosa ganância comercial — um simples ovo era “extraordinário”. Quando eles
pediam dois ovos, a dona da pensão olhava com raiva; estavam atrasados no pagamento.
Passou um ônibus, parou logo adiante, abriu com ruído a porta, num grande suspiro
de ar comprimido, e ela nem sequer olhou o ônibus, era
tão mais caro. Ele teve um ímpeto, segurou-a pelo braço
disposto a fazer uma pequena loucura financeira —
“Vamos pegar o ônibus!” — Mas o monstro se fechara
e partira, jogando-lhes na cara um jato de fumaça.
Ele então chegou mais para perto dela — lá vinha outro
bonde, mas aquele não servia — enlaçou-a pela cintura,
depois ficou segurando seu ombro com um gesto
de ternura protetora, disse-lhe vagas meiguices, ela apenas
ficou quieta. “Está doendo muito a cabeça?” Ela disse
que não. “Seu cabelo está mais bonito, meio queimado
de sol.” Ela sorriu levemente, mas de repente: “Ih, me esqueci
da receita do médico”, pediu-lhe a chave do quarto,
ele disse que iria apanhar para ela, ela disse que não, ela

iria; quando voltou foi exatamente o tempo de perder um bonde quase vazio;
os dois ficaram ali, desanimados.
Então um grande carro conversível se deteve um instante perto deles,
diante do sinal fechado. Lá dentro havia um casal, um sujeito de ar importante
na direção e sua mulherzinha meio gorducha, muito clara. A mulherzinha
deu um rápido olhar ao rapaz e olhou com mais vagar a moça,
correndo os olhos da cabeça até os sapatos, enquanto o homem dizia alguma
coisa de um anel. No momento do carro partir com um arranco macio
ouviram que a mulher dizia: “se ele deixar por quinze, eu fico.”
Quinze contos — isto entrou pelos ouvidos do rapaz, parece que foi bater,
como um soco, em seu estômago mal alimentado — quinze contos,
meses e meses, anos de pensão! Então olhou sua mulher e achou-a tão
linda e triste com sua blusinha branca, tão frágil, tão jovem e tão querida,
que sentiu os olhos arderem de vontade de chorar. Disse: “Viu aquela vaca
dizendo que vai comprar um anel de quinze contos?”
Vinha o bonde.
(In: Davi Arrigucci Jr., org. Os melhores contos de Rubem Braga. 3. ed. São Paulo: Global, 1985. p. 41-2.)



1ª - A crônica retrata um momento da vida de um jovem casal que vive no Catete, bairro do Rio de Janeiro. Qual é o ponto de vista adotado pelo narrador para contar a história:

(A) A 3ª pessoa, conforme indica o emprego de verbos e pronomes em 3ª pessoa: estavam, veio, ele, ela, etc.
(B) A 1ª pessoa, conforme indica o emprego de verbos e pronomes em 3ª pessoa: estou, vim, eu, tu, etc.


2ª Observe as seguintes palavras e expressões empregadas no 4º parágrafo: “cheiravam mal”, “papel de parede amarelado e feio”, “duas velhas gordas, pintadas”, “mesquinha comida da pensão”, “tristeza”, “mediocridade”, “feiura”, “vida estreita”, “mau gosto”, “ganância comercial”, “raiva”. Esse conjunto de palavras e expressões cria um campo semântico (rede
de significados) que traduz o modo como as personagens viam ou sentiam
o espaço em que viviam. Esse campo semântico é positivo ou negativo?


A) É um campo semântico positivo.

B) É um campo semântico negativo.



3ª Na crônica, o que se fica sabendo sobre o casal?

A) Que são ricos, não têm dificuldades econômicas, vivem em uma pensão e são casados há um ano e meio

B) Que são pobres, têm dificuldades econômicas, vivem em uma pensão e são casados há um ano e meio

4ª Como você sabe, a crônica é um texto curto, que apresenta alguns elementos narrativos reduzidos ou condensados. Na crônica lida: Quantas personagens há?

(A) Duas personagens centrais e algumas outras secundárias.

(B) Quatro personagens centrais e algumas outras secundárias.


5ª Em quanto tempo transcorrem as ações?


A) Em alguns minutos; talvez de 10 a 15 minutos.

B) Em alguns minutos; talvez de 5 a 10 minutos.






1º De acordo com o livro didático o que quer dizer "Crônica: experiências do homem comum"

(A) Na crônica, estamos diante de experiências do homem comum, expressas em linguagem ordinária [...]. Em suma, a crônica não se enquadra na divisão clássica dos gêneros – épica, drama (subdividido em tragédia e comédia) e lírica.

(B) Na crônica, estamos diante de experiências do homem comum, expressas em linguagem ordinária [...]. Em suma, a crônica precisa se enquadrar na divisão clássica dos gêneros – épica, drama (subdividido em tragédia e comédia) e lírica.

O dia das perguntas bestas

     Estava cansado daquela sala de aula. Não aprendia nada porque todos conversavam muito. Eu tinha vindo de uma escola particular boa. Já fazia dias que por uma dificuldade financeira - acabei aqui. Os alunos eram muito bagunceiros. Mas, naquele dia havia algo novo no ar. Eles estavam silenciosos.
     Há um diferencial desta escola para a outra. Na outra, eram comum perguntas que faziam os professores se rebolarem para respondê-las. O professor retorcia o rosto e os colegas arregalavam os olhos. A etenção era total. Todos sabiam que uma explicação seria o diferencial na prova e na vida.
     Aqui é horrível. Só que naquele dia todos estavam atentos. Para completar este dia maravilhoso só faltava as velhas perguntas da outra escola.
     Foi então que o silêncio foi interrompido.
     -Professor, professor...?
     Era o Paulo - o baixinho. Um pouco inteligente. Muito atentado, mas um pouco inteligente. Pensei: “finalmente o silêncio seria rompido por uma pergunta que ao ser repondida melhoria nossas vidas”.
     -Professor, professor...? continuou o Paulo.
     O professor olhou e o menino perguntou:
     -Professor, professor: posso ir ao banheiro?
     O menino saiu. O silêncio continuou. O professor começou a escrever o assunto no quadro. O silêncio foi rompido de novo.
     -Professor, professor...?
     De costas o mestre copiava.
     -Professor, professor...?
     Era a Andreia, a menina era a mais preguiçosa, mas parecia querer saber algo.
     -Professor, professor...?
    Ele olhou e a menina perguntou:
     ...É pra copiar?
     O professor ficou com cara de poucos amigos e pediu para que todos fizessem o exercício da página seguinte.
     -Professor, professor...?
     Dessa vez a Joyce. Estava muito agressiva. Agora sim, da Joyce sairia algo que valesse o dia.
    -Professor, professor...? quantas linhas é pra saltar?
     O sinal toca. Era o fim de mais um dia de sofrimento. Todos correm feitos loucos. Na saída da escola eu encontrei um senhor que juntava latinhas. Estava sujo, talvez nunca tivesse  cortado o cabelo nem tirado a barba.
     -Menino...falou o homem.
     -Eu estudei aí. Gostava muito das conversas na aula; não dava muita atenção aos professores. Eu estou vivo.
Disponível em <http://isaacsabino.blogspot.com.br/2014/09/o-dia-das-perguntas-bestas.html> acesso em 14 de setembro 2014

2.     (Modelo_Vestibular PAES 2014) Analise as informações:
1)    O narrador está cansado na nova escola.
2)    Os alunos daquela escola eram muito eufóricos.
3)    As perguntas da nova escola eram interessantes para o estudo.
4)    Na outra escola as perguntas eram inteligentes.

Estão em consonância com o Texto as informações:
A) 2, 3 e 4, apenas.
           
B) 1, 2 e 4, apenas.
    

3. (INSS adaptada 2012) No texto, por eufóricos entende-se

(a)   Animados  

(b) discretos   



Vexame

     Essa vai ser difícil de contar, mas coragem:
     Era segunda-feira, quatro da tarde, eu estava desde cedo escrevendo e lendo e
cozinhando e não aguentava mais ficar em casa. Tirei uma nota de 50 reais da carteira,
peguei os originais de um romance russo que eu tinha que revisar pra semana
seguinte e fui pro Charm, um boteco inteiramente desprovido de charme na esquina
da Augusta com a Antônio Carlos. O plano era voltar em duas horas no máximo.
     Pedi uma cerveja, a cerveja me animou, parei de trabalhar e mandei mensagens
pra alguns amigos que moram na região. Um deles, também escritor, estava
à toa e chegou rápido. [...]

(http://www1.folha.uol.com.br/colunas/fabriciocorsaletti/2015/11/1711933-vexame.s html)


4. Conclua e marque: A linguagem utilizada em crônicas segue um padrão?

(A)Sim, a linguagem de crônicas pode apresentar um registro menos ou mais informal, dependendo do perfil do cronista, do público em vista e do veículo.

(B) Não, a linguagem de crônicas pode apresentar um registro menos ou mais informal, dependendo do perfil do cronista, do público em vista e do veículo.




5. 08 (Instituto Machado de Assis 2015) Analise os itens a seguir que dizem respeito a CONSTRUÇÃO DO TEXTO:
I – Coesão é a relação semântica que se estabelece entre as diversas partes do texto, criando uma unidade de sentido.
II – Coesão referencial ocorre quando se usam conjunções, locuções conjuntivas, preposições, locuções prepositivas ou pronomes relativos que normalmente conectam orações dentro do texto dando referência à leitura, estabelecendo determinadas relações de sentido e concatenando as ideias dentro dele.
III – Coesão sequencial ocorre quando cada segmento que se sucede no texto acrescenta informações novas aos enunciados anteriores, para evitar repetição de ideias.
IV – Coesão recorrencial ocorre quanDo se usa a reiteração de vocábulos, o paralelismo semântico (repetição de estrutura sintática semelhante) e a paráfrase.

Quantos itens estão corretos?

A) quatro  
       
D) um       


PARA MARCAR AS QUESTÕES, CLIQUE NO LINK ABAIXO





CRÔNICA
     A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano.
     Você já deve ter lido algumas crônicas, pois estão presentes em jornais, revistas e livros. Além do mais, é uma leitura que nos envolve, uma vez que utiliza a primeira pessoa e aproxima o autor de quem lê. Como se estivessem em uma conversa informal, o cronista tende a dialogar sobre fatos até mesmo íntimos com o leitor.
     O texto é curto e de linguagem simples. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial demonstrada na fala das personagens, a exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o que se passa estão presentes nas crônicas.  
























PRINCIPAIS SUFIXOS GREGOS

IA:ciência, técnica.(Geometria, Geologia)
ISMO, ISTA: seita, doutrina. (socialismo)
ISTA: profissão. (dentista, pianista)
ITE: inflamação. (otite, pleurite)
IZ(AR): ação causadora. (realizar)
OSE: doença. (esclerose, turbeculose)
TÉRIO: lugar. (ncrotério, batistério).
PRINCIPAIS SUFIXOS LATINOS
ADA: ação ou resultado de ação. (paulada, facada)
ADA: coleção. (boiada, papelada)
AGEM: coleção. (folhagem, margem)
AL: coleção. (bananal, laranjal)
ANO, ÃO: naturalidade. (americano)
ÁO, ARÃO, ALHÃO: aumentativo (caldeirão, casarão, grandalhão)


4 577 (T.JUST-RJ b) Silicose é um vocábulo que apresenta o sufixo ose indicativo de doença. Em que palavra abaixo esse mesmo sufixo tem valor diferente?
a) trombose                  b) diagnose                     c) tuberculose                                       
d) fastígio                    e) tragicômico

4. 159 (CÂM.MUN.RIO Renato Aquino b2014) Assinale a classe da palavra destacada nas frases a seguir, corretamente classificada:
a) Não há receitas magicas que  respondam...(1.31) – conjunção
b) ...para resolver tais questões.  (1.32) – pronome demonstrativo
c) Há que se alargar os horizontes...(141 – pronome relativo
d) ...como meio de ascensão social (1.43) – numeral fracionário
e) ...do consumo mais elitizado. (1.44) – pronome indefinido



        


CRÔNICA COMO QUESTÃO de 6 a 10. Escreva no verso uma crônica parecida com a do início desta página. Use o ambiente escolar. Não esqueça dos personagens e a situação tem que ser o mais próximo possível do tempo presente.

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

2º PLAN 1ª - Poema Futurista - O Poema - Estudo a partir de Wiliiam Roberto Cereja e análise da QUESTÃO 107 DO ENEM 2014





É domingo: folga. -O dia todo em casa.
Acordo...Ar puro, liberdade.
Televisão, telefone sem fio, computador.
Ah! Liberdade...O mundo bem pertinho.

Não!? O computador não ligou,
O telefone está mudo. Liga televisão, liga! Vai!
Faltou luz, faltou energia, não há eletricidade.
Estou só: há um silêncio.

O computador está em silêncio.
A televisão está em silêncio.
O telefone está em silêncio.
O que fazer? Aonde ir?

Não sei conversar.
Sei digitar, clicar, ligar.

Uma caminhada para passar o tempo, quem sabe?
Ah! A esteira funciona a energia.
Caminhar lá fora é perigoso, tem pessoas.
Pessoas de verdade, de carne: elas desejam mal!

Que falta de ar, de energia, de ar... Estou morrendo.
Ando pra cá, pra lá. Que agonia, estou sufocado.
Estou fraco, morrendo, morren...morr...mo...

A luz acendeu! Há barulho: músicas lá fora.
A televisão liga... O computador liga...A vida continua.



QUESTÕES E ANÁLISE ACERCA DA ESTRUTURA DO POEMA


1. (13.COPES 2014) Os movimentos vanguardistas marcaram época, influenciaram artes de todos os tipos e o homem a partir de então se comportará sempre com uma dessas tendências. A poesia acima, embora amadora, bebe de um dos movimentos. Marque-o:

A)Dadaísmo   

B) Futurismo

2. De acordo com os seus estudos, a partir do Livro Didático, marque o conceito CORRETO do que é poema:

(A) é um gênero textual e também um gênero literário escrito com verso, rima,  estrofe, métrica, ritmo e outros;

(B) é um gênero textual e também um gênero literário escrito de forma prosaica de margem a margem da página.


Cais matutino

Mercado do peixe, mercado da aurora:
Cantigas, apelos, pregões e risadas
À proa dos barcos que chegam de fora.
Cordames e redes dormindo no fundo;
À popa estendidas, as velas molhadas;
Foi noite de chuva nos mares do mundo.
Pureza do largo, pureza da aurora,
Há viscos de sangue no solo da feira.
Se eu tivesse um barco, partiria agora.
O longe que aspiro no vento salgado
Tem gosto de um corpo que cintila e cheira
Para mim sozinho, num mar ignorado.

(In: Ítalo Moriconi, org. Os cem melhores poemas brasileiros do sŽculo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 47.)

3. Rico em imagens e aspectos sensoriais, o poema descreve o amanhecer. Que local é descrito no poema?

(A) Um mercado de peixes, à beira do cais.

(B) Um comercial de produtos alimentícios em geral.

 

Tarefa

 

Morder o fruto amargo e não cuspir

Mas avisar aos outros quanto o amargo

Cumprir o trato injusto e não falhar

Mas avisar aos outros quanto é injusto

Sofrer o esquema falso e não ceder

Mas avisar aos outros quanto é falso

Dizer também que são coisas mutáveis...

E quando em muitos a não pulsar

-do amargo e injusto e falso por mudar-

então confiar à gente exausta o plano

de um mundo novo e muito mais humano.

 

CAMPOS. G. Tarefa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1961.

 

4.     107 (ENEM 2014 Ec2014min) Na organização do poema, os empregos da conjunção “mas” articulam para além de sua função sintática,


(A) a ligação entre verbos semanticamente semelhantes.


(B) a introdução do argumento mais forte de uma sequência.


Vídeo aula com explicações da resolução da questão





PARA MARCAR AS QUESTÕES ACESSE O LINK ABAIXO PARA IR AO GABARITO

2º Plan 3º - O modernismo. Q/114 do ENEM. René. Poema Futurista -Concordância Nominal. Conto Contemporâneo

Unidade-1cap:2- O modernismo.

Páginas: 38 a 48.
















1. 114 (ENEM 2015) O Surrealismo configurou-se como uma das vanguardas artísticas europeias do início do século XX. René Magritte, pintor belga, apresenta elementos dessa vanguarda em suas produções. Um traço do Surrealismo presente nessa pintura é o(a)

A) justaposição de elementos díspares, observada na imAgem do homem no espelho.

B)-crítica ao passadismo, exposta na dupla imagem do homem olhando sempre para frente.




Poema Futurista

É domingo: folga. -O dia todo em casa.

Acordo...Ar puro, liberdade.
Televisão, celular, computador.
Liberdade...O mundo bem pertinho.


NÃO!!! Não... O computador não ligou. O telefone está mudo. Liga TV! liga! Vai!
Faltou luz, faltou energia.
Estou só: há um silêncio.

O computador está em silêncio.
A televisão está em silêncio.
O telefone está em silêncio.
O que fazer? Aonde ir?

Não sei conversar.
Sei digitar, clicar, ligar.

 

Uma caminhada para passar o tempo, quem sabe

Não! Na esteira não dá

 

Caminhar lá fora é perigoso.
Tem gente de verdade lá: elas desejam mal!

Que falta de ar, de energia, de ar... Estou morrendo.
Ando pra cá, pra lá. Que agonia, estou sufocando.
Estou fraco, morrendo, morren...morr...mo...

A luz acende! Há barulho: músicas lá fora.
A televisão liga... O computador liga...A vida continua.

Disponível em <http://isaacsabino.blogspot.com.br/2015/06/poema-futurista.html> acesso em 06 junho 2015



2. (13.COPES 2014) Os movimentos vanguardistas marcaram época, influenciaram artes de todos os tipos e o homem a partir de então se comportará sempre com uma dessas tendências. A poesia acima, embora amadora, bebe de um dos movimentos. Marque-o:

A)Dadaísmo   

B) Futurismo

3º Por meio da leitura dos textos de Mário de Andrade e Oswald de Andrade, você viu que, no Modernismo, diversos procedimentos se contrapõem aos valores estéticos do passado, principalmente parnasianos, entre eles:


(A)

a “escrita automática”, ou a poesia vinda diretamente do inconsciente, sem o crivo da razão; o uso do verso livre; a valorização da linguagem nominal; o fim da discursividade lógica e a fragmentação ou o uso de flashes cinematográficos; 

(B)

a “escrita automática”, ou a poesia vinda diretamente do consciente, com o crivo da razão; o uso do verso ligado a uma métrica; a valorização da linguagem nominal; a discursividade lógica e a fragmentação ou o uso de flashes cinematográficos; 


4º Teve início, na França, na literatura, com a publicação do Manifesto Surrealista, de André Breton, em 1924, e estendeu-se depois para as artes e o cinema. Seus adeptos valorizavam o mundo dos sonhos e do inconsciente, por entender que aí reside a verdadeira arte, livre da razão e da censura. Na literatura, defendiam a escrita automática, técnica que, segundo eles, possibilita exprimir diretamente o inconsciente, sem que os impulsos criadores passem pela razão.


O texto  acima diz respeito ao movimento

(A) Dadaísta

(B) Surrealista


GRAMÁTICA

Concordância Nominal.


1.128 (Renato Aquino pág. 69 A25ª Edição) a frase: “Há flores e frutos no armário novo”, temos quantos substantivos?

a) 3 
                 
b) 2                   


Substantivo são aquelas palavras usadas para nomear os seres de um modo geral...Dentro dessa classe de palavras o que mais causa problemas é manuscrever o plural das terminadas em ÃO. É o caso de:
Tubarão – tubarões
Escrivão – escrivães
Bênção – bênçãos
Formão – formões
Tabelião – tabeliães
Órgãos – órgãos
Grilhão – grilhões
Capelão - capelães
Cidadão – cidadãos
Balão – balões
Capitão – capitães
Cristãos – cristãos
Botão – botões
Alemão – alemães
Pagão – pagãos
Gavião - gaviões
Pão - pães
Irmão - irmãos



2.186 (TALCRIM D2013) o plural de cidadão, palavra presente no texto, é cidadãos; a palavra que apresenta a forma do mesmo tipo é:

a) perdiz   
       
d) corrimão          



3º Concordância nominal é:

(A)  a conformidade das palavras em gênero e número com o núcleo nominal a que se referem.

(B) a conformidade das palavras complementais com seu núcleo verbal a que se referem.


4. 356 (Renato Aquino) Assinale a oração sem sujeito

A) Iremos à feira  
                               
B) Choveu muito


Um conto psicológico e social

Ser ou não ser feliz agora  

     Estou cansado dessa sala de aula. Não aprendo nada e agora que estou no 9º ano. Não sei nem como eu cheguei até aqui. Com a minha idade era para eu está no segundo ano do ensino médio, mas não sei nada nem do segundo das criancinhas (Risos). Que droga! Por que a escola não me serve? Isso tudo é tão complicado. A merenda até que é boa. Esse ar condicionado está gelando. A sensação de jogar o papel no colega é que é muito gostosa. Mas esse professor vive pegando no meu pé. Isso é uma chatice: só esse mês ele já me colocou para fora da sala umas seis vezes. Que droga! E, esse professor que vive falando de igualdade: que balela! Eu não sou igual ao Marcos, não. O Marcos é novo e está na idade certa dessa sala. Não sei como ele consegue enxergar que aquela palavra é substantivo e aquela outra é verbo. Eu só enxergo palavras e não sei nem para que isso servirá na minha vida. O que diabos é análise morfologia e sintática.

        - Todos são iguais! Lá vem a professora com essa história de novo. Balela! O Marcos entende essas coisas de forma tão rápida. Ele deve sofrer para entender essas subordinadas e essas coordenadas. Eu estou é com sono. Ele deve sofrer para entender essas coisas. Ele não deve ser feliz agora. Eu quero ser feliz agora. Eu sou diferente dele e aquela professora dizendo que todos nós somos iguais. Somos, não! O professor disse que quem entender esse assunto terá uma vida mais confortável no futuro, mas eu posso ter essa vida confortável agora: eu posso cochilar nessa carteira agora; empendurar as bolsas do colega no ventilador agora – que sensação boa. O Marcos deve ser infeliz agora. Eu não. Vou aproveitar tudo agora: namorar com essas menininhas todas agora. Essas tarefas são tão cansativas. Eu não quero ficar doido com tudo isso.

     - Doutor Marcos, que “carrão” hein!

     - Doutor Marcos, você pode me dar uma esmolinha. Você pode não se lembrar, mas eu estudei com você no 9º ano. Tempos bons aquele, mas a vida não foi justa comigo. Os políticos me roubaram: naquela época nem merenda tinha – eu vivia com fome. A sociedade é injusta e eu estou aqui. As latinhas que eu juntei hoje ainda não deram nem para comprar um prato de comida. O mundo é injusto. Eu não sou feliz porque o mundo é injusto: uns são ricos e outros, como eu, muito pobres. Eu irei votar naquele político que tomará as coisas dos ricos e as distribua para pessoas como eu – os pobres.

                            Disponível em <http://isaacsabino.blogspot.com/2018/06/um-conto-psicologico-e-social-ser-ou.html> acesso em 14 de junho de 2018

 

1.     (2016) Analise as informações e marque a CORRETA:

 


(A)  O narrador foi feliz sempre.


(B)   O interesse de Marcos resultou no título de doutor.


2º De acordo com sus estudos a partir do livro didático ou uma pesquisa em outros meios, o melhor conceito de Conto Moderno ou Contemporâneo é:


(A)

 O conto moderno ou contemporâneo não segue um modelo estrutural. Há escritores que começam a narrativa, por exemplo, pelo desfecho da história, ou pelo clímax, e depois fazem uma retrospectiva até chegar à situação inicial. Outros preferem não chegar ao clímax, e, nesse caso, a narrativa termina com o protagonista em plena busca por uma solução para o seu problema. Outros, ainda, concluem a narrativa em pleno clímax, deixando a história em aberto e delegando ao leitor o papel de imaginar um final.


(B) 

O conto moderno ou contemporâneo segue um modelo estrutural. Há escritores que começam a narrativa pelo início da história até chegar ao clímax, e depois fazem uma retrospectiva até chegar à situação inicial. Outros preferem chegar logo ao clímax, e, nesse caso, a narrativa termina com o protagonista em plena achando uma solução para o seu problema. Outros, ainda, concluem a narrativa em pleno clímax, deixando a história em fechada e delegando ao leitor o papel da moral da história.


3. 159 (CÂM.MUN.RIO Renato Aquino b2014) Assinale a classe da palavra destacada nas frases a seguir, corretamente classificada:

a) Não há receitas mágicas que  respondam...(1.31) – conjunção

b) ...para resolver tais questões.  (1.32) – pronome demonstrativo


4. Por MORFOLOGIA entende-se:


(A) é o estudo a respeito da estrutura, formação e classificação das palavras;


(B) é o estudo a respeito da estrutura, formação e classificação das orações;


O QUE EU SEI!

QUER SABER? Aqui você encontrará resenhas de livros, resumos, comentários sobre política e COISAS que você não achou em outro lugar.