terça-feira, 8 de agosto de 2023

Um resumo acerca das Racionalidades em Jogos de Racionalidade de Maria Carrilho

 


O presente resumo versa sobre o capítulo “dAs racionalidades” de Maria Carrilho, 1994. Para tanto é usada a técnica da leitura imanente. Nisso, o primeiro passo, depois de uma leitura superficial foi contar cada parágrafo. Os primeiros nove parágrafos estão dentro de uma estrutura de parágrafo maior – no caso o § 8 que consta dentro do capítulo 3. Em seguida, é trabalhado o § 9. 11 e 12. Para iniciar o próximo tópico, o autor reforça o conceito de argumentação que consiste, em geral, na defesa de um enunciado através da sua diversificada relacionação com outros. Para tanto o autor recorre a Aristótles, Toulmin e Perelman. Depois de citar o esforço de Toulmin para libertar a argumentação do espartilho da lógica forma; é citado Perelman com sua autonomização do campo argumentativo, propondo uma cocepção de argumentação que articula as técnicas de persusão e a consideração de auditório. A partir desse momento, em parágrafos maiores, o autor começa a apresentar as contradições dentro da ideia de Perelman e a questão marginal da racionalidade dentro dos argumentos filósoficos. Lá pelo parágrafo 4 o artigo, apresenta, para a racionalidade argumentativa de Apel e Habermas, sendo que o primeiro propôs nos anos 70 transceder o criticismo kantiano com uma transcedência da linguagem. Para Habermas, o homem deve ser solidário no discurso buscando o consenso. No 5 é iniciado o debate acerca da “verdade” colocando Austin ao propor esse lugar na asserção  e Strawson ao indicar o enunciado. O 8, o 9 ainda continuam com Habernas confrontando Toulmin e Perelman onde fica perceptível a “validade” em Toulmin, o “auditório universal” em Perelman e a “motivação racional” no próprio Habermas. O autor focará em Habernas também no § 9 com a proposta do paradgma intersubjetivo e com a conceituação de retórica, claro, com o autor recusando essa proposta de linguagem.

                    A questão da “retórica” para Habernas é diminuída quando o autor a coloca com uma perspectiva comunicacional ornamental e supérflua, enquanto o argumento se refere ao literal e ao necessário. Para sustentar seu projeto moderno de argumentação um pouco mais distante da retórica, Habermas se aproxima de Nietzsche, principalmente no que toca ao perpectivismo linguístico e com relação à “verdade”.

                   Justamente, do parágrafo 13 em diante, as palavras chaves são “verdade” e “perspectivismo”. Sendo que o conceito da primeira é um amontoado de metáforas, de metomímias, de antropomorfismos [...]  e o perspectivismo colocando que o conhecimento é solidário de uma perspectiva que é uma estratégia fundamentalmente retórica que visa evitar os problemas e os paradoxos de que vive a tradição epistemológica. Terminando no § 10 e § 11, mesmo com o uso de outros aultores como Paul de Man (1979) e H. Bloom (1975 e 1976) o que se tem é uma justificativa do uso da retórica como algo bom nos tempos modernos.

                    O texto é uma resposta a diversas perguntas como Qual o tipo de racionalidade que o Habermas usa? Quais os esforços para libertar a argumentação do espartilho da lógica formal? Quais as ideias de Apel, Toulmin, Paul de Man, H. Bloom, Nietzsche acerca do argumento e da retórica? O que é o perspectivismo? uais as revisões de Gramsci acerca do pensamento de Marx, de Groce e de Bukharin? Quais as ligações do Materialismo com as religiões? Qual a reação da direita dominante quando subalternos começam a ter consciência de si? O que é a Filosofia da Práxis? A Filosofia da Práxis é capaz de explicar o movimento dialético da luta de classes?

                

 

 

REFERÊNCIAS

 

CARRILHO. Manuel Maria. JOGOS DE RACIONALIDADE. Lisboa. Edição ASA. 1994. 140 p.

 

Lessa, Sérgio. O revolucionário e o estudo : por que não estudamos? / Sérgio Lessa.– São Paulo : Instituto Lukács, 2014. 120 p.

 




 

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