O
presente resumo versa sobre o capítulo “dAs
racionalidades” de Maria Carrilho, 1994. Para tanto é usada a técnica da
leitura imanente. Nisso, o primeiro passo, depois de uma leitura superficial
foi contar cada parágrafo. Os primeiros nove parágrafos estão dentro de uma
estrutura de parágrafo maior – no caso o § 8 que consta dentro do capítulo 3.
Em seguida, é trabalhado o § 9. 11 e 12. Para iniciar o próximo tópico, o autor
reforça o conceito de argumentação que consiste, em geral, na defesa de um
enunciado através da sua diversificada relacionação com outros. Para tanto o
autor recorre a Aristótles, Toulmin e Perelman. Depois de citar o esforço de
Toulmin para libertar a argumentação do espartilho da lógica forma; é citado
Perelman com sua autonomização do campo argumentativo, propondo uma cocepção de
argumentação que articula as técnicas de persusão e a consideração de
auditório. A partir desse momento, em parágrafos maiores, o autor começa a apresentar
as contradições dentro da ideia de Perelman e a questão marginal da
racionalidade dentro dos argumentos filósoficos. Lá pelo parágrafo 4 o artigo, apresenta,
para a racionalidade argumentativa de Apel e Habermas, sendo que o primeiro
propôs nos anos 70 transceder o criticismo kantiano com uma transcedência da
linguagem. Para Habermas, o homem deve ser solidário no discurso buscando o
consenso. No 5 é iniciado o debate acerca da “verdade” colocando Austin ao
propor esse lugar na asserção e Strawson
ao indicar o enunciado. O 8, o 9 ainda continuam com Habernas confrontando
Toulmin e Perelman onde fica perceptível a “validade” em Toulmin, o “auditório
universal” em Perelman e a “motivação racional” no próprio Habermas. O autor
focará em Habernas também no § 9 com a proposta do paradgma intersubjetivo e com
a conceituação de retórica, claro, com o autor recusando essa proposta de
linguagem.
A questão da “retórica”
para Habernas é diminuída quando o autor a coloca com uma perspectiva
comunicacional ornamental e supérflua, enquanto o argumento se refere ao
literal e ao necessário. Para sustentar seu projeto moderno de argumentação um
pouco mais distante da retórica, Habermas se aproxima de Nietzsche,
principalmente no que toca ao perpectivismo linguístico e com relação à
“verdade”.
Justamente, do parágrafo 13
em diante, as palavras chaves são “verdade” e “perspectivismo”. Sendo que o
conceito da primeira é um amontoado de metáforas, de metomímias, de
antropomorfismos [...] e o
perspectivismo colocando que o conhecimento é solidário de uma perspectiva que
é uma estratégia fundamentalmente retórica que visa evitar os problemas e os
paradoxos de que vive a tradição epistemológica. Terminando no § 10 e § 11,
mesmo com o uso de outros aultores como Paul de Man (1979) e H. Bloom (1975 e
1976) o que se tem é uma justificativa do uso da retórica como algo bom nos
tempos modernos.
O texto é uma resposta a diversas
perguntas como Qual o tipo de racionalidade que o Habermas usa? Quais os
esforços para libertar a argumentação do espartilho da lógica formal? Quais as
ideias de Apel, Toulmin, Paul de Man, H. Bloom, Nietzsche acerca do argumento e
da retórica? O que é o perspectivismo? uais as revisões de Gramsci acerca do
pensamento de Marx, de Groce e de Bukharin? Quais as ligações do Materialismo
com as religiões? Qual a reação da direita dominante quando subalternos começam
a ter consciência de si? O que é a Filosofia da Práxis? A Filosofia da Práxis é
capaz de explicar o movimento dialético da luta de classes?
REFERÊNCIAS
CARRILHO. Manuel Maria. JOGOS DE RACIONALIDADE.
Lisboa. Edição ASA. 1994. 140 p.
Lessa, Sérgio. O revolucionário e o estudo : por que
não estudamos? / Sérgio Lessa.– São Paulo : Instituto Lukács, 2014. 120 p.
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