sábado, 29 de julho de 2023

Critica ao filme Elysium


      Filme de 2013 dirigido por Neill Blomkamp, Elisyum narra um mundo futurístico onde os pobres ficam na terra e ricos no espaço. O enredo trata da velha luta de classes, dilema antigo mostrado ainda no século XIX por Karl Marx e com outros filmes precursores “tipo” Tempos Modernos ou Macunaíma. Cabe como uma luva nos dias atuais mostrando um ser humano mais hipócrita do que nunca.
     Elysium foi lançado em 2013 no Brasil. O filme é o segundo de Neil Blomkamp e de novo (depois de distrito 9) o diretor retoma a questão da pobreza. A narrativa começa com cenas muito fortes: a terra ficou superpovoada e consecutivamente poluída. Para fugir da desorganização dos pobres, uma elite rica resolve se refugiar numa espécie de nave que possui de tudo e fica próxima da terra - mas ainda precisando do "proletariado" - pois alguns recursos naturais ainda saem do planeta.
      A ideia não é nova. O conflito de classes - a luta entre ricos e pobres (que muitos participam e não percebem) não é inédita. Karl Marx foi quem melhor abordou essa dinâmica (Será por isso que o personagem principal se chama Max?) e outras obras - até brasileira - também trouxeram a briga entre um empresário e um marginalizado - basta citar o Venceslau Pietro Piatra e Macunaíma. E quem não lembra de Tempos Modernos de Chaplin.
     O problema deste tipo de história ou dissertação é que alguém que assiste ou ler sempre toma partido. "Pra" piorar, o lado que se toma é sempre o do mais fragilizado pelo sistema. Não importa se ele é "ladrão de banco" ou "assassino". Contudo, a vida real faz qualquer um se contradizer: quem não gosta de um bairro confortável? de uma escola onde só tenha meninos bons? E quem não quer ir "pro" céu e vive dizendo que "muitos são chamados, mas poucos são escolhidos. Isso é Elysium.
      De qualquer forma, a obra cabe como uma luva nos dias atuais. A sociedade nunca foi tão hipócrita. Todos querem defender meninos ou homens marginalizados, mas do conforto de casa; do acesso veloz da internet e das redes sociais. Ir numa favela ou bairro perigoso nem pensar. Colocar os filhos em escolas públicas junto com outros que mal interprertam uma página de livro - menos ainda. Não há bom ou mal no cenário da vida, tudo depende do lado em que se está.
      


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