domingo, 30 de julho de 2023

Os principais conceitos do termo Empreendedorismo contemplando a realidade brasileira.

      


      De origem francesa, a palavra Empreendedorismo tem sido muito falada nos últimos anos em terras tupiniquins. Fosse aplicada, na proporção em que é emitida, há tempos alguns problemas tinham ficado só no passado por aqui. Com tudo as coisas ruins, principalmente no setor público, persistem. Este artigo é, justamente, uma abordagem da arte de empreender – algo que contempla a teoria, e o que se tem de prática no executivo governamental brasileiro.
     Segundo Evandro Tsufa (2009), entrepreneur, ou empreendedor, surgiu na França entre os séculos XVII e XVIII. A palavra varou a história porque se tornou um substantivo e, ou, um adjetivo, que melhor serve para apontar aquelas pessoas na comunidade que reúnem as características de serem ousadas - que pensam a economia como inovação frequente, e, principalmente, lutam para realizar suas intenções. O termo, antes ligado ao homem privado, chegou aos dias atuais à coisa pública.
     Ouve-se falar muito de empreendedorismo no executivo público brasileiro. Algumas Prefeituras que conseguem fazer algo um pouco diferente das outras são sempre citadas. De qualquer forma, parlamentar sobre empreender no Brasil é muito complicado e requer certo ceticismo. O País é a terra dos governos que mais atrapalham do que ajudam. A burocracia impera. Por isso é que, antes de se dizer que um prefeito X é empreendedor há que se ver melhor o que se tem na iniciativa privada internacional e comparar com o que está acontecendo no setor privado e público brasileiros. Do contrário, o que se tem é só mera propaganda.
      É porque é difícil acreditar que algum líder político brasileiro consiga ser aquilo que Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000, p. 98) classificaram como alguém que pertença à escola empreendedora: desperto no mais inato Estado da intuição, do julgamento, da sabedoria, da experiência, do critério. Pode até existir prefeito assim, mas ele é neutralizado pela legislação. O que mais se ver por aqui é um executivo que cria um problema e depois ele mesmo se apresenta como solucionador. Basta ver os impostos que são criados e depois desonerados. Assim é fácil ser chamado de empreendedor.
     O Brasil trilhou à esquerda. O Estado ficou inchado e toda a população sonha ser servidor público ou receber alguma bolsa social. Dessa forma, não há como nascer um empreendedor sequer. Empreender requer necessidade. Não há como “fazer coisas novas ou fazer coisas velhas de novas maneiras” com todos na zona de conforto. O pessoal do executivo público Estadual e Municipal, por exemplo, de forma alguma sabem ser criativos sem os repasses federais ou a arrecadação local.
     O que se tem de prática da melhor forma de empreendedorismo vem da história passada, ou, de nações ricas atualmente, e principalmente, na iniciativa privada, mas com o aval ou, melhor, sem a intromissão do setor público. Tudo leva a crer que a melhor saída para fazer com que o povo empreenda mais é desburocratizar o país e diminuir o tamanho do Estado sem perdas de eficiência. Exemplo histórico recente foram as Revoluções Industriais; e, nos dias atuais o que se tem de moda no ramo vem do chamado Vale do Silício nos Estados Unidos e de grande parte da Ásia.
     Com tudo o que foi dito, é difícil encontrar práticas inovadoras que impliquem empreendedorismo no Brasil. Há casos isolados de tentativas de sobrevivência na iniciativa privada e alguns setores públicos que se sobressaem sobre os outros, mas todos com serviços prestados muito ruins. Se a maquiagem de onerar e desonerar forem considerados empreendimentos, nesse caso o país é vanguardista nessa prática. Agora, se for observada a literatura especializada, o que se percebe é a necessidade de desburocratizar o país, diminuir o tamanho do Estado e deixar o individualismo aflorar.
    
    

REFERÊNCIAS

A evolução da carga tributária no Brasil Disponível em < http: //www .catho.com.br /cursos/index.php ?p=artigo&id_artigo=1441&acao=exibir> Acesso em 02 maio 2015

Misoczky, Maria Ceci Araujo Planejamento e programação na administração pública / Maria Ceci Araujo Misoczky, Paulo Guedes. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração /
        UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2011. 184p. : il.

Disponível em <http://www.impostometro.com.br/posts/carga-tributaria-brasileira> acesso em 02 de maio 2015
Morgan, Gareth, 1943 - Imagens da organização: edição executiva/Gareth Morgan; tradução Geni G. Goldschmidt. - 2. ed. - 4a reimpressão - São Paulo : Atlas, 2002.

Pereira, Maurício Fernandes Administração estratégica / Maurício Fernandes Pereira. – Florianópolis :
         Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2011.168p. : il.

Silva, José Maria da. Apresentação de trabalhos acadêmicos: normas e técnicas/José  Maria da Silva , Emerson Sena da Silveira. 5. Ed. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2009

Jacobsen, Alessandra de Linhares Teorias da administração II / Alessandra de Linhares Jacobsen, Luís Moretto Neto. – 2. ed. reimp. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC, 2012. 168 p. : il.

Sanson, João RogérioTeoria das finanças públicas / João Rogério Sanson. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2011.
132p. : il.
TREVISAN, Andrei Pittol; BELLEN, Hans Michael vanRevista de Administração Pública. Rio de Janeiro 42 (3): 529-50, maio/jun. 2008.

Tsufa, EvandroEmpreendedorismo governamental / Evandro Tsufa. – Florianópolis : Departamento

           de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2009.110p. : il.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O QUE EU SEI!

QUER SABER? Aqui você encontrará resenhas de livros, resumos, comentários sobre política e COISAS que você não achou em outro lugar.