segunda-feira, 7 de agosto de 2023

3º plan 2º LUCÍOLA – JOSÉ DE ALENCAR - Notícia Classes de Palavras e Romantismo

             Ao terminar a leitura de um livro, o que o leitor sente é uma profunda saudade dos personagens. Foram horas viajadas, horas desbravando vidas no mais íntimo psicológico de pessoas que nunca se saberá se existiram ou não; horas de viagens a cenários pequenos como um quarto ou grandes como uma cidade. 

        Com Lucíola, De José de Alencar, além desta saudade, destes cenários; o leitor sentirá ainda vontade de chorar com a indignação e repulsa ao comportamento de uma sociedade de uma época determinada. No enredo, o narrador personagem, Paulo Silva, conta através de cartas para uma senhora, descrita apenas por G.M, o caso amoroso dele (Paulo) com Lúcia. Na época ele com vinte e cinco anos e ela com dezenove. Até aí nada de novo. José de Alencar descreve até a moça como a mais bonita do Rio de Janeiro. 

           O problema começa a agravar-se e encher a cabeça do leitor de questionamentos quando Alencar torna seus personagens um do outro, numa paixão estilo “Romeu e Julieta”, bem mais quente na verdade. Nada de novo, a não ser pelo fato de Lúcia ser uma prostituta de luxo. 

       Com as descrições de uma mulher branca, olhos claros, cabelos ondulados e meio claros; meiga; apresentando sempre comportamento angelical e infantil, e sempre disposta a escravizar-se por Paulo; e por outro lado Paulo, com características de um homem um pouco mais maduro e que dificilmente consegue ficar um dia sem ver Lúcia, Alencar provoca confusões na cabeça do leitor, levando-o a se perguntar durante toda a obra por que Paulo não se casa com Lúcia e a tira de tal vida. Tal pergunta perdurará na cabeça do leitor durante toda a obra, e Alencar maltratará ainda mais o leitor mostrando situações econômicas das personagens: Lúcia é rica e Paulo mal começara a trabalhar; ainda por cima, as riquezas de Lúcia advêm dos seus casos. 

        Já quase ao término do enredo, depois de muito explanar sobre suas personagens; esquentar a paixão do casal, inclusive com narrativas de ciúmes de ambos os lados e um abandono de Lúcia à vida que leva por causa de seu amor a Paulo, José de Alencar ainda fará o leitor se perguntar por que Paulo não se casa com Lúcia e a tira de tal vida. Na verdade o que Alencar quer, é provar o quão são preconceituosos os homens e mulheres de uma determinada época (a vivida pelos personagens). Preconceituosos até mesmo as mulheres, tendo em vista que em nenhum momento do enredo Lúcia pedirá que Paulo a assuma como esposa. 

          O desfecho de Lucíola se dá quando Lúcia conta a Paulo porque se tornara prostituta; começa por dizer que seu nome verdadeiro nome não é Lúcia e sim Maria da Glória; e que tudo começou quando toda a sua família adoeceu por causa de uma epidemia de febre; só restando ela de pé a moça se viu tentado por um senhor (Sr. Couto) que a ajudara à custa de um preço muito alto para a moça: a salvação da família resultou na sua expulsão de casa. 

         A fuga do preconceito citadino se dá quando as personagens saem do Rio de Janeiro e vão morar no interior. Nesta altura Lúcia, Paulo e Ana de doze anos (irmã de Lúcia criada pela mesma, logo após a morte dos familiares. A moça não sabe que Lúcia é sua irmã). Os três vivem os melhores momentos de suas vidas até quando Lúcia pede para Paulo casar com Ana. Os motivos citados por Lúcia: virgindade, beleza, dote e seria a única forma do casal continuar próximo um do outro. Logo em seguida Lúcia desmaia e com a visita do médico descobre que está grávida de Paulo e é necessário abortar, pois o feto já está morto. A personagem resiste e adoece. Nos delírios, o nome evocado é sempre o de Paulo. Num dia desses de melhora, Lúcia insiste que Paulo se case com Ana. Com a recusa de Paulo, o que Lúcia consegue é que ele pelo menos cuide da menina como pai. Lúcia vem a falecer logo em seguida. 

        O Romance Lucíola é intrigante, o leitor é chamado a ver os preconceitos de uma sociedade que induz seus membros a um estilo de vida e os pune caso aceitem viver esse estilo. Os preconceitos expostos no livro estão longe de serem rompidos, prova disso é que o leitor sempre se colocará na pele de Paulo e se questionará se teria coragem, diante de amor tão grande, romper com toda uma estrutura virtual de valores de uma sociedade, que queira sim; queira não, ainda perduram nos dias atuais. 

 Por Isaac Sabino




1. Sinopse de “Memórias Póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis:

(A)           Na primeira parte, a protagonista está na fazenda em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, vivendo sua vida de escrava bem prendada, mucama da noiva do filho de seus donos originais.


(B) A obra termina, nas palavras do narrador, com um capítulo só de negativas: não se casa; não consegue concluir o emplasto, que imaginara criar e não teve filhos.



Sin City, Noite na Taverna, Mal do Século. Uma Crítica

 

      Noite, medo, sexo, vazio, cigarro, bebida, depressão, morte. Alguém pode pensar que todas essas temáticas juntas são um marco na graphic novel de Frank Miller lançadas de 1991 a 1992. Ou então, temática inédita no cinema através do famoso Sin City – a cidade do pecado, de Robert Rodriguez, lançado em 2005. Engana-se, um movimento literário conhecido como mal do século já havia levantado esses temas. No Brasil destaque para Álvares de Azevedo.

     Tem gente que não gosta, mas há um grupo de pessoas na humanidade que não acredita no ser humano como algo belo, honesto. Esse grupo representa o fracasso e deficiências humanas. A noite, o medo, o sexo, o vazio, o cigarro, a bebida, a depressão, a morte, são os guiam dessas pessoas.

     A melhor experiência de tal mundo, que pode ser colocado para os mais jovens, que só podem ficar na teoria, são os quadrinhos de Frank Miller,  e em especial o filme Sin City de 2005.

     O filme de Robert Rodriguez traduz perfeitamente os quadrinhos de Miller, com tipos que vivem na depressão e na violência extrema. Dividido em partes independentes, mas que de alguma forma se conectam, o enredo começa com um caso de pedofilia; passa por um de canibalismo e a partir de então o centro é uma cidade contaminada pelo pecado.  

     Contudo, nem o filme, nem os quadrinhos são inéditos na ideia. Sempre que a humanidade se enche de esperança por algum motivo e, em seguida se decepciona – a depressão é certa. Aconteceu no século XVIII. Logo depois da monarquia cair e a burguesia ascender, as pessoas perceberam que trocaram seis por meia dúzia. Um movimento conhecido como mal do século se espalhou por várias partes do mundo. Noite na Taverna, do brasileiro Álvares de Azevedo, publicado em 1855 é o representante do movimento por aqui e, muito parecido com Sin City.

     No romance, por exemplo, as estórias também são divididas em partes e contadas a partir de uma taverna. Três pilares firmam todos os enredo – amor, violência e muita bebida.

      É por isso que, em termos de se comunicar com jovens de uma época, mostrando um tipo humano excluído, no submundo, decepcionado,  Sin City é excelente. Agora, dizer que a obra é inédita é incorrer num engano, pois toda a temática da HQ e do filme é vastamente encontrada no século XVIII – no movimento mal do século.

Disponível em <https://isaacsabino.blogspot.com/2014/12/sin-city-noite-na-taverna-mal-do-seculo.html> acesso em 20 de agosto de 2019

 

2.(7. Modelo DESCRITOR D1 – Localizar informações EXPLICITAS no texto) Compreende-se do texto  que

(A) noite, medo, sexo, vazio, cigarro, bebida, depressão, morte NÃO são temas na Literatura;

(B) noite, medo, sexo, vazio, cigarro, bebida, depressão, morte são temas na Literatura;

 

3.(D3 – Inserir o sentido de uma palavra ou expressão) Tomado por o base o estudo filosófico acerca da palavra e que tem como expoente Wittgnstein, mas em termos de dicionário, Por "TEMÁTICAS" entende-se


A)  ideias;        


B) omissões;        

 

4. 150 (Renato Aquino e2014) Na frase: “Mandou-me sair, mas não o fiz”, a palavra em negrito é:

a) verbo         

b) pronome                     

 

5.151 pág. 72 (Reanato Aquino Bc2014min) Observe as palavras grifadas da seguinte frase: “Encaminhamos a V.Sa. cópias do Edital nº 19/82.” Elas são, respectivamnete:


(B) verbo, conjunção;


(C) verbo, substantivo;  


Rompimento de barragens atinge

dois distritos em Mariana (MG)

DE SÃO PAULO

Ao menos dois distritos de Mariana (11 km de Belo Horizonte) foram

atingidos por um “tsunami de lama”, após o rompimento de duas barragens

de uma mineradora, na tarde desta quinta-feira (5).

Os bombeiros e a prefeitura da cidade ainda não tinham confirmado

número de vítimas nem desabrigados até às h30 desta sexta (), mas havia

de 25 a 30 funcionários na empresa.


O acidente ocorreu por volta das 15h30, em

Bento Rodrigues, a 15 km do centro de Mariana.

Inicialmente, a Samarco havia divulgado,

em nota, que apenas a barragem de Fundão

tinha rompido.

À noite, o diretor-presidente da empresa

Ricardo Vescovi informou em um vídeo, publicado

em página de rede social, que duas

barragens romperam na unidade industrial

de Germano, localizada entre as cidades de

Mariana e Ouro Preto. Ele disse que a segunda

barragem rompida é a de Santarém.

A força da enxurrada destruiu centenas de

casas, arrastou veículos e caminhões. Um carro

chegou a parar em cima do muro de uma casa.

Na noite desta quinta, a lama já tinha atingido

o distrito de Paracatu de Baixo e destruído

ao menos 30 casas, segundo informações

da Guarda Municipal de Mariana.

A tragédia só não foi maior em Paracatu de

Baixo porque a Guarda conseguiu avisar os moradores

a tempo de deixarem suas casas.

Muitas pessoas foram levadas ao abrigo improvisado

para os desabrigados na Arena Mariana e outras buscaram abrigo

em uma região de mata na parte mais alta de Paracatu de Baixo, de acordo

com a Guarda Municipal.

[…]

(Disponível em: http://www.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/11/1702906-rompimento-debarragens-

atinge-distritos-em-mariana-mg.shtml. Acesso em: 15/1/2016.)



6º Uma notícia normalmente informa o público sobre um fato recente, que acabou de acontecer. O primeiro parágrafo, chamado lead, costuma trazer as informações básicas de uma notícia: o que aconteceu, quando, onde, como e por quê. Releia o lead da notícia em estudo e responda: Que fato é noticiado?    


(A) O fato de dois distritos da cidade de Mariana, em Minas Gerais, terem sido atingidos por um "tsunami de lama".


(B) O fato de dois distritos da cidade de Mariana, em Minas Gerais, NÃO terem sido atingidos por um "tsunami de lama".


7 (7. Modelo DESCRITOR D1 – Localizar informações EXPLICITAS no texto) Compreende-se do texto  O problema das contradições filosóficas nos debates dos jovens secundaristas: uma  saída pelo uso de ambientes virtuais criados a partir de Lévi e outros Filósofos das Tecnologias do link QUER SABER?: O problema das contradições filosóficas nos debates dos jovens secundaristas: uma saída pelo uso de ambientes virtuais criados a partir de Lévi e outros Filósofos das Tecnologias (isaacsabino.blogspot.com) que

 

(A)  "ecletismo informal" [...] se chamará de contradições inconscientes existentes entre os jovens;


(B) "ecletismo informal" [...] NÃO se chamará de contradições inconscientes existentes entre os jovens;

Link do Gabarito


https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSewkjKb9ZmbY-O58mMcf3ECxV2myEHltgWbTFW-AxtFDmJQwA/viewform?usp=sf_link





















6.163 3pág. 74 IRenato Aquino Ac2014mai) Assinale o item que a classe da palavra destacada está correta.

A) quem fala em flor não diz tudo – pronome;

B) quem me fala em flor diz demais – conjunção;

C) o poeta se torna mudo – substantivo

D) mais que bala de fuzil – advérbio

 

Crônica psicológica e social

Ser ou não ser feliz agora

 

     Estou cansado dessa sala de aula. Não aprendo nada e agora que estou no 2º ano. Não sei nem como eu cheguei até aqui. Com a minha idade era para eu já ter terminado o ensino médio, mas não sei nada nem do segundo das criancinhas (Risos). Que droga! Por que a escola não me serve? Isso tudo é tão complicado. A merenda até que é boa. A sensação de conversar nas aulas e jogar papel nos colegas é que é muito gostosa. Mas esse professor vive pegando no meu pé. Isso é uma chatice: só esse mês ele já me colocou para fora da sala umas seis vezes. Que droga! E, esse professor que vive falando de igualdade: que balela! Eu não sou igual ao Marcos, não. O Marcos é novo e está na idade certa do segundo ano. Não sei como ele consegue enxergar que aquela palavra é substantvo e aquela outra é verbo. Eu só enxego riscos e não sei nem para que isso servirá na minha vida. O que diabos é análise morfológica e sintática.

         “- Todos são iguais!” Lá vem a professora com essa história de novo. Balela! O Marcos entende essas coisas de forma tão rápida. Ele deve sofrer para entender esses substantivos e verbos. Eu estou é com sono. Ele deve sofrer para entender essas coisas. Ele não deve ser feliz agora. Eu quero ser feliz agora. Eu sou diferente dele e aquela professora dizendo que todos nós somos iguais. Somos, não! O professor disse que quem entender esse assunto terá uma vida mais confortável no futuro, mas eu posso ter essa vida confortável agora: eu posso cochilar nessa carteira agora; empendurar as bolsas do colega no ventilador agora – que sensação boa. O Marcos deve ser infeliz agora. Eu não. Vou aproveitar tudo agora: namorar com essas menininhas todas agora. Essas tarefas são tão cansativas. Eu não quero ficar doido com tudo isso.

      O dia está quente. Por que eu não estudei de verdade quando eu estava naquela. Ei! Parece que aquele ali é o Marcos, meu antigo colega.

     - Doutor Marcos, que “carrão” hein!

     - Doutor Marcos, você pode me dar uma esmolinha. Você pode não se lembrar, mas eu estudei com você no 2º ano. Tempos bons aquele, mas a vida não foi justa comigo. Os políticos me roubaram: naquela época nem merenda tinha – eu vivia com fome. A sociedade é injusta e eu estou aqui. As latinhas que eu juntei hoje ainda não deram nem para comprar um prato de comida. O mundo é injusto. Eu não sou feliz porque o mundo é injusto: uns são ricos e outros, como eu, muito pobres.

       Disponível em <http://isaacsabino.blogspot.com/2018/06/um-conto-psicologico-e-social-ser-ou.html> acesso em 14 de junho de 2018

 

7.   (2016) Analise as informações e marque a CORRETA:

(A)           Marcos foi o culpado da situação do narrador.

(B)           O narrador foi feliz sempre.

(C)           O interesse de Marcos resultou no doutorado.

(D)           A culpa da situação do narrador sãos ricos.

 

8. Sinopse de a “Noite na Taverna”:

(A)           A obra se articula a partir de alguns fatos: a devoção e fidelidade de Peri, índio goitacá, a Cecília de Mariz; o amor de Isabel por Álvaro, e o amor deste por Cecília; 

(B)           Na primeira parte, a protagonista está na fazenda em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, vivendo sua vida de escrava bem prendada, mucama da noiva do filho de seus donos originais.

(C)           A redação dessa obra, sua maior novela passional, foi inspirada em fatos reais, vividos pelo tio de Camilo Castelo Branco,Simão Antônio Botelho, preso por homicídio na Cadeia da Relação do Porto.

(D)           Explora o gótico que afronta a moral burguesa e a rigidez dos costumes ao retratar o lado obscuro do ser humano. São cinco personagens que contam histórias de assassinatos, necrófilia, incesto, traições e vinganças.

(E)           Quatro estudantes de Medicina (Filipe, Leopoldo, Augusto e Fabrício) passam o feriado na casa da avó de um deles, na ilha de Paquetá. Um deles apostou que se ficasse apaixonado por uma mulher por mais de quinze dias, escreveria um romance contando a história desta paixão.

 

9.(D3 – Inserir o sentido de uma palavra ou expressão) Tomado por o base o estudo filosófico acerca da palavra e que tem com expoente Wittgnstein, mas em termos de dicionário, Por SUBSTANTIVO entende-se

A)  desnecessário;     B)  inominável;     C) nome;     D) verbo 

 

10.(D3 – Inserir o sentido de uma palavra ou expressão) Tomado por o base o estudo filosófico acerca da palavra e que tem com expoente Wittgnstein, mas em termos de dicionário, Por ADJETIVO entende-se

A)  atributo;         B)  inominável;         C) nome;       D) verbo  


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