segunda-feira, 7 de agosto de 2023

O problema das contradições filosóficas nos debates dos jovens secundaristas: uma saída pelo uso de ambientes virtuais criados a partir de Lévi e outros Filósofos das Tecnologias

 


 

 

 

                  ISAAC SABINO CARDOSO[1]

 


 

 

 

INTRODUÇÃO

 

                  Este artigo descreve uma experiência a partir de ampla leitura em referencial teórico e prática no ensino médio onde se constatou e se iniciou projeto empírico que visa integrar Filosofia e Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para criar um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) que incentive o debate e minimize as contradições filosóficas nas dissertações dos jovens. A proposta se baseia na leitura apresentando os contrapontos entre os filósofos antigos até os contemporâneos, e em autores especializados em tecnologia como Pierre Lévi (2010), Lúcia Santaella (2004) e Gildásio Guedes (2008). O objetivo é promover um ambiente que estimule o pensamento divergente.

                  De primeiro momento, os resultados da análise indicam a existência de um "ecletismo informal" que no decorrer dos capítulos vindouros se chamará de contradições inconscientes existentes entre os jovens, problema que motiva a ampliação do repertório cultural e filosófico dos estudantes, incentivando o debate, o desenvolvimento de habilidades de leitura, escrita e argumentação, e fomentando o pensamento dialético para reconhecer e superar as contradições da realidade com o uso do mundo virtual.

                  O texto contextualiza o cenário atual de imersão virtual dos alunos e a dificuldade em tornar a busca pelo conhecimento prazerosa e não violenta.

                  A importância do debate é destacada utilizando livros como "Górgias" de Platão, pesquisas em documentos como o Projeto Político Pedagógico (PPP), atas e regimentos internos de uma escola específica, acrescidas propostas de leitura com contraditórios com obras como "Triste Fim de Policarpo Quaresma", "Capitães da Areia", "A Hora da Estrela", abordando temas como verdade, desigualdade social e retórica.                 

                 A dissertação segue uma gradação que começa com filósofos que se contrapõem, passando pela discussão sobre a verdade até a aplicação prática em AVA.                 

                    O capítulo 1 nomeia as incoerências filosóficas dos jovens e destaca a importância do debate para buscar a verdade, utilizando as TICs. No capítulo 2, discute-se a necessidade do debate e a relação entre o eu e outro. O capítulo 3 aborda a dificuldade de manter os jovens atentos à leitura e propõe o uso do conceito de "leitor imersivo". O 4 introduz o ambiente virtual com base na obra de Pierre Lévy, enfatizando a importância da tecnologia. O capítulo 5 destaca o multiculturalismo. Por fim o 6, discute-se o papel do professor de filosofia diante do pluralismo e das diversas TICs, questionando sua permanência no sistema educacional institucional.



QUER SABER?: 3º plan 2º LUCÍOLA – JOSÉ DE ALENCAR - Notícia Classes de Palavras e Romantismo (isaacsabino.blogspot.com)


QUER SABER?: Coração Valente, Romantismo e liberdade. Uma crítica. (isaacsabino.blogspot.com)


QUER SABER?: 3º PLAN 2º PT P/ 2º anos - Documentário. Pág 84 a 90 Propaganda, Biografia, Relato pessoa - Questões de ENEM (isaacsabino.blogspot.com)





CAPÍTULO 1: UM NOME PARA AS “CONTRADIÇÕES” FILOSÓFICAS DOS JOVENS E UMA INTRODUÇÃO EM “VERDADE” E TIC PARA DIMINUÍ-LAS

 

                 O texto discute as incoerências encontradas entre os jovens do ensino médio e a necessidade de nomear e compreender essa mistura de ideias.

               Através da leitura na história da Filosofia, é identificado o termo "Ecletismo" ou "Ecletismo de ideias" como a melhor forma de nomear essa necessidade de misturar conceitos. No Brasil, essa necessidade é constante, e um exemplo mais clássico é o movimento antropofágico dos "Andrades" em 1922, que consistia em pegar ideias de fora, misturá-las e criar uma abordagem tipicamente brasileira. No entanto, nas experiências diárias dos adolescentes, essas ideias são apresentadas de forma ilógica. Além disso, são identificados dois problemas: a falta de interesse pelo debate e a deficiência na leitura dos jovens.

                 Uma solução proposta é a implementação de leituras filosóficas usando tecnologias de informação e comunicação (TIC), considerando o ambiente virtual em que os alunos estão imersos. Autores como Santaella (2004), Lévi (2010) e Guedes (2008) são mencionados como referências para essa abordagem. A mediação também é destacada como um processo intrínseco, sendo a própria relação entre os elementos intermediários. Este último, no livro sobre Interfaces Humano Computador, ratificando a ideia de adoção de algum meio para se chegar ao conhecimento que no caso da execução do projeto junto aos meninos é o do uso das Tecnologias da Informação e comunicação (TIC) ratifica-se com Guedes (2008).

[...] afirmamos que a mediação é em si mesma processo. Não é o ato em que alguma coisa se interpõe, isto é, a mediação não está entre dois termos que estabelecem relação. É a própria relação, e, portanto, configura-se como o processo de intervenção. (Guedes. 2008. P22)

           A partir da mediação tecnológica, quer-se evitar contradições encontradas nas conversas e textos - como uma incoerência encontrada nos debates dissertativos dos meninos que misturam ideias como alma em Descartes e folha em branco em Locke, onde um autor quer refutar o outro, mas nas dissertações dos alunos eles acabam dizendo que o homem tem alma mas nasce como uma folha em branco que se preenche com a vivência[2]. Destaca-se a importância de organizar e objetivar as ideias dos alunos, promovendo debates com temas pesquisados previamente. Também, faz-se necessário abordar a busca da verdade ao longo da história da filosofia, apresentando diferentes perspectivas. Destaca-se a importância de os alunos concluírem o ensino médio com conhecimento sobre o debate antigo sobre a busca da verdade e sua relação com os contraditórios.

                   Iniciemos então com o relato de experiência de algumas turmas de Ensino Médio e o atesto da ausência de debates conscientes de suas oposições: numa dessas aulas, num terceiro ano, ao responder à pergunta, deste agente incluso na pesquisa, sobre alma, um dos discentes alegou ser cristão e, portanto, ter alma, mas quando lhe foi perguntado se o homem já nasce como uma folha em branco, o jovem respondeu que sim: o homem nasce limpo e aprende tudo com a experiência.[3]

                    Sugere-se mudanças para lidar com essa deficiência de leitura histórico-filosófico dos alunos, enfatizando a leitura oral e o uso de tecnologias. Autores como Pierre Lévi (2010), Santaella (2004) e Guedes (2008) são mencionados para compreender a influência das tecnologias nos alunos contemporâneos. Destaca-se a oralidade como uma das primeiras ferramentas tecnológicas e ainda é recomendado o uso de recursos como livros virtuais, áudio livros, trechos de filmes e a internet, juntamente com equipamentos como notebooks e televisores. O objetivo é melhorar a assimilação do conhecimento através da leitura eficiente dos alunos.                            

                   Diante disso, propõe-se organizar a dissertação dos alunos, tanto orais quanto escritas, a partir das cinco competências da requisitada confecção do texto dissertativo argumentativo do Exame Nacional do Ensino Médio e tornar as ideias mais objetivas, aprofundando os estudos em trechos e promovendo debates com temas previamente pesquisados.

                      Noutro momento, em aula, um aluno levantou a questão da mulher como “ser” que pode ser o que ela quiser ser; outros questionaram alegando que não, porque haveria um ponto de vista judaico cristão da mulher ser uma obra de uma divindade; e outros assumindo uma posição mais voltada a Simone de Beauvoiar – da mulher ser obra do homem.[4]

                  Retornemos a questão da "verdade" e nos últimos parágrafos a saída com o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Nos últimos tempos, a falta de debate sobre a busca da verdade tem prejudicado o desenvolvimento de conceitos filosóficos. Propõe-se resgatar e introduzir esse debate no ensino médio, apesar da deficiência na leitura, recursos como livros virtuais, áudio livros, filmes, internet, televisores são sugeridos para aprofundar os estudos e promover um diálogo baseado em pesquisas e perspectivas diferentes. Pierre Lévi destaca a importância da oralidade como uma das primeiras ferramentas tecnológicas da humanidade.

             Nessa época, esse recurso da oralidade cabe perfeitamente quando se usa um questionário da atividade filosófica com alternativas de múltipla escolha pretendida através do google forms e preferencialmente a ser realizada pelo aparelho de celular, isso porque, esse instrumento já faz parte do corpo dos alunos. Também, há uma motivação dos meninos em prestarem mais atenção enquanto enquanto se discute as questões, justamente, para acertarem os itens.

               Esses recursos tecnológicos desempenham um papel vital ao permitir leituras mais chamativas da atenção o que proporciona melhor organização das dissertações dos alunos, ampliando seu entendimento sobre a verdade e conceitos filosóficos.

              Não se pode tomar uma metodologia como “verdade”, principalmente a da sacralidade do livro didático e paradidático.

           O próprio Lévi (2010), falando da "VERDADE" na pós-modernidade, trata, justamente, dela COMO NÃO necessária porque com as Tecnologias tudo fica mais no campo da probabilidade de erro e acerto.

Corresponde, em certos aspectos, ao que Jean-François Lyotard chamou de pós-modernidade. O que significa o fim [...]d a verdade? Certamente não quer dizer que a partir de agora é permitido mentir, ou que a exatidão dos fatos não importa mais. A questão é apenas a de identificar uma mudança de ênfase, (LÉVI, 2010, p. 120)

 

                 Ainda nesta questão da VERDADE para não sairmos do campo filosófico e continuarmos com a apresentação da Filosofia dos CONTRADITÓRIOS, é importante apresentar, pelo menos, alguns dos conceitos produzidos ao longo do tempo.

                   Em Tomás de Aquino, por exemplo, a “VERDADE” só pode ser processada dentro de um contexto ontológico onde o criador é de ordem divina. [...] O contrário virá com o Laicismo de Maquiavel. Nicolau será o precursor em trazer as leis para o plano humano.    

[...] Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo às grandes transformações [...] escapam à conjectura humana. Não obstante para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [...] nos permite o controle sobre a outra metade. (Maquiavel. 1979, p 25 adaptados)

                  Tomás de Aquino, Nicolau Maquiavel, e os citados na conversa com os alunos sobre alma, René Descartes e John Locke divergem e criam consciências universais que perduram até hoje.                                  

                  Na Modernidade essa concepção está disposta no idealismo, pragmatismo, relativismo, niilismo e voluntarismo. Dessas tendências, destaque para Descartes que acredita que as coisas se iniciam na mente e Kant que continua colocando a “verdade” no sujeito. Essa postura será chamada de idealismo por Bruno Sproviero que a critica por ser um sistema fechado que não aceita a verdade nas coisas.

                  Já a “verdade” do pragmatismo trata das questões práticas, mas não Sabe lidar com teóricas como as que envolvem a Matemática e que leva ao voluntarismo onde a verdade fica vinculada ao império da vontade.

                   Duns Scotus, filósofo medieval, afirmava que essa “vontade” era divina, mas que a humana também pode prevalecer. Esse “voluntarismo” também será encontrado em Schopenhauer e Nietzche. Schopenhauer, por exemplo, afirma que a vontade é irracional e que o homem  não  consegue se libertar do prazer e da dor, nisso, o filósofo inaugura o pessimismo que é seguido por Nietzche e seu niilismo.

                  Na contemporaneidade, a verdade não é tão buscada porque o homem  se volta para a epistemologia, mas, quando se tira a problemática da “verdade” do campo ontológico é preciso afastar todo um  debate que incluiria Aristóteles e Tomás de Aquino.

                  Para conceituar “verdade” de forma a se conseguir a memória de longo prazo (levi, 2010) a indicativa é usar as ferramentas, como o celular, que estão sempre dispostas aos alunos e, para tanto, o melhoramento desse mecanismo vale a pena “Interfaces Humano Computador” de Gildásio Guedes (2008) que traz princípios que podem aperfeiçoar o uso de blogues, mensageiros instantâneos, e questionário onlines com questões de cunho filosófico. Dois ítens introdutórios no livro como Usabilidade e Utilidade já existem quando se aplica as tecnologias citadas. Vale ressaltar que não há a necessidade de descartar o caderno e livro impressos, mas já é perceptível certa fatiga na entrega e devolução das atividades por esses mecanismos, principalmente num mundo de coisas leves e correrias diárias. No mais, os alunos gostam quando as interfaces contém um bom design, boa percepção visual, organização das formas (Guedes, 2008) e, aqui, acrescenta-se movimentos nas figuras ou ligações de links que direcionam a micro vídeo aulas lançadas em plataformas públicas e de já acesso costumeiro dos alunos. Perceba, reforça-se, que não motivos para exclusão do livro e do caderno impressos, contudo, é fato uma certa frieza dessa ferramenta para esta época tão coloriada e movimentada.

 

 

 

CAPÍTULO 2: A NECESSIDADE DO DEBATE PARA A EXISTÊNCIA DO EU E DO OUTRO E O USO DAS TIC’s PARA INCENTIVAR O DIÁLOGO;

 

                  O debate sobre a importância do “outro” para o "EU" é reforçado por Stork e Echevarría (2005). O diálogo é crucial para conhecer alguém permitindo a manifestação da intimidade e a construção do ser. A intimidade revela o desconhecido e oculto de uma pessoa. Linguagem e interações virtuais são ferramentas que possibilitam a exploração mútua. De novo, destacam-se os mensageiros instantâneos, criando um "EU VIRTUAL" em outro lugar. Essas ferramentas contribuem para a formação cultural como enfatizado por Guedes:

[...] construídos coletivamente por intermédio de [...] ferramentas auxiliares das ações humanas. A aptidão e/ou a capacidade de criar tais ferramentas é exclusiva da espécie humana, de tal modo que a mediação ganha espaço de destaque na perspectiva sócio-histórica. (GUEDES, 2008, p. 14)

 

                  Atualmente, além da linguagem e durante um bom tempo o livro impresso, há ferramentas como o celular que permitem levar o "EU" ao "OUTRO" e perpetuar uma cultura virtual. Pais e professores sentem alegria ao ensinar algo aos seus alunos e testemunhar seu aprendizado. Esse processo de compartilhar intimidade é um ato de generosidade que poderia ser negado, pois o detentor do conhecimento tem a liberdade de escolher quem entra em seu interior. Essa liberdade é uma das características que definem uma pessoa, de acordo com Stork e Echevarría (2005).

A intimidade e a manifestação indicam que o homem é dono de ambas, e ao sê-lo, é dono de si mesmo e princípio de seus atos. Isso nos indica que a liberdade é a terceira nota [...] ao lado das duas citadas  (Stork e Echevarría 2005, p. 36).

                 Defender a importância do diálogo e debate na busca pela verdade, enfatizando a intimidade como elemento crucial é de suma importância. No entanto, a noção de intimidade está se fragmentando na internet e permitindo uma nova ágora o que deve ser pensado e aproveitado para o processo de ensino aprendizado. Stork e Echevarría (2005) buscam uma essência universal para definir o complexo ser humano ao longo da história o que tem culminado até nesse tempo que se tem atualmente. A tese do "homem virtual" é discutida, propondo um debate intenso em campi universitários e no Ensino Médio, com o objetivo de conscientizar os alunos sobre a realidade em que eles estão inseridos.

CAPÍTULO 3: A DESCOBERTA DE UM LEITOR IMERSO EM TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO

 

                   Nos últimos anos, este agente pesquisador tem se incomodado com a mistura de ideias contraditórias entre os jovens contemporâneos. Por conta disso, surge a necessidade de conscientizá-los sobre a importância de separar ou combinar ideias de forma lógica. Para tanto o primeiro passo é esse artigo apresentando o problema citado e, depois, criar um projeto com o uso das Tics para sanar a problemática.

          Na experiência no cotidiano do Ensino Médio envolvendo a leitura de obras literárias que sejam possíveis de se extrair um pouco de Filosofia como Górgias de Platão, Triste Fim de Policarpo Quaresma, A Hora Estrela e Capitães da Areia foi que se descobriu uma dificuldade em manter os alunos atentos nas leituras, com muitos distraídos nos celulares. Isso levou à busca por metodologias com o uso dessa extensão do corpo dele que é o celular.

                   A autora Santaella apresenta o conceito de "leitor imersivo" para descrever o leitor contemporâneo, que se envolve mental e fisicamente na leitura. Isso contrasta com o leitor contemplativo, que absorve conhecimento em silêncio e introspecção. Santaella identifica três tipos de leitores: o contemplativo, o leitor movimentado e fragmentado, e o leitor imersivo virtual, que é o foco da pesquisa. Durante a intervenção, observou-se que os alunos têm diferentes preferências de leitura: alguns preferem audiolivros, outros leem no celular, assistem aulas em vídeo ou preferem a leitura em voz alta e em grupo. Essa diversidade de abordagens exige uma adaptação na metodologia utilizada.

                   Para que a intervenção seja eficaz, é necessário compreender o novo perfil do leitor imersivo virtual. Os alunos expressaram suas preferências por meio de um questionário, revelando que cada um tem sua própria maneira de se envolver com a leitura. Alguns preferem audiolivros, enquanto outros optam por dispositivos eletrônicos. Além disso, alguns alunos precisam assistir aulas em vídeo ou preferem ler em grupo. A música também desempenha um papel importante para alguns durante a leitura.

                  Diante desses resultados, o pesquisador precisa ajustar sua abordagem e considerar as preferências individuais dos alunos para desenvolver estratégias que atendam às suas necessidades. Isso envolve explorar diferentes formatos de leitura, como áudio, dispositivos eletrônicos e materiais impressos, além de criar ambientes propícios para discussões em grupo. É importante reconhecer que o novo perfil de leitor exige uma abordagem flexível e adaptável, garantindo que a leitura seja eficaz e atraente para os alunos contemporâneos.

CAPÍTULO 4: UM LEITOR DE FILOSOFIA EM ÉPOCA DE TECNOLOGIA DA INTELIGÊNCIA: uma introdução ao ambiente virtual a partir da obra de Pierre Lévy

 

 

                  A história da humanidade está marcada por povos que se sobressaem e outros que são extintos ou se tornam escravos. Fator decisivo do sucesso é o quanto de avanços tecnológicos a comunidade acumula. Entende-se, aqui, como avanço tecnológico, também, a organização social conforme atesta Pierre Lévi (2010):

TODA INSTITUIÇÃO É UMA TECNOLOGIA INTELECTUAL. Pelo próprio fato de existir, uma estrutura social qualquer contribui para manter uma ordem, [...]. Ora, a atividade cognitiva também visa produzir uma ordem no ambiente do ser cognoscente. (LÉVI. 2010, p144)

                  É com base nessa leitura, que o desejo de uma futura experiência se baseia em uma análise do uso da tecnologia, inclusive a organizacional, nas leituras de Filosofia promovidas pelo jovem contemporâneo. O foco é usar autores que tratam das tecnologias para organizar o ambiente em que se trabalha, dentre eles, destaque para Pierre Lévi (2010) que alerta nesse mesmo sentido:

O século XX só elaborou reflexões profundas sobre motores e máquinas operatrizes, enquanto a química, os avanços da impressão, a mecanografia, os novos meios de comunicação e de transporte, a iluminação elétrica transformava a forma de viver dos europeus e desestabilizavam os outros mundos. O ruído dos aplausos ao progresso cobria as queixas dos perdedores e mascarava o silêncio do pensar. (LÉVI, 1990, p. 08)

 

                 O fogo trouxe benefícios para a humanidade, como cozinhar alimentos e proteção. No entanto, também resultou na extinção de culturas e animais. Inovações como a máquina a vapor e a lâmpada transformaram a sociedade, mas levaram à desapropriação de terras e assimilação de povos.

                  Logo na abertura de seu livro “Tecnologias da Inteligência [...]” Levi nos acalenta quanto ao surgimento de NOVA TECNOLOGIA como sendo uma metamorfose necessária:

Novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática. As relações entre os homens, o trabalho, a própria inteligência depende, na verdade, da metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação, aprendizagem são capturadas por uma informática cada vez mais avançada. (LÉVI, 1990, p. 07)

                    A metamorfose tecnológica apresenta desafios no ambiente escolar. A Lei do "Novo Ensino Médio" trouxe mudanças curriculares, com destaque para as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) no século XXI. Santaella (2004) e Lévi (2010) destacam a importância das TICs na leitura filosófica. Contudo, vale ressaltar que ainda há muita dificuldade e queixas no uso das tecnologias no ambiente escolar e, reforça-se, o propósito desse trabalho é lançar luz no usufruto dessas ferramentas nesse espaço, haja vista que até mesmo para este pesquisador há certa dificuldade em pensar nessas ferramentas como meio eficiente e eficaz no processo de ensino aprendizado.

                  Na experiência prática numa sala de aula, a evasão de alunos em uma disciplina exigiu medidas focadas nas TIC’s, isso porque há uma realidade de deslocamento de discente que residem nos interiores do município e há toda uma dificaulade de transportes para o deslocamento para a escola, porém, é sempre bom frisar, que para alguns município, a proposta, também, chama a atenção para a falta de recursos tecnológicos em algumas regiões que pode ser um limitador do projeto adotado. Mesmo são as TICs que podem superar esses desafios, criando um novo ambiente de aprendizado com o auxílio do celular e das redes sociais existentes.

                Essa providência é o que Pierre Lévi chama de técnica.

A técnica é uma das dimensões [...] onde está em jogo a transformação do mundo humano por ele mesmo. A incidência cada vez mais pregnante das realidades tecnoeconômicas sobre todos os aspectos da vida social, [...] ocorrem na esfera intelectual obrigam-nos a reconhecer a técnica como um dos mais importantes temas filosóficos.  (LÉVI, 1990, p. 07)

                  A utilização melhorada da tecnologia e inovação pode resultar em salas de aula experimentais, onde a internet, softwares e hardwares, como ar-condicionado, Data shows e televisores, ajudam na transmissão do conhecimento. É crucial aprender com a história e evitar acomodação, buscando criar e formar alunos emancipados, superando problemas históricos como o trabalho escravo.

                    Uma saída para o uso eficiente e eficaz dessas ferramentas pode partir de Guedes (2008) que em capítulo sobre Design e Percepção, enumera uma série de princípios que podem ser aplicados em softwares já familiares aos meninos como WhatsApp, google forms, bloques, vídeos em canais do Youtube e outros que devem assimilar organização das formas, percepção visual e cor. É importadnte não descarto o caderno e o livro impresso, contudo, essas ferramentas, como dito, já apresentam certa fadiga por parte dos alunos.

CAPÍTULO 4.1: ORGANIZAÇÕES: UM CONCEITO E SUAS ESTRATÉGIAS PARA CONTINUAREM EXISTINDO: uma análise a partir de Pierre Lévy

 

 

                  Uma ORGANIZAÇÃO é o resultado racional expressado como cultura de um povo. Se um povo some consecutivamente sua cultura some também, acompanhado de sua organização e suas tecnologias que somem juntas. Para Lévi (2010)

Uma organização social pode ser considerada como um dispositivo [...] servindo para reter formas, para selecionar e acumular as novidades, contanto que nesta organização sejam incluídas todas as técnicas e todas as conexões com o ecossistema [...] que o fazem viver. (LÉVI, 2010, p. 76)

              Para além da análise do que seja uma ORGANIZAÇÃO, retornando algumas páginas do autor, em termos, ainda, deste instituto, Pierre Lévi (2010) faz um alerta respondendo uma sequência de perguntas feitas por ele mesmo acerca da implantação de um modelo tecnológico de educação em seu país.

Foram tiradas lições das muitas experiências anteriores neste assunto? Foram analisadas as transformações em andamento da ecologia cognitiva [...] a fim de orientar a evolução do sistema educativo a longo prazo? Não, apressaram-se em colocar dentro de sala as primeiras máquinas que chegaram. Em vez de conduzir um verdadeiro PP, usando e desviando a evolução técnica, certo ministro quis mostrar a imagem da modernização, e não obteve, efetivamente, nada além de imagens. (LÉVI, 1990, p. 09)

                   Ao usar novas tecnologias em uma organização, é preciso cuidado. Lévi (2010) destaca a tecnologia como multiplicidade e a artificialidade destes institutos humanos. Desde os primeiros grupos humanos, surgiram organizações influenciadas pela oralidade, escrita e filosofia. O conceito de organização vem do grego "órganon", significando instrumento funcional. O conceito coincide com o pensamento de Lévi (1990):

Vivemos hoje uma redistribuição da configuração do saber que se havia estabilizado no século XVII com a generalização da impressão. Ao desfazer e refazer as ecologias cognitivas, as tecnologias intelectuais contribuem para fazer derivar as fundações culturais que comandam nossa apreensão do real. (LÉVI, 1990, p. 09)

               As organizações são fundamentais na vida moderna, fornecendo serviços essenciais como água e energia. A escola é um exemplo de organização influente, mas os professores enfrentam desafios na conexão com as famílias e consecutivamente a sobrevivência deste instituto. As organizações surgem para garantir o funcionamento da sociedade e aprimorar a vida cotidiana. Funciona como um martelo que amplia a força do braço ou um alicate que aumenta a força da mão com analogia parecida que Lévi (2010) usa:

os meios de comunicação seriam sobretudo prolongamentos da vista ou do ouvido. Toda a teoria macluhaniana, por exemplo, funda-se sobre a hipótese segundo a qual cada nova mídia reorganiza o sensorium dos indivíduos. (Lévi. 2010. P 151)

                  E com o aumento populacional se proporcionou concorrência até mesmo entre as organizações religiosas, o que tem implicado na vida e morte de muitas entidades. Imagine a concorrência entre as escolas, nesse caso as públicas, as privadas e até mesmo as de país contra país. Manter um grupo de pessoas focadas no objetivo da instituição requer estratégias vinculadas a uma boa administração, criatividade e constante adequação no tempo e é, justamente isso, que se tem tentado com as tecnologias no ambiente escolar.   

                  Em alguns ambientes observados, foram constatados laboratórios de informática sem utilização e sucateados, além de bibliotecas subutilizadas. Isso representa a morte, em partes, da organização que não se preparou para usar tais tecnologias. É o erro apontado por Lévi (2010) na segunda citação deste capítulos. Percebe-se que para que isso não aconteça, um passo importante é já aproveitar ambientes virtuais as quais os alunos já estejam inseridos, havendo apenas as modificações apontadas por Guedes (2008) e a, já vasta literatura psiscosicial existentente sobre e explorada pelo próprio Guedes (2008) no que concernce em se colocar em prática as denominações de Vygotsky como a denominada interação social, o signo, instrumentos, unidade e a formação de conceitos de forma a garantir a funcionalidade, a usabiliade e a interatividade.

                    A estratégia de usar, para além dos materiais impressos, o celular, como estrateǵia, pode acionar a memória de longo prazo permitindo, também, uma abertura de diálogo filosófico sem tantos ruídos provocados por baralhos ou até um silêncio desviado por desatenção. Para tanto, as ferramentas que fazem parte do dia do indivíduo podem se igualar aquelas ações que Guedes (2008) cita [...] como associar o ano do nascimento de alguém com fato importante da história; vincular dia/ mês de seu nascimento ao de outra pessoa; trocar uma corrente ou o relógio de um braço para outro a fim de lembrar um compromisso assumido.

                  No mais, ainda como estratégia,

 

 

 

 

CAPÍTULO 4.2: A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E O ENSINO DE FILOSOFIA EM ÉPOCA DE TECNOLOGIAS DA INTELIGÊNCIA: uma análise a partir de Pierre Lévy

                  Percebe-se da leitura de Pierre Lévi (2010) que a oralidade foi ferramenta primordial na organização da sociedade naquilo que ele chama de memória de curto prazo - de uma à outra geração, mas havia a necessidade de ampliar as forças dessa memória e é aí que surge outra ferramenta tecnológica que é a escrita. A fase em que estamos já ultrapassa ou reunifica essas duas modalidades de Tecnologias da Inteligência. Vivemos tempos da informática, mas é sempre bom destacar que uma tecnologia não descarta totalmente outra.

Que isto fique claro: a sucessão da oralidade, da escrita e da informática como modos fundamentais de gestão social do conhecimento não se dá por simples substituição, mas antes por complexificação e deslocamento de centros de gravidade. (LÉVI, 1990, p. 09)

 

                 A educação escolar precisa se adaptar às mudanças tecnológicas e sociais para se manter relevante. As reformas educacionais ao longo da história supriram as necessidades de cada época. No Brasil, Benjamin Constant e Gustavo Capanema implementaram mudanças significativas. A escola atual precisa passar por uma nova metamorfose, incluindo o uso da tecnologia em sala de aula, para realizar os sonhos dos jovens. O projeto deste autor propõe o uso de ferramentas tecnológicas, como a Educação à Distância (EAD), para tornar a leitura dinâmica e eficaz. O objetivo é prolongar a vida útil da instituição educacional.

 

CAPÍTULO 4.3: A ORGANIZAÇÃO “SALA DE AULA” E O ENSINO DE FILOSOFIA COM O USO DA EAD COM FOCO EM LÉVI E OUTROS AUTORES

                Este texto aborda a memória de curto prazo e a questão da verdade. Pierre Lévi (2010) destaca a capacidade das ferramentas, como a escrita, de corrigir as fraquezas da memória humana. A Educação à Distância é mencionada como um meio de transporte para o mundo virtual, utilizando tecnologias acessíveis aos alunos. Quanto à verdade, busca-se que os alunos percebam o mundo como algo artificial e suscetível a mudanças através de sua própria influência. A abordagem filosófica é fundamental ao discutir esses temas. Isso sendo ratificado por Lévi até mesmo para o raciocínio lógico visto por muitos como algo natural (2010)

Mais uma vez, a lógica é uma tecnologia intelectual datada, baseada na escrita, e não uma maneira natural de pensar. A enorme maioria dos raciocínios humanos não usa regras de dedução formais. A lógica é, para o pensamento, o mesmo que a régua de madeira é para o traçado de linhas retas quando se desenha. (Lévi. 2010. p157).

                 Adentremos então, de modo superficial,POR QUE??????  na execução do projeto em sala de aula pelo segundo livro a ser trabalhado durante o experimento.

                  Em Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto (1911). Obra utilizada em material impresso, mais livro virtual com áudio livro e filme, é apresentado os primeiros passos para organizar o desejo pela verdade dos meninos.

Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios?  Eram grandes? Pois que fossem... Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. [...] E a agricultura? Nada. [...] E, quando seu patriotismo se fizera combatente, o que achara? Decepções. Onde estava a doçura de nossa gente? [...] sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um encadeamento de decepções. [...] pátria que quisera ter era um mito; um fantasma criado por ele no silêncio de seu gabinete. BARRETO, L (1911)

               Quaresma, de Lima Barreto, idealizou o Brasil toda vida. Patriota acima da média a ponto de defender tudo do país como sendo melhor do mundo, é só na hora de sua morte que ele reflete o descrito na citação. O personagem se deparou com o mundo real tarde demais.

                Da mesma forma há alunos que não conseguem enxergar o real mundo que os cerca. Cita-se aqui a organização escolar. Muitos se decepcionam com a instituição já concluído os estudos10.  Isso porque acreditam nela como “VERDADE” imutável e não aparece ninguém para alertá-los para a artificialidade das coisas.

Segundo Pierre Lévi (2010, p157) A [própria] lógica foi mais ou menos formalizada há vinte e quatro séculos (um curto lapso de tempo comparado à duração da aventura humana). A teoria das probabilidades só existe há três séculos, e as estatísticas há duzentos anos. O que mostra o caráter histórico e provisório de toda definição da racionalidade.

                  É por conta disso, que para além da coerência do pensamento, a primeira leitura é de conhecer a realidade de fato, onde os discentes possam cobrar condições favoráveis à realização de seus desejos. Nesse sentido, uma das saídas passa pelo uso intenso das tecnologias e, por isso, far-se-á um olhar na Educação à Distância (EAD).

[...] é preciso ir mais longe, não ficar preso a um "ponto de vista sobre... para abrir-se a possíveis metamorfoses sob o efeito do objeto. A técnica e as tecnologias intelectuais em particular têm muitas coisas para ensinar aos filósofos sobre a filosofia. (LÉVI, 1990, p. 11)

                 A Educação a Distância (EaD) se tornou relevante devido à vida contemporânea e às demandas do mercado de trabalho. A necessidade de qualificação e conciliação entre estudo e trabalho levou ao reconhecimento da importância da EaD no ensino médio. O preconceito inicial em relação ao AVA é comparado ao enfrentado pelo Rock e cinema, que agora são considerados expressões artísticas. A ampliação da EaD no ensino médio pode oferecer formação eficiente em áreas remotas, reduzindo desigualdades. Quando se olha os dados do Ensino Superior já é possível perceber uma amostra de aumento crescente de matrículas. Contudo é sabido do preconceito12 a essa modalidade. O próprio Lévi (2010), cita:

Antes de abordar o tema principal deste livro, que é o papel das tecnologias da informação na constituição das culturas e inteligência dos grupos, parece-me necessário esclarecer um certo número de ideias sobre a [...] técnica que é hoje objeto de muitos preconceitos. [...] Nestes últimos anos, efetivamente, numerosas obras de reflexão sobre este assunto foram publicadas em língua francesa [...] (LÉVI, 2010, p. 12)

                Apesar das limitações do estudo, há um chamado para debates e pesquisas mais aprofundadas sobre a EaD, considerando o apoio previsto na legislação educacional, como a Lei de Diretrizes e Bases (LDB). Mas, é o Decreto 5.622 de 19 de dezembro 2005 em seu artigo 1º que define essa modalidade de ensino.

[...] modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. (Decreto 5.622 de 19 de dezembro 2005 em seu artigo 1º)

 

Apesar de existir há mais de 150 anos, a literatura sobre Educação a Distância (EaD) é escassa. Moran destaca que a EaD é realizada por meio do uso intenso de tecnologias de informação e comunicação, podendo incluir momentos presenciais. Inicialmente, a EaD enfrentou preconceito em comparação ao ensino presencial, mas se tornou uma ferramenta importante na descentralização do ensino. A história da EaD no Brasil é descrita por Maia & Mattar e Rodrigues, desde anúncios de cursos de datilografia em jornais até a criação de instituições e programas educacionais. No experimento mencionado, são adotadas tecnologias comumente usadas pelos alunos para evitar criar uma total inovação.

CAPÍTULO 4.3.1: A “SALA DE AULA” E UMA PRÉVIA DO EXPERIMENTO DO ENSINO DE FILOSOFIA COM O USO DA EAD

 O mundo se tornou grande, distante, complexo, rápido e próximo ao mesmo tempo. É um paradoxo. A competição é constante e dentre as vantagens que se tem para melhorar os índices econômicos e sociais está à educação aliada as ferramentas tecnológicas.

Em Cybercultura (1999. P22), Lévi refuta os utopistas contra o Capital alegando:

A questão parece estar definida, os jornais e a televisão já decidiram: o ciberespaço entrou na era comercial — [...], segundo a manchete do Le Monde Diplomatique. [...] Tornou-se uma questão de dinheiro envolvendo os pesos pesados. O tempo dos ativistas e dos utopistas já terminou.

                    A Educação a Distância (EaD) permite que o conhecimento seja acessível para além das salas de aula e bibliotecas. A EaD pode contribuir para a expansão da educação, alcançando locais e pessoas antes excluídos. A escola tradicional ainda não atende às necessidades da sociedade, resultando em evasão e reprovação. Os professores, incluindo os de filosofia, precisam combater os preconceitos a essa modalidade. Levi destaca:

[...] toda teoria, explicação ou projeto que faça apelo a estes macroconceitos [...] não pode fazer outra coisa senão despistar, engrossar a cortina de fumaça que abriga os príncipes modernos de olhares e desencorajar os cidadãos a se informarem e agirem. (LÉVI, 2010, p. 13)

                  Ao longo da história, o homem sempre procurou transmitir conhecimentos, seja por meio de rodas de conversa ou de forma individual, como pai para filho. Essa transmissão incluía valores morais e habilidades práticas. As novas tecnologias, como a EaD, não surgem para substituir as existentes, mas sim como uma ferramenta adicional. Assim como o artesanato e a moda permaneceram ao longo do tempo, as TIC’s são uma força complementar.

No rio tumultuoso do devir coletivo, é possível discernir várias ilhas, acumulações, irreversibilidades, mas por sua vez estas estabilidades, estas tendências longas mantêm-se apenas graças ao trabalho constante de coletividades e pela reificação eventual deste em. (LÉVI, 2010, p. 14)

                   A elitização da educação ocorre quando o acesso ao conhecimento é restrito a certos grupos. Isso se reflete na criação de escolas físicas de excelência para atender essa elite e na disponibilidade de recursos virtuais exclusivos. O prestígio dos professores como únicos transmissores de conhecimento pode incorrer em preconceito. Lévi chama a atenção:

O cúmulo da cegueira é atingido quando as antigas técnicas são declaradas culturais e impregnadas de valores, enquanto as novas são denunciadas como bárbaras e contrárias à vida. Alguém que condena a informática não pensaria nunca em criticar a impressão e menos ainda a escrita. (LÉVI, 1990, p. 15)

                 E Guedes (2008) acrescenta o quão colorido é e deve ser esse mundo virtual:

[...] reforçamos que os ícones auxiliares da área da tela do computador organizam o campo visual, viabilizam a funcionalidade do sistema e [...] assumem a função de facilitar tal funcionalidade de forma agradável. Isto porque, reduzem o esforço de memorização e a carga de trabalho no momento de execução. [...] (Guedes. 2008, p22)

                    É essencial usar redes sociais e aplicativos de mensagens para promover debates inovadores. Ignorar isso marginaliza alunos que aprendem muito no mundo digital e enfrentam dificuldades de transporte. Escolas e professores reivindicam o monopólio do conhecimento em sala de aula, desconsiderando outras formas de aprendizado. Uma escola que negligencia essas abordagens não atrai nem mesmo alunos pobres.

                  De novo, não que o ensino presencial não deva ser trabalhado, contudo, os jovens da modernidade querem participar de coisas novas, e o professor de filosofia contemporâneo tem a missão política de avisar aos seus colegas docentes de a necessidade de usar uma conexão coletivo para disseminação do conhecimento. Lévi chama de Técnica coletiva:

Se algumas formas de ver e agir parecem ser compartilhadas por grandes populações durante muito tempo [...] , isto se deve à estabilidade de instituições, de dispositivos de comunicação, de formas de fazer, de relações com o meio ambiente natural, de técnicas em geral, e a uma infinidade indeterminada de circunstâncias. (LÉVI, 2010, p. 16)

                  Antecipa-se parte do experimento que este pesquisador aplicou nos últimos tempos. De início, diz-se que a intervenção segue o breve resumo: adoção de um Ambiente Virtual da Aprendizagem (AVA) como um Blogger linkado a partir do mensageiro Whatsapp e micro vídeo aulas postadas no Youtube e atividades realizadas via Google forms; ainda, com o uso do livro virtual e impresso; trechos de livros impressos com maior complexidade; análise de áudios curtos com questões para os alunos impossibilitados de vir à escola; recortes de filmes de cunho filosófico para incentivar os alunos a assistirem os filmes na íntegra; uso de alguns filmes completos com confecção de resenhas; criação de clube de leituras; apresentações de micro seminários em formato de vídeo;

 

CAPÍTULO 4.3.1.1 ALGUNS AVA’s QUE PODEM SER USADOS PARA INCENTIVAR O DEBATE: INTRODUZINDO CASOS À LUZ DE LÉVI E GUEDES

 

                  Para o texto foram analisados documentos como atas, projetos político-pedagógicos e regimentos internos, revelando que o celular é uma das principais distrações dos alunos nas aulas presenciais. No entanto, busca-se uma solução para aproveitar esse dispositivo, explorando obras como "Navegar no ciberespaço" de Lucia Santaella (2004) e "As tecnologias da Inteligência" de Pierre Lévi (2010), com base no estudo de "Avaliação de Interface Humano-Computador" de Gildásio Guedes Fernandes (2008).

                  O que os professores veem de forma preconceituosa, pode muito bem ser usado como um AVA ou, rebatizando, ser aquilo que Guedes (2008) chama de “Interface Humano-Computador (IHC)”, que com a evolução, no lugar computador, tem-se o celular:

O termo interface humano-computador emergiu na segunda metade dos anos 80, [...]as interfaces para usuários humanos são produtos de trabalhos interdisciplinares, que agregam profissionais de campos distintos [...] em torno do objetivo comum de aperfeiçoar a aprendizagem da funcionalidade dos sistemas. (GUEDES, 2009, p. 7)

O uso do celular como Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) permite criar um ambiente amigável aos alunos, funcionando como uma extensão de seus corpos.QUEM AFIRMA???????? Nas escolas estudadas, a falta de transporte escolar prejudica o atendimento aos alunos da zona rural, levantando questões filosóficas sobre a realização de sonhos. Para alcançar esses alunos, o celular é o ambiente mais adequado, pois a maioria possui o aparelho. É possível utilizar recursos como livros em PDF, atividades via Google Forms, micro videoaulas no YouTube e áudios sobre questões filosóficas. Além disso, é importante intensificar o uso de plataformas como Facebook, Instagram e Whatsapp, onde os alunos estão disponíveis. O uso do celular como uma forma de escapismo deve ser bem aproveitado. Talvez a resistência e os preconceitos seja o paradoxo apontado por Guedes (2008).

um dos paradoxos das tecnologias de informação e comunicação é que, se, a princípio, são implantadas e implementadas para tornar as tarefas mais simples [...] cada inovação tecnológica pode adicionar certa complexidade em seu emprego e, às vezes, frustrações [...] (GUEDES, 2009, p. 8)

                  O primeiro passo para implementar um ambiente virtual de aprendizagem é divulgar uma forma de avaliação que não seja violenta para os jovens. Embora a nota seja importante, ela deve ser apenas um parâmetro para medir o aprendizado, e é necessário fornecer um ambiente em que o aluno possa constantemente acompanhar seu progresso. No Maranhão, o sistema integrado de administração de escolas públicas (SIAEP) elimina burocracias e permite o acompanhamento em tempo real de informações como notas, matrículas e evasão. A disponibilidade da nota no celular permite que pais e alunos acompanhem o desempenho a qualquer momento. O SIAEP é uma forma de Business Intelligence que possibilita o monitoramento em tempo real de dados como matrículas, notas e aprovações, levantando questões filosóficas sobre a verdade do conhecimento assimilado.

                 Essa é a primeira interface disponível ao aluno ao adentrar o colégio e segue os parâmetros requeridos por Guedes (2008)

Em sua condição de usuário [...] como aprendiz, não pode dispensar o conjunto de [...] métodos de educação e instrução que tendem a um objetivo prático, ou seja, os recursos da pedagogia; como leitor, é muito importante que tenha uma interface adequada com os princípios de usabilidade. Tudo isto como forma de viabilizar e aperfeiçoar os processos de ensino e de aprendizagem. (GUEDES, 2009, p. 8)

                 O sistema estudado é adotado por escolas no Maranhão e no Piauí, apresentando usabilidade e utilidade. Durante a pandemia, poucos professores inovaram no ensino à distância, deixando a criação de ambientes virtuais para diretores e professores através de grupos no WhatsApp, atividades no Google Forms e Google Meet, canais no YouTube e um jornal com os alunos. Apesar das limitações,CITAR essas técnicas permitiram o acesso à educação para alunos com problemas de transporte, mas com acesso à internet em casa. O objetivo principal é aproximar o aluno da "verdade" e torná-lo coerente com suas ideias, sendo a educação à distância uma forma válida de alcançá-lo. Essas iniciativas, embora amadoras, são valorizadas por fazerem parte da vida dos envolvidos, mostrando que ambientes impostos externamente não seriam tão eficazes e atendem dois dos quatro critérios de Lévi (2010) no que diz respeito à memorização de longo prazo dos homens que nos 3 e 4 diz:

3. As proposições farão referência a domínios do conhecimento concretos e familiares para os membros das sociedades em questão, de forma que eles possam ligá-los a esquemas preestabelecidos; 4. Finalmente, estas representações deverão manter laços estreitos com "problemas da vida, envolvendo diretamente o sujeito e fortemente carregadas de emoção. (Lévi.1990 p. 82)

                  E, tudo isso, é atestado em breve pesquisa de onde se pediu que os alunos fizessem atividade manuscrita com perguntas e respostas a partir do livro didático, na hora da correção, 60% dos meninos fizeram; já quando se usou as mesmas questões para resolução através do formulário Google Forms, o número aumentou para 90% chegando à totalidade em algumas turmas (LINK NAS REFERÊNCIAS) com os jovens alegando que gostavam mais desse modelo de tarefa porque podiam fazer a qualquer momento na posse do celular.

                 Portanto, a primeira ferramenta de hardware para adentrar ao que se quer é o celular. Fica bom porque esse aparelho é uma constante na vida dos meninos. Nesse aparelho, o aluno vive uma segunda vida, paralela a todo o momento com a sua vida física. O celular é como se já fosse uma extensão do corpo desses Usar a ferramenta que já se tem pode ser aquilo que Levi (1999) diz que seja a “engrenagem” de origem entre os “humildes”.

[...] nossa noção de causalidade passa a mover-se no universo dos choques, das forças e engrenagens do mecanismo etc. [...] Não somente os conceitos são nômades, passando de um território do saber a outro, mas, geralmente, são também de origem humilde, filhos de camponeses, artesãos, técnicos, trabalhadores manuais. (LÉVI, 1990, p. 71)

 

                  Em termos de AVA, a criação de blogger se mostra eficaz, haja vista que se buscou uma interface simples e os textos filosóficos confeccionados junto com os alunos ficam disponíveis até mesmo por pessoas de fora das escolas trabalhadas.

                  O texto destaca o número de visitas em diferentes artigos e dissertações, evidenciando a proximidade dos envolvidos. O blogger já alcançou quase duzentas mil visualizações. Para manter a interface atrativa e garantir que a metodologia não prejudique os adolescentes, é realizado um questionário a cada bimestre.

                 Além dos softwares citados, a ferramenta mais velha da humanidade, que é a ORALIDADE, precisa ser usada com maestria. Essa estratégia atende Lévi (2010. P. 83) que defende a ORALIDADE como sendo uma das melhores estratégias das sociedades sem escrita para transmitirem seus mitos.

Os membros das sociedades sem escrita (e, portanto, sem escola) não são, portanto, "irracionais" porque creem em mitos. Simplesmente utilizam as melhores estratégias de codificação que estão à sua disposição, exatamente como nós fazemos. (Levi. 2010 p 83)

                  Como citado várias vezes, a escola pública brasileira é marcada por uma deficiência de leitura naquilo, que é constrangedor, podemos chamar de analfabetismo funcional, mas que não deve ser obstáculo para o Ensino proveitoso da Filosofia.

 

CAPÍTULO 5. MULTICULTURALISMO: UM PILAR DO “ECLETISMO” E A NECESSIDADE DE CRIAR UM AVA QUE INCENTIVE A DIALÉTICA, OU NÃO

 

                 O ecletismo de ideias busca conciliar diferentes correntes filosóficas sem adotar uma posição crítica. Porém, no contexto brasileiro, há uma cultura plural que evita o debate por receio de violar os Direitos Humanos, segundo Marcus Vinícius Reis (2004).

Antes de falar sobre o fenômeno do multiculturalismo (ou pluriculturalismo [...] tenho que inserir duas afirmações sobre o conceito de direitos humanos [...] o conceito de direitos humanos surge com a transição da sociedade mundial à modernidade; 2º) o conceito de direitos humanos é uma invenção da cultura ocidental. (Vinicius. 2004. P. 07)

                  O artigo "Multiculturalismo e Direitos Humanos" de Reis (2004) aborda a cidadania baseada no conhecimento dos Direitos Humanos e no respeito às diferentes culturas. O autor utiliza sua experiência e bibliografias para explorar o multiculturalismo e sua relação com a dignidade humana. O texto também destaca a legislação brasileira sobre a pluralidade como resposta para a harmonia dos opostos no ocidente.

Nós, [...] , reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade [...] e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, [...] CF de 88. (grifo nosso) (Vinicius. 2004 P. 09)

                      De novo, trazendo um relato dissertativo da vivência na sala de aula.

Em debate e confecção de textos dissertativos sobre a questão existencial da mulher, a defesa da aluna foi que a mulher poderia ser quem ela quisesse ser, ela usou a tese de forma certeira segundo o DH e o respeito a diversidade. O problema ela era de uma igreja dessas bem tradicionais e a defesa argumentativa dela foi progressista, o que se atesta aqui na tese um ser incoerente consigo. (Relatório de Sala de Aula)

                      O texto enfatiza a coexistência da diversidade cultural sem uma cultura prevalecer sobre a outra. É importante que as pessoas ajam de acordo com suas convicções e evitem incoerências. O advogado Reis destaca a dificuldade de conciliar o relativismo, que aceita tudo, e o universalismo, que pode desrespeitar culturas locais, especialmente em questões de Direitos Humanos. O debate sobre esse assunto requer um "ecletismo" dentro dos próprios Direitos Humanos. Estimular o pensamento crítico dos alunos e usar as tecnologias da informação pode ajudar a superar o ecletismo de ideias e promover o questionamento fundamentado de opiniões e argumentos.

 

CAPÍTULO 6: EM ÉPOCA DE PLURALISMO E TIC’s DIVERSAS, O PROFESSOR DE FILOSOFIA DEVE DECIDIR SE CONTINUA INSTITUCIONAL OU NÃO.

 

                    O professor de filosofia enfrenta o desafio de incluir as Tecnologias da Inteligência em sua prática, resgatando o debate e a oralidade. Ele deve decidir se permanece dentro do sistema educacional e o modifica internamente ou se afasta do Estado e utiliza outras ferramentas, como as redes sociais, para filosofar para um público. Essa decisão é crucial para manter-se questionador da realidade e servir de exemplo aos alunos em uma era dominada pelo virtual.

                 Quando se opta pela institucionalização, para além das amarras, há a humilhação da disciplina pelas migalhas oferecidas pela Legislação. Só para se ter uma ideia, a alteração mais recente da Lei de Diretrizes e Bases, a 13.415 de 2017 só menciona “Filosofia” no § 2º do Art. 35 quando diz que:

“A Base Nacional Comum Curricular referente ao ensino médio incluirá obrigatoriamente estudos e práticas de educação física, arte, sociologia e filosofia”.

                  O texto destaca a diminuição do Ensino de Filosofia nas escolas, com a disciplina sendo considerada parte diversificada e não obrigatória, o que leva a ausências nas aulas em várias escolas. O autor menciona a possibilidade de incluir a Filosofia como uma disciplina eletiva de base, utilizando tecnologias como blogs, Google Meet, Google Forms e WhatsApp. A questão da liberdade e institucionalização da Filosofia é discutida, com referência à morte de Sócrates e ao papel dos filósofos governantes proposto por Platão. A instrumentalização da Filosofia como ensino de valores morais vigentes é criticada, pois limita o sujeito político ao sujeito moral. O autor ressalta a importância da Filosofia para desenvolver pensamento crítico e questionar argumentações, mas aponta limitações impostas pelo Estado e problemas relacionados à formação dos professores. Conclui-se que é fundamental ocupar o lugar da Filosofia na instituição e lutar contra sua marginalização, defendendo a presença de professores com formação adequada para emancipar o indivíduo em um mundo complexo e com diferentes concepções de verdade.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS, PRODUTOS EDUCACIONAIS A SEREM GERADOS E RELATÓRIO INTERVENTIVO.

                   A falta de inovação nas políticas educacionais brasileiras tem resultado em baixos índices de desempenho nas avaliações internas e externas. As escolas precisam acompanhar os avanços tecnológicos e se adaptar à realidade dos alunos, que estão imersos em um mundo tecnológico. A abordagem multiculturalista, que busca conciliar ideias opostas, dificulta o debate e impede o surgimento de grandes pensadores. A falta de discussão e abertura para temas atuais nas escolas é evidente, assim como a má interpretação de autores que promoveram mudanças de costumes. É importante explorar o uso das tecnologias, como o WhatsApp, como ambiente de debate e aprendizado, além de incentivar a oralidade para abordar temas complexos. As políticas educacionais devem ser repensadas, buscando inovação, debate e preparação dos alunos para a sociedade atual.

                  A partir da dissertação deste artigo uma proposta de intervenção passa por algumas gradações em formato de “fases” a partir da observação participativa e de alguns dados coletados onde se terá uma organização do estudo como a literatura usada na dinâmica das quais cita Górgias de Platão (2011), Capitães da Areia (2007), A Hora da Estrela (1998) Urupês (2009), O Príncipe (1979), Memórias de um Sargento de Milícias (data),  e obras afastando-se de certa forma a leitura na íntegra, isso para não causar traumas no aluno: A aurora da filosofia grega. 2006 o) Curso de Filosofia do (2015). A ideia, o Estado, a religião sob o olhar judaico-cristão e de Hegel a Marx (2021). A questão da verdade na Filosofia – Síntese (2021) Busca da verdade: um conceito à Filosofia (2021), Moral e Ética: Distinções (2021) Meditações Metafísicas; tradução Lê Livros, (2006) Discurso do Método/René Descartes; tradução Ciro Mioranza, (2006), Ecletismo, Filosofia. (2021) A Ideologia Alemã. (2007), História da Filosofia Cristã. (1991), Crítica da razão tupiniquim (1994), Fenomenologia do Espírito. Coleção Os Pensadores, (1974), HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza). (1996), Ensaio acerca do entendimento humano; (1999), O príncipe Brasil: Ur5, (1979), PARMÊNIDES. Da natureza. (2002), Multiculturalismo e Direitos Humanos. V.01. N.01. pp. 16f.

 

 

 

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[1] CARDOSO, Isaac Sabino. Graduado em Letras Português e Filosofia, Bacharelado em Administração Pública – Especialista em Gestão, Gestão Escolar e Educação do Campo pela UEMA. Bacharelando em Direito. Mestrando em Filosofia pela Universidade Federal do Piauí

[2] Fala constada durante debate entre os alunos no intuito de trabalhar, para além de Filosofia, a citação que é uma das competências do texto dissertativo argumentativo do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)

[3] Fala constada durante debate entre os alunos no intuito de trabalhar, para além de Filosofia, a citação que é uma das competências do texto dissertativo argumentativo do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)

[4] Ide

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