A
partir do momento em que os homens passaram a viver em grupos, surgiu a
necessidade de organizações para proteção do convívio: as primeiras foram a militar
e a religiosa. Além da própria Sociologia, vários autores modernos têm
mobilizado esforços para conceituar organizações, os mais citados são Bernardes
e Marcondes, Peter Drucker, Anthony Giddens, Megginson, Mosley e Pietri Jr.
Cada facilidade que o homem moderno dispõe está ligada, de uma forma ou de
outra, a uma organização.
Organização vem do grego órganon e
significa instrumento, ferramenta, objeto com funcionalidade específica. O conceito serviu perfeitamente para nomear as
primeiras instituições da humanidade, pois elas eram instrumentos com uma
finalidade específica: os militares, por exemplo, garantiam a proteção contra
inimigos externos e a religião assegurava uma estabilidade dentro da
comunidade. A verdade é que – formou-se um grupo humano - surge, imediatamente,
a necessidade de organizações.
A Sociologia, ciência nova, do século XIX,
classifica uma organização como sendo um conjunto de pessoas ou grupos; com
objetivos próprios; interesses e valores comuns; formas próprias de
relacionamento; coordenação e hierarquia definidas; espaço de atuação
delimitado e relativa continuidade no tempo. Bernardes e Marcondes (1999)
acrescentam a artificialidade e as contínuas alterações no tempo. Os outros
autores coincidem, em seus pontos de vista, com o já citado.
O mundo moderno se tornou tão complexo que
é difícil pensar num homem sem as organizações. O dia começa com a água e a
energia servida por duas instituições. Atualmente, para cada gesto, surge, a
todo o momento, uma empresa pública ou privada com o propósito de facilitar a vida.
E essas empresas, principalmente as privadas, lançam mão de diversas
estratégias para continuarem no mercado. O melhor exemplo de instituições
modernas, de muita influência, que lutam para se manterem vivas é o caso dos
meios de comunicação.
É através da TV que o homem moderno é
moldado. Antes era pela religião. Assistindo, pessoas decidem o que comprar, em
quem votar. Mas, para que os canais consigam o direito de entrar nas casas do
telespectador é necessário um trabalho árduo. Como qualquer organização que
pretende durar, o primeiro passo é uma boa administração. Em seguida, há a
necessidade de muita criatividade. Diferente do setor público, essa parte da
iniciativa privada tem que ser artificial e sofrer contínuas alterações no
tempo Bernardes e Marcondes (1999). Do contrário é falência na certa.
Tendo em vista os aspectos observados,
conclui-se que a partir do momento em que um grupo de pessoas se junta para
sobreviver, essa sobrevivência não poderá mais ser regulada pelas forças da
natureza. Nesse contexto nascem as Organizações. O propósito destas entidades
artificiais é regular e melhorar a vida de todos. O aumento populacional proporcionou
a concorrência até mesmo entre as organizações religiosas, o que tem implicado
na vida e morte de muitas entidades. Manter um grupo de pessoas focadas no
objetivo da instituição requer estratégias vinculadas a uma boa administração,
criatividade e constante adequação no tempo.
BIBLIOGRAFIA
Assmann,
Selvino José. Filosofia e Ética/Selvino
José Assmann. – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC;
{CAPES: UAB, 2009. 166p.:Il.
Silva, José Maria da. Apresentação
de trabalhos acadêmicos: normas e técnicas/José Maria da Silva , Emerson Sena da Silveira. 5.
Ed. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2009
Silva,
Golias Sociologia organizacional /
Golias Silva. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração /
UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2010. 152p. : il.
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