O que antes parecia ser abundante e infinito
– os recursos naturais, com o aumento populacional e consecutivamente o consumo
de energia e produção de lixo, percebeu-se o contrário. Embora haja vestígios
históricos da preocupação humana com o meio ambiente, é só na década de 90 que
o alerta é acionado com mais intensidade através da famosa agenda 21 – pilar
para as agendas 21 global, brasileira e local. Este artigo abordará a diferença
entre estes três compromissos.
Até por conta do costume, ao longo da história, o homem sempre se achou
no direito divino de mandar na natureza. Tal “direito” passou a sensação de infinitude
dos recursos naturais durante um bom período da história. Por conta disso a
exploração predatória, tanto da fauna quanto da flora, provocou diversas extinções.
O cume do problema veio logo após a revolução industrial. A concentração do
grande número de pessoas, os gases e o lixo poriam em risco a própria
humanidade.
De qualquer forma, num olhar atento da história, é fácil perceber alguns
momentos de preocupação com o meio-ambiente: os romanos, por exemplo, já
adotavam medidas de descarte do lixo; no período colonial brasileiro, já
existia legislação que visava proteger os recursos naturais. Mas, é na década de 90, através de vários
debates promovidos a partir da preocupação com o efeito estufa e outros que se assina
uma série de protocolos que funcionarão como agendas.
Em 1992 foi realizado a Eco 92. O encontro produziu a famosa agenda 21.
O documento está dividido em três agendas que possuem diferenças entre si: a 21
global, a brasileira e a local.
A Agenda Global é bem mais genérica apontando os nortes como a
cooperação entre os países em todos os níveis; a busca pela igualdade de
direitos com fortalecimento dos grupos socialmente vulneráveis; incentivo a democracia
e a sustentabilidade como uma ética. As agendas nacionais e locais são mais
executoras. O diferencial no caso do Brasil é a Agenda Local pouco existente em
outros lugares do mundo e justificada por conta das dimensões do país.
Além das Agendas Locais, no caso do Brasil, um outro diferencial na agenda
nacional é a busca do equilíbrio entre crescimento econômico com equidade
social e preservação ambiental. O desejo é afastar o consumismo perdulário e a
exploração predatória dos recursos naturais.
Particularidade mesmo - são as Agenda 21 Locais. Cada cidade brasileira
faz a sua - assegurado à participação
popular; o respeito às comunidades e diferenças culturais; a integração; a melhoria
do padrão de vida das comunidades; a diminuição das desigualdades sociais; e a mudança
de mentalidades. Este tipo de agenda é necessário no Brasil por conta do
tamanho do país e de sua diversidade cultural.
Num olhar atento é perceptível grupos e subgrupos no que toca essas
agendas. O velho conjunto e subconjunto onde o Local está dentro do Nacional e
o Nacional no Global. A diferença mesmo reside no fato de a Agenda Local, por
ser a mais executora, ser mais prática; enquanto as outras duas ficam mais no
campo da teoria. Pode se pensar, também, na Agenda Global e Nacional como orientadoras
e fiscalizadoras.
A verdade é que a humanidade deu um passo perigoso num estilo de vida
danoso ao planeta, e, embora desde períodos remotos haja preocupação com a
guarda de recursos naturais, é justamente os sinais de esgotamento destes que
fez surgir os protocolos que culminaram na Agenda 21 que, de forma nacional ou
local, têm buscado formar uma mentalidade que concilie homem e meio ambiente da
forma mais sustentável possível.
REFERÊNCIAS
Nascimento, Luis
Felipe Gestão ambiental e sustentabilidade / Luis Felipe Nascimento. – 2. ed.
reimp – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC;
[Brasília] : CAPES : UAB, 2012. 146p. : il.
Oliveira,
José Arimatés de Gestão de pessoas no setor público / José Arimatés de
Oliveira, Maria da Penha Machado de Medeiros. – Florianópolis : Departamento de
Ciências da Administração/ UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2011.184p. : il.
Oliveira, João
Rezende Almeida Instituições de direito público e privado / João Rezende
Almeida Oliveira, Tágory Figueiredo Martins Costa. – 2. ed. reimp. –
Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] :
CAPES : UAB, 2012.
Rosa,
Rodrigo de Alvarenga Gestão de operações e logística I / Rodrigo de Alvarenga
Rosa. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC;
[Brasília] : CAPES : UAB, 2011. 160p. : il.
Silva, José Maria da. Apresentação de trabalhos acadêmicos: normas
e técnicas/José Maria da Silva ,
Emerson Sena da Silveira. 5. Ed. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2009
TREVISAN, Andrei Pittol; BELLEN, Hans Michael van. Revista
de Administração Pública. Rio
de Janeiro 42 (3): 529-50, maio/jun. 2008.
Disponível em <http://www.brasilescola.com/geografia/terceira-revolucao-industrial.htm>
Acesso em 01 março 2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário