sábado, 10 de abril de 2021

Agenda 21 Global, Nacional e Local e suas diferenças.



     O que antes parecia ser abundante e infinito – os recursos naturais, com o aumento populacional e consecutivamente o consumo de energia e produção de lixo, percebeu-se o contrário. Embora haja vestígios históricos da preocupação humana com o meio ambiente, é só na década de 90 que o alerta é acionado com mais intensidade através da famosa agenda 21 – pilar para as agendas 21 global, brasileira e local. Este artigo abordará a diferença entre estes três compromissos.
     Até por conta do costume, ao longo da história, o homem sempre se achou no direito divino de mandar na natureza. Tal “direito” passou a sensação de infinitude dos recursos naturais durante um bom período da história. Por conta disso a exploração predatória, tanto da fauna quanto da flora, provocou diversas extinções. O cume do problema veio logo após a revolução industrial. A concentração do grande número de pessoas, os gases e o lixo poriam em risco a própria humanidade.
     De qualquer forma, num olhar atento da história, é fácil perceber alguns momentos de preocupação com o meio-ambiente: os romanos, por exemplo, já adotavam medidas de descarte do lixo; no período colonial brasileiro, já existia legislação que visava proteger os recursos naturais.  Mas, é na década de 90, através de vários debates promovidos a partir da preocupação com o efeito estufa e outros que se assina uma série de protocolos que funcionarão como agendas.
     Em 1992 foi realizado a Eco 92. O encontro produziu a famosa agenda 21. O documento está dividido em três agendas que possuem diferenças entre si: a 21 global, a brasileira e a local.
     A Agenda Global é bem mais genérica apontando os nortes como a cooperação entre os países em todos os níveis; a busca pela igualdade de direitos com fortalecimento dos grupos socialmente vulneráveis; incentivo a democracia e a sustentabilidade como uma ética. As agendas nacionais e locais são mais executoras. O diferencial no caso do Brasil é a Agenda Local pouco existente em outros lugares do mundo e justificada por conta das dimensões do país.
     Além das Agendas Locais, no caso do Brasil, um outro diferencial na agenda nacional é a busca do equilíbrio entre crescimento econômico com equidade social e preservação ambiental. O desejo é afastar o consumismo perdulário e a exploração predatória dos recursos naturais.
     Particularidade mesmo - são as Agenda 21 Locais. Cada cidade brasileira faz a sua -  assegurado à participação popular; o respeito às comunidades e diferenças culturais; a integração; a melhoria do padrão de vida das comunidades; a diminuição das desigualdades sociais; e a mudança de mentalidades. Este tipo de agenda é necessário no Brasil por conta do tamanho do país e de sua diversidade cultural.
     Num olhar atento é perceptível grupos e subgrupos no que toca essas agendas. O velho conjunto e subconjunto onde o Local está dentro do Nacional e o Nacional no Global. A diferença mesmo reside no fato de a Agenda Local, por ser a mais executora, ser mais prática; enquanto as outras duas ficam mais no campo da teoria. Pode se pensar, também, na Agenda Global e Nacional como orientadoras e fiscalizadoras.
     A verdade é que a humanidade deu um passo perigoso num estilo de vida danoso ao planeta, e, embora desde períodos remotos haja preocupação com a guarda de recursos naturais, é justamente os sinais de esgotamento destes que fez surgir os protocolos que culminaram na Agenda 21 que, de forma nacional ou local, têm buscado formar uma mentalidade que concilie homem e meio ambiente da forma mais sustentável possível.
    
    

    
    
    
      
    
   

    







REFERÊNCIAS

Nascimento, Luis Felipe Gestão ambiental e sustentabilidade / Luis Felipe Nascimento. – 2. ed. reimp – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2012. 146p. : il.


Oliveira, José Arimatés de Gestão de pessoas no setor público / José Arimatés de Oliveira, Maria da Penha Machado de Medeiros. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração/ UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2011.184p. : il.


Oliveira, João Rezende Almeida Instituições de direito público e privado / João Rezende Almeida Oliveira, Tágory Figueiredo Martins Costa. – 2. ed. reimp. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2012.


Rosa, Rodrigo de Alvarenga Gestão de operações e logística I / Rodrigo de Alvarenga Rosa. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2011. 160p. : il.

Silva, José Maria da. Apresentação de trabalhos acadêmicos: normas e técnicas/José  Maria da Silva , Emerson Sena da Silveira. 5. Ed. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2009

TREVISAN, Andrei Pittol; BELLEN, Hans Michael van.  Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro 42 (3): 529-50, maio/jun. 2008.

Disponível em <http://www.brasilescola.com/geografia/terceira-revolucao-industrial.htm> Acesso em 01 março 2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O QUE EU SEI!

QUER SABER? Aqui você encontrará resenhas de livros, resumos, comentários sobre política e COISAS que você não achou em outro lugar.