A história moderna está cheia de tentativas de
pacificação e pouco tempo depois a eclosão de conflitos. O filósofo Kant e mais
tarde o Presidente dos Estados Unidos Thomas Woodrow Wilson (1856-1924) pensaram
num conjunto de regras para regular a paz no globo - o que mais tarde fez surgir
a ONU, uma nova ordem mundial, e também, novos inimigos. Atualmente, o dilema
gira em torno da busca por soluções que ultrapassam a figura local do Estado.
O mais recente conflito, que chamou a
atenção para o jeito de fazer política internacional da Europa, foi a primeira
guerra mundial. O então presidente dos
Estados Unidos, Woodrow Wilson foi um dos que partilhou “da crença de que a
forma europeia de fazer política internacional – buscando por todos os meios
realizar seus interesses nacionais, levava inevitavelmente à guerra e à
desordem entre as nações”.
Wilson elencou 14 pontos que poderiam
pacificar a humanidade. As ideias do presidente tratavam de cinco grandes temas
como diplomacia aberta; controle de armamentos; liberdade comercial;
autodeterminação dos povos e a associação geral de nações. Os pensamentos do
norte americano na busca de um mundo pacificado já haviam sido tratados um
pouco antes pelo filósofo prussiano Immanuel Kant.
Kant e Wilson coincidem na ideia da
construção de uma Liga, uma espécie de instituição regida por um conjunto de
regras de certa forma universais.
Mas, como sempre, necessidade de paz parece
ser só o outro lado da moeda da guerra. A teoria da Liga terminou culminando na
segunda guerra mundial. O desejo de algo que fosse universal terminou sendo
combatido de forma radical por um pensamento nacional. O nacionalismo deu forças
ao nazismo, ao fascismo e levou à morte 45 milhões de pessoas na segunda guerra.
Terminada a grande guerra, a proposta da
Liga se realizou quando foi criada a ONU (Organização das Nações Unidas). A
história é uma eterna repetição: ora um pensamento é posto em prática, ora o
outro. Ora paz, ora guerra. Durante um longo período de tranquilidade, a
humanidade ficou sob suspeição de uma guerra fria envolvendo os Estados Unidos
e a antiga União Soviética.
Terminado essa angústia, com a dissolução
do bloco socialista, um novo mundo surgiu. O que se tem, atualmente, são
desavenças armadas pontuais. Contudo, alguns problemas ganharam escala global –
é o caso do da questão ambiental, do terrorismo e do narcotráfico. Por hora, o
nacionalismo é posto de lado em nome da busca de soluções a problemas que
acontecem num lugar e afetam outros bem distantes (embora alguns sinais como o
pedido de saída do Reino Unido da União Europeia e o favoritismo de Donald
Trump a presidência dos EUA apontem o contrário). Há uma
paz, mas tal qual o fantasma do período da guerra fria, algo de ruim ronda a
humanidade.
De qualquer forma, destaca-se na busca da
harmonia planetária as Organizações Não Governamentais (ONG’s). Dentre as de
maior relevância estão a Cruz Vermelha, as ambientalistas WWF (World Wide Fund
for Nature) e o Greenpeace. Também tem ajudado muito os encontros globais entre
líderes para tratar de questões econômicas, sobre o clima e sociais. Tudo
apontando para visões que são transnacionais.
A verdade é que a humanidade é muito
complexa e vive um eterno embate entre paz e conflito. Dois momentos com duas
grandes guerras foram cruciais para o amadurecimento das ideias que almejavam
um acordo planetário. É fato que há tranquilidade nos tempos atuais, mas alguns
temas afloram o velho debate entre o nacional e o transnacional, é o caso das
questões ambientais, do terrorismo e do narcotráfico.
REFERÊNCIAS
10 passos
essenciais para se tornar o negociador de referência. Disponível em
<http://www.administradores.com.br/noticias/carreira/10-passos-essenciais-para-se-tornar-o-negociador-referencia/37112/>
Acesso em 18 março 2016
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