quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Crítica: Superman sem limites e a preocupação como conhecimento

     Lançado em 2013 o filme Superman sem limites, animação da DC, traz ótimas premissas e uma conclusão muito boa. O enredo também pode ser usado no velho dilema da humanidade que é a preocupação com o conhecimento. Este texto se limitará nas premissas lógicas e no valor do conhecimento para a humanidade.
     Para quem gosta de quadrinhos, desenhos animados ou é fã de cinema já é conhecedor da temática alienígenas invadindo a terra. O bom de Superman sem limites é o propósito do vilão - saciar a fome por conhecer. 
    Brainiac é um extraterrestre que invade mundos e coleciona algumas partes desses planetas. O propósito é sugar todo o saber do lugar mais avançado - as metrópoles. Em seguida o invasor destrói tudo. A destruição é necessária porque o conhecimento não para de acontecer e o alienígena que ser o único a tê-lo, na forma em que o encontrou.
    Premissa muito boa: o desejo de conhecer; o ato de conhecer; e depois não deixar mais conhecimento pra ninguém e nem que o próprio conhecimento evolua.  O ser humano e a terra se encaixam perfeitamente como cenário. 
     A premissa envolvendo o conhecimento é boa porque esse dilema é velho para os humanos e, por aqui, quem conhece mais tem uma vida mais confortável. O debate remonta a filósofos antigos como Heráclito e Parmenides; Sócrates e os Sofistas; e até o Cristianismo entra nessa polêmica.
     Algumas teorias dos citados acima tratam o conhecimento como algo que evoluí com o conflito; outros acreditam que o conhecimento já existe em algum lugar e é só pingado aos de outro. E há ainda os que defendem um conhecimento verdadeiro e único, e alguns que dizem que tudo é ilusório - só uma questão de perspectiva.
     A lógica em Superman Sem limites é boa. Com pouquíssimos erros. Tão boa que não foi necessária a velha luta do bem contra o mal no centro do enredo. O vilão não pode ser considerado mal porque o alimento dele é algo pelo qual os homens também têm fome. A conclusão é excelente: Brainiac não suporta conhecer na prática. Só em sua nave. No seu laboratório. Quando exposto ao dia a dia de um planeta o ser entra em colapso.



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