A educação
parece um ser vivo que nasceu, cresceu e, nos últimos tempos, vem lutando para não
morrer. Uma das vantagens dessa instituição é a sua capacidade de se metamorfosear
através de reformas. O sistema brasileiro,
por exemplo, vem passando por alterações desde 1890. A última grande
modificação é a Lei de Diretrizes e Bases de 1996 que diferenciou muito pouco a
escola atual da do século XIX.
Essa escola que se tem nos
moldes atuais surge com os medievais – na escolástica. Há notícias do ensino
entre os antigos, mas de forma domiciliar. No Brasil, a educação nasce com a
igreja e depois é substituída por ideais do liberalismo econômico. No século
XIX, o sistema educacional quase pende para a esquerda, mas gira totalmente
para a direita militar.
Em tempos recentes, com o advento
da tecnologia – especialmente de ferramentas de pesquisas - e a desvinculação da
maioria dos empregos à complexidade do currículo, tornar a escola atrativa
passa pela necessidade de mais uma grande reforma no sistema. E, já vão
passando quase dois séculos dessa necessidade que se não ocorrer logo, corre-se
o risco desta época ver a “morte” da Instituição Escola.
Contudo, não é a primeira vez que a escola brasileira se metamorfosea para
ressurgir suprindo as necessidades de uma época.
Destaque para nomes como Benjamin
Constant, Epitácio Pessoa, Rivadávia Correia, Carlos Maximiliano, Rocha Vaz,
Francisco Campo, Gustavo Capanema, que implantaram a educação primária, deram
acesso feminino aos cursos secundários e superiores, mais liberdade de ensino,
exames vestibulares, seriações do ensino secundário, criação de ginásios. Mais
recente, tem-se as Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBs). A primeira foi
a 4.024 de 20 de dezembro de 1961 e a que está em vigor é a 9.394 de 20 de dezembro
de 1996.
Percebe-se a importância das
reformas educacionais para o desenvolvimento da educação. O sistema precisa
dessas revisões para continuar vivo. Essas adaptações adequam o ensino a moral
vigente e as mudanças no mundo do trabalho. Só para se ter uma ideia as relações
religiosas com Estado e as relações entre gêneros mudaram muito nesta última
década e no mundo do trabalho os serviços que envolvem repetição têm sido
substituído por máquinas. Neste sentido, o emprego se volta para a
criatividade.
Por conta disso, as reformas
educacionais são de suma importância para a sobrevida de qualquer sistema
educacional. Sem elas a escola se torna um lugar sem conexão com a realidade. A
rapidez que ganhou as interações humanas na última década tem dado sinal claro
que a LDB de 96 já não corresponde os anseios do mundo contemporâneo sendo
urgente outra grande reforma educacional.
REFERÊNCIAS
MARCONI,
M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. – 5. Ed.
-São Paulo: Atlas, 2003
SANTOS, Fernando César. Política
Educional Brasileira. Disponível em: <https://ava2.uemanet.uema.br/mod/assign/view.php?id=27931>. Acesso em: 20 julho. 2019.
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