terça-feira, 8 de agosto de 2023

Um resumo acerca do Capítulo IV dAs novas condições de subalternidade

 


O presente resumo versa sobre o capítulo “dAs novas condições de subalternidade” de Dias, 2012. Para tanto é usada a técnica da leitura imanente. Nisso, o primeiro passo, depois de uma leitura superficial foi contar cada parágrafo. Os primeiros sete parágrafos trazem um histórico das lutas de uma classe pouco vista: os subalternos. Em seguida, é trabalhado o conceito de subalterno. Para iniciar o próximo tópico, o autor cita Galeano, 1997, p. 115. “Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caçador continuarão glorificando o caçador”. Depois do citado o autor continua conceituando e diferenciando a burguesia e o operariado. A partir desse momento, em parágrafos maiores, o autor começa a conceituar uma classe de indivíduos que, diferente da burguesia, por estarem a margem do Estado, é subalterna. Lá pelo parágrafo 11 o artigo, parafraseando Gramsci, argumenta que pela ausência de uma consciência ideológica formada, os subalternos não conseguem se unificar. Parafraseando Dias (2012, p. 72) na pagina 13 o conceito de subalterno fica mais claro como “...aquele que não pode falar, que não tem voz”. A parte 15, 16 e mais algumas apresenta o problema do senso comum existente entre os subalternos que o contraditório entre a ação e o ideal. Para Gramsci, o homem comum acredita que o mundo fora de si é uma criação da dividade e não consegue enxergar a construção ideológica de que detem o poder dominante agindo. É uma dialética entre materialista e raconalistas que perpassa Tales de Mileto contra Platão.

                    Em “Filosofia da praxis como a teoria dos grupos subalternos”, parágrafos a partir do 26, é reforçado a adesão de Gramsci a “filosofia da praxis” e consecutivamente ao materialismo histórico, porque é através desse andar material e histórico que as classes vão adquirindo consciencia de sua existência e, por alguns erros de cálculo da classe dominante – nas crises – pode-se tomar medidas políticas corretas.

                    O texto é uma resposta a diversas perguntas como O homem subalterno nasce quando na história? O que é o materialismo? Qual a diferença entre o materialismo e o idealismo? Qual o conceito de subalterno? Quais as revisões de Gramsci acerca do pensamento de Marx, de Groce e de Bukharin? Quais as ligações do Materialismo com as religiões? Qual a reação da direita dominante quando subalternos começam a ter consciência de si? O que é a Filosofia da Práxis? A Filosofia da Práxis é capaz de explicar o movimento dialético da luta de classes?

                 A sequência lógica do texto de Anita Helena é marcada por elementos coesivos referenciais que retomam explicações de parágrafos anteriores. Há alguns elementos coesivos catafóricos e pronomes relativos, mas a maior parte das introdções dos parágrafos é marcada por substantivos. No oitavo parágrafo tem-se “A categoria”; no nono “Del Roio”; no onze “os grupos” e no doze “A conscência”. Em certo momento, a autora usa Gramsce apud Marx  contraposição a Feuerbarch e Croce, sendo que o primeiro não pontua um materialismo que seja histórico e com base na práxis.

            Com um advérbio “já” em meados do capítulo, através de Marx com a 1ª das “Teses contra Feuerbach” o cenceito de Filosofia da Práxis é melhor conceituado e traduzido como a aplicação da atividade filosófica na prática contidiana.

             Já concluindo o capítulo “A Filosofia da práxis como a teoria dos grupos subalternos” são usados Cadernos do Cárcere para esclarecer a história dos subalternos da Itália como uma consciência que deve se articular de forma clara e com passos descritos no parágrafo 28. Acontece muito com o uso do termo “práxis”. Depois, temos elementos catafóricos e verbos iniciando os últimos parágrafos. Bem no fim, as conclusões são marcadas por substantivos iniciandos os parágrafos, acontece diversas vezes com “Os fundamentos”, “O Termo”; “O “espírito””.

             Fazendo um resumo de cada parágrafo de forma a formar um pequeno texto, em um único parágrafo, que remeta as vinte e dezeseis páginas, tem-se: que o conceito de classe social passa por mais um adendo a partir de Gramsci com teses que marcam a burgesia que conta com a organização estatal para melhor unificação de si, o proletarido que é bastante dividido e dentro dessa divisão, o pensador italiano traz à tona “os subalternos”. Destaque para o caderno 25. De 1934. . Há uma escolha por Marx para explicar o materialismo histórico e o tempo espacial campesino e urbano para mostrar duas classes que são operariados mas disputam entre si que é o caso do homem do campo aveso ao funionário do Estado e o funcionário do Estado que se acha elite e menospreza o campezino, mas ambos pertencem a mesma classe social. Vale ressalta que a autora deixa claro, através de gramsc, que a classe mais a margem não tem uma consciência uma e, por isso, não entende sua própria existência no sistema. Sem falar que a classe dominante usa de diversos meios para que isso se perdure: do texto – um exemplo – é a religião. A saída de tal situação subalterna é colocada em capítulo próprio tendo como palavra chave a “práxis”.

 

 

REFERÊNCIAS

 

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Lessa, Sérgio. O revolucionário e o estudo : por que não estudamos? / Sérgio Lessa.– São Paulo : Instituto Lukács, 2014. 120 p.

 

Schlesener, Anita Helena Grilhões invisíveis: as dimensões da ideologia, as condições de subalternidade e a educação em Gramsci/ Anita Helena Schlesener. Ponta Grossa: Ed. UEPG, 2016. 196 p.





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