O
presente resumo versa sobre o capítulo “dAs
novas condições de subalternidade” de Dias, 2012. Para tanto é usada a
técnica da leitura imanente. Nisso, o primeiro passo, depois de uma leitura
superficial foi contar cada parágrafo. Os primeiros sete parágrafos trazem um
histórico das lutas de uma classe pouco vista: os subalternos. Em seguida, é
trabalhado o conceito de subalterno. Para iniciar o próximo tópico, o autor
cita Galeano, 1997, p. 115. “Até que os leões tenham seus próprios
historiadores, as histórias de caçador continuarão glorificando o caçador”. Depois
do citado o autor continua conceituando e diferenciando a burguesia e o
operariado. A partir desse momento, em parágrafos maiores, o autor começa a conceituar
uma classe de indivíduos que, diferente da burguesia, por estarem a margem do
Estado, é subalterna. Lá pelo parágrafo 11 o artigo, parafraseando Gramsci,
argumenta que pela ausência de uma consciência ideológica formada, os
subalternos não conseguem se unificar. Parafraseando Dias (2012, p. 72) na
pagina 13 o conceito de subalterno fica mais claro como “...aquele que não pode
falar, que não tem voz”. A parte 15, 16 e mais algumas apresenta o problema do
senso comum existente entre os subalternos que o contraditório entre a ação e o
ideal. Para Gramsci, o homem comum acredita que o mundo fora de si é uma
criação da dividade e não consegue enxergar a construção ideológica de que
detem o poder dominante agindo. É uma dialética entre materialista e
raconalistas que perpassa Tales de Mileto contra Platão.
Em “Filosofia da praxis
como a teoria dos grupos subalternos”, parágrafos a partir do 26, é reforçado a
adesão de Gramsci a “filosofia da praxis” e consecutivamente ao materialismo
histórico, porque é através desse andar material e histórico que as classes vão
adquirindo consciencia de sua existência e, por alguns erros de cálculo da
classe dominante – nas crises – pode-se tomar medidas políticas corretas.
O texto é uma
resposta a diversas perguntas como O homem subalterno nasce quando na história?
O que é o materialismo? Qual a diferença entre o materialismo e o idealismo? Qual
o conceito de subalterno? Quais as revisões de Gramsci acerca do pensamento de
Marx, de Groce e de Bukharin? Quais as ligações do Materialismo com as
religiões? Qual a reação da direita dominante quando subalternos começam a ter
consciência de si? O que é a Filosofia da Práxis? A Filosofia da Práxis é capaz
de explicar o movimento dialético da luta de classes?
A sequência lógica do texto de
Anita Helena é marcada por elementos coesivos referenciais que retomam
explicações de parágrafos anteriores. Há alguns elementos coesivos catafóricos
e pronomes relativos, mas a maior parte das introdções dos parágrafos é marcada
por substantivos. No oitavo parágrafo tem-se “A categoria”; no nono “Del Roio”;
no onze “os grupos” e no doze “A conscência”. Em certo momento, a autora usa
Gramsce apud Marx contraposição a Feuerbarch e Croce, sendo que
o primeiro não pontua um materialismo que seja histórico e com base na práxis.
Com um advérbio “já” em
meados do capítulo, através de Marx com a 1ª das “Teses contra Feuerbach” o
cenceito de Filosofia da Práxis é melhor conceituado e traduzido como a
aplicação da atividade filosófica na prática contidiana.
Já concluindo o capítulo “A Filosofia
da práxis como a teoria dos grupos subalternos” são usados Cadernos do Cárcere para
esclarecer a história dos subalternos da Itália como uma consciência que deve
se articular de forma clara e com passos descritos no parágrafo 28. Acontece
muito com o uso do termo “práxis”. Depois, temos elementos catafóricos e verbos
iniciando os últimos parágrafos. Bem no fim, as conclusões são marcadas por
substantivos iniciandos os parágrafos, acontece diversas vezes com “Os
fundamentos”, “O Termo”; “O “espírito””.
Fazendo um resumo de cada
parágrafo de forma a formar um pequeno texto, em um único parágrafo, que remeta
as vinte e dezeseis páginas, tem-se: que o conceito de classe social passa por
mais um adendo a partir de Gramsci com teses que marcam a burgesia que conta
com a organização estatal para melhor unificação de si, o proletarido que é
bastante dividido e dentro dessa divisão, o pensador italiano traz à tona “os
subalternos”. Destaque para o caderno 25. De 1934. . Há uma escolha por Marx
para explicar o materialismo histórico e o tempo espacial campesino e urbano
para mostrar duas classes que são operariados mas disputam entre si que é o
caso do homem do campo aveso ao funionário do Estado e o funcionário do Estado
que se acha elite e menospreza o campezino, mas ambos pertencem a mesma classe
social. Vale ressalta que a autora deixa claro, através de gramsc, que a classe
mais a margem não tem uma consciência uma e, por isso, não entende sua própria
existência no sistema. Sem falar que a classe dominante usa de diversos meios
para que isso se perdure: do texto – um exemplo – é a religião. A saída de tal
situação subalterna é colocada em capítulo próprio tendo como palavra chave a
“práxis”.
REFERÊNCIAS
.
Lessa, Sérgio. O revolucionário e o estudo : por que
não estudamos? / Sérgio Lessa.– São Paulo : Instituto Lukács, 2014. 120 p.
Schlesener, Anita Helena Grilhões invisíveis: as
dimensões da ideologia, as condições de subalternidade e a educação em Gramsci/
Anita Helena Schlesener. Ponta Grossa: Ed. UEPG, 2016. 196 p.
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