Isaac Sabino CARDOSO1
1.
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
Silva. Thiago Antunes da. CONCEITOS E EVOLUÇÃO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: O DESENVOLVIMENTO DO PAPEL ADMINISTRATIVO. Disponível em <https://online.unisc.br/acadnet/anais/index.php/sidr/article/download/16678/4429>
Acesso em 22 de janeiro de 2022
2.
CREDENCIAIS DO AUTOR
Thiago Antunes da Silva é administrador da Universidade Federal da Fronteira Sul. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Compras e Licitações; Mestrado profissional interrompido em 2014 em Politicas Sociais e Dinâmicas Regionais 201 pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó; Aperfeiçoamento em Licitações e Contratos 2010 – 2010 Centro de Ensino Tecnológico de Brasília. Especialização em Orçamento e Finanças Públicas 2010 – 2011 Faculdade Integrada da Grande Fortaleza. Graduação em Administração 2003 – 2008 Universidade Comunitária da Região de Chapecó.
3.
CONHECIMENTO
“CONCEITOS E EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: O DESENVOLVIMENTO
DO PAPEL ADMINISTRATIVO” é um artigo que trata da Administração Pública e suas
mudanças conceituais ao longo da história indo do patrimonialismo a
burocracia estatal até chegar ao gerencialismo. Também são
abordados os conceitos de governança e governabilidade. O texto resulta
da experiência histórica e pesquisas bibliográficas do Administrador Thiago Antunes da
Silva no estudo da
Administração
Pública. O objetivo encontrado no próprio autor “é contribuir com o
debate, com vistas a publicizar junto à comunidade
acadêmica e profissional, uma análise sobre a evolução da conduta dos gestores
públicos.”.
4. RESUMO
O artigo começa mostrando o conceito e quando
surge “os Diferentes tipos de Administração Pública”, contudo, é no Patrimonialismo,
no Modelo Burocrático, no Modelo Gerencial, na Administração Societal, na
Governabilidade e na Governança que Tiago Antunes chama a atenção para a
“necessidade de profissionalização, primando pela qualidade e transparência na
execução de suas ações” que devem ser tomadas no serviço público.
Nos
primeiros parágrafos, para conceituar Administração Pública, o autor recorre a
Junquilho (2010), Peludo (2012), Meirelles (2001), Pessoa (2003), Cretella
Júnior, 1996), De Mello (2007). Mesmo colocando que a “Administração Pública é
o aparelhamento do Estado, organizado para a realização de seus serviços,
visando à satisfação das necessidades coletivas”, parafrasendo a mesma
bibliografia, o articulista conclue toda a dificuldade de “definir [...] a
complexidade desse ramo do direito”. Meirelles (2001), por exempo, fala em dois
conceitos – “um [...] subjetivo, orgânico ou formal e outro objetivo, material,
operacional”. Pessoa (2003) vai nessa mesma linha colocando que o sentido orgânico
diz respeito a estruturação e organização dos ógãos, repartições, unidades e
entidades. Quem fala sobre o sentido objetivo é Cretella (1966) alegando que nesse
sentido que o que se tem é algo material, próprio das atividades do Estado.
No “Modelo Patrimonialista”,
o autor começa esclarecendo que o aparelhamento do Estado funciona como uma
extensão do poder do soberano. Aqui o que há uma confusão entre as coisas que
são públicas e o patrimônio do príncipe ou do soberano. Tiago Apud Bresser Pereira (1998) diz que “é
um cenário propício para a apropriação indevida dos bens públicos”. Contudo,
Paludo (2012) defende esse momento histórico da evolução da Administraçãlo
Pública como o primeiro modelo de organização do Estado, embora o que persista
é mais a desorganização.
No “Modelo Burocrático”, há
um amadurecimento da Administração Pública. O sociólogo Max Werber é quem é o
idealizador desse movimento. É perceptível que com a queda do absolutismo e o
advento da democracia, o atendimento ao público deveria focar mais em
profissionalismo, cumprimento às normas e formalidade. Sechi (2000), Junquilho
(2010) e Wilson Granjero (2006) coincidem em confirmar que a norma é o pilar da
Administração Burocrática. Contudo Peludo (2012) enumera alguns problemas que são
desvantagens nesse modelo de administrar é o caso do “apego exagerado às regras
e regulamentos internos; formalismo exagerado e excesso de papelório;
resistência a mudanças; desconsideração à pessoa do servidor; rigidez e falta
de flexibilidade; desconsideração do cidadão; decisões distantes da realidade.
Por último, o “Modelo Gerencial”,
que Thiago apud Sechi (2009) colocam
como novo modelo de Administração baseado “em valores de eficiência e
competitividade”. A proposta surge, justamente, para tornar uma máquina pública
marcada pela frieza e emperramento numa coisa pública que privilegia a
inovação. De qualquer forma, mesmo com
Bresser Pereira e Spink (2006) usando termos como “descentralização”,
“criatividade” com o entendimento reforçado por Junquilho (2010) que acrescenta
a necessidade dos gestores incentivarem a gestão participativa via trabalho em
equipe [...] de forma a atenuar a hierarquização, há críticas ao modelo
gerencial, principalmente no que toca deixar a Administração Pública parecida
com a iniciativa privada. Bento (2003) é assertivo ao diferenciar “consumidor”
de “cidadão”. E é, justamente, dentro da Administração Gerencial, que se tem
modelos que se rivalizam entre si porque há um mais voltado para a iniciativa
privada e outro conhecido como Administração Societal.
Próximo
dos parágrafos finais é englobado ao artigo os conceitos de Governabilidade e
Governança na Administração Pública. Nesse sentido o Tiago apud Nogueira (2001) reconhecem a indissociabilidade desses dois
termos onde A Governabilidade se refere à capacidade política derivada da
relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade; já a
Governança é a capacidade administrativa e financeira do Estado, ganhando
aplicabilidade por parte dos agentes públicos que possibilitam a formulação das
políticas públicas determinadas.
Por fim, o autor enxerga a importância da
Administração Pública no cotidiano do cidadão. Mas também vê os perigos da
pessoalidade quando essa ferramenta é usada para beneficiar determinados
grupos. Vale ressaltar a importância de se observar os avanços conceituais do
termo Administração Pública afim de que a sociedade escolha o melhor modelo
para si ou deixe evoluir essa ferramenta organizacional ao longo do tempo.
5.
CONCLUSÃO E CRÍTICA
“CONCEITOS E EVOLUÇÃO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: O DESENVOLVIMENTO DO PAPEL ADMINISTRATIVO” seria um texto inovador não
fosse um discurso de fácil entendimento e já tão debatido nos últimos anos. Os
três sistemas citados já estão bem entranhados na realidade do homem comum.
Conhecer e conceituar Administração
Patrimonialista, Burocrática e Gerencial se tornou simples porque faz parte da
realidade.
De qualquer forma, o administrador,
usando como referência outros autores, facilita mais ainda a compreensão conceitual
desse instrumento de organização humana. Nesse sentido, compreender que
organizar algo do Estado a partir do patrimonialismo é deixar todo um sistema a
confusão do publico com o privado. Como um organismo vivo, Tiago, nos apresenta
um sistema administrativo que amadurece para a obediencia a norma que é o
modelo burocrático que nasce ainda com muitos problemas mas abre terreno para a
administração gerencial que já dá sinais da necessidase do nascimento de um
novo modelo.
Agora no que toca a
Governabilidade e Governança é perceptível conceitos estático nesses modelos
internos ao ato de administrar.
Mas há coisas interessantes no texto:
o estilo, por exemplo, é uma dessas: o texto é marcado por ser conciso e
simples. A linguagem é de fácil leitura, clara. A conceituação dos modelos
administrativos com o uso de diversos autores especialistas na área “ da
Administração Pública” ficou de fácil entendimento até para um leitor leigo no
assunto. O Autor, também, se mostra humilde quando não se posiciona do lado de
um ou outro modelo aparesentando apenas uma relação de evolução de um sistema
que ainda está em processo de amadurecimento.
REFERÊNCIAS
Thiago Antunes
da Silva. Escavador. Sobre
Pessoa Física. Disponível em < https://www.escavador.com/sobre/1462316/thiago-antunes-da-silva>
Acesso em 22 de janeiro de 2022
Silva, José
Maria da. Apresentação de trabalhos
acadêmicos: normas e técnicas/José
Maria da Silva , Emerson Sena da Silveira. 5. Ed. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2009
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